Horas e horas na infância

É o melhor do seu gênero? Não! Mas olha, como é divertido. Se você não achar ele divertido, tudo bem, mas esse aqui tem um lugar no meu coração e por isso eu acho ele melhor até do que realmente é. Dificuldade bem elevada que vai aumentando bem conforme os níveis vão subindo, mas nada que um macetinho aqui e ali não ajudem a completar o game que inclusive não é longo. A gameplay é precisa e gostosa de se jogar, aliado a um level design muito bom e uma trilha sonora belíssima. Talvez seja minha nostalgia falando mais alto, mas eu amo esse jogo.

Melhor que o primeiro, mas ainda não é memorável

Achei que evoluiu bem pouco em comparação com o primeiro e sofreu da mesma questão de evolução nos controles, então no geral a gameplay é basicamente a mesma coisa. A história me prendeu mais do que no antecessor e no final das contas me proporcionou mais diversão também por conta do level design das fases que é muito mais legal que o primeiro, nesse ponto ele foi mais ambicioso. Vale a pena experimentar.

Pq tão difícil?

Apesar da dificuldade bizarramente elevada é bem divertido, ainda mais se vc aceitar jogar nas dificuldades menores pra conseguir avançar legal. Digamos que ele tem 2 "capítulos" com 8 missões em cada e com levels design muito bons e trilha sonora que casa muito bem. Para mim não é o melhor do seu gênero, mas ainda sim é um game que vale ter na coleção para uma jogatina muito de vez em quando.

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A definição de porcaria

Essa é a segunda vez que zero o jogo e inclusive me forcei a fazer 100% das conquistas pois não era algo tão absurdo de demorado, mas foi algo pouco divertido. A memória que eu tinha desse game com o que eu experimentei novamente foi bem agridoce.

Começando pelo terrível e péssimo port para PS4 e One onde o jogo é absolutamente igual ao original de 360, sem nenhuma mudança ou otimização gráfica, rodando porcamente em 30 fps, cheio de problemas de áudio onde um tiro de fuzil sempre parece que está sendo dado dentro da sua cabeça de tão alto e diversos outros bugs que fizeram a experiência ser bem desgostosa.

Eu não lembrava de nada depois da morte do Vaas e agora eu me lembrei o pq disso que é pelo jogo se tornar MUITO fraco dali em diante. Hoyt, o vilão principal é sim mais insano que o Vaas, mas não é tão carismático quanto ele, fora que as missões após a morte dele, são beeem chatinhas, mas o contexto geral do game e todo o restante são bem bons.

Feliz por ter acabado, pois agora ele será desinstalado e nunca mais será tocado. Uma total decepção que, com certeza, nessa jogatina, está mais atrelada ao fato porco como o jogo está rodando. Em quesitos de jogabilidade, história, progressão e exploração, continua sendo um jogo bom, mas esse port aqui, jamais pode ser considerado um port digno de ser jogado. Vá atrás de outras versões e seja feliz conhecendo uma verdadeira definição de jogo.

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Façam mais remakes assim

Foi em uma tarde de 2005, ao ir na casa de um amigo, que pude jogar pela primeira vez o Resident Evil 4 e eu nem sabia da existência dele, pois naquela época ter uma boa internet era difícil e eu ainda tinha o meu PS1, então eu achava que o ápice da franquia era o Resident Evil 3, mas já existiam outros no mercado. Após 20 minutos de gameplay na parte da Ilha, pois ali era o save desse meu amigo, eu fiquei encantado com tudo que eu vi, um sentimento bem parecido de ter visto Resident Evil pela primeira vez na vida, mas foi isso, 20 minutos que passaram tão rápido e que eu só pude matar a vontade de jogar novamente dois anos depois, em 2007, quando meu tio me deu o PS2 de aniversário.

Foi uma sensação incrível poder jogar, pelo tempo que eu quisesse e sem interrupções, um dos melhores jogos que tinha para o console. De todos da franquia, Resident Evil 4 foi, sem dúvida alguma, o que eu mais joguei e zerei. Foi onde meu amor pela franquia se consolidou e quando anunciaram esse remake, minha alegria e ansiedade foi absurda pra poder experimentar essa nova abordagem.

