9 reviews liked by Ashen_Two


É até difícil falar sobre Death Stranding, fazia tempo que eu não ficava fissurado assim em um jogo, e pra ser sincero, eu torci o nariz pra ele na época que saiu, fui pela cabeça do pessoal dizendo que era ruim, maçante e desinteressante, mas acabei achando o total oposto, e sem dúvidas o jogo se consagra como um dos melhores jogos já feitos, melhor que vários Metal Gear ainda, infelizmente acabou sendo um jogo meio apagado por uma gameplay que não é pra todo mundo e um começo bem lento, recheado de cutscenes longas.

Começando pela gameplay que foi um dos pontos mais criticados pelo público em geral, acabou sendo uma das coisas que eu mais curti, sinto que encontrei um jogo feito pra mim, nunca pensei que fazer entregas fosse ser algo tão divertido, mesmo nos trechos torturantes da montanha de neve ainda era extremamente divertido, cada adversidade no caminho, cada equipamento que vai variando a gameplay de diferentes formas, perdi horas só fazendo tirolesas pelo caminho, no geral, fazer entregas é simplesmente sensacional, apesar de ter pontos em que de fato acaba sendo meio estressante, principalmente no finalzinho que o jogo te força a atravessar o mapa inteiro com uma desculpa bem bestinha. Sobre o combate, é bem simples e funcional, a porradaria tem impacto, as armas tem bastante variação até e são divertidas de se usar, um ponto bem legal é que se você matar um inimigo humano sem querer, você precisa cremar o corpo dele pra não causar uma obliteração. O tal novo genêro do Kojima chamado Strand acabou me surpreendendo também, as estruturas dos outros jogadores são uma mão na roda depois de conectar na rede quiral e elas ainda conseguem se conectar com as estruturas que você cria durante o gameplay.

O gráfico do jogo é simplesmente fantástico, as expressões faciais, modelos e até o mapa apesar de se resumir a terra e pedra são muito bem feitos, cada detalhezinho do jogo é extremamente bem pensado e mesmo 4 anos depois não parece ter envelhecido nem um pouco, o jogo consegue transparecer totalmente cada expressão e reação dos atores, que por sua vez deram um puta show no jogo, principalmente o mito do Mads Mikkelsen. E o gráfico do jogo que já é do caralho, acaba sendo somado com uma trilha sonora impressionante, fiquei viciado na grande maioria das músicas, ouvi Don't Be So Serious e Ludens diversas vezes, e apesar do jogo não ter um Walkman igual em Metal Gear, cada vez que uma música tocava durante as entregas era muito bem encaixado, a sensação de desolação e solidão que esse jogo transmite é uma parada bem única.

Por fim, tem o melhor ponto do jogo que é a história, pensei que ela seria bem confusa e difícil de entender, mas é justamente o oposto, o jogo te insere no universo dele muito bem já nas primeiras horas e cada ponto-chave da história é explicado de forma muito natural e te mantém preso durante a gameplay toda, é evidente que o jogo força diversas bizarrices sem motivo algum, mas todas elas são bem explicadas, o universo apresentado no jogo é interessantíssimo e é uma das melhores obras de ficção científicas já feitas, a forma com que o Kojima "previu" a época de pandemia foi brilhante, deixando ainda mais em evidência como as pessoas precisam se conectar mesmo em tempos difíceis, ninguém consegue sobreviver sozinho ainda mais em um mundo onde as pessoas se afastam cada vez mais, estudar em EAD, trabalhar de home office, o avanço das inteligências artificiais e da internet, tudo isso acaba fazendo com que as pessoas nem se vejam mais e o jogo acaba reforçando ainda mais como as pessoas devem se conectar. Cada personagem principal é bem desenvolvido e traz uma backstory maneira, destaque pro Heartman que é um dos melhores personagens do jogo, os twists da história também são muito bem inseridos, e tudo vai se amarrando com maestria até o último segundo do jogo, cada coisa introduzida lá no começo é usada durante o jogo todo sem você nem perceber.

No geral é um dos melhores jogos que eu já joguei e eu considero nota 10 apesar de ter alguns probleminhas, com certeza não é pra todo mundo, mas é uma obra que traz muita personalidade e inovação em uma época onde todos os jogos são muito parecidos e não trazem nada de novo, só apostam no seguro. Espero que Death Stranding 2 seja ainda melhor.

Pyre

2017

Sensacional, como todo jogo da Supergiant!

Pyre, diferindo dos títulos anteriores da Supergiant, abandona o estilo de ação quase constante para focar mais no storytelling. Porém, mesmo que o jogo seja 75% Visual Novel, ele consegue ser tão dinâmico quanto seus antecessores durante sua progressão de história - tendo um ritmo que começa lento, para te apresentar bem aos diferentes aspectos do seu mundo único, e depois começando a acelerar freneticamente de forma que você não quer parar de jogar pra ver como tudo desenrola.

