os mascotes são gordos e engraçados e é divertido experimentar as habilidades com cada um deles

eu nunca mais quero jogar videogame na minha vida

Metal Gear Solid V: The Phantom Pain é uma experiência gratificante do ínicio ao fim e apesar de muito defeituosa, é uma despedida emocionante de uma das maiores franquias da história dos videogames.

Comentando primeiro sobre o maior ponto positivo desse jogo, a gameplay, pela primeira vez na franquia (e em toda sua carreira), Kojima experimenta uma estrutura nem um pouco linear, desenvolvendo a partir de raízes muito bem estabelecidas no título anterior de PSP. Nesse aspecto The Phantom Pain é intocável, aqui o diretor busca entregar uma experiência de liberdade total, dando ao jogador (ou melhor, deixando que o jogador obtenha por conta própria por meio do ótimo sistema de base management também herdado de Peace Walker) uma infinidade de recursos que podem ser usados da forma que o jogador preferir, criando assim uma estrutura de mundo aberto beirando o sandbox, que entrega um cenário de ação que pode ser abordado de infinitas formas, dependendo apenas da capacidade e criatividade de quem está segurando o controle. Com uma execução técnica impecável que somente a equipe por trás de uma franquia como essa que constantemente testa seus limites e inova criativa e tecnicamente poderia proporcionar, criando assim um mundo em que tudo que pode ser imaginado pode ser feito (ou pelo menos tentado) se o jogador for habilidoso o suficiente.

Agora que a gameplay já foi comentada chegou o momento de falar sobre o aspecto mais complicado do jogo, a sua história. Aqui Hideo Kojima entra fundo na proposta de deixar a franquia mais séria e "realista", o que parecia ser a intenção faz algum tempo, apesar de todos os títulos anteriores serem recheados das bizarrices extravagantes que são características da direção de seu criador e por vezes beiram (e até ultrapassam) a linha do tosco. Essa proposta mais séria e pesada é até de bom tom levando em conta o momento da história que o jogo retrata, porém durante sua progressão, Metal Gear Solid V enfrenta uma série de obstáculos que não seriam tão prejudiciais à história caso ela não buscasse esse tom e aceitasse o caratér extravagante do restante da franquia.

Por si só a história de The Phantom Pain é muito competente, carregando algumas das propostas mais interessantes da franquia assim como alguns dos temas e personagens que mais demonstravam potencial, porém muito do que o a história tinha oferecer se perde devido a uma execução profundamente falha. Tanto os temas quanto os personagens não conseguem riscar a superfície da profundidade que o jogo buscava alcançar, isso se deve, num primeiro momento, a estrutura não-linear do jogo, que não permite o grande volume de cutscenes e codecs que o diretor estava acostumado a ter a disposição na hora de contar suas histórias e em outro momento (especificamente o segundo capítulo do jogo) devido aos tão comentados problemas na sua produção que resultaram em muito conteúdo removido e ideias perdidas que resultaram em ainda mais pontas soltas na franquia, vindas de um jogo cuja principal proposta era fechar todas as pontas e conectar a história de uma vez por todas, levando aos eventos de Metal Gear (1987) e Metal Gear Solid (1998). Code Talker; Quiet; Skull Face; Huey; Miller; Eli; Ocelot e até mesmo Venom Snake, todos nomes interessantes cujo potencial fora desperdiçado assim como o jogo por um todo, tornando-se apenas um fantasma, uma sombra, um "Phantom", do que ele poderiam ter sido (Se me permitem a presunção em me dar a liberdade de usar na minha crítica o tema que o próprio jogo propõe).