Após alguns dias com o game, uma zerada e a segunda jogatina já pela metade, minha review será baseada em uma análise geral do que experimentei até aqui, sem seguir muito a questão de linha do tempo do jogo, então vamos para a review:

O novo velho mundo: Acho que usar esse título para abrir a minha review faz todo sentido, afinal de contas é isso, um novo jogo, enraizado em um jogo velho. A nostalgia bateu forte sobre cada um dos cantos que eu passei entre os 3 segmentos do game(Vila, Castelo e Ilha). Existem trechos que são um copia e cola literal do antigo, existem os trechos que foram copiados, mas com o uso da liberdade criativa e existem os trechos completamente novos, que inclusive, são os que mais compõem esse remake. Então, não espere que você vai ter a mesma experiência, pq não vai.

Partes expandidas para melhor: Falando sobre pontos em específico, gostei muito de como eles modificaram a introdução da cena no carro até o encontro com o primeiro ganado (e já tínhamos visto isso na demo), mas agora com a cena completa, Leon e os policiais têm uma conversa que continua sarcástica, mas sendo mais apropriada para os dias de hoje. Inclusive o que resulta essa cena com o Leon na cabana com o primeiro ganado, é MUITO mais coerente do que no original, além é claro da primeira visualização de como que os inimigos vão se comportar durante todo o jogo com relação às mutações.

Agora sobre a vila, no original nós passamos 3 vezes por ela e, no remake tbm, mas aqui, a cada passagem, uma coisa nova (totalmente diferente das novidades do original) acontecem para fazer com que você tenha uma experiência muito diferente e isso foi magnífico, fazendo com que o backtracking seja muito mais divertido, instigante e recompensador (tanto em itens, como em história através dos files).

Toda a andança até o lago se manteve beeeem padronizada com o original, porém com mudanças essenciais e, principalmente, uma expansão MUITO grande. Antes, depois da luta contra o Del Lago, nós só tínhamos um lugar para explorar. Agora, nós temos 4 lugares diferentes para explorar depois do Del Lago. Bom, nem preciso dizer que é ótimo né?

Durante todo esse tempo nós somos introduzidos a puzzles que não são tão complexos, porém são divertidos e engajantes para completar, ainda mais pq nem todos são sobre progresso de história, mas sim para obter tesouros e armas, então isso encoraja muito a exploração pq obter esses recursos são cruciais para o game. Ainda sobre os puzzles, eu considero que os principais do original eram o da Igreja e da parte da Ashley. O que eu posso dizer é que, ambos, no remake, estão bem melhores. O da Igreja se mantém praticamente igual, mas é mais complexo de fazer agora e o da Ashley foi bem expandido, sendo agora uma sessão de puzzle com 3 partes, isso porque a gameplay com o ela é bem mais extensa e, principalmente, desafiadora.

Além disso, nós temos, MUITAS outras partes modificadas para melhor, principalmente pq deixaram de ser partes que eram incoerentes com uma realidade minimamente plausível de acontecer, por mais que o plot do jogo já seja bem louco, mas vou me reservar a esses comentários para não dar spoiler.

Sim, tivemos cortes tbm e MUITAS adaptações, mas será que isso é ruim?: Algumas sessões foram cortadas ou fortemente adaptadas. Por exemplo, tivemos um boss que foi totalmente adaptado e diverge opiniões (eu gostei da adaptação pq está mais difícil) e tivemos um boss cortado (que eu não senti falta alguma já que no original ele não tinha background algum, mas agora no remake acho que ele pode aparecer na sessão do Separate Ways com a Ada, principalmente pq esse boss é mencionado em files e, agora, tem background).

Sobre as adaptações, simplesmente TODAS, foram super bem elaboradas e fazem MUITO mais sentido para a história como um todo. Por exemplo, o Luís não morre mais no mesmo momento do original. Ele faz parte de uma boa sequência de jogabilidade com o Leon e se enquadra bem demais nessa parte. A participação dele na história é como um verdadeiro coadjuvante, diferente do original. A história dele foi muito bem contada e isso vale muitos pontos em geral.

Outra sessão bem adaptada foi a sequência onde os novistadores (inimigos que voam e são invisíveis) aparecem e em como eles se comportam (sobre isso não vou falar muito pois é uma novidade MUITO legal, só tente não ficar muito distraído nas partes que eles aparecem). E eles aparecem bastante nesse game, achei que até mais que no original.

Para finalizar sobre as adaptações, praticamente toda a galhofa que existe no original não está presente no remake e isso é uma ponto extremamente positivo, pois o jogo está mais sério, cadenciado, obscuro, com conexões muito acertadas, não dando brecha alguma para situações dúbias ou mal interpretadas sobre a história como um todo.

