9 reviews liked by Kaidroid


No começo pensei que fosse velejar alegremente como um caronte, mas acabou que eu mesmo criei um novo mar com minhas lágrimas

Mesmo não tendo tido nenhum tipo de contato com Shadow of the Colossus na infância, ainda assim reconheço o quão a frente do seu tempo a obra se encontra, principalmente agora, depois de anos depois, terminando o seu remake.

O quão longe iríamos e o que seríamos capazes de fazer para salvar a quem amamos?
Essa pergunta martelava minha cabeça durante cada parte da jornada. A cada Colosso derrotado, a cada passo adiante do objetivo, eu me questionava: "Por que eu estou fazendo isso?", "É realmente o certo a se fazer?".

Entre a imensidão dos vastos campos abertos, desertos e cavernas, uma sensação é constante: A solidão. A todo momento, nos intervalos de tempo entre os Colossos, nos caminhos até eles, durante a exploração, tudo reflete uma sensação constante de que estamos sozinhos, sendo nossa única companhia, Agro, a égua que nos acompanha desde o começo da jornada.

Os embates contra os Colossos são únicos. Cada um deles possui sua mecânica, e compartilham da característica de serem imponentes perante a nós, e alinhados à trilha sonora sensacional, se tornaram ainda mais especiais.

Shadow of the Colossus se trata de uma obra atemporal, do tipo que se passarão anos e anos, décadas e décadas, e ele sempre terá seu espaço.

Lake

2021

É comum dizer que jogamos videogame para relaxar, e de fato, é uma maneira de fugirmos dos estresses do cotidiano.

Dito isso, certas vezes, o "jogar para relaxar" é literal, e Lake baseia toda a sua experiência no propósito de ser um jogo relaxante, um jogo tranquilo, onde você dirige por uma pacata cidade fazendo entregas, conhecendo e se tornando mais próximo de personagens que têm o seu charme e cativam o jogador.

Alinhado a uma trilha sonora imersiva, que transmite muito bem o clima de uma vida longe da cidade grande, Lake acerta muito, e mesmo que tenha problemas principalmente de performance, como quedas absurdas de FPS ou até mesmo crashs repentinos, vale muito a pena.

Curto, agradável, brasileiro e muito bem feitinho.

É possível resumir o jogo a esses pilares. Apesar de curto, a exploração características presente em jogos do gênero é satisfatória, bem como o combate, que apesar de simples, não deixa de ser divertido em nenhum momento.

Pra quem não tem tanta paciência com metroidvania no geral, como eu, é um bom ponto de partida pra quem pensa em dar uma chance pro gênero.

Tornar a vida das pessoas um inferno enquanto controla um ganso. Tem como ser mais terapêutico do que isso? Não tem.

A paz nunca foi uma opção.
Temam. O. Ganso.

O que faria uma pessoa que definitivamente não gosta de jogos de puzzles dar uma chance pra esse estilo? Bom, dessa vez, não precisou de muito, apenas de uma premissa voltada a um cão aparentemente divino, que tem como função guiar a humanidade até a luz, enquanto recebe ensinamentos de orbes de diferentes cores, responsáveis por diferentes tópicos da humanidade, como alma, dependência, guerra e entre outros.

Simples, Não é?

Brincadeiras a parte, é sempre interessante de ver conceitos que fogem completamente do tradicional da indústria dando as caras, e Humanity, com sua bizarrice única, é um dos exemplos que se arriscam, fogem do padrão e entregam uma experiência única, que cativa à sua maneira especial, se mantendo como um bom jogo e uma grata surpresa desse ano.

Veredito: Harém de demônias, sokoban e uma musiquinha chiclete.

Jogo curto e grátis, sem firulas. Sem microtransações, sem propaganda, sem porra nenhuma. Só uma diversão simples, descompromissada e gostosa de ir do ponto A ao B empurrando blocos pra passar de mini-labirintos.