Apesar de todos os defeitos, Hideo Kojima ainda consegue deixar o jogador com um final emocionante, principalmente sabendo que foi também sua despedida da franquia, conversando diretamente com o jogador, que acompanhou as jornadas não só dos snakes mas também do próprio Kojima, que apesar de sua arrogância como artista, reconhece o caráter interativo da mídia com que trabalha e deixa seu último agradecimento e reconhecimento a quem jogou, e jogando, deu vida ao jogo. "And thanks to you I've left my mark. You have too - you've written your own history. You're your own man. I'm Big Boss, and you are too... No... He's the two of us. Together. Where we are today? We built it. This story - this "legend" - it's ours. We can change the world - and with it, the future. I am you, and you are me. Carry that with you, wherever you go. Thank you... my friend. From here on out, you're Big Boss".

Em conclusão, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain como conclusão para uma das maiores franquias da história dos jogos, com mais de 30 anos de história, é uma experiência frustrante e decepcionante, enquanto como experimento do possível artista mais talentoso em atividade na indústria em um novo tipo de jogo, trata-se de uma jornada fascinante e empolgante, e apesar de todas as turbulências eu só tenho a agradecer a todos os envolvidos por colocarem no mundo a VIDA que é Metal Gear Solid.

Por fim deixo aqui o que eu acredito ser também uma dedicatória do Kojima e da equipe ao jogador para todos que também viveram essa experiência, "I won't scatter your sorrow to the heartless sea. I will always be with you. Plant your roots in me. I won't see you end as ashes. You're all diamonds." Obrigado.

tem umas sacadas bem criativas e inteligentes de quebra da quarta parede que conseguem supreender bastante e dar um medinho genuíno, joguei com amigos em call e foi uma experiência bem única e bacana

difícil avaliar e até comentar sobre considerando que é basicamente uma demo pra criar hype pra the phantom pain mas uma coisa eu posso dizer: graças a esse jogo eu não posso esperar pra jogar TPP

quando o peace walker andou pela peace eu quase chorei

É normal que o lançamento de um novo Super Mario 2D traga consigo um questionamento: E então, o rei voltou pro seu trono?
E a resposta que eu tenho pra isso é:

MARIO IS BACK BABY
Após anos da vertente 2D da franquia sendo limitada pela mesmice de NSMB, finalmente foi permitido ao Mario respirar novos ares, e reconhecida a oportunidade a equipe não se conteve nem um pouco.

Mario Wonder não se segura em apresentar ideias novas e o faz recheado de otimismo e segurança, a timidez é um conceito distante pra esse jogo tanto em seu design quanto em sua apresentação recheada de amor dos envolvidos. A aventura no Reino das Flores celebra cada novidade com uma extroversão contagiante presente no jogo inteiro que mal consegue esperar pra mostrar ao jogador a próxima ideia como uma criança ansiosa para mostrar para alguém algo que ela fez e expressar pro mundo a fertilidade da sua mente pura e criativa. O poder da valorização da criatividade que um dia definiu a franquia retorna em um título que, com um olhar nostálgico pro passado, acena pro futuro de uma franquia imortal que não importa o tempo em silêncio, sempre vai voltar pro seu merecido trono, e nunca o fará silenciosamente mas sim com um estouro que somente o encanador pode proporcionar.

A sempre presente sensação de pequenez define o tom do jogo, impotente naquele lugar enorme aparentemente sem saída cheio das criaturas saídas dos cantos mais escuros da imaginação de uma criança perdida, daí sai sua narrativa riquissíma em simbolismo meticulosamente planejada para criar um subjetivismo que consegue ser identificável para todos que jogarem em seus temas, culminando em uma sequência final bizarra e impressionante que é muito melhor experienciada sem spoilers, logo não será comentada

eu estou sem palavras
Obrigado
Obrigado, Kojima!!!!!!

Raiden, turn off the game review right now!

Metal Gear Solid carrega a importância de ser o primeiro da sua série e o único a ter enfrentado as limitações de ser um jogo do PlayStation original. Sabendo disso é normal um certo receio que pode até beirar o preconceito na hora de jogar, eu particularmente tinha uma preocupação boba, porém válida de que seria um jogo datado pelo qual eu teria que me arrastar para chegar nos outros títulos, que superariam e muito seu predecessor. Hoje, após ter jogado não só ele como todos os títulos da franquia de PlayStation eu percebo como meus medos não poderiam estar mais errados.

