2018

Gris foi um dos jogos mais lindos que já joguei na minha vida, tanto no sentido visual quanto no sentido narrativo.
A todo momento durante o jogo inteiro eu ficava impressionado com a beleza dele, cada cenário parece uma pintura das mais lindas. Constantemente eu fazia pausas para apreciar o ambiente e fazer algumas capturas.
A história é muito profunda e misteriosa, durante toda a jornada você vai tentando entender o que aconteceu com a Gris e pelo que ela está passando, aos poucos algumas peças vão se encaixando e se você optar por fazer a cena final secreta (recomendo imensamente) tudo vai se encaixar e você vai compreender toda aquela jornada e certamente se emocionar mais ainda. Uma das melhores narrativas que já vi em um jogo.
Os desenvolvedores deram uma atenção especial a versão de PS5, pois o jogo tem diversas interações usando os recursos únicos do Dual Sense, esse foi certamente um fator que me deixou mais imerso ainda na experiência do game.

Gris é uma das maiores provas possíveis que jogos são arte!

Nunca fui muito fã de jogos com temática espacial, não tenho nada contra, mas essa temática não costuma me atrair tanto, sempre preferi uma espada na mão e um ambiente mais medieval, porém, decidi embarcar numa aventura espacial em Mass Effect e para minha surpresa que jogo MARAVILHOSO!
O que mais me pegou em Mass Effect foi o tanto que o universo criado pela Bioware é rico! Temos toda uma história da criação desse universo, várias raças, cada uma com suas personalidades, culturas e costumes próprios, guerras do passado, antigas raças até então extintas, etc... Conteúdo de qualidade é o que não falta, a narrativa principal apesar de seguir uma linha clássica de herói contra vilão é muito bem contada e divertida de se acompanhar. Os personagens são outro grande brilho desse jogo pois em sua grande maioria são bem elaborados e construídos, o jogador fica realmente instigado a conhecer mais sobre cada um deles, suas histórias e motivações, principalmente quando falamos dos que fazem parte da tripulação de nossa nave. Devo dizer que o real brilho do jogo fica na parte das interações e construção de relacionamentos com os personagens, é realmente algo muito incrível.
A gameplay dessa versão remastered é bem legal também, pelos relatos que vi a EA deu uma melhorada nela para ficar algo mais atual, a gameplay mistura elementos de RPG e ação. Andamos por diversos planetas e galáxias enfrentando inimigos e conhecendo personagens e os ajudando em seus dilemas pessoais. Os combates são um tiroteio bem simples, mas que conseguem cumprir bem o seu papel de divertir, todo início de missão escolhemos dois membros da tripulação para nos acompanharem naquela quest ou planeta. A movimentação do personagem é meio travada/robótica, mas estamos falando de um jogo de 2007 né? Da pra relevar esse ponto. Também temos alguns trechos de gameplay com um veículo para andar por planetas e realizar alguns confrontos, novamente é bem simples, mas legal.
A parte gráfica está muito boa nesse remastered, claro que não são gráficos nível nova geração, mas estão bem legais. Vi algumas comparações com a versão original e foi uma grande melhoria nas texturas e cenários, apesar de em alguns momentos os personagens ficarem com umas expressões faciais meios estranhas (um olho arregalado ali e aqui).
Minha única grande crítica é a EA não botar uma LEGENDA em português numa edição remasterizada chamada de lendária lançada em pleno 2021, não faz sentido nenhum, num jogo em que a história e os diálogos são o centro de tudo não ter uma legenda acaba deixando o jogo inacessível para muitas pessoas.
Enfim, o jogo me surpreendeu e me conquistou bastante, ainda mais por ser de uma temática que geralmente não me atraí tanto. Foi uma grande aventura recheada de personagens marcantes e carismáticos, agora estou empolgadíssimo para conhecer e jogar toda a franquia. Detalhe que o jogo está disponível no Xbox Game Pass via EA Play.
Nota: 9,5.

