Atmosfera linda, mas para mim faltou algo

Jusant faz jus demais ao estilo walking simulator, apesar de aqui ser climbing 90% do tempo. É daqueles games mais parados, calmos, onde apreciar a jornada e comtemplar a introspeção do pensamento são os pontos chave para a experiência. Acontece que, para mim, essa introspecção se perdeu do mais absoluto nada, enquanto eu escalava e escalava, porque foi essa a sensação que eu tive na metade do jogo. Eu estava subindo morro acima, mas não estava obtendo a satisfação.

Para mim foi muito fácil entender o pq e isso está baseado no fato de eu ter achado o pano de fundo do game com um potencial TÃO grande que foi explorado de forma TÃO rasa. A história é contada em files que você vai encontrando (inclusive de forma bem fácil) com o passar o tempo e com os objetivos secundários de "ouvir as conchas" e "achar os afrescos". Esses são gostosos de achar, pois estão atrelados a exploração com a descoberta de cenários com base nas escaladas, mas os textos, tirando os da Bianca, nossa senhora, são bem desinteressantes e cansativos de se ler. Quando passou da metade do game, eu estava já de saco cheio de ler e só queria continuar.

No fim do game, mas ainda atrelando a história, eu consegui sentir envolvido, mas perdido. Tudo está envolto na temática da água e, baseado nos dias de hoje e no que vamos enfrentar no futuro, o game dá uma lição. Pensar que povos, histórias, cidades todas foram devastadas e o jogo é todo um "passar por um lugar morto", me fez refletir bastante, mas ainda sim, desejar também que a história fosse contada de forma diferente, com mais ousadia talvez, explorando com mais rigor essa temática e mostrando de forma mais explicita o desafio e as consequências de um mundo como Jusant.

É, talvez alguns sintam o que eu achei que faltou e talvez alguns achem que outras coisas poderiam estar no jogo também e ser contado de outro modo, mas mesmo assim, com a proposta que ele traz, vale a jogatina, sem dúvida alguma.

Nunca uma missão secundária foi tão chata

Saints Row sem dúvida é uma franquia com a qual eu já me diverti, pois me lembro de ter bons momentos com o 3 o 4. Agora, pegando o primeiro game pra conhecer eu me frustrei DEMAIS.

Sério, quem teve a brilhante ideia de fazer com que as “missões” secundárias fossem obrigatórias? E eu coloco entre aspas pq elas são verdadeiros minigames né. Eles até colocam ali um contexto pra situação, mas nada faz jus, pq é puramente galhofa. Além do que, para fazer missões principais vc precisa de encher a barra do “nível de respeito” aí se vc enche ela 3 vezes, vc consegue jogar 3 missões principais e por aí vai.

Acontece que se vc completa as missões principais vc não ganha nenhum respeito. Cara isso se contradiz tanto com a proposta de gangue do game pq vc mata outros inimigos, prejudica rivais e não ganha “respeito”, mas ai vc ganha em um minigames - missão secundária de ter que ficar se jogando na frente de carros para pontuar sendo arremessado longe (esse é só um exemplo de uma missão secundária).

No final o seu “respeito” é consumido através das missões. Então a perspectiva de ser membro de uma gangue não existe uma vez que o respeito é meramente uma barrinha do quanto vc pode ou não seguir no jogo. Fora que todo o plot tbm se perde quando o personagem passa 99% do tempo mudo (até onde joguei ele DO NADA falou uma parada em uma missão e foi algo pra ser cômico pq o GAT toma um susto).

A franquia é galhofa afinal temos invasão alienígena e inferno em títulos futuros, mas eu imaginei que aqui as coisas fossem ser mais roots ou “normais” e divertidas. Perdi total minha paciência em ter que quebrar o ritmo de gameplay indo fazer missão secundária chata. Pq das duas uma: ou tu vai alternando secundária com principal ou tu mete um grind nas secundárias logo de início. Mas tipo, se tu meter um grind tu vai ficar papo de umas 4 horas só jogando coisa totalmente aleatoria pra aí então ir pra gameplay e história que “vale a pena”. Pq tbm tem isso, a história é fraquíssima. Até onde joguei a parte da gangue do King foi o ponto alto (única gangue que conclui).

