A arte transforma a realidade seja por bem ou por mal, os signos, as vidas, os nomes, os rostos, as sombras e a luz.

Tudo é moldado pelo imaginário e para o imaginário, não existe estética, não existe qualidade, não existe forma, esses são conceitos criados pelo ser humano para tentar suprir uma vontade, esperança, medo maior.

Talvez a grande síntese do que muitos criticam como "joguinho de filme", talvez uma das maiores obras metalinguísticas feitas no nosso século, com certeza um dos maiores, melhores e mais monumentais jogos de survivor horror/ação/suspense/drama já feitos, com certeza uma obra que vale a pena ser jogada e rejogada, de novo e de novo, não como um loop, mas como uma espiral, que apesar de ter um fim, deixa saudades e lições, do fim ao começo, do começo ao fim.

Provavelmente o melhor jogo de Star Wars já feito e entre as melhores obras do universo lançadas recentemente, teve sim um lançamento conturbado mas no estado que está é completamente perfeito, a gameplay, a história, os personagens, o plot, a música, a ambientação, tá tudo extremamente extraordinário e bem trabalhado, um dos poucos jogos da EA bons lançados ultimamente (junto com os jogos do estúdio do It Takes Two e talvez algum outro que eu não me lembre agora), enfim, o jogo tá longe de ser aqueles jogos da EA que só existem pra pegar tua grana (cof cof Fifa cof cof), é fenomenal de verdade, pega tudo do primeiro (que já era sensacional) e eleva a outro nível, no estado atual, eu mais do que recomendo!!

Espetacular, amei a mistura de gow com roguelite, os conflitos e desenvolvimento dos personagens é espetacular, fiz basicamente tudo possível do jogo com exceção de uma armadura de ficar concluindo maestria (chatão) e o desafio do quero maestria com a maldição de invasão (até tentei uma vez mas é difícil demais, talvez tente de novo outra hora pra pegar realmente o 100%), enfim, do caralho msm, falei um pouco a moda caralho nesses tts aí:

https://x.com/GoldenLixo/status/1742075600787890646?s=20

https://x.com/GoldenLixo/status/1742069499073904925?s=20

Maravilho, amei cada segundo, não tenho muito o que falar, pega tudo de melhor dos dois primeiros e eleva MUITO o nível, provavelmente o melhor jogo de super herói já feito (junto dos batman arkham, que joguei muito pouco mas pretendo rejogar), enfim, maravilhoso, tem momentos lindos, a história é muito boa, amo os vilões (venom não tem o que dizer, melhor youtuber de minecraft e segundo melhor "vilão" do homem aranha, só atrás do duende verde, curtia muito o kraven já mas acho ele do caralho nesse jogo, dá um medinho do cara até, o maluco é muito pika não tem como), enfim, sem muito o que dizer, é a mesma formula dos antecessores melhorada demais, os personagens são excelente (gosto muito do harry, além dos outros que já tinham sido apresentados claro), o combate é incrível e muito divertido, as bossfights apesar de serem meio exageradas (o venom tu luta contra umas 6 vezes) são muito boas também, platinei na dificuldade mais alta disponível do início em 49H, demorei bastante até em comparação com a maioria, jogaço mesmo.


Homem aranha é um dos personagens mais importantes pra mim, escrevi meio na moda caralha o quanto curto ele aí: https://x.com/GoldenLixo/status/1738460326213906626?s=20

é isso, primeiro jogo do ps5 que joguei e com certeza mostra o nível absurdo desse console, amei!!

Demorei demais pra acabar esse aqui, simplesmente perfeito, sinceramente, não tenho muito o que falar, é facilmente o melhor soulslike sem ser da from, tem seus problemas (achei o último capitulo meio desnecessariamente longo e com muito bicho de forma desnecessária repetidos também, além disso, acho a boss fight dos coelhos na segunda vez bem mal feita mesmo, mas tirando isso o jogo é perfeito).

Enfim, jogaço, amei cada segunda, até agora com certeza meu Goty, esses devs fizeram algo surreal mesmo sem ter tido nenhum destaque prévio (que eu me lembre) na indústria antes, se continuarem com esse nível de qualidade nos próximos jogos logo logo estão fazendo jogos tão bons (ou melhores) do que os da from (sinceramente, por muito pouco esse jogo não é do mesmo nível de algum ou outro da from, ele peca em alguns quesitos mas tá quase lá).

Pretendo rejogar e pegar 100% mas por enquanto é isso, amei demais mesmo.

(destaque em especial pras músicas e pra boss fight principalmente do Simon e do Nameless Puppets, estão com certeza no meu top 20 pelo menos de preferidas, e pra quem quiser saber, peguei o final do rise of p)

Escrevi meio a moda caralho no tt depois que terminei caso alguém queira ler: https://x.com/GoldenLixo/status/1729742081952817470?s=20

“O que é a vida? É o princípio da morte. O que é a morte? É o fim da vida. O que é a existência? É a continuidade do sangue. O que é o sangue? É a razão da existência!”