The Quarry é um jogo com foco na narrativa, naquele estilo filme interativo, que bebe bastante da fonte de Until Dawn (muito mesmo), tendo belos gráficos e se passando num acampamento de verão envolto por mortes e mistérios.
Os personagens principais consistem num grupo de jovens (jogamos com todos, o jogo vai alternando entre cada um) que em sua grande maioria são completamente estúpidos e bem chatinhos, muitas vezes você se pega pensando que perder determinado personagem não seria tão ruim, porém, ainda tem alguns poucos que se salvam e a história que começa bem devagar quando pega ritmo fica bem legal com bons momentos de suspense e algumas reviravoltas, não é nenhum enredo revolucionário, mas conseguiu prender minha atenção até o fim.
A gameplay é muito simples, consistindo em andar pelo cenário e interagir com itens (pistas, documentos e etc), os momentos de ação consistem em quick time events (bem fáceis por sinal) e num sistema de se esconder e prender a respiração até que seu perseguidor se afaste (sistema esse que é ridiculamente mal executado). E claro o ponto principal do jogo consiste no sistema de escolhas que podem gerar diversos finais, mortes (ou não) de personagens e rumos diferentes ao longo da trama, apesar de algumas decisões não fazerem tanta diferença, pode-se dizer que o sistema é bem executado e que temos uma grande variedade de possibilidades.
Por fim, fui jogar The Quarry esperando um jogo com jovens burros, mistérios e assassinatos e foi justamente isso que o game me entregou, com gráficos bem bonitos, uma gameplay extremamente simples e uma história interessante . Para quem gosta desse tipo de jogo ou do gênero slasher vale a pena jogar se conseguir o game numa boa promoção ou através de algum serviço (joguei através da assinatura da Ps Plus).

This review contains spoilers

Life is Strange Before The Storm foi um jogo que me atraiu tanto por ser dessa franquia que já tenho um grande carinho e pelo fato de ter como protagonista uma das personagens mais queridas que é a Chloe, melhor amiga da protagonista do primeiro Life is Strange (LiS). A premissa de saber mais do passado de Chloe, finalmente conhecer Rachel Amber e ver o que aconteceu antes do primeiro jogo era deveras atrativa.
Primeiramente falarei sobre os gráficos e desempenho. Nessa versão remastered os gráficos estão muito bonitos (pro padrão LiS) principalmente dos personagens (apesar de uns cabelos estranhos), destaque para Chloe e Rachel que estão lindíssimas, alguns cenários também estão com a ambientação melhorada. Apesar disso ainda encontramos alguns objetos com texturas praticamente em 144p o que acaba resultando em um destaque negativo em meio ao cenário, em alguns momentos as expressões faciais também ficam meio estranhas. Além disso, quando se trata de desempenho em algumas partes senti grandes quedas de FPS.
Agora falando do grande chamariz do jogo e dessa franquia que é a história. Aqui somos convidados a conhecer mais do passado de Chloe e da sua relação com Rachel Amber, personagem essa que todo mundo que jogou o primeiro LiS tinha curiosidade de saber mais sobre e que é o grande destaque aqui em Before The Storm. Rachel tem um grande carisma e uma personalidade bem forte e o desenvolvimento de sua relação com Chloe é muito bem feito ao longo do game. É uma história mais lenta, porém, muito gostosa de se acompanhar e com personagens bem marcantes e escolhas finais bem difíceis e dolorosas.
Apesar de ter adorado o enredo teve algo nele que me decepcionou que foi a falta de uma maior conexão com os acontecimentos do primeiro jogo, até vemos algumas coisas nesse sentido, mas acredito que poderiam ter mais pois tem personagens de extrema importância do jogo original que nem aparecem aqui.
A gameplay é simples como de costume na franquia, você anda pelo cenário interagindo com personagens e objetos e fazendo escolhas em momentos decisivos da história, as vezes ocorrem aqueles trechos meio tediosos assim como em outros games da franquia, aqui também temos um sistema de "batalha de argumentação" em que para vencer uma discussão temos que pegar as palavras chaves do que a pessoa falou e usar isso em nosso contra argumento, sistema bem simples, mas que é legal. Um destaque rápido é quanto a parte da trilha sonora e músicas que LiS sempre manda bem e aqui não foi diferente com ótimas músicas que já foram para minhas playlists.
Por fim, em virtude de tudo que falei é válido ressaltar que LiS Before The Storm é um bom jogo, com uma gameplay simples, boa trilha sonora e uma ótima história, mas que esbarra em diversos problemas técnicos e numa falta de maiores conexões com a história do primeiro título. Para quem jogou o primeiro LiS considero uma jogatina quase que obrigatório para conhecer mais daquele universo e personagens, para quem nunca jogou nenhum game da franquia não recomendo começar por esse.
PARAGRÁFO DO SPOILER (só para quem já jogou): De todos os LiS que joguei até agora esse foi o que a escolha final me deixou mais indeciso e de certa forma creio que todas as escolhas possíveis eram ruins, não tendo um final "bom". Poderíamos contar toda a verdade a Rachel sobre seu pai o que iria destruir para sempre a relação de ambos, mas pelo menos ela saberia da verdade (o que ela merece pois mentiram para ela ao longo de toda sua vida), ou poderíamos mentir e assim ocultar toda a verdade de Rachel, fazendo com que ela continuasse tendo uma relação feliz com seu pai. Eu optei por mentir para Rachel tomando como base um único argumento que é o fato de já sabermos que mais a frente ela seria morta nos acontecimentos de LiS 1, então pensei em pelo menos dar um pouco de paz a ela nesse período final de vida, porém, se não fosse isso acredito que eu teria contado a verdade.

