11 reviews liked by GiTrevizzo


Se vc gosta de Resident Evil, vai gostar desse jogo


ME PRENDI NA BARRIGA DE UMA MÁQUINA HORRÍVEL, AGORA GANHO 1600 REAIS POR DIA SEM SAIR DE CASA

Uma rede complexa definida por vértices simples; um máquinário infinitamente velho e arcano regido por engrenagens ignorantes do papel que cumprem - nós literalmente vivemos em uma sociedade.
Descaradamente focado em representar nossa própria realidade suja, The Machine executa um choose your adventure baseado em atos com uma quantidade impressionante de variação natural, e um senso de ritmo e engajamento que tem bastante a ensinar pra vários roguelike devs por aí. Sua voz é simples, generalizada, às vezes batida; porém sempre honesta. É dificil esperar Pentiment ou Disco Elysium com as entranhas de 1kb de memória e 0.3 pentafleps megahertz de processamento do GBC. Nas poucas palavras que lhe é permitido, The Machine habla muito, e impressiona com sua estrutura expansiva , imprevisibilidade e uma visão claríssima.

A tentativa de definir videogames como arte às vezes acaba esquecendo da sua natureza como programas: alguns jogadores mais inclinados ao mérito artístico podem pensar que a parte do código é fria, não emocional e um mal necessário para a construção de um jogo. Essa noção, claro, está errada. Jogos são, principalmente, software, e um dos mais difíceis de se fazer por aí. O processo artístico de um desenvolvedor é tão influenciado por suas inclinações técnicas quanto por sua visão romântica - argumento, na verdade, que as duas coisas são inseparáveis. Em minha jornada de desenvolvedor aspirante, aprendi e fortaleci o entendimento de que a plataforma em qual o jogo é feito engendra uma gama de características que influenciam o processo criativo e o resultado final: se há diferenças notáveis em um jogo feito via Unity, Godot e Unreal, imagine quando estamos falando de diferenças tão drásticas de arquitetura quanto do GBC à um PC moderno!

E ainda assim, quando comecei The Machine, parti de um ponto de preconceito: porque alguém estaria fazendo um jogo de GameBoy em pleno 2022, se não pelo marketing de nostalgia? Pasmem, não sou perfeito. Fui provado bem errado neste ponto, e creio que que ele teria feito muito mais sucesso caso tivesse saído nas storefronts normais e mais acessíveis - aqui há todos os fazeres de um hit indie. Entretanto, é inegável que The Machine representa uma elegância em tom e execução que sem dúvidas foi fortalecida pelas limitações e particularidades de seu sistema, e entra para uma longa galeria de obras que mostram que podemos construir experiências profundamente complexas e emocionantes com muito pouco.

short game that you can play in your browser

Creepy, intriguing, fun little short game

i really do like this game and i think the idea has a lot of potential as a full-length experience

Jusant propõe um passeio vertical por uma bela casca abandonada. Uma concha vazia cheia de memórias.

O jogo provoca a memória do espaço através de tudo o que foi deixado pra trás, e deixa pro jogador a tarefa de imaginar aqueles espaços enquanto ainda eram populados.
Ao longo da escalada o signo da água é algo que é explicitado como um vetor da vida, e aponta como as cheias e secas eram pivotais para moradores da montanha, e bem como todas as outras forças naturais que se mostram presentes eram eventos conformadores do espaço para eles e definiam seu modo de vida.
O convite a contemplar esse espaço fantástico e apreciar essa narrativa silenciosa sobre uma tribo pretérita não foi algo que me capturou de cara, o plot central não diz muito de início e eu só passei o olho pela maioria das cartas espalhadas pela montanha. Os diálogos mundanos entre os moradores são charmosos mas sinceramente eu não estava minimamente interessado nas conversas entre dona Aninha e seu Francisco sobre o pastar dos bodes. No entanto, em algum momento o enredo apesar de permanecer simples, começa a ganhar embalo, e isso aliado às vistas do alto no final de cada escalada me deixavam até ignorar que o ato de escalar em si não é lá um grande desafio, e sim mais um passatempo divertido entre os cenários.
Dito isso, esse tipo de mecânica a la Death Stranding, mais focada em aspectos granulares do movimento tem algo de muito cativante, me divertiu bastante a subida, mas no final senti que faltou algo. Talvez porquê na minha cabeça a ideia de subir uma montanha era algo mais desafiador do que oque Jusant trouxe.

É um jogo que eu nem me diverti tanto jogando mas que ficou marinando na minha cabeça depois que completei. É engraçado porque eu sinto que é redutivo à experiência eu dar uma nota pra esse jogo ao mesmo tempo que eu acho que esse jogo não é lá essas coisas.

sinceramente, tem uns que dou graças a deus por ter um título longo

Estranhamente sou melhor nesse solo, mas o co-op é divertido demais

Amo vocês, coloridinhos