Resumo: jogo chato, sem amor, sem graça, longe de ser cômico e divertido igual os futuros e com uma obrigatoriedade de gameplay completamente sem sentido. Quer saber sobre a história? Joga não, prefira ler um resumo com spoiler por ai, pq é oq eu vou fazer.

Duas estrelas só pra não negativar tudo tbm, pq a história msm que ruim tem um ponto alto como eu falei, o combate é tosco, mas funcional e o jogo funciona de forma minimamente fluída.

A melhor história da franquia

Gears 3 fecha com chave de ouro a história da trilogia, msm deixando uma coisinha aqui e outra ali sobre o background de como tudo aquilo aconteceu, mas a introdução do passado do Marcus e da família dele na história foram delícia demais. Sobre o Cole, achei beeem mais ou menos, acho que prefiro ele como secundário de suporte que só fala umas paradas engraçadas msm. Aqui tbm tem a conclusão do arco de personagens e o jogo faz isso de forma mt legal e digna, o que tbm é um ponto positivo.

Gameplay é idêntica aos outros dois, mas obviamente refinada e continua delícia. Ponto positivo tbm foi a diminuição (msm que leve) das missões em veículos como no segundo game. Aqui ainda tem, mas a maioria é mais divertida do que foi no anterior, tirando a do último capítulo no submarino embaixo d’água que eu achei MT chato aquela parte.

Levei design MUITO bom que se segura MT bem até o começo do último capítulo, mas que eu senti que se perdeu um pouco e fico fraco, mas logo depois retomou a linha que estava antes. Inclusive o jogo tá LINDO, assim como o 2 no Series, mais uma vez parece remaster.

Por fim, tem ali os modos online, horda e tal que já são bem bacaninhas de jogar, inclusive dá pra fazer sessão com bot, mas o divertido msm é com amigos.

No geral é um ótimo jogo, fecha bem a trilogia, tem a história como ponto forte, peca levemente no level design pro final do game, tem sessões chatas, mas é uma experiência sólida. Não lembro do Judgment, do 4 e 5 e vou rejogar, mas já tenho o sentimento de que algumas coisas vão precisar de um “ar novo” para não cansar e extrapolar essa fórmula que é funcional, mas que não dá pra ser só assim.

Se não tivesse falas problemáticas eu poderia terminar e até dar uma nota maior, mas frases como as abaixo impossibilitaram:

Mulher diz para Bond: "Eu posso fazer alguma coisa se vc me desamarrar" e Bond responde: "Em circunstancias diferentes eu pensaria duas vezes sobre isso"

Mulher diz para dois homens negros: "Tira as mãos de mim seu macaco"

Essas são frases que não devem ditas em lugar nenhum, independentemente do tempo, mas infelizmente em um passado como 2001, eram vistas como piadinhas. Eu não gostaria nem de reproduzir isso aqui, mas fico com a sensação do dever de avisar sobre o conteúdo do jogo.

Ele até tem uma jogabilidade interessante ao mesclar as partes de ação e até mesmo direção nas fases com veículos e a dificuldade as vezes é meio esquisita ainda mais por conta dos checkpoints serem totalmente fudidos de sem noção, pois as vezes é morrer e voltar a fase toda ou metade dela.

A história não chama atenção, é um clichê bem louco e pouco explorado ou aproveitado, ainda mais pq eu simplesmente não gostou nem um pouco do tema clonagem, então levarei isso em consideração também.

A experiência estava sendo agradável até então, obviamente tinham algumas piadinhas nível James Bond, mas as duas frases que citei aparecem em sequência na penúltima fase do jogo e ambas quebraram o sentimento que eu tinha construído até então e a minha vontade de terminar. De 3, minha nota cai para meia estrela que é a nota que eu uso para tragédias que não dão para completar.