Vamos falar sobre os personagens: Aqui vou me reservar a falar apenas dos que mais interessam, então vamos lá:

Leon: Quando vamos assumir que ele é o protagonista masculino mais legal da franquia? Bom, ele continua sendo o sarcástico e debochado Leon do original, porém aqui com tiradas muito mais legais e coerentes para os dias de hoje. A forma como ele se importa com o que está acontecendo com a Ashley foi bem expandida até mesmo em diálogos que não fazem parte de cutscenes, mas sim do gameplay normal. Além disso, as interações dele com a Ada, que são primorosas em ter aquele flerte casual onde ele nunca sabe até que ponto pode confiar, tá bem legal de ver e fomos, também, livrados de uma frase em específico de quando ela deixa ele na ilha (ainda bem Capcom). Por fim, a relação com o Luís faz muito mais sentido, ele sente a morte do cara sim, mas é muito mais legal aqui.

Ashley: Construção, adaptação e melhorias primorosas. Ela não é mais chata como antigamente, com aquelas frases que se repetem a todo momento. Ela pede sim ajuda, continua sendo capturada, mas ela tbm é mais independente, mais esperta e agora ela mostra mais a fragilidade com frases durante a gameplay. Você se importa mais com ela do que sente raiva e ranço por ser uma personagem chata. Achei que está mais difícil dela morrer nesse remake, pois ela não tem mais o medidor de saúde, então se ela tomar hit dos inimigos ela vai ser derrubada e ficar ali (se tomar outro hit ela morre, mas é muito difícil disso acontecer). E quando ela está sendo levada pelos ganados, a área de hitbox dos nossos tiros, às vezes parece estar sobre ela, mas mesmo atirando não acertamos (mas não conte muito com isso, pois você pode sim matar ela com tiros). De modo geral, esse novo comportamento dela tira um pouco da tensão de ter que resgatar e cuidar da saúde e como ela está. O que foi adicionado foi manter ela a dois tipos de distância, o colado e o próximo e isso facilita na hora do combate, fazendo com que ela seja menos acertada pelos inimigos, mas manter ela mais longe, facilita com que ela seja capturada, então, uma faca de dois gumes, escolha sua estratégia.

Luis: Dinâmico, divertido, sarcástico e muito bem explorado. Foi desenvolvido com muita inteligência. Ele tem mais profundidade na história em geral, não só nas conexões com Leon e Ashley, mas com a Vila em geral e com a Ada e as motivações dela junto com outra pessoa…

Mercante: FALA PRA CARALHO. kkkkk brincadeiras a parte, isso é uma coisa que eu já li que está divergindo opiniões que é sobre a quantidade de vezes que ele fala algo quando você tá ali pensando em qual arma vai tunar, qual tesouro vai combinar para obter mais dinheiro e no fundo tá ele lá, rimando arsenal com carnaval (literalmente). Em ambos os idiomas, ele continua sendo o querido mercante. Eu gostei das novas frases e dos desafios que ele tem com as missões secundárias e os stands de tiro que se mantiveram, mas algumas pessoas não vão curtir tanto essa nova pegada dele.

Ada: Enigmática como sempre e aquela personagem que todos gostam. Muito bem desenvolvida por mais que ela apareça tão pouco durante o jogo (e já era assim no original onde ela só tinha mais destaque no Separate Ways, mas esse modo não está disponível no remake, pelo menos não por enquanto eu acho). Quando jogar, fique esperto para a cena pós crédito onde ela aparece.

Salazar: Excêntrico e exótico de um jeito muito legal. Ele não é tão caricato como no original, mas aqui ele aparenta ser mais sádico e doentio, inclusive em um file que aparece no jogo. Todas as cenas com ele foram bem legais. Uma ótima adaptação e construção de um sub-vilão mais digno de ter receio, pois no original ele era um aristocrata mimado que mais parecia que tinha um castelo de lego.

Krauser: Teve o background MUITO modificado, até mesmo no contexto geral da história dele com o Leon, pois aqui, a situação deles na Operação Javier (Resident Evil The Darkside Chronicles) foi bem modificada. O Leon sente muito mais a mudança que o Krauser sofreu, tendo ido para “o lado sombrio da força”. Ambos os encontros, luta de faca que tá MUITO legal e a luta na Ilha que tá um pouco mudada, mas ainda bem divertida, trazem esse lado de conflito moral entre os dois.

