Aí mané namoral melhor jogo de ritmo tem nem como

É bem divertido e é um jogo de dar tiro em nazista (corretíssimo).

Porém, é uma das provas de que americano é um bicho tão à direita, mas tão à direita, que até quando os cara vão fazer uma mídia de abertamente dar tiro em nazista, os cara se seguram um pouco.

Sem falar toda a aura de respeito à estética dos cara: a estética visual unida às letras góticas em Fraktur com dizeres em alemão na tela de carregamento (que demora pra cacete hjodghjf) que vc de propósito não entende nada, as figuras de poder em posição de sentido/respeito (que, verdade seja dita, vão ficando mais animalescas com a progressão do jogo, mas de um jeito bem sutil), a """"eficiência tecnológica alemã"""" (que depois é justificada narrativamente de um jeito bem maneiro até, mas sei lá, eles usam muito pouco essa justificativa também) — uma porrada de usos simbólicos de estéticas e da postura nazista que fazem com que o que era pra ser lido como medonho ou abominável, do jeito que os caras fizeram, seja lido como uma parada meio "ih alá meio maneiro os símbolo até". Esses negóço parecem um pouco aquela vibe de americano querer fazer sátira mas deixar várias coisas "implícitas" e "sutis", porque se não for sutil é arte menos 𝓮𝓵𝓮𝓰𝓪𝓷𝓽𝓮.

Tem que ser sutil elegante com nazista não ô filhadaputa, tem que dar tiro porra HUDFHGHUDF

Tem que arrastar os cara na lama amassar a cara deles no chapisco ralar no caco de vridro todos os segundos possíveis — mostrar que não tem nada nem remotamente válido não nessas porra de Raça Superior, Nosso Grande Passado Mítico Precisa Ser Recuperado, Apenas O Homem Fisicamente Capaz Merece Direitos etc etc. Quando a gente não faz isso, a consequência imediata objetiva é que dá mais chance dessas porra saírem do esgoto
("ahhh meio exagerado da sua parte Sr. estranho da internet"— Amigo.
Vem aqui comigo rapidinho:
tamo no momento constatando isso do pior jeito, vendo essa porra em ação na realidade imediata do momento em que eu escrevo essa review: com a AfD na própria alemanha; com a galera da "quarta teoria política" e do dugin na rússia; com os nazistas sendo integrados diretamente ao setor militar do governo na ucrânia, com conivência da OTAN e de potências ocidentais; com o Ex-Presidente dos EUA Donald Trump passando e tendo passado pano pra KKK e demais representações abertamente fascistas porque eles ajudaram a eleger ele; com todo o rolê de Pátria Acima De Tudo - não por coincidência extremamente similar ao lema usado pelos og nazistas alemães, deutschland uber alles - Deus Acima De Todos, pra dizer o mínimo aqui do Brasil; com a ascensão de líderes políticos abertamente anti-imigrantes em nações (adivinha: geralmente europeias) que cometem Colonialismo e deliberadamente usam empresas privadas pra continuar sugando recursos e dinheiro da África e da Ásia (e da gente da América Latina também, não se enganem) até hoje - na Itália, na França, na Inglaterra, na própria Alemanha como eu citei ali, na Polônia, no Japão; a provável eleição de um presidente """anarco"""-capitalista na Argentina muito muito em breve. Enfim amigo, dá pra ser chato pra caralho e ficar listando aqui exemplos duros umas 10 horas a fio; a realidade objetiva de 2023 faz com que a gente precise só olhar pro lado pra colher alguns.)

Mas ok, tá. Verdade seja dita: eu joguei esse jogo em 2023 (quase 10 anos depois do lançamento). Pra ser honesto com os cara, hoje com a nova escalada cotidiana do fascismo no mundo se discute ter muito menos limite com o respeito à extrema direita do que eu lembro que era feito em 2014 - hoje, "Uma Sociedade Tolerante Não Pode Tolerar os Intolerantes" é bem mais lugar comum. Quem sabe Wolfenstein sofra de "há 10 anos atrás era algo que deu o que falar mas hoje nem é nem mais tão disruptivo assim" um pouco.

De um ponto de vista de gameplay, acho que o gamefeel do combate não envelheceu muito bem também - é meio janky e travadão, apesar de ser excelente, por exemplo, tu pegar duas shotgun pra dar tiro em nazista hausdhgh

As seções de tiro parece que não desenvolvem tanto quanto podiam também um pouco, sei lá; parece mais um jogo de "heist" americano (aqueles rolê de roubo a banco) do que de conflito armado. No final das contas é menos um jogo sobre estar numa guerra aberta e mais sobre ser um cara que tá resistindo com umas poucas pessoas e agindo mais na encolha, então de certa forma faz algum sentido.

Então, veredito final: teve partes que eu gostei pra caralho (é maneiro tu ser um brucutu cujos sentimentos são mais humanizados haha) e o gameplay desse jogo até bem divertido em momentos, mas tem menos nazista graúdo morrendo do que podia ter e não se justifica muito comprar/jogar esse jogo em 2023 — se tu tiver muito muito interessando, uma gameplay no Youtube se basta pra caralho. Joguei as sequências dele no Youtube, por exemplo, e foi a melhor coisa que eu fiz HUDSFGHF elas parecem piores do que ele, considerando o contexto das críticas que eu fiz aqui.

Eu consigo sentir o cheiro do concreto da cidade, do sol e do suor.

Variedade super legal dos pokémon de várias gerações pra pegar; dito isso, o jogo é tão linear que parece uma visual novel às vezes haha (nada contra visual novels, é só que essa não é a minha expectativa com pokémon)

Gostoso pra caralho haha O som as animações, a inércia do boneco.

Pena que eu sou ruim hfufhfhg

Enrolei pra cacete pra jogar mas me trouxe uns choros importantes

Counter Strike, só que bom. (:

Arte e música absurdas, incomparáveis, absolutamente referenciais.

Game design abaixo da média :/ Acho o sistema de poucas vidas obsoleto pra 2017 e acho que é um jogo que te obriga a abrir o menu e restartar a run toda vez que vc toma um ponto de dano; ou seja, é um jogo que te compele a não jogar o jogo pra jogar o jogo hudhdjfhg Porra, ruinzão.

Excelente jogo pra ver os amigos jogando (pra conseguir prestar atenção direito na arte), mas não pra jogar.


Tão gostosinho arrumar as coisinha tudo ( úᴗù)

Me fez ter pesadelos horríveis. 10/10.

Namoral, estiloso pra caralho - tanto de arte quanto de game design.

Nunca tive muito interesse por Tower Defense mas joguei esse amarradão pra cacete.

MARAVILHOSO PUTA MERDA

Um dos meus jogos preferidos; muito bom jogar isso completamente em transe hipnotizado rodando rodando entrando cada vez mais na tela morre sobe um nível começa de novo aaaaaaa maravilhoso.

Música arte e game design estilosos pra porra.

Foi legal jogar com os amigos um pouco mas achei a curva de dificuldade/aprendizado meio aleatória e pouco engajante.

Extremamente curtinho, tem cara de jogo de game jam.

Me fez lembrar das minhas ansiedades durante o início da pandemia. Gostei.

Joguei em 2023, então não envelheceu muito bem o gameplay tanto (pessoalmente senti ele muito repetitivo e não tão divertido); a ideia da mecânica do Puzzle-Platformer é muito legal mas acho que o jogo como um todo devia ser mais legal em 2010, quando puzzles platformers eram mais novos e com toda a pegada da estética e da narrativa do jogo.