Dormi de tédio na direção e capotei a diversão

Quase tudo nesse jogo remete aos clássicos NFS do PlayStation 1. Vasta variedade de carros, belos cenários, o estilo de perseguição policial e trilha sonora legal, mas ele se perde na quantidade absurda de corridas e temáticas iguais que o tornam extremamente repetitivo e tedioso com o passar do tempo.

São 78 eventos onde você é apenas um corredor e 63 eventos de temática onde você é o policial. Ou seja, são 141 eventos que repetem MUITO por si só, mas também por conta da elevada dificuldade em alguns casos que fazem a repetição de uma corrida ultrapassar uma dezena de vezes. No meu caso, teve um time trial onde eu precisei repetir 14 vezes para concluir.

Falando sobre essa dificuldade, o problema dela é artificialidade que esta também totalmente atrelada a jogabilidade. A fluidez da direção não é tão boa, ainda mais pelo fato da altíssima velocidade que você vai estar em 90% das vezes. A direção arcade não funciona bem em vários momentos, principalmente em curvas e transições de faixas para desviar de carros, ai junto disso a colisão com os adversários e a polícia torna tudo muito fácil de se perder a paciência. Um exemplo é a quase certeza de que uma colisão dos adversários com o tráfego vai fazer um dos dois serem direcionados para te atingir tal qual um imã.

É uma pena pq o jogo tem uma proposta MUITO interessante, mas que pra mim falhou na entrega de uma completa diversão por conta desses fatores que são repetitivos na gameplay. Poderia ser muito melhor pq a seleção de carros é excelente e o mapa é maravilhoso. Mesmo não sendo mundo aberto, constrói uma boa exploração em várias corridas que passam por mais de um ecossistema que vão desde florestas, a costas praianas, deserto e colinas com neve, onde todos possuem uma fidelidade absurda com os primeiros cenários da franquia. Os cenários são um verdadeiro remake dos cenários dos primeiros jogos e esse é o fator mais legal do game na minha opinião.

De resto, o game apresenta um modo online que eu não achei nem um pouco divertido, pois além dos fatos que eu mencionei que atrapalham a jogabilidade, no online a instabilidade de rede que separaram as pessoas faz com que tudo seja ainda pior, então, simplesmente não foi legal, joguei apenas duas corridas e parei.

Vale a pena? Talvez para conhecer o game, mas não para uma jogatina completa a ponto de zerar o jogo. Tem coisas melhores por aí.

Aqui jaz o pew pew

Sim, eu teoricamente estou extremamente atrasado em só ter tentado jogar ele atualmente, mas sei lá né, vai que... Bom, isso foi o que eu pensei.

Acho que todo mundo sabe que ele não tem modo offline, quer dizer, tem ali dois modos, um chamado sobrevivência que funciona com ondas de inimigos sempre repetitivos em alguns cenários e um modo combate contra a CPU onde, quem coletar 100 fichas primeiro vence. É como se fosse um online, só que offline, que até da pra jogar com amigos. Agora, ambos os modos são chatos e extremamente sem carisma.

Beleza que eu não posso esperar nada de um modo offline para um jogo que nunca se propôs a ser assim e que nem tem uma base grande de players, então talvez eu nem tenha do que reclamar.

Fui testar o modo online, ver se achava partida e achei, inclusive beeem rápido. Agora, se minha felicidade por ser fã da franquia (menos da última trilogia) e por ter achado partidas se mantivesse enquanto eu jogava o online....

Cara, simplesmente surreal o multiplayer. Tem tudo pra ser divertido, mas eu só peguei partidas com absolutos VICIADOS. O jogo tem uma variedade grandiosa de skills e os personagens com habilidades de esquiva e jetpack estão aos montes enquanto eu estava ali, sem nenhum perk legal. É tipo você tentar jogar Fortnite no modo construção contra os viciados, você fica totó da cabeça com tanta coisa acontecendo ao msm tempo e sem tempo de reação, é só bizarro.

