Fiquei um pouco apreensivo devido à infâmia do gênero mas achei meu tempo com Machinarium mais satisfatório do que frustrante. Não dizendo que não foi frustrante, pois em algumas vezes eu acabei caindo no famoso "momento point & click" onde você sai clicando em tudo ao seu redor e testando todas as combinações do seu inventário, mas tive a impressão que o jogo tende (Mais do que outros do gênero, eu chutaria) à oferecer puzzles mais analíticos de colocar botões no lugar ou movimentar bloquinhos por uma grid ou algo assim - puzzles com um objetivo claro e regras intuitivas o bastante para que o desafio seja "eu sei o que fazer mas não sei como" ao invés de "eu não sei o que fazer".

Também ajuda que Machinarium é muito bem ambientado e caricato, a arte dos backgrounds é linda e eu gostei como os próprios puzzles analíticos que eu mencionei entram em contexto como o interior de máquinas antigas e painéis de controle de algo no cenário. Destaque especial para os robozinhos fofos e bem animados. :3 para de botar tudo na boca robô burrinho vc vai ter gastrite estomacal

Amanita Design tem estilo próprio, bem característico, o mundo de Machinarium vive e respira com expressões. Impossível dizer que a trilha não contribui para isso, mas certamente a arte fica com a maioria do mérito.

Em termos de game design, Machinarium não é perfeito, em especial quando o jogo se torna mais aberto, pois os puzzles acabam por exigir itens em outros cenários, os quais podem ser facilmente esquecidos ou negligenciados. Por sorte, o próprio jogo ajuda nessa questão com as lanterninhas do canto superior direito, que não dão spoilers suficientes para estragar a experiência.

Além disso, os quebra-cabeças são interessantes e criativos (um pouco). Entretanto, ouso dizer que eles não envelheceram bem, pelo menos para os padrões hipervelozes dos dias de hoje, os cliques necessários para movimentar seu personagem, por exemplo, podem gerar uma ação de até 10 segundos, o tempo de um TikTok ou de um Reel. Felizmente, isso não interferiu minha experiência, porque ainda que seja um movimento lento, é esteticamente agradável.

Enfim, Machinarium é um bom jogo. Bonito e simples, como aquele feijão e arroz que funciona, sem técnicas mirabolantes à la The Witness ou Baba is You, com bem menos "a-ha moments", mas que no final do dia satisfaz.

Um jogo de point & click mto fofo, invoca uma sensação mto forte de "exclusivo de PS3 que saiu em 2008 só na PSN".

Desvendar os puzzles nada intuitivos são ao mesmo tempo frustrantes e recompensadores (mas mais frustrantes mesmo). Ter que clicar em cada pixel da tela é meio foda.

Gostei das vibes do robôzinho, da arte linda e tal, mas puta merda que puzzles difíceis. Usei o livro sem dó no fim, que se foda.

Machinarium is a cool-looking point n click adventure, by the devs that made the Samarost games.

You play as a robot aiming to figure out why he got exiled out of the city. You meet bad guys, good guys and everything in the between on your journey. The gameplay is pretty standard with various puzzles, item hunting and even some mini games (some harders than others!). While some item puzzles can be tricky or not make too much sense, they are usually straight forward and there aren't really any dead ends.

The art design is very unique, and different from the Samorost series, this looks more like a family friendly version of HH Geiger's artwork. The soundtrack is pretty good and fits in where it should. This game continues the Amanita tradition of not having any voice acting, instead telling things through the environment, odd sounds and speak bubbles with drawn objects in them.

I definitely recommend this as a point n click game for both fans of the genre and beginners. I'm honestly surprised this game never got a sequel, but I'm excited to play more titles from the developers' catalogue of games!