Os outros 25% do jogo cobrem o que seria sua parte de ação, que são partidas de um jogo estratégico que funciona como um "Capture a Bandeira" invertido: Pegue o Orb (bandeira) e leve até o Pyre (ponto de captura) inimigo para diminuir a vida do time adversário e repita o processo até ganhar a partida. Cada personagem possui habilidades e status únicos que podem ser usados de várias maneiras para elaborar estratégias durante essas partidas - e o jogo te pressiona a variar a formação do time, assim como aprender a jogar com todos os personagens.
Toda a história do jogo se baseia em volta dessas partidas e, dependendo de quais/quantas você ganhar ou perder, ela pode ir mudando (e, acredite, essas partidas vão ficando beeem difíceis, a um ponto que você realmente fica tenso com elas da metade do jogo pra frente)

Indispensável dizer, claro, da absurda criatividade, qualidade e riqueza dos diversos aspectos do jogo - Arte, história, músicas, ambientação, construção de mundo e personagens, etc - como é costume da Supergiant.

Se você gosta de jogos focados em história, especialmente de fantasias com construção de mundo original, Pyre é, de longe, um prato cheio. Apenas fique atento a dificuldade do jogo, pois, mesmo no modo normal, as coisas começam a apertar bastante perto do final - o que pode se tornar uma adrenalina emocionante pra uns, mas também uma experiência estressante para outros.

O Terry Crews está no game mas o JULIUS não pagaria nenhum centavo neste jogo.

A história do jogo não faz o mínimo sentido, é totalmente preguiçosa e sem pé nem cabeça. A gameplay até tinha um potencial mas tudo fica chato rapidamente.

O jogo é repleto de conteúdo no mapa porém nada se conversa. Tá tudo lá jogado no mapa pra você fazer e é isto. Muito chato você focar numa Quest e o jogo te falar outras 30 pra você fazer neste meio termo. Resumidamente as missões mal se sustentam pois a história não se sustenta.

PRÓS:
- Mapa e gameplay tinham um potencial (que infelizmente foram dispensados).

CONTRAS:
- História fraca.
- 300 quests no mapa ao mesmo tempo e nenhuma se conversa.

Os caras não estavam brincando, o mundo aberto foi criado em 2017 mesmo

um jogo divertido, q cumpre o seu papel de oferecer uma experiência que é matar Zumbis, e isso ele faz com maestria, a parte do gore esta muito bem feita, e o combate é aquilo bater e bater até matar
agora os problemas q são bastantes, como a duração, q pra mim foi muito longa e deu uma cansada legal na reta final, a historia, personagens e o humor foram bem qualquer coisa
pra quem quer um jogo divertido de Zumbis na pega de Dying Light vai fundo.

Revolucionou o gênero que ele mesmo criou

Veredito: continua tão bom quanto sempre foi.

É engraçado pensar que RE4 virou um clássico. Quando lançou, alguns fãs de longa data da franquia criticaram que ele "era um bom jogo, mas não um bom Resident Evil". E saindo do remake do 1 direto pra esse, dá pra ver.

Enquanto os RE clássicos focavam muito mais numa atmosfera tensa e amedrontadora, que te deixava com o cu fechadinho enquanto pensava qual a melhor rota pra atravessar um mapa enorme sem encontrar zumbis, e o que levar pra estar preparado ainda deixando algum espaço no inventário pra uma possível chave... Resident Evil 4 é um jogo de tiro e ação, ponto. É um jogo que logo no tutorial você já tá alucinado tentando não morrer pra camponeses furiosos que te encurralam numa casa enquanto um maluco com uma motosserra faz de tudo pra decepar a tua cabeça.

Antes de RE4, era impensável na franquia um jogo super linear e que nunca falta munição, onde você não é só um humano frágil com uma pistolinha e sim uma máquina de guerra capaz de dizimar hordas de inimigos em poucos minutos.

Talvez na época os fãs dos Resident Evil clássicos tivessem um ponto válido (só ver o sucesso que foi o remake de RE2, que trouxe de volta a prioridade em te deixar com o cu na mão) mas não dá pra negar que RE4 é um puta jogo FODA no que ele quer ser. Não existe NENHUM momento de tédio neste jogo. Você mal se livra do cara da motosserra e já tá dizimando uma multidão com um rifle, você sobrevive por um fio em uma das melhores sessões de tower defense já feitas e logo depois têm 3 catapultas jogando bombas pra te matar. Nenhuma das suas armas é desperdiçada, nenhum inimigo ou chefe é chato, e você sempre tá com os nervos à flor da pele tentando sair vivo das situações mais cabeludas possíveis.

Minhas únicas reclamações mesmo são a sexualização de uma adolescente (não tããão acentuada, mas mesmo assim) e que a história é uma bosta. Agora que RE4 virou um clássico, galera acha a tosquice charmosa, mas a real é que o Leon não passa de um bobão com diálogos patéticos - "Vidas de insetos não se comparam a vidas humanas!!!" - que gosta de fazer piadas medíocres com um penteadinho ridículo. E pensar que o Leon dos jogos anteriores era um personagem tão bom...

De resto, continua um jogão e é provável que continue pra sempre. Ansioso pelo remake.

Isso aqui é uma obra prima dos Rpgzin de turno moderno, meu primeiro contato com a franquia e já me comprou o suficiente pra jogar os outros

No joking, this is what would happen if gun ownership was legalized here in Brazil.