Sadler: O vilão que não tivemos no original. Lá, Saddler mais parecia um cara que comanda tudo sim, mas que não parece muito diferente dos outros vilões, ele só foi denominado como o comandante, mas não tem background para justificar a grandeza dele. Já aqui no remake, nossa senhora, nós sentimos o poder e influência dele durante TODO o game. Ele tem muito mais tempo de tela, provoca o Leon sem aquelas frases toscas, mas sim fazendo ele ficar puto com o que tá acontecendo. Além disso, falando sobre o background, espere uma grata surpresa sobre a história dele, pois o culto parece mais antigo do que o normal? Inclusive sobre isso, espero que seja ainda mais aprofundado na campanha da Ada.

Audio, dublagem, trilha sonora e gráficos, tudo lindo?: Sim, tudo lindo. A parte sonora do jogo, entre armas e inimigos, é muito mais contagiante. Você sente o poder das armas a cada tiro e em como elas impactam nos inimigos e sente a tensão de cada inimigo com os sons que os mesmos reproduzem. Seja perto ou longe, alguns deles vão fazer você ficar pensando em como seguir (Olá, Regenerator, essa parte é pra você). A trilha sonora é a mais presente em comparação não só com os remakes, mas também com o 7 e o Village e ela está muito delícia, em especial o rework que fizeram música de save. Sobre a parte gráfica, o jogo está muito bonito sim, mas a Capcom dessa vez deixou um pouco a desejar na otimização para os consoles. Jogando no modo Resolução, muitas vezes algumas texturas ficam flicando na tela ou não carregam, já no modo desempenho as texturas não flicam, mas em alguns momentos, demoram pra carregar. Sem dúvida alguma, a versão definitiva é a de PC, onde o desempenho está muito mais estável. Aguardando algum patch que corrija esses problemas nos consoles, pois até o momento isso ocorre em todos, com exceção do PC.

O tosco novo modo de comércio de jogos: É uma prática que tem se tornado comum no mercado, mas que é MUITO escrota. Para manter o título em evidência, eles dividem o conteúdo da parada. Tipo, o jogo saiu no dia 24/03 sem o modo Mercenaries e sem o Separate Ways. Aí, o Mercenaries chega no dia 7/04, ou seja, depois que o hype das primeiras semanas cair, vamos lançar algo para botar a parada em evidência novamente. Aí o Separate Ways, que ainda não tem data, vai seguir no mesmo fluxo, quando o game estiver a ponto de cair do hype, vão anunciar uma data e manter assim até lançarem de fato (fora que vai ser cobrado né). Então, é triste saber que esse modelo de negócio é o que há, e o que vamos ter que engolir se quisermos jogar as paradas que somos fãs, no lançamento. Por mais que isso não esteja intrinsecamente conectado com o game em si, eu preciso pontuar, mas não será por isso que eu irei, necessariamente, tirar pontos. Preciso analisar a obra como obra e é isso, mas cabe o ressentimento.

Considerações finais: Eu nunca escrevi uma review tão grande e dedicada quanto essa, mas eu não consegui não fazer isso para esse jogo que, hoje, se tornou o meu favorito da franquia e um dos meus favoritos entre todos os gêneros. Resident Evil 4 Original já é um jogão, mas o Remake conseguiu melhorar MUITO tudo que foi construído lá atrás. A Capcom aprendeu com os erros do remake do 2 e 3 e, aqui, conseguiu estabelecer o padrão correto de remake que deve existir na franquia.

Talvez a melhor versão do primeiro jogo

Como mencionado na review do Director's Cut Dualshock Ver, a única mudança entre os dois é sobre a trilha sonora. Pois tirando esse criação bizonha, todas as outras alterações que a Capcom trouxe nessa versão, foram bem boas. Como joguei a versão da trilha bizarra e isso é a única coisa que diferencia, acho justo poder relatar isso aqui e marcar também como jogado, afinal de contas, é 90% igual e estou montando minha lista definitiva de todos os Resident Evil, então, preciso passar por esse aqui com o registro.

O puro suco do mal gosto

Existem duas versões do Director's Cut, vou avaliar as duas tendo jogado somente uma, mas vocês vão entender o pq. A grande diferença desse para o outro foi a tenebrosa mudança em algumas partes da trilha sonora que deixam o jogo bem diferente (pra pior), além dos controles voltados em especial para o dualshock.