O modo online desse game se tornou um reduto de viciados, até msm pq o hype ou motivação de jogar esse jogo já morreu faz tempo. Sem chance pra um novato no game como eu querer ter algum nível de competitividade e diversão. Jogos online por aí tem aos montes, mas uma pena que o pew pew morreu.

Melhor DLC de Resident Evil?

Para responder a pergunta do titulo eu vou ser direto: SIM
Mas convenhamos, não era pra ser uma DLC né, dona Crapcom Capcom?

Como eu disse na minha review do remake, essa nova prática de fazer o jogo render, tal qual botar água no feijão não me cativa, mas é o que é. Lançam o jogo base e depois vão lá lançar um conteúdo adicional que já deveria ter vindo de primeira, ou até mesmo ser gratuito, mas pq não cobrar por isso já que o Gabriel e muitos outros vão comprar no dayone, não é mesmo? Bom, ser fã tem dessas.

Mas, deixando o criticismo de lado, realmente a Capcom amarrou todo o conteúdo de Resident Evil 4 Remake de um jeito fabuloso, pois agora a história tá completa. Tudo o que pensávamos que estava faltando na campanha principal, está aqui e isso já era meio que uma suspeita forte por grande parte das pessoas, então, não tenha medo de experimentar se esse for o caso.

Vamos revisitar muitos lugares da campanha principal, mas também vamos ter sessões completamente novas, eu diria que acaba ficando 50 - 50 nesse quesito entre novo e "velho". Agora, a gameplay faz muito mais uso da grappling gun, sendo, em alguns momentos, fundamental para sequências de batalhas, que inclusive apresenta uma belíssima variedade de novos confrontos contra bosses.

A história segue a mesma linha obviamente, mas ela está muito mais amarrada e explicada, fazendo com que você já seja cativado pelo modo com menos de 5 minutos de gameplay, o que é bom demais. Inclusive, na campanha principal tivemos uma melhora significativa do papel do Luis na narrativa e, aqui, isso aumenta ainda mais, pois vemos mais das interações dele com Ada nos momentos que ele não estava com Leon. Além disso, sabemos que o pano de fundo dessa missão tem o Albert Wesker, pois isso já estava claro no jogo original, mas aqui ele aparece MUITO mais e isso também é do cacete.

Resumidamente, é uma DLC fundamental para a total compreensão das novidades que o remake trouxe, por mais que a gente saiba o pano de fundo por conta do original, eu considero essa DLC obrigatória, pois duas coisas acontecem envolvendo o Wesker (uma acontece na metade do gameplay em diálogo com a Ada e outra na cena pós-crédito) e isso tem o poder de trazer grandes coisas para a história como um todo e até, quem sabe, fazer os fãs sonharem com dois possíveis remakes em especial.

Agora que eu falei muito bem da parada, vou fazer dois adendos no final, que inclusive foram os fatores que me fizeram deixar de dar nota máxima.

Problemas sérios notados no dia do lançamento, dia esse que eu joguei, zerei e faço essa review:

Problema 1: não sei se é problema do jogo no xbox ou se foi uma falha da Capcom no port para o console, mas a campanha não mostra nenhuma das novas conquistas, o jogo segue mostrando apenas 1000g. Vi algumas outras pessoas relatando o mesmo problema no twitter e, até o momento, não vi nenhum posicionamento da Capcom ou do Xbox.

Problema 2: O jogo já lançou faz 6 meses e até hoje o desempenho no Xbox Series S não é fluido. O modo exibição que mostra o jogo em 1440p - 45 frames está, em grandes partes e cenários, simplesmente cagado com texturas em baixíssima resolução, flickando e até não carregando e isso é um completo absurdo. É algo que até certo nível afeta a gameplay, mas não destrói, até mesmo pq podemos optar pelo modo desempenho 1080p - 60 fps, mas no fim fica um leve amargor por não ser 100% fluido como deveria.