FALANDO EM GOSTOSA, o jogo é sobre recrutar demônias gostosas pra fazer um harém. Pra ser sincero nem achei tão gostosas assim, mas o traço do jogo é muito duca. A música é super maneira e grudenta, os mini-labirintos são legais, a proposta é engraçadinha, e tem até uma chefe pra enfrentar no final. Diversão direta, simples e como eu disse: sem firulas.

Veredito: O ápice dos jogos retrô, absoluto e indiscutível.

A onda indie dos anos 2000 e 2010 trouxe jogos de orçamento relativamente baixo que são absolutamente incríveis, e que as grandes empresas da época jamais teriam coragem de fazer. Boa parte deles fortemente inspirados pelo Nintendinho, Mega Drive e Super Nintendo: Shovel Knight é maravilhoso, Super Meat Boy é excelente, Spark e Freedom Planet são ótimos também, Hollow Knight é simplesmente imaculado e perfeito... Só pra citar os mais óbvios.

Mas pra mim nenhum chega aos pés deste aqui.

The Messenger não é só "bom".

Super Mario Bros 3 é bom.
Donkey Kong Country é bom.
Dynamite Headdy é bom.

The Messenger é o suprassumo da foderosidade, é o topo do pico do cume da montanha voadora mais alta com uma escada infinita em cima, é um jogo que acontece quando você pega o orgasmo mais intenso do sexo mais gostoso com a pessoa mais tesuda que você conhecer e mistura esse orgasmo com um puta sorvetão enorme de amarena em cima e menta em baixo, com cobertura de chocolate e paçoca no topo. É churrasco na praia com os seus melhores amigos, a galera mais divertida e alto-astral, o queijo coalho mais bem preparado com a cerveja mais gelada, a água do mar limpinha com as ondas mais intensas pra tomar os tombos mais hilários, para depois todo mundo fazer um luau com marshmallow e rir juntos no fim do dia.

The Messenger é um jogo de ação e plataforma 2D simplesmente FODA. Tudo nele é FODA. A história é hilária e mindblowing ao mesmo tempo, os diálogos são mais bem escritos que os melhores livros de comédia/filosofia, as mecânicas e as fases são mais bem polidas que a superfície do carro do Ayrton Senna, a tradução pt-BR é simplesmente a melhor que já vi na vida, o mundo é absurdamente bem construído e amarrado. A música de The Messenger MEU DEUS A MÚSICA DE THE MESSENGER não é deste mundo, eu me recuso a acreditar que um chiptune tão absurdo e perfeito foi composto por um ser humano terráqueo.

Cara, CADÊ O DEFEITO DESTE JOGO????

Você até pode não gostar de The Messenger, é seu direito. Assim como você pode não gostar de sorvete. Tudo bem, você tem todo o direito de estar errado. E eu hei de defender esse direito seu até a minha morte!
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PS: Me pergunto se alguém que não me conhece vai ler esse último parágrafo e achar que falei sério. XD

Jogo fantástico, um souls-like com sabre de luz. De longe, um dos melhores jogos da franquia Star Wars. Porém, mesmo com um grande potencial pra se tornar uma obra-prima apresenta alguns pontos falhos que, a meu ver, o impedem de levar nota máxima.

PRÓS:
- Jogabilidade e Progressão do jogo fantásticos.
- Ótimo enredo, poderia facilmente virar um filme ou série spin-off.
- Ambientação e Gráficos incríveis.
- Sistema de combate divertido e desafiador.
- Sistema de habilidades e evolução do personagem ao estilo RPG agrega muito ao jogo.
- Tempo de jogo perfeito (20h a 30h).

CONTRAS:
- Falta de fast travel desestimula a fazer 100%.
- Controle não é muito preciso (no PS4), o que frusta por causar muitas mortes bobas.
- Maioria dos baús é só cosméticos e nem são tão interessantes.
- Loadings exageradamente longos.
- Versão de PS4 está mal otimizada (alguns bugs, quedas de frame e atrasos na renderização)

Não fosse os contras, levaria nota 10 (5 estrelas).