O pináculo de tudo que foi construído pela From Software nos últimos 30 anos. A insistência e o aperfeiçoamento de ideias e elementos que tornou o estúdio, no mínimo, no mais interessante dos últimos 13 anos e, na minha opinião, de longe o melhor da atualidade.

Eu poderia falar sobre todos os aspectos que levaram a From até este ponto, mas eu quero pegar para falar sobre um especificamente, que é também o elemento que mais me fascina em Elden Ring: a imensidão deste mundo.

O primeiro grande mapa aberto da From virou o meu mundo preferido dos videogames. Não apenas pela beleza ou desafios, mas pela imensidão, e a certeza que eu sempre poderia chegar até onde minha vista alcançava. E ela sempre alcançava muita coisa.

É inacreditável olhar para o horizonte de Limgrave e depois alcançar cada pequeno ponto que me despertou curiosidade. É incrível explorar as cidades eternas e conseguir alcançar cada canto que parecia inalcançável. É um absurdo entender o que o jogo está te contando e relacionar cada pequena parte do mapa com um pequeno detalhe desta história.

É simplesmente LINDO saber que a From nunca cedeu diante de todo tipo de pressão para flexibilizar sua direção criativa. E aqui está o resultado. E é incrível pensar que Elden Ring é perfeito em sua imensidão, mas ainda pode não ter sido o grande ponto alto desse estúdio, que tem tudo para continuar a fazer história nos videogames.

Esse foi meu primeiro jogo da Nintendo, lá para 2010 quando eu tinha lá meus dez anos. Logo, não tinha ideia do quão importante foi esse game para a história dos videogames, o quanto ele definiu quase tudo do viriam a ser as bases dos jogos 3D e o quanto isso foi marcante em 1996.

Dito isso, dificilmente eu poderia gostar mais desse game. A sua direção de arte, aquele mundo que chama tanto a nossa atenção, as mecânicas, a progressão. Não sou um grande fã dos Marios clássicos, principalmente dos em duas dimensões, mas esse aqui me marcou muito.

Iniciando minha maratona de jogos do Homem-Aranha eu começo logo pelo primeiro não apenas do herói, mas de toda a história da Marvel nos videogames, peça histórica.

Dito isso, vendo que foi lançado no ano de Donkey Kong e Pac-man, que jogo ruinzinho. Bem chatinho e dificuldade muito elevada, apesar da característica da época. Vale para conhecimento histórico, não muito mais que isso.

Eu AMAVA esse jogo quando criança. Lembro de viajar para a Bahia com meus pais, levar meu PS2 e jogar isso no hotel. Provavelmente não envelheceu bem, quem se importa também? Nada paga a sensação transmitida por essa época do Playstation 2, jogos com muita experimentação e alguns acertos que ficam na nossa memória para sempre.

Joguei 200 horas dese jogo, vou e volto de tempos em tempos, e posso dizer que é o melhor card game (tirando TCG's) que eu já joguei. As cartas são lindíssimas, a dinâmica rápida das partidas deixa o jogo muito atrativo, os arquétipos são muito bem construídos com as características dos personagens da Marvel.

Até hoje não sei dizer se a progressão é um ponto forte ou fraco deste game. Por um lado você demora MUITO para ter todas as cartas. Por outro, isso é um chamativo para continuar jogando, além de estimular sua criatividade para fazer bons decks (o que é possível) com as cartas que já tem.

Recomendo muito para quem tem receio com o gênero de card games, você irá se surpreender com esse aqui. Pra quem já é avançado no gênero, talvez não se interesse tanto, mas vale a conferida.

Tem jogo que você entende rapidamente que é especial, que tem uma aura diferente. É o caso de toda a revitalização da franquia Yakuza, e especialmente desse jogo que "salvou" a série.

O enredo de Yakuza é algo raro nos videogames. Está realmente entre o pico dos melhores histórias da mídia. É IMPOSSÍVEL você não se conectar MUITO com Kazuma Kiryu e Majima Goro. É RÁPIDO e FÁCIL notar o porquê destes serem dois dos personagens mais icônicos dos videogames.

O outro aspecto do jogo que me chamou mais atenção foram as substories. Apesar de não partilharem da mesma qualidade técnica das história principal, não terem dublagem e nem cutscenes, elas são EXTREMAMENTE interessantes e engraçadas. Muitas vezes você pensa que uma side é apenas galhofa, mas recebe na cara uma lição valiosíssima. GRANDE ponto do jogo.

