7 reviews liked by Laenart_


Estamos em um ambiente que individualiza cada vez mais as pessoas e nos distancia do que realmente somos: seres sociais. Todo mundo tem problemas familiares, no trabalho e em relacionamentos, o nosso erro é pensar que esses problemas são algo que temos que lidar sozinhos, sem buscar ajuda por achar que isso seria incoveniente e que as outras pessoas devem ter algo melhor pra fazer, e o jogo te coloca nessa encruzilhada de ser um terceiro elemento na vida de uma pessoa com diversos problemas, indepedente do que fizermos vamos deixar mensagens passar, não somos oniscientes e nem onipresentes, mas como um coletivo acho que nossa prioridade deve ser em proteger aqueles que amamos, sacrificar um momento pode parecer algo grande, mas ignorar e vagamente torcer pelo melhor pode ser o mesmo que sacrificar algo muito maior. Perder mensagens é inevitavel, mas as vezes voce vai poder escolher quais perder.

Lollipop Chainsaw se utiliza do seu formato de satira de forma hedonista e afetada, sempre cruzando a linha do que era a alguns minutos atrás e nunca se saciando das doses de humor acido e bobo, e está ótimo assim. uma aventura autoral, energética e criativa, cheia de excessos, mas são os excessos e a irreverência que fazem a força de Lollipop Chainsaw, um jogo que sempre desejei apreciar, e não poderia estar mais feliz de ter feito isso agora.
Feliz aniversário, Juliet.

Veredito: 2 anos depois da minha primeira partida, continua uma DELÍCIA! ❤️

Mario Odyssey tem vários defeitos que não vi da primeira vez. A câmera atrapalha mais do que deveria, e o balanceamento de colecionáveis por objetivo (também das luas, mas principalmente das moedas) tinha muito a melhorar. Fora que prender qualidades-de-vida em amiibos é escrotão.

Mas cara, esse jogo é TÃO bom! ❤️ As fases são extremamente bem feitas e criativas, os visuais e músicas são gostosas pra dedéu, a história e personagens e ambientação são mega charmosas, o fã-service pra jogadores de longa data de Mario é CERTEIRO NO CORAÇÃO (estou olhando pra vocês, New Donk City Festival e conteúdo pós-créditos), os objetivos são super variados (inclusive com todos os níveis de dificuldade imagináveis, do mais moleza ao mais impossível) e TODA BENDITA LUA É GOSTOSA DE SE PEGAR, por mais ridícula de fácil que ela possa ser.

E o movimento CACETE O MOVIMENTO DESSE JOGO é incrível!!!! Você pode ser uma anta em jogos de plataforma ou ser o speedrunner mais viciado do planeta Terra, PULAR PRA FRENTE em Mario Odyssey é gostoso demais! SEMPRE é divertido jogar o chapéu em absolutamente TUDO o que você ver pela frente, mesmo que seja só pra ver uma animaçãozinha engraçada.

Não existe jogo perfeito, e Mario Odyssey com certeza não é um. Mas ele é GOSTOSO DEMAIS! Ficar pulando por aí e pegando luas e moedas sem motivo é maravilhoso, e eu tenho certeza que vou querer replatinar de novo qualquer dia desses. Eu sou muito feliz quando tou jogando ele, do primeiro ao último minuto da partida, e pra mim isso é o que importa. ❤️

Veredito: Muito estranho, mas é bom, só não precisava ser Sonic.

Imagine Sonic 3D Blast. Agora imagine Sonic 3D Blast sem sessões de plataforma, sem a sensação de velocidade, e com foco em puzzles de explorar a sala, a la Zelda. Este jogo é literalmente isso.