Além desse crime cometido contra a primeira trilha, e de fato foi crime mesmo porque o "compositor" dessa versão foi indiciado por fraude quando fingia ser um compositor surdo, mas que na verdade ele não era e por usar ghostwriter, tivemos a adição de um novo modo de jogo que trazia roupas novas para os personagens, sequencias com tomadas de câmera em diferentes ângulos e itens em lugares diferentes para um frescor no jogo.

No geral, melhor seguir com a primeira versão do jogo mesmo pq a trilha sonora estraga tudo, mas nota 3 pq ainda é Resident Evil.

O primeiro Resident Evil só que pra Nintendo DS

A ideia de usar a segunda tela e o controle de touch foi um adicional bem legal, ainda mais por conta da segunda tela ficar, a todo momento, mostrando o mapa, além do modo em primeira pessoa em algumas salas, onde você usa a faca para matar os inimigos. Além disso, foram incluídos alguns novos puzzles ao longo do game, mas nada que me cativou muito.

No mais, o game não tem nenhuma outra alteração em comparação com o clássico de 1996. Com certeza jogar em 2006, na comemoração de 10 anos da franquia e de fato com as mãos em um DS e podendo aproveitar todas as inovações ali e não em um emulador, deve ter sido fantástico.

Para hoje em dia, acho que vale mais a pena se manter nas versões de PS1 e Saturno.

Conteúdo extra de qualidade

Uma belíssima ideia de conteúdo extra que diverte e te encoraja a tentar diversas estratégias diferentes para concluir os cenários. Pega tudo que teve de bom na campanha principal e se utiliza de outras perspectivas para ter um charme próprio com visões diferentes para fins alternativos para alguns personagens. No fim de tudo, essa pequena porção extra de conteúdo que vem com o jogo principal, é mais legal, divertida e interessante que alguns outros jogos completos da franquia. Abaixo, falarei um pouco sobre cada cenário.

Sem tempo para chorar: Cenário difícil porém dá para completar já na primeira vez se você souber gerenciar bem os itens. A dinâmica de selecionar os itens das candybox é bem legal pois você não pode levar todos e faz com que você pense bem na estratégia. Além disso, o cenário pelo qual o Kendo passa é bem legal e a adição dos inimigos envenenados também foi certeira. Mais um minigame que não faz parte oficial do cannon, mas seria uma perspectiva interessante dele conseguir escapar de Racoon.

Fugitiva: Sem dúvida a melhor personagem feminina do game…. inclusive, de todos os cenários desses minigames esse também é o mais legal e quem sabe o mais fácil, com uma variedade de inimigos simples, porém divertida com destaque para o zumbi pálido. Não preciso nem dizer que também não é cannon justamente por como começa a parada com o Irons e como termina com o Ben.

Soldado esquecido: Cenário difícil, mas também dá pra completar de primeira sabendo gerenciar os itens e relativamente curto em comparação com os anteriores e obviamente maior que o último que se passa apenas na loja de conveniência. O mapa é legal e os inimigos bem idealizados com as armaduras que levam mais tempo para serem derrotados. O personagem é o Hunk, sem ser o Hunk e também não faz parte do cannon, principalmente pela cena final.

Sem escapatória: Mais um cenário bem complicado que por conta do espaço bem curto, faz com que você fique encurralado de forma bem fácil. Aqui, todas as variações de inimigos que apareceram nos outros cenários vão dar as caras em formato de “ondas” através de portas em específico. Diferente dos outros cenários, aqui não existe progressão, a meta é matar a 100 inimigos em um tempo determinado. Não faz parte do cannon.


O quarto sobrevivente (cenário que não faz parte do ghost survivor, mas como não tem nenhum uma página específica sobre ele aqui no site, vou falar sobre ele aqui mesmo): Cenário bem difícil sem ter uma estratégia já montada de como passar por tal monstro sem ter que enfrentar e quais recursos usar em momentos específicos. Sem dúvida alguma eu considero a missão mais complicada e de fato deveria ser por se tratar do Hunk. É um minigame interessante, mas que infelizmente não conta como cannon, uma vez que toda a trajetória dele dentro da RPD para escapar, esbarra em salas e monstros que já não deveriam estar ali. Na minha visão o Hunk sempre mereceu ter sua história de sobrevivência contada em um outro formato.

