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Eu realmente fui pego desprevenido pelo quão pateta é a execução narrativa desse jogo. Não só por ter um roteiro extremamente simplório, mas principalmente por ser cômico de tão tosco. Há cenas tão ridículas que parecem intencionalmente ruins, como o incrível momento do Wesker ao fim da história.

E essas avarias não se limitam apenas às cutscenes, já que as mecânicas de gameplay também te enxurram com puzzles bestas, controles imprecisos, limitações consideráveis e horas de tomadas de portas abrindo. É notável o esforço dos desenvolvedores para dificultar a vida do jogador e tornar a exploração genuinamente inconveniente.

Porém, eu não enjoei.
Todo o tempo que gastei com essa aventura foi confortável e abdicado de bom grado. Pois, apesar de tudo, durante toda a campanha, eu me encontrava imerso na atmosfera fortemente cativante e deveras convidativa daquela icônica mansão.

Fiquei genuinamente impressionado ao descobrir que esse jogo foi lançado para a sexta geração de consoles, ainda em 2002, pois o trabalho gráfico é exorbitante.
Os personagens e monstros que movem-se vívidos na tela...
Os cenários belíssimos que os excêntricos ângulos de câmera ostentam...
A iluminação cuidadosa que muitas vezes se sobressaía na decoração...
Todos os aspectos visuais compõem um ambiente intensamente atraente e deslumbrante.

Devido a isto, criei legítima disposição em prosseguir jogando e desbravando os obstáculos bobocas que aquele casarão me apresentava, e descobrir o raso plot através desta atmosfera se tornou deveras agradável. O afinco em polir esse ar do jogo se provou extremamente frutífero e facilmente salvou a experiência com esse bobeirol que é a história de Resident Evil.

Os pintos me assustaram bastante no início do jogo, mas conforme você vai pegando vários pals, dá pra ir se acostumando, principalmente depois de aprender a lidar com os ovos. Após um certo tempo, já consegui até sentar nos pals e fazer eles darem leite. Muito divertido!

Existem coisas na vida que só se vivem uma vez.

Doom

2016

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Um remake ruim? Sim.
Um jogo ruim? De forma alguma.

Este título na franquia me parece concebido em cima da seguinte pergunta: E se Resident Evil 3 fosse um jogo de ação?

Eu creio ser uma decisão estúpida que descaracteriza o jogo sem nenhum propósito, mas o resultado não é de todo mal. Essa conversão de formato foi feita decentemente e gerou um jogo consideravelmente divertido, mesmo que não esteja no modelo ideal. Apesar de todo o conteúdo ser filtrado e o potencial enorme reduzido apenas a uma progressão semi-linear, ainda é um ótimo entretenimento que entrega bem diversos aspectos.

Um deles é a maior essência do jogo: O Nemesis.
Critiquem à vontade as alterações de design, mas a mensagem foi entregue. Sua insistência assídua e ferocidade brutal o transformam em um digno e literal nêmesis, que genuinamente me surpreendia e abalava com essa persistência sem fim. Cada vez mais intenso e bizarro, gerando boss fights legitimamente divertidas que se valorizam demais pelo formato frenético que esse jogo gerou. Manteve-se icônico.

Outras características que não apenas foram bem projetadas, como também EXTREMAMENTE aprimoradas em relação ao jogo clássico, estão em tudo que envolve os personagens. Anteriormente, a dupla que sustenta essa história se limitava a avatares muito banais que são incapazes de ter uma linha de diálogo que vá além de frases prontas e genéricas sem sal. Em contraste, este remake deu grande carisma a ambos, agregando personalidade e bastante charme com as tiradas badass da Jill e o estilo descolado do Carlos. O que não só os transforma em personagens de verdade, como também concilia a identidade caricata que a franquia de Resident Evil ostenta, se dividindo entre o sério e sóbrio, e o cômico e ridículo. A dose é precisa.

Indiscutivelmente é um remake limitado que negligenciou seu potencial gigante como reimaginação de uma série tão marcante, mas individualmente se faz como jogo e entrega virtudes valorizáveis.


Super interessante e muito único. Os conceitos são profundos e criativos, e são explorados num universo bem concebido, através de uma narrativa cativante cheia de twists, onde até os red herring são bem naturais. Fora do texto, a direção é ótima e a execução técnica é excelente. Há boas ideias e bastante variedade de recursos para compor uma estrutura bem completa de gameplay. Muito bacana.

Entretanto, não consigo ignorar um fator que realmente arrasta muito a experiência com o jogo: A quantidade de missão fútil obrigatória. Eu percebi bem cedo que o jogo se exaustaria rapidamente se eu me mantivesse fazendo side quests e entregas opcionais, então passei a me focar totalmente nos objetivos principais, mas mesmo assim ainda me cansou muito a frequência com que o jogo estacionava o andamento da história e das interações importantes para me segurar apenas com missões frívolas.

O fator "walking simulator" é bem interessante a princípio, mas se desgasta demais com a quantidade de pedidos "filler" que nos são encarregados só pra tomar tempo entre cada passo da narrativa. Além de parar de inovar bem cedo, nos mantendo num ciclo repetitivo de caminhadas árduas pelas montanhas de neve. Por conta desse formato, muitas vezes eu terminava minha jogatina insatisfeito, sentindo que progredi muito pouco na minha aventura, mesmo tendo gastado um bom tempo jogando. Foi algo que fadigou consideravelmente minha relação com o jogo.

Em suma:
Muitas vezes se torna chato pelos enxertos, parece que preencheram artificialmente entre uma parte e outra, mas é uma experiência bacana. Há bastante sobre o que refletir nas camadas mais substanciais, e considerável "Kojimismo" nas camadas mais superficiais. Sem dúvidas muito ímpar.

resumo da ópera;

gameplay e worldbuilding legal, roteiro tem boas ideias extremamente mal escritas, kojima é inseguro demais no que tenta transmitir e tem que se 'autoexplicar' a todo momento, além de dramatizar personagens que mal conhecemos sem nenhum desenvolvimento, criando algo novelesco e BREGA; até o nome do personagem tem que ter uma cena com bordão meia boca pra cagar o conceito "eU mE cHAmO FRaGIle maS nÃo soU fRÁGIL!!!". Ademais, Cliff Unger é baseado.

Coming from a native japanese person, this game is oblivious to actual japanese history. It dances with fantasies of japanese stereotypes like "honor" while ignoring the undercurrent of actual samurai life, which is both far less honorable and far more mundane than depicted. It would be one thing if this was designed to be fantastical, but it isn't. Sucker Punch designed this game with the goal of accurately portraying Japan's culture and history, and they failed at that. To say otherwise would be a disservice to the memory of the samurai themselves.

Besides, the game is just bland open world AAA kitsch with a big map and picturesque locations made by crunching underpaid developers and artists. Which is to say, it's a game that isn't bad, but isn't memorable either. A game that entices the senses but never the imagination, that gives the illusion of enjoyment while leaving you empty in the end. It's a AAA game in 2020 and that's all I really have to say.

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