Você não tem pulo, só spindash. Você não corre, só anda e dá spindash. Cada fase tem só um objetivo: encontrar 3 chaves e depois achar a saída dentro do limite de tempo. E rolam umas fases bônus pelo caminho. O limite é sempre bem curto mas as fases são bem rápidas (de 30 segundos a 3 minutos por fase) então isso nunca vira um problema. É um sistema bem arcade, próprio para um portátil sem sistema de salvar: você tem que ser rápido na busca pelas chaves e ter um bom senso de direção. Tem até um extra no final pra quem zerar de perfect.

Os puzzles e labirintos são decentes, os inimigos e chefes são bons o bastante. Com exceção das últimas 2 ou 3 fases, que são obtusas pra caralho e que cada chave tá escondida atrás de 5 bullshits diferentes, a priori este era pra ser um jogo sólido.

O único problema mesmo é... cara, por que isso é um jogo do Sonic? Não é só a jogabilidade. Mas toda a parte visual, sonora, o enredo, os chefes, nada aqui lembra Sonic. Eu não acho ruim os spinoffs da franquia serem experimentais, não ligo mesmo. A lentidão de Tails Adventure e as mecânicas de Sonic Spinball não me incomodaram em nada. Mas esses jogos ainda pareciam spinoffs de Sonic, por mais defeitos que tivessem eles ainda davam a sensação de fazerem parte desta franquia.

Sonic Labyrinth só dá a sensação de um jogo bacaninha que poderia ser qualquer coisa, mas enfiaram Sonic pra ver se vendia mais. E esse, pelo menos pra mim, foi o grande calcanhar-de-Aquiles dele.

Veredito: um jogo de puzzle muito decente, mas com um cliffhanger desgraçado.

The Room funciona muito bem pro que ele quer ser: um jogo escapar-da-sala invertido, que ao invés de achar a saída você tem que conseguir abrir uma caixa. Os puzzles são bem bons, difíceis na medida certa sem ficarem insanos, e o uso da tela de toque é EXCELENTE. A cada etapa vencida você se sente o próprio meme do cérebro em expansão, e ainda rola uma história por trás sobre um pesquisador que estava estudando alquimia clássica, com uma atmosfera de mistério muito maneira... até que do nada você zera e o jogo fala "depois tem mais, falou valeu". Pois é, este aqui é o primeiro numa franquia de (até onde eu saiba) 5 títulos.

Eu não tenho nada contra jogos curtos. Pelo contrário, acho que jogos longos precisam trabalhar muito mais pra justificar o tamanho deles. O problema não é esse. O problema é picotar o conteúdo pra ser mais lucrativo, muito parecido com o que a Telltale fazia com o formato de episódios. Não é uma simples continuação. Imagina você ler um livro e ter que pagar por cada capítulo individualmente, este jogo é exatamente isso Versão Videogame™.

Porra, Fireproof, você tava tão perto! Por que foi fazer cagada bem na reta final?!

Veredito: Mistério criminal top de linha.

Quando pára pra pensar, Ace Attorney é quase um milagre. O original era EXTREMAMENTE de nicho (que inclusive demorou uns anos pra lançar fora do Japão), de um gênero nada popular e com temas praticamente inexplorados no mundo dos jogos, feito por uma equipe de menos de 10 pessoas liderada por um carinha que tinha trabalhado em pouquíssimos projetos antes deste. É um jogo que reutiliza sem dó fundos de cenário, animações, músicas, efeitos sonoros, tudo o que precisar para conseguir focar no que interessa: as tramas e os personagens. Que um joguinho quase de fundo de quintal assim tenha ESSE NÍVEL ABSURDO DE QUALIDADE e conseguiu sucesso o bastante pra virar uma franquia com 8 jogos espalhados em um milhão de plataformas... bom, é quase um milagre.