Sem querer ser defensor de plataforma ou qualquer coisa do tipo, mas parece que o desempenho do series s é propositalmente deixado de lado para se aproximar do PS4, pois não dá pra entender como a mesma engine e menos de 2 anos fizeram o Village rodar tão bem no Series S e, agora, o Remake rodar de forma esquisita. Não quero ser conspiratório nem nada do tipo, mas é doido isso.

Deixa eu atropelar uma pessoa aqui rapidinho

Não tem nada muito novo para escrever sobre esse jogo que as pessoas já não tenham lido por aí, mas agora que ele vai sair do Game Pass eu peguei pra zerar mais uma vez e me lembro como se fosse ontem do Gabriel, ainda com seu xbox 360 lá em 2013, descobrindo um novo GTA que não era fake igual os GTA Rio de Janeiro e derivados que só usavam skins no mesmo San Andreas da vida.

Eu acho que já zerei esse jogo umas 3 ou 4 vezes e de fato ele é bom, mas como eu to aqui pra falar sobre algum ponto diferente do que todo mundo já leu ou falou, vamos decretar que a fama dele é pelo modo online e não pela campanha, certo? Que se ele não tivesse o online que tem, estaria bem "apagado" tal qual o seu antecessor com Niko Belic dando rolê para o boliche.

GTA V é bom, tem bons protagonistas, ótimos antagonistas, mas rejogando agora mais uma vez, veio a perspectiva de que ele poderia ser melhor aprofundado se não desse tanta ênfase em dividir a história em 3, que por mais que ela seja dividida, funcionou muito bem e isso não é uma crítica ferrenha. Mas basta vc olhar para o Franklin por exemplo que já no começo parece que trará um contexto bem atrelado as gangues, mas isso fica beeeem esquecido no decorrer do game. O Michael e o Trevor que tem suas história e background mais desenvolvidos, mas mesmo assim é notório o espaço de que caberia mais desenvolvimento ali. Outro exemplo: o envolvimento do Michael com o Madrazo poderia ser mais explorado e não só voltar do modo como volta com o Trevor sequestrando a mulher dele (isso é mt bom inclusive, mas poderia ter mais além disso). As missões para o FIB não são tãaaao legais, pelo contrário, elas são mais enfadonhas do que qualquer outra coisa.

Por falar em missão chata, outras várias tanto das principais quanto das secundárias estão presentes no jogo, como as de caça, salto e a marcha da maconha são exemplos. Por fim, acho que é isso que eu poderia trazer de "novo" por hora. Não lembro dos GTA 3, Vice City, Libert City e por aí vai, mas no retrospecto dos 3 últimos que estão mais frescos na minha memória, San Andreas e o 4 estão BEM a frente do V em questão de história e desenvolvimento dos personagens. Aqui muito coisa parece superficial e sem um maior aprofundamento, o que torna uma pena por 3 personagens que mereciam um jogo completo e não uma divisão como foi feita.

Modo online, que embora eu quase não tenha jogado, não terá minha atenção e não influênciara na minha nota. Aqui é única e exclusivamente atrelada a campanha que é boa, mas cheia de nuances que faz inclusive uma revisita se tornar bem cansativa.

Ainda é Crash, mas não é Crash

É engraçado escrever esse titulo, pois por mais que o jogo tenha o nome, personagens, estética e tudo que você encontra nos primeiros 3 títulos, principalmente no último já que esse aqui é quase que uma cópia descarada, ele ainda sim passa toda a sensação de não ser um Crash, mas sim isso, uma cópia vazia e sem alma.

Os gráficos são interessantes, a trilha sonora é bem boa, mas a essência do que fez a franquia ser o que é que são com boas fases, jogabilidade complicada porém justa e inovações de gameplay, não se fazem presentes aqui, já que em termos de história podemos passar adiante pois isso nunca foi o forte mesmo.

TWC entrega fases genéricas e com level design muuuito aquém do que foi feito anteriormente, basta pensar que nos jogos anteriores, você ia tendo uma crescente de dificuldade a cada warp room e tendo uma "lógica" em termos da estética delas, aqui isso não acontece, pois ele cisma em entregar fases que não dialogam entre si e que não possuem o apelo para engajar na jogatina, principalmente pela quantidade exorbitante de fases com veículos que se no 3 já enchiam o saco, aqui então...