Esse jogo não faz sentido, mas é legalzinho

Bob Esponja esqueceu onde guardou a receita secreta do hambúrguer de siri sendo que na cena anterior ele guarda ela no bolso e o Patrick diz para ele procurar no bolso e o Bob diz que não está ali. Bob fica triste e com medo de onde a receita foi parar e todas as 10 missões (entre elas lutas contra bosses) são para recuperar alguns itens de uma festa que está rolando na casa do Bob e que, recuperando isso, vai deixa-lo feliz, pois estar feliz é a única forma de faze-lo lembrar sobre o local que ele guardou a receita.

Esse é plot do game, maaas obviamente o plankton está envolvido nisso tudo e é aí que tem um pouco a mais da história envolvida e de como ela se desenrola.

Tipo, no geral a história é bem sem graça, os elementos cômicos tão presentes nos desenhos não possuem o mesmo peso aqui, aliás eu não achei graça em nenhuma tentativa que o jogo fez para ser engraçado.

O jogo é um coletaton beeem modesto, com fases até que interessantes, inimigos bem simplórios, gameplay diversa em power ups e em geral game um pouco divertido para falar a verdade. É gostosinho de jogar, principalmente pela duração que dá pra fazer em uma tarde.

Uma experiência bem regular, com conquistas bem fáceis de conseguir também, tendo uma pessoa para jogar junto, dá pra fazer 1000G sem nenhum problema.

Queria muito que ele fosse melhor do que foi

Qualquer semelhança com Bioshock vai ser somente na estética, na ideia de poderes e tal pq em todo o restante é como dizer que o sósia do Piqué é igual ao Piqué, alias essa pode de fato ser a comparação, Atomic Heart é o sósia do Piqué e Bioshock é o Piqué.

O inicio do jogo faz muito jus a Bioshock Infinite, é tudo praticamente igual, com cidade flutuante, robôs, uma clara distopia e por aí vai, mas ele se perde ao tentar ser mundo aberto ao mesmo tempo que ele é linear. O mundo aberto inclusive é MUITO vazio, você simplesmente não tem nada pra fazer, as únicas sidequests são para achar os upgrades das armas e só. Fica muito chato vagar por esses cenários vazios de emoção, mas lotados de inimigos infinitos por conta dos robôs de reparo que consertam tudo que você elimina. Ou seja, exploração pouco recompensadora, onde você gasta recurso e não obtém algo de extremo valor ou de diversão.

A história é legalzinha, mas achei que o potencial foi pouco explorado e com um plot twist extremamente óbvio que deixa claro em um diálogo que acontece na metade do game, fez perder toda a graça pra mim e eu só fui pulando diálogo por diálogo para terminar o quanto antes.

Por falar em diálogo, até onde eu tive saco pra prestar atenção em todos antes de descobrir quem era o vilão da parada, eles se mostraram MUITO bons, dão um panorama ainda mais louco para toda aquela situação que está acontecendo e, para mim, esse é um dos pontos altos do game, além é claro, da Nora, disparado a melhor personagem do game, que eu inclusive acho que deveria aparecer mais vezes e não ter duas versões dela.

Sobre o combate, achei a linha entre o chato com o legal muito tênue. Devido ao mencionado anteriormente do renascimento incessante dos inimigos e a alguns deles serem muito chatos e pouco criativos (digo isso dos inimigos base), já os bosses eu achei todos bem bons e com dinâmicas interessantes para se enfrentar. Falando sobre isso tbm, não importa o quanto você upar suas armas de fogo, as armas de meele sempre vão ser mais fortes contra eles (vai entender).

Por fim, vou falar da pior parte desse game que é sobre a otimização porca do game no Xbox Series S. Poxa, o jogo rodar com resolução dinâmica tudo bem, mas 900p é de uma putaria sem tamanho. É isso mesmo, nas partes de cenário aberto o game roda a 900p - 60fps e em ambientes fechados o game roda a 1080p - 60 fps. Nas partes aberta o jogo é MUITO feio, tudo serrilhado, borrado, sem profundidade de campo, totalmente bizarro. Vários Npcs e sessões com texturas por carregar e sem carregar... muito deprimente mesmo. Um game lançado em 2023 que usa a mesma engina de outros games que estão melhor otimizados por aí rodando desse jeito é um abuso.

Legal que o game esteja no gamepass e devido a isso eu pude experimentar, mas olha, ainda bem que estava lá mesmo e faz parte da assinatura que eu jogo outras coisas, pq se fosse dinheiro gasto comprando ele, eu ficaria maluco da cabeça.