Pra quem nunca jogou, é uma sequência de 5 casos de assassinato protagonizados por um advogado iniciante. Seu objetivo é conseguir evidências fora do tribunal em seções de aventura gráfica apontar-e-clicar, para provar a inocência do seu cliente dentro do tribunal em sessões de visual novel. Toda a jogabilidade se resume a PENSAR. Todas as testemunhas sempre mentem para incriminar seu cliente, e seu papel é comparar o que elas falam com as evidências disponíveis para expôr as contradições. Logo no tutorial você tem um assassino que testemunha contra o seu amigo de infância e a arma do crime é uma mini-estátua pesada pra caralho d'O Pensador que na verdade é um relógio e que tá com o horário desatualizado... E o roteiro só vai ficando cada vez mais cabeludo.

Os dois primeiros casos são espetaculares, o terceiro é bem bom, e os dois últimos são PUTA QUE PARIU GENIAIS. É impossível terminar o quarto caso sem sentir um profundo respeito pelo relacionamento sincero entre Phoenix, Miles, Larry e as irmãs Fey. Sem admirar a dedicação com que todos fazem seu trabalho e lutam pelo que acreditam, por mais antagônicas que possam ser as posições em que se encontram nesse ou naquele momento. O incidente DL-6 de 15 anos atrás, e todas as suas consequências, é tratado com maturidade e sensibilidade. E quando você acha que não poderia ficar melhor, o jogo te taca um 5º caso de epílogo pós créditos do mesmo nível de qualidade do 4º, com novos personagens extremamente empatizáveis e que explica muito bem todos os rumores por trás do suposto antagonista do jogo.

O jogo tem defeitos, óbvio. Mas fora a sexualização exagerada de uma médium adolescente, aquele fetiche básico de pedofilia com toques de necrofilia, fica realmente difícil mencionar algo que eu não passe pano por causa dos bastidores do jogo. Cara, eram menos de 10 pessoas, o roteirista era também diretor e faz-tudo, é claro que iam ter tropeços.

Se tu nunca jogou, pode ir sem medo. Não vai ser perfeito, mas vai ser bom pra caralho.

This review contains spoilers

até que é um bom jogo, mas não é tudo isso, não. pelo menos não o vanilla. ele realmente só vai de ladeira a baixo depois do PRIMEIRO palácio, altho ele volta pro seu pico lá perto do fim do jogo, no palácio da sae e do shido, pra depois ficar bem pior do que antes nas profundezas.

o jogo às vezes tem um design e storytelling bons, e outras vezes, realmente ruins (como por exemplo aquela parte que eles entram no palácio da sae pelo celular remotamente e enganam o akechi e a sae, as quase duas semanas de lore no palácio do okumura que você não pode fazer nada, e o próprio palácio do okumura) e personagens chatos, tipo o mishima, a ohya e a chihaya. a soundtrack é muito boa, não me entenda mal, alleycat, days of sisters e will power são umas das melhores músicas que saíram de um jogo, mas depois de escutar last surprise em memes, em todo canto da internet e em todas as batalhas desse jogo, assim como beneath the mask, fica chato.

outro tipo de momentos péssimos são os "momentos de anime" de um jogo... de anime, acredita? como por exemplo, a ida pro palácio da futaba, o arco inteiro de personagem da ann e o morgana como um todo. falando na ann, outro problema desse jogo: o desenvolvimento desses personagens fora, ou dependendo, até dentro dos seus social links, tipo, denovo, o da ann, que tem literalmente um desenvolvimento sobre ela não ser só o "corpão americano" dela, e ainda assim ela é tratada como uma puta, principalmente pelo ryuji, outro personagem que você acha que teria uma redenção que ele não é só aquele bobão que todo mundo odeia, até ele "morrer", todo mundo ficar triste por só um pouquinho, ele voltar e ser espancado e deixado de lado como se nada tivesse acontecido, pra depois continuarem a fazer aquelas piadas corny.

eu gosto SIM da haru como uma personagem, e acho que ela não é introduzida tão tarde assim, é praticamente no mesmo período que a NAOTO é introduzida no p4. o combate, a makoto e a haru são as melhores partes desse jogo. não é um jogo tão ruim, mas só outro em um monte que tem muitos defeitos.