Elden RIng foi o primeiro jogo do gênero Souls que consegui jogar e me divertir, pois em experiências anteriores tudo que eu tinha conseguido sentir era frustração e raiva por esses jogos. Meu primeiro contato com o jogo foi pegando emprestado com um amigo, mas acabei jogando apenas por algumas horas e tive que o devolver ao dono. Depois disso acabei me aventurando por Bloodborne que foi quem fez eu definitivamente me apaixonar por esse tipo de jogo e ao concluir minha jornada em Blood eu tinha a certeza de que era hora de comprar Elden e ter minha aventura completa nas terras intermedias.
Decidi começar o jogo do zero e foi tudo mágico e extremamente divertido, a exploração extremamente prazerosa onde a todo momento você olha pra um canto do mapa e pensa "Será se tem algo ali?" E quando você vai lá realmente tem algo, seja um inimigo forte, um tesouro, uma dungeon e etc. Muitas foram as vezes que eu planejava ir para determinado local do mapa numa jogatina e no caminho pra lá eu fazia infinitos desvios e acabava a gameplay do dia sem ter chegado no local inicialmente pretendido, muitas vezes indo parar até em um local totalmente diferente e inesperado. Também temos os inúmeros Npcs espalhados pelo mapa, cada um com suas histórias, dramas e missões para nos oferecer, a grande maioria dos diálogos com eles são muito bons pois nos ajudam a entender mais sobre o que aconteceu naquele determinado local e a lore geral do jogo.
Em relação ao combate, a variação de armas, feitiços, invocações e magias é gigantesca e dessa forma o jogador pode escolher o que for melhor para seu estilo de jogo. Eu que gosto de algo mais ágil decidi jogar de Samurai usando duas Katanas e a gameplay foi deliciosa e extremamente divertida. Ademais, também temos a opção da montaria e algumas batalhas feitas a cavalo ficam muito mais épicas e divertidas, além de dar uma maior variedade a gameplay. A dificuldade seguindo a linha dos jogos Souls é bem alta, porém, o jogo lhe oferece tantos recursos e artifícios para fortalecer seu personagem que acaba passando longe de ser algo impossível. É só você ir pegando o jeito do jogo e acima de tudo nunca desistir!
Os gráficos do jogo não tem nada de surreal, mas são bem bonitos e ambientação e direção de arte são das mais belas que já vi num jogo. Muitas e muitas vezes eu parava para admirar cenários de novas regiões ou até da arena de batalha dos chefes. A academia de Raya Lucaria e a Capital Real são apenas dois exemplos de lugares extremamente belos e bem feitos.
No que tange a trilha sonora o jogo opera no mais alto nível também, principalmente nas batalhas contra chefes principais, a trilha sonora da batalha contra o boss final me causou uma euforia de estar num momento decisivo e grandiosa que jamais esquecerei.
Quanto a sua história ela é outro ponto altíssimo do game, contada de forma mais subjetiva e muitas vezes exigindo uma certa interpretação dos fatos por parte do jogador ela não é tão fácil de ser totalmente compreendida, mas ao buscar aprender mais sobre a lore e os acontecimentos você ficará encantado e com vontade de saber mais ainda sobre aqueles personagens e universo. Inclusive, muitos chefes subiram bastante no meu conceito depois de saber mais sobre o passado deles.
Agora que já falei de boa porta dos principais pontos do game faço uma pausa para falar dos meus dois chefes favoritos do jogo que são: Radahn e Malenia (nessa ordem). Radahn foi o primeiro boss do jogo em que eu realmente apanhei e apanhei algumas dezenas de vezes, foram algumas boas horas gasta enfrentando o general numa batalha épica que acaba parecendo uma guerra pois está você e mais um grupo de guerreiros num campo de batalha, todos enfrentando Radahn. Toda a sua lore, visual e o fato de existir um festival que reúne guerreiros para enfrentar o chefe foram coisas que me deixaram encantado e fizeram ele ser meu chefe favorito de todo o jogo. Quanto a Malenia ela certamente é a mais famosa e justifica tal fama sendo a oponente mais difícil de todo Elden Ring e com uma batalha, moveset e aparência lindíssimos, as Cgs da sua luta e sua segunda forma são das coisas mais marcantes de todos os games para mim.
Quanto aos defeitos do game eu destaco a repetição excessiva de alguns chefes, as vezes certos boss apareciam e eu só pensava "Você de novo? Não aguento mais te enfrentar". Outro ponto que achei negativo foram dugeons que apesar da ideia ser boa a execução foi fraca e sem inspiração, sendo a maioria bem parecidas e repetitivas, muitas vezes com recompensas bem fracas.
Por fim, acho que dissertei até demais, entretanto, Elden Ring merece isso, o jogo definitivamente mereceu vencer o GOTY de 2022 e se tornou um dos melhores jogos que joguei na vida. Dito tudo isso, ainda pretendo me aventurar muitas vezes nele pois sempre tem algo novo para se descobrir naquele mundo.