É um pecado esse jogo sem tão fraco

Tanto, mas tanto potencial desperdiçado que nossa senhora. O jogo tem uma das tematicas mais legais do mundo de corrida por representar os carrinhos de uma forma magnifica, porém tudo se perde na terrível qualidade das pistas e em como elas não são nem um pouco divertidas.

A dificuldade do game é bem quebrada, o normal é maluquice de difícil e o fácil é quebrado de como você completa uma pista sem o menor desafio pra cima de você.

Como disse antes a qualidade das pistas é MUITO ruim. Tentam criar aquela representação de ambientes com coisas gigantes já que estamos correndo com carrinhos de brinquedo, mas elas são chatas, não usam todo o potencial de uma possível exploração de cenário usando saltos e tudo mais, fora que existe um cenário que é totalmente não plausível que é o da construção do prédio. Tipo??? Se o jogo se baseia em um brinquedo, pq diabos teria uma pista em um prédio em construção? Faltou criatividade para as pistas, além de serem poucas as variações de fundos de cenários, tem sei lá, uns 5 cenários diferentes com em torno de 100 corridas que se repetem MUITO.

Pra consolidar a montanha de decepção, o modo de desbloqueio dos carrinhos é através de lootbox..... sim, isso mesmo. Você até tem como desbloquear eles com as engrenagens (dinheiro que ganha com corridas) mas é uma quantia muito limitada e que, pra desbloquear tudo organicamente, você precisaria se afundar no jogo para conseguir, fora que, ao abrir algumas lootbox, vc obviamente vai tirar muitos carros repetidos. Acho que não preciso dizer mais do que isso....

A jogabilidade não é de todo ruim, pelo contrário é gostosinha, mas todo o restante faz com que o game seja chato, vazio, e muito pouco interessante, onde o tédio vai te pegar em questão de menos de 1 hora de gameplay.

Castlevania teve um filho

Bebeu da água de Castlevania (por mais que eu só tenha jogado um Castlevania, dá muito pra perceber isso) da forma mais bela possível. Um bom jogo que conta com visuais bem bonitos, sistema de combate e jogabilidade MUITO precisas, uma história cativante contra demônios bem conhecidos e sidequests interessantes. Tudo isso faz com que Infernax seja um delicioso joguinho de umas 4 - 5 horas que você vai adorar experimentar.

Com 4 finais diferentes e as escolhas de moralidade dentro do game, o fator replay dele é bem interessante também. Agora, uma coisa que eu não gostei muito foi com relação a alguns bosses que são fracos e pouco marcantes. O jogo em si não é impossível ou mega difícil, ele tem dois níveis de dificuldade que você pode alterar a qualquer momento, mas sem dúvida alguma, existem inimigos comuns que são mais chatos que alguns bosses.

Cometi a loucura e comprei, joguei e me apaixonei.

Como tinha dito na review do GOW, fiquei muito tentado a comprar, mesmo sem poder e tendo várias coisas para usar o meu dinheiro, mas pra facilitar um pouco o meu lado, meti um gift card parcelado em muitas vezes e digamos que assim o meu bolso agradece. Agora, sem mais delongas, vou falar sobre o game, mas também não vou ser tão extenso, mas sim bem direto.

Maior, mais bonito, mais denso e complexo, mas será que melhor?

No geral ele faz as mesmas coisas que o antecessor, mas aqui a proposta é mais ousada e melhor definida, afinal de contas, toda a mudança que a série teve foi validada como ótima pelo público então agora é hora de continuar com as boas ideias. O combate segue o mesmo molde, com uns refinamentos, acréscimos e mudanças em alguns poderes e armas, principalmente pelo acréscimo de uma arma nova que eu não vou mencionar o que é pq nao quero limitar essa review com a flag de spoiler.

Achei MUITO mais fácil navegar pelos menus de confecção e aprimoramento de itens, porém, não sei se achei a melhor decisão fazer com que os recursos não sejam suficientes para upar tudo e, como o jogo ainda não tem +newgame no final, você vai se encontrar com muitos equipamentos que você gostaria de ver upado no máximo e não vai conseguir upar mais.