Eu realmente não sei como falar desse jogo, é provavelmente a melhor coisa que eu já joguei do lado de Death Stranding, eu nunca me emocionei com algo do jeito que eu me emocionei no diálogo do Coronel perto do fim, eu não sei cara, não foi uma tristeza ou algo do tipo, tudo que ele fala só me atingiu de um jeito inexplicável, é muita loucura imaginar que esse jogo é de 2001, eu não vou ficar destacando ponto técnico por que creio que todo mundo já saiba o quão bem feito e genial esse jogo é em tudo, mas de verdade, o jeito com que ele se comunicou comigo nada tinha feito igual, eu ainda quero fazer um texto mais bem trabalhadinho sobre o jogo e sobre os jogos de metal gear num geral (principalmente quando eu terminar todos já que vou ter mais contexto pra escrever sobre), mas por enquanto essa é uma das obras e uma das experiências mais sensacionais que eu já presenciei, de verdade, eu não sei descrever, só acho que todo mundo que curte video games num geral devia jogar isso, é lindo demais (todas as discussões, desde a sociopolítica presente no jogo até as discussões sobre IA e fake news são absurdamente bem desenvolvidas e escritas também, é loucura demais bicho foda-se).

Assistam esse diálogo, sério, independente de você curtir ou não metal gear, é outro nível (lembrando que isso lançou em 2001 e foi escrito em 99, simplesmente absurdo, só toma cuidado que talvez tenha uns spoilerzinhos aí): https://www.youtube.com/watch?v=C31XYgr8gp0

Definitivamente a obra audiovisual-mecânica pós moderna absoluta e definitiva.

"And this is the way the world ends. Not with a bang, but a whimper"

Isso aqui realmente tá em outros nível, é fácil de entender porque esse jogo foi tão importante e revolucionário, cada segundo é lindo demais, é um daqueles jogos que me dão uma nostalgia apesar de eu nunca ter jogado ele antes, não sei, é como se desse aquela sensação de voltar no tempo mesmo sabe, mas no geral não tenho muito o que dizer que já não tenha sido dito, eu so acho msm que todo mundo que curte video-game devia ter no mínimo a curiosidade de conhecer esse aqui, o Kojima fez dois dos meus jogos preferidos da vida e um deles provavelmente o jogo mais importante da minha vida (ou um dos), não duvido que depois de jogar todos esse aqui se torne um deles também, enfim, uma hora quando terminar a franquia talvez escreva um texto mais trabalhado sobre todos os jogos num geral, por enquanto só posso dizer que não tem palavras o suficiente pra recomendar isso aqui, é perfeito.


e vai tomar no cu estados unidos (papo reto o jeito que a política como contexto e uso prático é colocada nesse jogo é de outro nível, talvez tenha visto algo nesse nível só em Disco Elysium, isso aqui é ouro demais vai tomar no cu)

Que jogo do caralho moleque, o que eu mais amo nele é como os caras simplesmente largaram mão do horror mesmo, o que sinceramente pra mim tornou tudo muito melhor, esse é provavelmente meu re preferido, tudo nele é tão maravilhoso e tão divertido ao mesmo tempo, amo as bossfights, amo os designs, as músicas são espetaculares, a gameplay é perfeita, esse jogo simplesmente não tem erros, facilmente meu jogo preferido do ano até agora, seja você fã de re ou não recomendo demais jogar isso, foram 26 horas divertidas pra caralho, o jogo me prendeu do começo ao fim, e quando ele começava a me entediar um pouco... BOOM toma explosão desgraça monstro bicho gente explodindo foda-se, perfeito demais vtnc, Leon Kennedy que homem perfeito (recomendo jogar no intenso, joguei nele e mesmo assim muitas partes foram tranquilas, mas em outras dificuldades é bem fácil)

Simplesmente absurdo, a trilha sonora é um bagulho de outro nível, podia facilmente escutar ela o dia todo, a gameplay também é sensacional, tem uma história surpreendentemente boa, tem umas "side quests" bem legais de se fazer também, facilmente um dos melhores jogos de 2022, deveria muito ter ganho melhor trilha sonora no TGA, jogaço.

Eu não sei como começar essa análise e nem sei o que escrever, Pentiment me deixou sem palavras, sem chão, me fez chorar de um jeito que poucas coisas fizeram e me deixou totalmente vazio por dentro depois de acabar essas (aproximadamente) 19 horas de gameplay.

Eu não vou escrever muita coisa pra não estragar nada do jogo, mas eu nunca vi um jogo com tanto poder de escolha que nem esse, qualquer escolhazinha que você faz impacta a vida de toda essa cidade, desde incentivar uma garotinha a aprender mais sobre os costumes antigos, até dar um recado do seu amigo pra garota que ele gosta (ou dar em cima dela, se você for um tremendo filho da puta), tudo isso impacta a sua vida e a dos outros personagens, é incrível ao mesmo tempo que é extremamente melancólico ver o tempo passar, as pessoas envelhecerem, morrerem, os lugares mudando, é um sentimento bizarro, como se você realmente estivesse vivendo uma vida toda.