Falando sobre o desafio do game como um todo, vários inimigos são desnecessários. Antes você tinha que ter, mesmo que simples, uma estratégia para não morrer ou perder um Aku Aku, aqui em vários momentos os inimigos não representam uma ameaça e você pode simplesmente contorna-los sem nenhuma dificuldade. Sobre os bosses, esses são tão sem graça e chatos de enfrentar quanto assistir 40 minutos de uma preguiça dormindo.

Por fim, acredito que tudo isso passaria de boas se a jogabilidade não fosse tão travada e lenta. Em muitos pulos ou sequências que demandam isso, parece que o Crash comeu uma feijoada e está com um pouco de gravidade, pois ele é lento para pular e lento para cair, mas vou fazer uma ressalva sobre esse item pois eu não lembro se o os anteriores eram assim também, pois minha memoria está muito mais atrelada aos remakes recentes. De qualquer modo, a jogabilidade nesse game aqui não é das melhores e envelheceu mal.

Resumindo: é Crash, mas não é Crash. Tem seu valor por ser a primeira entrada da franquia na era do PS2, mas não inovou em absolutamente nada. Talvez por ser também o primeiro titulo fora das mãos da Naughty Dog e como o último foi sucesso, repetiram a fórmula. Mas se pensarmos bem, talvez foi esse jogo aqui que decretou que esse estilo que o Crash vinha tendo, não era mais tão interessante de seguir, pois não foi um sucesso aclamado igual os outros, mas não pq a formula é ruim e sim o produto. Então, nota 2,5 que no meu modo de julgar significa o meio termo, que não fede, nem cheira.

Até que é legal hein

O modelo de jogos casuais pode ter a sua melhor representação nesse título, pois o que ele fornece de diversão é muito grande. Parece um jogo que vc encontra facilmente no celular? Parece! Mas estamos falando de 2010 e nem sei se na época tinham bons jogos mobile pq eu simplesmente não tinha um celular. Então, pra videogame, em 2010, um joguete casual decente.

Ele apresenta um modo campanha com 40 fases/desafios distintos que crescem em dificuldade e mais 7 modos alternativos que são temáticos. Os meus preferidos são o Pôquer que justamente vc precisa combinar as linhas de cores e elementos para formar pares, duplas, trincas e etc, e o modo escavação que me lembrou o jogo motherload, onde quanto mais se escava, mais itens e relíquias vc acha para ganhar mais pontos.

É diferente do que a gnt vê de forma bem fácil por aí nos famigerados jogos grátis de celular que são cheios de anúncios.

Bejeweled 3 dá um BANHO em muita coisa tosca do mesmo estilo que tem por aí. Foi boa a jogatina, quase completei todas as conquistas, mas pra isso eu teria que dedicar todo meu atual momento nisso, então não.

A sombra do que foi a campanha principal

Lançada em 2011 e jogado apenas agora, mas dá pra notar claramente o que começou a ser o movimento de DLCs totalmente dispensáveis com intuito apenas de arrancar dinheiro das pessoas.

Raam’s Shadow deveria ser um conteúdo extra desbloqueavel no final da campanha principal e olhe lá. Possui quase duas horas de gameplay, mas não empolga não. Ali no capítulo 3 quando na universidade tem um climinha que se aproxima do terror e isso traz uma sensação de que vai ser algo diferente, mas logo logo a sensação vai embora.

A história se passa antes dos eventos do primeiro game em uma linha do tempo que eu não entendi se era antes ou depois do Judgment, mas enfim, no final não fez diferença. Faz uma introdução ao vilão e Boss do primeiro jogo, o General Raam e o foco é no esquadrão Zeta que inclui personagens que aparecem no primeiro, mas que são BEM sem carisma. Único destaque daqui eu diria que foi a introdução tbm do Jace que aparece na campanha do 3, mas cara, dlc sem sal essa, diferente de todos os jogos da franquia até agora, essa dlc foi a que eu comecei a desejar e ansiar pelo fim da jogatina.