Na jogabilidade, as mecânicas de combate são ótimas, elas têm muitas camadas de complexidade e você pode escolher como lutar com estilos próprios ao mesmo tempo que mescla (e é bom mesclar mesmo pois você golpeia com mais força) vários combos com as armas diferentes e seus respectivos poderes. Agora, uma coisa na jogabilidade que eu não gostei muito foi dos vários pontos cegos que podem acontecer quando você enfrenta muitos inimigos ou os Bersekers (mini bosses chatos pra caralho) e uma miniboss (difícil demais) em específico que também não vou falar quem. Contra ela e contra alguns bersekers, por eles serem muito rápidos, eles acabam dando uma investida e ficando atrás de você no ponto cego, facilitando com que eles golpeiam e mesmo estando com mira definida nos inimigos, sofri com alguns bugs que ela simplesmente saia do foco e gerava um retrabalho no combate.

Os cenários são surreais de tão lindos, mesmo jogando no PS4 e tendo sim um serrilhado aqui e ali e uma resolução bem menor, essa versão não deixa a desejar em absolutamente nada. Dessa vez, vamos conseguir viajar por todos os reinos e a exploração deles vai mudar MUITO. Mesmo passando por alguns lugares iguais, a construção deles, por conta do finbulwinter, vai estar bem diferente e não com aquela sensação de “requentaram isso aqui”.

Atrelado ao cenário eu vou mencionar a exploração desse game que é algo delicioso de se fazer. Com uns 400 coletáveis que se misturam entre as sidequests eu não senti, em momento algum, aquela sensação de cansaço por estar coletando e explorando pq tudo é muito fluido e não é difícil de coletar (como aqueles jogos que botam as paradas mega escondidas). Você vai achando organicamente ao longo do game, ainda mais por ele ser de certa forma linear. As sidequests não são muitas e agregam MUITO valor a história, principalmente uma que você descobre em uma localização “secreta” (e esse secreta só está assim pq o local tbm é fácil de ser encontrado, basta finalizar uma sidequest em específico que o local vai abrir). Enfim, a exploração é uma das mais gostosas que eu já vi em um game.

História e personagens eu vou colocar junto pq não tem como estar separado. Aqui tudo é maior, desde a quantidade muito superior de pessoas que aparecem, quanto a profundidade que todos agregam para a história. Vai desde a um plot twist surpreendente que te deixa puto até o plot twist que te faz entender o que já aconteceu no outro jogo. Vai da simplicidade de uma personagem amiga até os profundos conflitos que ela mesmo vai fazer você passar. Vai de um encontro que ao mesmo tempo traz alívio e frustração. Vai da emoção de conseguir o perdão e, por fim, vai das lágrimas da perda de quem vai de vez e de quem só vai por um tempo.

Respondendo a pergunta do subtítulo, God of War Ragnarok é, sem dúvida alguma, top 5 dos melhores jogos que eu já joguei na vida.

Pq eu demorei tanto a jogar você

Em 2021, auge da pandemia, eu comprei um PS4 e prometi pra mim mesmo que eu jogaria todos os exclusivos do console. Um mês após a compra, uma promoção na PSN me fez comprar o God of War por uns 40 reais se não me engano, eu comecei a jogar, gostei muito e simplesmente do nada eu dropei e voltei a jogar qualquer coisa (inclusive muito jogo ruim) no lugar.

Ainda no finalzinho do ano passado eu parei e pensei "po, eu to com o PS4 lá pegando poeira, com a assinatura da PSN sem usar e só debitando na conta, com jogos que eu comprei e esqueci, vou voltar a jogar".

Quando eu dropei o GOW eu tinha acabado de chegar na serpente do mundo, ou seja, praticamente no inicio do game, mas mesmo assim eu comecei um new game e só fui jogando, ao msm tempo que eu jogava outros em paralelo já que eu simplesmente não consigo focar em uma coisa só.

Mas nos últimos 4 dias foi diferente, depois de finalizar Castlevania eu me afoguei em GOW e fui cada vez mais e mais pq o jogo é simplesmente fantástico. Eu não vou me ater a fazer analise sobre gameplay, história e por aí vai pq acredito que quase todo mundo tenha jogado ou visto gameplays por aí e sabem tudo que acontece, maaaaaas, caso você seja uma pessoa tipo eu, que dropou sem motivos ou ainda não jogou, apenas jogue.

De fato o Kratos não pula, a perspectiva mudou, o estilo do jogo está diferente, mas quem liga? Se o jogo fosse ruim, tudo bem, mas isso não acontece aqui. Você vai sentir raiva, vai sentir emoção, alegria e muitos outros sentimentos enquanto desfruta uma das melhores narrativas dos jogos e, sem dúvida alguma, a melhor da franquia até agora (ainda não joguei o Ragnarok e nem sei muita coisa sobre) mas estou quase cometendo a loucura de comprar.