Normalmente eu não gosto de falar sobre um jogo referenciando outro. Entretanto, eu joguei no Vita um gostosíssimo hack-n-slash de plataforma chamado Muramasa: Rebirth, relançamento do Muramasa: The Demon Blade, e Eastern Exorcist é muito, mas muito similar a ele.

O jogo da Vanillaware é simplesmente estonteante de tão belo, e com seu gameplay fluido e bem executado, é uma delícia de jogar até o momento em que ele se torna....extremamente repetitivo.

O level design é repetitivo, os cenários repetitivos, os inimigos repetitivos, e o próprio gameplay se torna repetitivo, além do loop ser basicamente alimentado pela destrava constante de novas espadas (que possuem poderes especiais diferentes) e a narrativa, que acaba se tornando mais longa e espaçada por conta do gameplay.

Eastern Exorcist é assustadoramente similar a Muramasa, mas tem toda sua estética própria e o design é no fim das contas diferente o suficiente pra não ser confundido ou tachado como uma mera cópia.

Ambos os jogos exploram os folclores feudais de seus países. Muramasa no Japão, Eastern Exorcist na China. Os inimigos são compostos por demônios humanoides que se integram à narrativa fantástica que tem a estrutura de contos (inclusive a DLC do Muramasa é se pá mais gostosa de jogar que o jogo base) envolvendo humanos, demônios e entidades sobrenaturais.

Aqui no Eastern nós temos tal qual no Muramasa dois personagens com campanhas distintas, então há um incentivo extra ao replay não só na forma de New Game +, mas também em jogar a aventura do outro personagem.

Terminei a campanha da Xue, mas acabei não jogando muito a do Lu, apenas o suficiente pra saber que são diferentes, contudo o gameplay é similar de ambos, tal qual Muramasa.

Resumindo de forma geral, EE tem um design mto similar ao Demon Blade em todos os aspectos, mas supera bastante em level e battle design, perdendo apenas em apresentação visual, já que superar a Vanilla é difícil, especialmente em animação e interface.

Contudo o time caprichou na arte e fez o melhor que podia nas animações. Tem um esforço reconhecível em especial à programação e ao game feel, especialmente no tocante à movimentação e golpes, mas dá pra sentir que faltou um pouquinho a mais de polimento pra deixar a par com a indústria AAA nesse aspecto.

Chega bem perto, entretanto, especialmente quando comparado ao Muramasa e o estilo de animação da Vanillaware.