Nem a parte de jogar com o próprio Raam salva, pelo contrário, é MUITO chata.

Um curioso caso de amor e ódio por esse jogo

Eu tinha dito lá na review do 3 que não lembrava de muita coisa dali em diante dos outros jogos e que esperava que existissem algumas ideais diferentes para não cair na mesmice, afinal esse é o quarto titulo da franquia. O resultado, revisitando o Gears 4 é de que continua tudo a mesma coisa. Tive um respiro ali no Judgement com o estilo mais "arcade" ao estipularem certos objetivos e estilos de gameplay a cada sessão e vi com mt bons olhos a inovação para tirar o mais do mesmo da tela.

Não que eu quisesse o mesmo estilo aqui no 4, mas ele poderia ter talvez inovado em alguns outros aspectos que eu honestamente não sei em quais, mas o sentimento de cansaço foi bem grande nessa gameplay e só me faz ficar confuso com relação aos meus sentimentos por esse aqui.

Ele traz sim MT novidade, com muita coisa refinada, inclusive a gunplay é a mais satisfatória até o momento e é muito gostoso de estourar os locusts com a gnasher pq a sensação de hitbox é maravilhosa. Além disso, a história se expande MUITO. É o típico jogo que não vai te contar nada, mas sim criar algo para a sequência e tá tudo bem nisso, acontece que o desenrolar para contar essa história é beeeeem mais ou menos. O inicio do jogo até meados do ato 3 é MUITO chato. A introdução dos inimigos robôs faz todo sentido para o plot, mas enfrenta-los é realmente chatinho. Vc começa tendo "flashbacks" dos eventos anteriores e tá tudo cheio de ação e do nada vc é transportado para a gameplay mais parada para introduzir os novos personagens e ai vem mais de dois atos só enfrentando robos chatos então a cadencia do jogo no começo se perde por completo. Começa a ficar bom quando os locusts são novamente introduzidos, aí o jogo "volta" a ser Gears, pq antes parecia qualquer outro shooter sem alma.

Ainda sobre a história, se fez necessário de fato a introdução dos personagens clássicos e até certo "fã service" com eles pq se dependesse somente dos novos... ia ser esquisito a parada. JD e Del são personagens beeeem ok para dizer o mínimo. Kait sim é a protagonista e nós nem jogamos com ela. Na real todo o plot fica por conta dela, mas parece muito uma dualidade dela ter importância, mas ao msm tempo nem tanta. Inclusive porque a troca de falas entre os 3 e até mesmo depois quando o Marcus aparece, muitas vezes tem os 3 personagens falando mais entre eles e menos com ela. Ainda sobre as falas, tentaram forçar MUITO o lado mais cômico e várias vezes é sem sentido algum, inclusive o Marcus aqui possui uma personalidade mais brincalhona e "tiozão das piadas" que não se viu em nenhum momento nos jogos anteriores. Por fim, é engraçado como eles nunca viram determinados inimigos e falam deles, chamando por nomes como se fossem algo super normal e eu fiquei tipo "wtf"...

Agora, uma coisa extremamente positiva assim como a gameplay é o visual que PUTA MERDA, que jogo lindo e fluido. Lembrar e pensar que saiu em 2016 e comparar com jogos de hoje em dia que a gnt recebe as vezes tudo cagado e mal otimizado é de ficar doido.

Resumindo, o meu amor e ódio pode ser descrito da seguinte forma: ato 1 até 3 capitulo 2: odio. ato 3 capitulo 3 até o final: amor. O jogo é legal, mas precisa de um empurrão goela baixo no começo pra engrenar e manter totalmente entretido na historia, mesmo sabendo e já suspeitando que não vai te entregar muita revelação, tirando é claro aquele negocinho que aparece lá na última cena...