Após o último evento do Xbox fui checar as novidades que tinham sido anunciadas e no meio delas estava o trailer de Hi-Fi Rush que normalmente eu olhararia e pensaria "legalzinho" e nunca mais veria nada do jogo, porém, veio o fato inusitado,  o jogo tinha sido anunciado e já lançado no mesmo dia, disponível no Xbox Game Pass. Isso, somado ao fato de eu ver o pessoal no Twitter baixando e passando boas impressões sobre o jogo me motivou a baixar e dar uma chance.

No jogo presenciamos a história de Chai, um jovem que sonha em ser reconhecido, ser importante, ser estrela, ele está indo para empresa Vanderley em busca de uma prótese cibernética para o ajudar a realizar seu sonho, porém, as coisas dão meio errado e seu tocador de músicas acaba fazendo parte do processo e passando a fazer parte do corpo do garoto, após isso ele começa a ser caçado pela Vanderley por ser considerado uma "falha", no meio de tudo isso ele se alia a um grupo de rebeldes que querem por um fim nos planos e corrupção da empresa. A história é simples, sem grandes dramas, mas conta com momentos bem divertidos e personagens extremamente carismáticos, sendo estes um dos maiores pontos positivos do jogo, você vai terminar o game apegado com cada um deles.

Os gráficos são muito bonitos contando com um estilo de animação muito bem feito e com direito a ótimas transições de cg para gameplay, o jogo está rodando muito bem, uma vez que não tive nenhum travamento, crash ou bug durante as 12 horas de jogatina até zerar.

Toda a jogabilidade gira em torno da "batida" em que você deve tentar executar todos os ataques e movimentos conforme o ritmo da batida da música, fazendo isso você ganha mais pontos, dá mais dano e faz combo melhores, o jogo tem um estilo Hack and Slash que lembra muito Devil May Cry, sendo muito divertido e gostoso de se jogar, apesar de eu não ter muita sincronia para realizar a batida,  ao longo do jogo fui melhorando e isso passa a ser um desafio a mais. Temos uma grande variedade de combos, além de contar o auxílio de nossos companheiros onde cada um tem uma habilidade diferente que pode ser usada para passar por desafios ao longo do cenário ou que é útil para enfrentar determinado tipo de inimigo.

É válido fazer mais um destaque ao "batidão", tudo no jogo está no ritmo, desde o personagem, ataques  de inimigos e até elementos do cenário, é realmente algo muito bem feito e que deixa tudo bem mais legal. Outro ponto que merece destaque são as lutas contra chefes que são um show pois cada chefe conta um visual bem marcante e durante a luta eles tem várias fazes, cada uma com dinâmica diferente. Com toda a certeza já é um dos melhores jogos de 2023 e não me surpreenderia se no fim do ano ele estivesse entre os indicados ao Goty.

Um ponto que acredito que poderia ser melhor é em relação a duração das fases, algumas são bem longas dando aquele "cansaço" no jogador que já quer enfrentar o próximo chefe ou simplesmente avançar na história.