Sim, é verdade que existem muitas limitações da sua época em comparação ao resto da franquia, mas aqui o mesmo primor técnico de todos os outros jogos está presente como sempre esteve, sendo possivelmente o jogo mais polido do seu sistema, com uma gameplay responsiva e cativante (Os pouquíssimos obstáculos que eu encarei foram pela minha própria falta de habilidade e por estar desacostumado com esse tipo de gameplay muito característica dos jogos 3d de PS1, mas logo eu me acostumei e foi como se estivesse jogando um jogo moderno).

Apesar de ter sido extremamente importante nesse aspecto chega a ser ofensivo direcionar uma parte tão grande do meu texto ao bem-fazer técnico do jogo e as minhas expectativas (felizmente) frustradas, então chegou o momento de falar sobre o jogo em si.

Aqui o design é impecável e não fica atrás do restante da franquia em nada, até superando, para minha surpresa, em muitos aspectos. Durante sua carreira Kojima falhou em criar um cenário tão envolvente e icônico para contar sua história quanto Shadow Moses, que apesar de ser apenas um lugar consegue levar o jogador por uma variedade impressionante de cenários e climas memoráveis para tornarem a clássica gameplay stealth variada e divertida, oferecendo suspresas do início ao fim, e aqui a variedade dos momentos que o jogo tem a oferecer me surpreendeu muito, desde uma batalha de sniper em um horizonte cheio de neve a uma batalha contra um helicóptero no topo de um prédio, e evitando spoilers, até o último minuto de jogo o jogador é surpreendido por mais e mais situações empolgantes para se jogar, criando perfeitamente a sensação de se estar jogando um filme de ação dos melhores, que tanto inspiraram Hideo Kojima.

A história aqui também é intocável, Kojima como sempre mescla perfeitamente seu comentário sociopolítico com seus temas lindos que conversam em um nível muito pessoal com qualquer pessoa que abra seu coração pra história linda que ele tem pra contar, como sempre sem limites para as tolices e bobeiras de videogame que a franquia tanto abraça de forma até metalinguística de forma muito inteligente. Aqui se encontram também alguns dos melhores personagens da franquia inteira, contendo com certeza o melhor grupo de vilões da franquia inteira (outro elemento que o Kojima tentou replicar em outros jogos mas não conseguiu chegar perto). A dinâmica dos membros da FoxHound entre eles e a escrita de cada um os torna personagens únicos e interessantissimos, dando também muito mais peso ao combate com cada um deles (todas bossfights ótimas também), com menção especialmente ao Psycho Mantis e a Sniper Wolf. Além deles também aparecem outros nomes como Liquid Snake e Gray Fox que colaboram muito para o caráter único desse título. Fechando a história com chave de ouro Metal Gear Solid apresenta um final emocionante da forma que essa franquia entrega melhor que ninguém, conversando diretamente com o jogador e tocando no coração e na vida de todos que jogaram na pele de Solid Snake.

Em conclusão, Metal Gear Solid é uma entrada maravilhosa para o que viria a ser uma das maiores franquias da história dos videogames, sendo completamente merecedor de sua influência e aclamação e digno de ter se tornado essa obra icônica que hoje é.

uma das experiências mais maravilhosas que videogames tem a oferecer, problemas pontuais que tornam a batalha contra alguns colossos arrastada e frustrante se tornam completamente irrelevantes quando os momentos grandiosos desse jogo aparecem, especialmente o final

qualquer um que cultiva um mínimo de gosto por videogames precisa jogar isso

HOLY SHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIT BEST VIDEOGAME OF ALL TIME THE GOAT THE GOAAAAAT

esse é bem painful também não deixem o título enganar