Na minha memória era melhor

Incrível como uma franquia consegue ser forte em diversos títulos ao longo do tempo. American Wasteland possui dois modos principais o "classic mode" que é o famoso construido lá no começo com missões de total de pontos, pegar a fita e outras coisas, mas rejogando não gostei tanto por repetir cenários de títulos anteriores com os mesmos desafios (Mall, Chicago, Dowtown e Oil Rig) são lugares que muita gente já experimentou nos jogos anteriores. Então parece que foi um "soft remaster" de cenários, já que os lugares mencionados figuraram em títulos do PS1 e no PS2 os gráficos melhoraram.

Com isso, ficou notorio que o foco desse game é o "modo história". Aqui, você é um jovem delinquente que vai para Los Angeles em busca de uma vida melhor e ser um skatista famoso. Ao chegar e conhecer uma garota chamada Mindy, ela o conta sobre a ideia dela e de amigos de construir o "Rancho" um parque gigante de skate. Dai que o jogo se desenrola, Mindy vai te apresentar a muitos personagens loucos ao longo de diversos cenários novos e belíssimos para fazer as maiores doideiras para construir o tal rancho.

Embora os locais sejam belos e icônicos, muitas das missões são chatinhas pra caramba e o jogo se mostra extremamente longo para a proposta. Muitas vezes o avanço da história parece um grande tutorial pois só te ensina a fazer manobras para conclui-las. Então você evolui ao longo do game, mas a um custo de se tornar cansativo.

A gameplay é excelente e com a trilha sonora, dá muito engajamento em seguir jogando e desbloquear os cenários para jogar no modo livre também com a exploração dos locais. Um jogo muito importante para o PS2, o que eu joguei isso aqui lá em meados 2007 com os amigos é brincadeira, mas hoje em dia, não sei se é a melhor das experiências por conta da repetitividade do modo clássico e do modo história cansativo.

Bem legal, mas será que necessária?

Hivebusters é uma DLC curiosa. Ao mesmo tempo que ela é linda, divertida e bem construída, ela é desnecessária por não agregar absolutamente nada na história de uma forma que vc pense "ah, legal, preencheu essa lacuna".

Na verdade ele até preenche, pois dá a lore para o modo de jogo fuga, mas ele é apenas um modo de jogo multiplayer onde precisamos nos infiltrar em uma colmeia swarm para infecta-la com um veneno e escapar. A DLC conta como chegamos a conseguir essa toxina. Na campanha principal, em momento algum a gnt joga ou vê isso, então ao mesmo tempo que é legal, não complemente em mt coisa.

Agora, ela deixa uma possibilidade em aberto para ser desenvolvida no próximo jogo, pois a toxina é usada contra os swarms, logo.... é uma teoria que poderia ser legal de ser abordada, então vamos aguardar o que a Coalition vai fazer.

No mais, personagens são carismáticos e se encaixam MUITO bem, mais uma vez os cenários são deslumbrantes e o divertimento é garantido. Vale a pena jogar, principalmente pegando através do game pass, então é uma gameplay obrigatória para a franquia, ainda mais por ser curtinho.

O puro suco do mal gosto

Existem duas versões do Director's Cut, vou avaliar as duas tendo jogado somente uma, mas vocês vão entender o pq. A grande diferença desse para o outro foi a tenebrosa mudança em algumas partes da trilha sonora que deixam o jogo bem diferente (pra pior), além dos controles voltados em especial para o dualshock.

Além desse crime cometido contra a primeira trilha, e de fato foi crime mesmo porque o "compositor" dessa versão foi indiciado por fraude quando fingia ser um compositor surdo, mas que na verdade ele não era e por usar ghostwriter, tivemos a adição de um novo modo de jogo que trazia roupas novas para os personagens, sequencias com tomadas de câmera em diferentes ângulos e itens em lugares diferentes para um frescor no jogo.

No geral, melhor seguir com a primeira versão do jogo mesmo pq a trilha sonora estraga tudo, mas nota 3 pq ainda é Resident Evil.