O que me fez tirar uma estrela (pensei até em dar 3.5) foi o quanto esse jogo se extende. Levei quase 40 horas para terminar, e acredito que poderia facilmente ter levado 30 horas se tudo no jogo não se extendesse tanto. Não acho que a história seja enrolação, mas ao mesmo tempo acredito que poderia ser mais concisa, afinal 40 horas em um jogo que não te oferece muita coisa nova da metade pro final não é fácil de tankar (jesus, por que eu tenho que enfrentar o Kuze TANTAS VEZES nesse jogo??).

Isso vale para o combate também. É bom, bem fechado dentro de sua proposta. Mas cansa com o tempo. Os inimigos são SEMPRE os mesmos. A diferença dos inimigos da primeira hora pros inimigos da 35ª hora é que os do final têm mais vida e te stunam mais (extremamente irritante). A skill tree não é lá essas coisas, então EU perdi muito o interesse no combate com o tempo, o que deixou o jogo mais maçante.

Mas são defeitos que se perdem no tempo quando você pensa pensa nesse jogo. O que fica é o sentimento que você desenvolve pelo Dragão de Dojima e pelo Cachorro Louco de Shimano. E é sobre isso toda a série, o quanto você se importa com os personagens principais, e o que eles têm a lhe ensinar.

Esse talvez foi o primeiro jogo que joguei na minha vida, ou no mínimo é o primeiro que eu tenho a lembrança de ter jogado. Não à toa videogame virou parte da minha vida com esse começo. Eu lá com meus 5 anos entendia nada do que significava esse jogo, do quão impactante foi Tekken 3 para a franquia e para a história dos jogos de luta, em especial os 3D. Eu sei que ali estavam Paul Phoenix, King e Jin Kazama, alguns dos meus personagens perferidos da cultura pop até hoje. E mesmo eu não tendo ideia do que fazia com o controle de PS1 do meu primo, eu sabia que eu estava APAIXONADO com aquela mídia ali desde o meu primeiro contato.

É tão bom ver que esse jogo recebeu tanto carinho. Ver que ele saiu completo, bem otimizado, com uma campanha muito melhor que os anteriores, com a melhor jogabilidade da série até hoje.

É difícil achar defeito, chegou para disputar com Tekken 3 e Tekken 5 o posto de melhor jogo da franquia.

Esse jogo é muito bonito e a gameplay é bem divertida... nas primeiras horas. E para por aí. Que coisa REVOLTANTE que é a MAIORIA dos aspectos desse game.

Antes é bom deixar claro que eu realmente NÃO LIGO para a morte do Batman da Rocksteady, até porque é ÓBVIO que terá alguma desculpa com o tempo para ele voltar ou o universo descobrir que ele não morreu.

O problema desse jogo tá em quase TODO O RESTO de seus aspectos. Pelo amor de deus, é inacreditável o jogador ter que fazer sete ou mais missões de escoltas nas últimas duas horas do jogo.

É, simplesmente, REVOLTANTE a boss fight final. Cara, eu fechei o jogo ESTRESSADO após completar. É INACREDITÁVEL a última luta ser a MESMA COISA de uma boss fight de meio de jogo, só que com UM MILHÃO de elementos e inimigos a mais na tela.

Eu juro que deve ser o PIOR level design de um jogo AAA que já foi lançado. Existem cerca de TRÊS tipos de missões diferentes ao longo de umas 13h de campanha. TODA HORA REPETINDO MISSÃO DE ESCOLTA OU DE SALVAR CIVIL. O jogo também tem uma das PIORES skill trees da HISTÓRIA de jogos AAA.

É inacreditável os quatro personagens não terem UM PINGO de desenvolvimento do ínicio ao fim do jogo. As cutscenes são lindas e certos aspectos da história interessantes, mas é tudo ofuscado pelo fato dos personagens se tornarem RASOS com a falta de desenvolvimento. Não tem UMA cutscene de, sei lá, a Arlequina falando sobre a morte do Coringa em Arkham City, o Tubarão falando de sua terra, ou algo assim, só diálogos JOGADOS que estão de segundo plano no jogo.

Além disso, a ÚNICA COISA que muda de um personagem para o outro é a forma de se locomover no mapa. O combate é praticamente a MESMA COISA para todos. Inacreditável.

