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isto pode parecer uma forma subtil de dizer que tenho uma PS5, mas na verdade é bem pior: é uma forma subtil de dizer que tenho um namorado.

quando instalei isto pela primeira vez joguei um pouco e imediatamente apaguei o meu save porque sabia que ele ia adorar, ele não percebe nada de videojogos então it was really fun vê-lo a jogar, e a ficar fascinado que o comando treme (ele descobriu sobre isto quando estávamos a jogar It Takes Two no ano novo na PS4, nunca me tinha apercebido que existem pessoas que não sabem que o comando reage e foi muito insightful e deixou-me muito feliz vê-lo tão investido), que os gatilhos reagem e a interagir com tantas mecânicas, é tipo abrir a porta para um mundo novo a alguém, é viciante vê-lo sorrir e surpreso com o que vê à frente dele.

o jogo é muito divertido e genuinamente deixa-me triste saber que a PlayStation não vai investir seriamente neste mercado, de diversão mecânica e pura, sem grandes truques narrativos, quase que tivemos algo quando o playlink surgiu, mas foi apenas outra gimmick que morreu tão rápido quanto nasceu, ainda te amo És Tu, Saber é Poder, Chimparty e Frantics.... gostava de meter o bichinho da playStation no meu bolso e andar por aí a mostrar-lhe coisas.

Em 2012 eu voltava da escola e ligava o FIFA 10 na PS3 mas nunca realmente jogava, ficava naquele campo de treino com o guarda-redes a fazer fintas, toques, remates com efeito, as partes bonitas de jogar à bola. Só tocava na opção dos amigáveis quando tinha alguém por casa que quisesse jogar também, ou seja, quase nunca. Eu lembro-me de fingir que sabia o que era um fora de jogo e de decorar as dificuldades para me poder gabar aos meus colegas, hoje em dia fala-se desses FIFA's como a segunda vinda de Jesus, a era de Ouro, o melhor do melhor, duvido que fosse, mas eu divertia-me, qualquer desculpa que pusesse aquele comando na minha mão ao final do dia deixava-me feliz. O jogo não era bom, é impossível que eu me fosse divertir a fazer isso agora, mas eu era tão pequeno que me perguntava como seria ver por cima dum balcão num café, a mínima alusão a algo maior que eu fascinava-me. Um campo enorme, verde, uma baliza virtual maior do que aquilo que alguma vez imaginei, controlar alguém com um comando, vê-lo fazer o que eu mando fazer, fintar como eu quero, toda aquela acrobacia e showmanship do futebol era incrível o suficiente para mim.

Há dois anos atrás deram-me o FIFA 17, foi a primeira vez que realmente joguei o modo carreira e foi a primeira vez que me senti a olhar por cima do balcão, é um pequeno mundo a que não tinha acesso, ou que não sabia que tinha. O jogo é mau. Eu joguei-o durante 300 horas. Ele apareceu em primeiro nos meus 'top 10', dois anos seguidos. No início deste mês os meus amigos juntaram-se e compraram-me uma PS5, o FIFA 17 não vai voltar a aparecer no top 10 durante algum tempo.

Um dos meus amigos perguntou-me se eu queria jogar o Pro Clubs do FIFA 22, eu disse que queria já há algum tempo, instalámos os dois, jogámos uma hora ou duas, descobrimos que não havia forma de fazer 1v1 no Volta através do multiplayer, liguei a Shareplay e jogámos mais umas boas horas. O jogo é horrível. Uma das piores coisas que já joguei na minha vida, mas às 01:20 da manhã, olhei pelo estore fechado do meu quarto, à espera do negrume de madrugada e vi apenas aquele laranja intenso que parecia invadir o meu quarto quando voltava da escola ao final do dia, pisquei os olhos e vi aquele azul sereno que de vez em quando parava para observar depois dum jogo difícil no FIFA 17, senti as mãos do meu namorado na minha cabeça. Lembrei-me do dia em que pousei a cabeça no colo dele e deixei-o procurar por cabelos brancos, lembro-me de o ouvir chamar-me velhinho, lembro-me de voltar a casa e jogar FIFA 17 enquanto me imaginava velhinho com ele. Não consegui imaginar um cenário infeliz, imaginei-me com os meus amigos, imaginei conseguir devolver um dia metade da ternura que me ofereceram, fui perdendo visão à medida que os olhos humedeciam. Perdi a final da taça. Vai-te foder FIFA.

Um dos meus amigos disse que isto era o 'Tiktok dos Videojogos' e provavelmente é a melhor forma de o descrever, rondas hiper-rápidas (um lapso e já se foi metade da partida), ação constante, um sentimento vago de nunca ter a certeza do que se está a passar e muito, muito barulho. É incrível.

Todas as partidas começam em puro silêncio, literalmente o único momento de meditação disponível, desde o menu cheio de pop-ups e daily challenges até aos momentos finais de uma partida. Assim que a música corta e deixa só o som dos teus pés a bater no chão, tens cerca de 30 segundos para deixar a tua última célula cerebral processar qualquer tipo de pensamento para além 'disparar, correr, explodir'.