Tudo tem seu tempo e está tudo bem não estar em todo lugar ao mesmo tempo.

O que porras é Yakuza?

Ainda não sei, mas to muito afim de descobrir.
Tudo nesse jogo é uma surpresa, de repente há uma quest sobre um homem de cueca, do nada se torna um jogo sobre gerenciar cabaret e, sem aviso algum, o jogo desenvolve a narrativa mais dramática que poderia existir.
É uma experiência única e necessária.

2020

Sempre haverá um dia a mais para poder acertar as contas, talvez os mesmos não estejam esperando por isso, mas haverá alguém para te escutar.
Omori é sobre se esconder do mundo e lidar com a realidade terrível criada por sua própria cabeça. É sobre lidar com culpa e aceitação, sobre esconder um segredo e arcar com as consequências.

Chorei, ri e chorei.

Nier é sobre se revoltar até mesmo contra Deus. É sobre perceber que o mundo é lindo. É sobre abraçar o peso desse mesmo mundo em seus ombros para defender o futuro que quer.
Mas também é sobre perceber que todas as coisas precisam ter um fim. Por mais trágico e cômico que viver possa ser, afinal, viver é um estado constante de envergonhamento.

Embora tenha lançado de forma questionável, eu amei jogar até o fim.
Eu amei e odiei estar na pele do V que, constantemente, era atordoado pelas ideias megalomaníacas e anárquicas do Johnny.

Não acho que eu tenha testemunhando uma franquia reviver de forma tão única e impactante como foi God of War.

Há ansiedade e exctativa na chegada ao topo, ou seja, na conclusão de um objetivo, mas também é sobre saber que para toda escalada há, posteriormente, uma descida.
Celeste é sobre dar o melhor de si, reconhecendo seus limites e imperfeições. Te fazendo entender cada sentimento da forma mais desafiadora possível.

Mais que apenas um jogo, a Rockstar conseguiu criar uma obra-prima que cativa e emociona qualquer um.
Acompanhar o Arthur é poder testemunhar uma vida sofrida, mas não de inocência, é ter consciência de que, queiramos ou não, ele é um fora-da-lei, o que em outro mundo seria reconhecido como um vilão.
E é sabendo disso que reconheço a importância e o peso de buscar se redimir, não com a intenção de ser perdoado, mas de se perdoar, de ser apenas a melhor versão de si mesmo.
É sobre ter medo de perder as coisas que ama por culpa de si mesmo, sobre ter medo de continuar acorrentado a certas ideias, mas acima disso, é sobre reconhecer a si mesmo.

Eventualmente sempre surgirá jogos que moldarão a cabeça de muitas pessoas, seja algo bom ou ruim.
No caso, Undertale me preenche com inúmeras emoções que lembro até os dias de hoje.
Normalmente, jogos sempre deixam claro quem a narrativa quer que viva ou morra, mas em Undertale isso se torna uma opção exclusivamente sua. Você, como jogador, é livre para amar e, caso aconteça, odiar um personagem e, por consequência de tais emoções, dar uma conclusão a vida dessa criatura.
Eu amo saber que posso amar e defender os personagens que me interessaram. Amo saber que posso compreender e perdoar os erros de alguém por um bem maior.
Se há amor em videogames, seria Undertale um dos maiores exemplos para isso.

As vezes estar perdido é essencial. As vezes não encontrar o caminho está tudo bem. Estranho é sempre saber para onde está indo, por onde se está indo.
Hollow Knight é um metroidvania único, especial e que guardo profundamente no meu coração.
Sempre há para alguém aquele comfy game, no meu caso, é esse joguinhozinho. Muitas vezes me encontro baixando o jogo apenas para vagar pelo mapa sem um único propósito, pensando em algo que vai além do mundo imposto pelo jogo, mas sim pensando sobre eu mesmo.

Apenas o masterpiece da From Software. Ainda lembro de toda a ansiedade e expectativa que cultivei por tempos até o lançamento desse jogo, lembro de todas as emoções que senti explorando por horas um mundo que não estava ali apenas para existir, mas para me convidar e conhecer seus inúmeros detalhes, por mais que venha o sofrimento, consigo sentir toda a essência e identidade construída pela From em todos os detalhes presentes em Elden Ring.

Volta e meia surgem ondas de jogos de terror cooperativos, muitos são esquecidos, tantos se encaixam no conceito de "copia, mas não faz igual".
Acontece que Lethal Company fez diferente, isso é único.
Embora parece um jogo mecanicamente simples, o único dev conseguiu tornar extremamente divertido, o que é essencial.
Não apenas senti medo em muitos momentos, mas também ri bastante com as imbecilidades possíveis de serem feitas.

Uma refeição gourmet para qualquer um que aprecia uma boa mesa de D&D, seja para aqueles que adoram o caos ou para aqueles que sentem o mais puro tesão em uma narrativa imersiva.
Sinto que poderia jogar e rejogar centenas de vezes, ainda assim eu teria experiências distintas em cada aventura pós new game.
Merecido GOTY, para muitos é o jogo que reviveu a paixão por bons jogos. O que atualmente é raro.
Baldur's Gate 3 veio para revolucionar não apenas uma geração de jogos, mas de jogadores.