Enfim, 90% dos problemas desse jogo seriam evitados se não fosse GAAS, se não fosse online, se não fosse lançado com uma ideia que podia fazer sentido sete anos atrás. Fica as duas estrelas pelo esforço na parte técnica e artísticas, de resto é tudo REVOLTANTE nesse game.

Admirei muito esse jogo pela simplicidade, nem tudo precisa ser complexo. A narrativa envolve e é muito bem desenvolvida.

O que não me ganhou tanto foi o final. O plot tava anunciado desde antes da metade do jogo, não teve uma linha que deixasse a história um pouquinho mais marcante. A narrativa é ótima, mas senti falta de um "tchan" a mais no final. Mas vale muito a experiência.

Existe uma coisa muito especial sobre esse jogo, para além de suas qualidades: a possibilidade de marcas como a Ubisoft saírem da lógica mercadológica que se encontram há anos e abrirem espaço para um projeto mais experimental, muito bem feito e que traz inovações para um gênero de nicho (talvez não mais tanto) como o metroidvania.

Esse jogo não alcança a complexidade de um Hollow Knight ou Blasphemous, no sentido de soltar a mão do jogador. Sim, ele tem o feeling essencial de um metroidvania que é a sensação de perda em alguns momentos do jogo. Mas não é difícil assimilar o seu próximo passo. Se isso é um ponto positivo ou negativo, vai para cada jogador. Mas o que eu entendo é que Prince of Persia: The Lost Crown pode ser uma ótima porta de entrada para quem nunca jogou, ou tem medo de metroidvanias.

O jogo apresenta muitas mecânicas e dinâmicas do gênero, sem pesar demais na dificuldade. Além disso, inova com uma funcionalidade que acredito que será padrão daqui para frente, a forma "printar" cada local que você ainda não teve acesso.

A história é básica básica, a jornada do herói em sua simples forma, com algumas reviravoltas. O protagonista é bacana mas nada demais também, na minha opinião.

O preço é irreal no Brasil, 240 reais para um metroidvania é impraticável. Entretanto, o jogo está disponível na Ubisoft+, assinatura de 1 mês por 60 reais, forma da qual eu joguei.

Eu recomendo para quem tem receio de se iniciar no gênero metroidvania, para quem já é fã do gênero e quer ver um game que traz inovações. Mas, principalmente, recomendo porque acho importante apoiarmos um projeto de uma grande empresa que tenta encontrar seu rumo novamente. Investimentos de nomes do tamanho da Ubisoft em projetos novos, criativos e inovadores como Prince of Persia: The Lost Crown pode ser decisivo para o cenário que a indústria de videogames enfrentará nos próximos anos. Vejo a nossa comunidade em um momento crucial de sua história.

Foi o meu primeiro FIFA. Não sei se é nostalgia, mas esse tem a melhor soundtrack de jogos de futebol da história.

De resto: FIFA.

Voltando aqui para avaliar apenas porque o Stardew de LoL sai em breve. E não tem muito o que dizer, é o GOAT dos jogos de administração/fazendinha.

Este foi o meu primeiro Zelda finalizado. Falando como quem tem pouco contato com Nintendo, acredito que tenha sido uma ótima porta de entrada.

O jogo te conquista rapidamente pela sua simpatia. Tudo é muito chamativo, a gameplay fluida e rápida. O combate simples, mas efetivo. Eu não sou uma pessoa tão chegada em puzzles, mas as dungeons do ALBW usam esse sistema tão bem que você não sente que são puzzles propriamente ditos, apesar de alguns serem desafiadores.

A história é básica. A deixa da metade do jogo quando você descobre que ainda tem MUITO mais a se fazer é interessantíssima, fazendo a dinâmica dos dois mundos funcionar muito bem. No final das contas o enredo serve muito à proposta e dinâmica do game, mas nada que chama muita atenção também.

Para quem é muito chegado neste tipo de jogo, 2D com foco em dungeons e puzzles, esse Zelda pode ser um 5 facilmente. Dou 4 pensando na minha experiência pessoal e em alguns poucos aspectos que acho datados, como punição excessiva por morte em algumas dungeons ou partes do mapa. Excluindo isso, grande jogo!

Esse jogo explora possibilidades que nenhuma outra mídia no mundo conseguiria além dos videogames. É uma das maiores peças de entretenimento da história e de longe.