Enfim, Hi-Fi Rush foi uma grandiosa e grata surpresa já estando para mim no Hall dos melhores exclusivos feitos pela Microsoft, sendo extremamente divertido e carregado de carisma, aliado a isso temos um visual muito bonito e uma trilha sonora de alto nível.

Nota: 9,5

Eu já tinha começado Bloodborne uma vez em 2017 e outra em 2019, em ambas joguei por volta de 1 hora e faltava morrer de raiva daquele jogo ruim em que eu ficava andando perdido por uma cidade e morrendo toda hora pra uns lobisomens e caras, era mais um souls like chato. Apesar disso eu sempre guardava uma curiosidade sobre esse jogo pois no Twitter sempre que eu via as pessoas falando de Bloodborne era com um amor tão grande que me fazia refletir "algo de especial tem nesse troço".
Até que chegou o fatídico dia em que numa bela noite eu estava mexendo no celular e chegou uma mensagem no grupo da Promotec com uma oferta de Bloodborne no precinho e agindo totalmente por impulso eu acabei comprando, porém, apesar de ter comprado o game, o lançamento de God Of War Ragnarok estava próximo então quando ele chegou apenas o guardei na estante e só após platinar o God decidi o encarar.
Como eu já esperava joguei uns 40 minutos e só passei raiva, fechei o jogo e fui jogar outra coisa, porém, no dia seguinte uma voz na minha cabeça tava dizendo "tenta só mais uma vez", então lá fui eu novamente e dessa vez aconteceu... Joguei por umas 3 horas seguidas e estava finalmente me divertindo, continuava andando perdido pela tal cidade, mas agora com um sentimento de curiosidade em explorar aquele local, também comecei a usar algo valioso que é que as vezes a melhor solução é simplesmente sair correndo e por fim fui começando a me sentir desafiado (de um jeito bom) ao enfrentar os inimigos.
Agora, preciso citar dois chefes do início do jogo que foram muito marcantes para mim: Padre Gascoigne e a Fera Sedenta de Sangue. Eu fui destroçado, espancado e humilhado por essa dupla dezenas de vezes, demorando alguns dias em cada um deles, mas foi com eles que "aprendi" a jogar o game pois peguei o jeito das esquivas, dos momentos certos de atacar, um pouco do parry e da noção de que em Bloodborne você tem que ser um pouco mais agressivo, afinal você é O Caçador! Com eles também descobri mais sobre a sensação maravilhosa e gostosa de felicidade após derrotar aquele boss que você tanto sofreu.
E assim o vício estava instaurado, jogava Bloodborne todos os dias, no trabalho eu ficava pensando em Bloodborne, quando estava estudando me esforçava pra bater as metas do dia logo para poder ir jogar Bloodborne, ficava escutando as trilhas sonoras (que são primorosas inclusive), vendo vídeos sobre o jogo e sobre a lore, comprei a dlc (que foi uma das melhores dlcs que já joguei na vida) e etc.
Falando da DLC, preciso enfatizar o quão maravilhosa ela é, tendo os melhores chefes do jogo e muita lore importantíssima. A luta contra Ludwig no momento em que ele entra na segunda forma usando a espada do luar sagrado e a trilha sonora muda foi um momento em que fiquei em estado de euforia e é um boss que jamais esquecerei, sendo o meu favorito do jogo, além disso temos a belíssima luta contra a Lady Maria, o Órfão de Kos que pra mim foi o chefe mais difícil do game, as melhores armas e etc. The Old Hunters é uma DLC perfeita!
Outro destaque que preciso fazer é em relação a galera do Twitter. Sempre que eu comentava algo sobre o jogo, postava uma luta contra chefe ou pedia alguma ajuda o pessoal aparecia em peso, comentando muito, ajudando e mostrando muito carinho para com esse game, comecei a interagir diariamente e fazer amizade com várias pessoas que eu mal conhecia antes e acredito muito que essa união com a galera me fez gostar ainda mais de Bloodborne.
Por fim, recentemente zerei o jogo e até o platinei. Foi uma jornada extremamente maravilhosa e divertida e que meio que mudou minha mentalidade, pois no fim do jogo quando chegava em um boss fácil eu ficava triste e quando era muito difícil me dava um prazer imenso pelo desafio. Eu antes nunca imaginaria zerar e muito menos platinar um jogo desses, mas aconteceu e Bloodborne virou um dos meus jogos favoritos da vida e agora pretendo conhecer todo o resto dos souls likes, inclusive já comprei Elden Ring, quero mais é superar grandes desafios.
Nota: 10/10.