A magia de Pentimente não está em descobrir os assassinatos (coisa que eu já comecei deduzir quem estava por trás de tudo desde as primeiras horas de jogo), não está na história super bem elaborada em escrita, não está na arte fenomenal e única que o jogo tem, não está nem na complexidade de todos os personagens, isso tudo é espetacular e torna esse jogo mais incrível ainda, mas a magia está, pra mim, nos detalhes, inspecionar uma planta, escolher o lado dos camponeses ou do abade, descobrir sobre os antepassados que viveram em Tassing, mesmo que seja por uma simples escrita cravada em uma pedra, é um dos mundos mais vivos e cheios de personalidade que eu já vi, eu não quero mais falar sobre por que, além de não querer estragar a experiência, Pentiment é inexplicável, você tem que jogar pra entender, você tem que sentir, não existe nada igual e duvido que venha a existir no futuro, uma aula de história, de como fazer video game, de compaixão, de perda, de dor, de felicidade, mas acima de tudo, uma aula do que é arte, o Goty de 2022.

(acho que esse é o único jogo em que você se arrepia só de ver uma fonte mudar na caixa de texto, isso por si só já devia ser motivo o suficiente pra você pelo menos testar, absurdo.)

Indescritível. God of War de 2018 já foi um dos melhores jogos de ação e aventura que eu havia jogado, era espetacular, repleto de conteúdo, com uma história engajante e que não se tornava cansativa, em Ragnarök a base do jogo de 2018 continua, nos sentidos gráficos e na gameplay, percebi poucas mudanças nesses aspectos, mas em comparação com o resto, é um jogo novo.

A exploração, as missões, as novas mecânicas, os personagens, a ambientação, não tem nenhuma área repetida e as que você já havia passado no primeiro jogo estão totalmente mudadas, seja pelo Fimbulwinter, seja por outros motivos, o fato é que explorar esse mundo tão vívido e bem construído, com áreas densas, não só horizontalmente grandes como verticalmente também, dezenas de armaduras, empunhaduras para as armas, ataques rúnicos, relíquias, é impressionante o fato desse jogo existir no nível que existe com um intervalo de 4 anos.

Ragnarök é um daqueles jogos que se lançassem 6 anos depois do antecessor todo mundo ia agradecer por ter lançado nesse nível, mas não, em QUATRO ANOS a Santa Monica fazer o que ela fez aqui é loucura, se a gente pegar a história por exemplo, em comparação com o primeiro jogo, esse aqui é de um expansividade absurda, tanto cosmologicamente, entendendo mais da própria mitologia nórdica (que é obviamente diferente em vários sentidos da original, apesar de ainda assim ser muito fiel) e do próprio universo que envolta esses novos reinos que a gente explora, se conectando até mesmo aos povos maias, egípcios, explicando mais sobre a terra natal do Kratos, entre outras coisas.

Além disso, outros ponto sensacional da história, além da trama em si, são os personagens, ver no que eles conseguiram transformar o Kratos, de um homem vingativo que não se importava com mais nada, pra um pai que só quer proteger o filho, é tão lindo, ver como essa relação de pai e filho molda tudo e todos ao redor do jogo, eles dão também uma profundidade maior no desenvolvimento do amor do Kratos e da Faye, a relação entre eles é bem mais explorada aqui, o Atreus também é muito bem desenvolvido, apesar da cagadas (afinal ele ainda é um adolescente) você se apega a ele, torce por ele e até se impressiona com a engenhosidade que ele demonstra durante o jogo, o Atreus é um personagem mais que suficiente pra talvez substituir o Kratos em um possível futuro, isso sem falar dos outros personagens, Freya, Mimir, Sindri, Brok, Odin, Tyr, Thor, entre vários outros que eu não vão citar pra não me aprofundar muito e acabar dando spoilers, são todos únicos e muito bem desenvolvidos.

A trama do jogo é também, na minha opinião, superiora ao primeiro jogo, por melhor que ele tenha sido, poder explorar mais reinos e descobrir como o Fimbulwinter afetou eles, como o Odin transformou aqueles reinos, como os próprios habitantes moldaram o lugar onde vivem, os objetivos vão se desenvolvendo cada vez mais e se tornando cada vez mais interessantes, no que começa com a simples vontade de sobreviver do Kratos, pra o que termina com uma das maiores sequências que eu já vi em qualquer jogo, Ragnarök vai te deixar empolgado, vai te deixar triste, vai te deixar feliz, faz tudo o que um excelente jogo deve fazer e até superar isso, tendo um end game excelente com vários objetivos secundários pra se fazer, do início ao fim, o level design desse jogo é uma coisa de outro nível também.

-SPOILER- Uma coisa que eu indico pra qualquer um que jogue Ragnarök é: explore literalmente tudo do jogo, cada cantinho, por mais insignificante que pareça ser, e escute TODOS os diálogos que tiverem, foi assim que eu descobri sobre a origem da Jörmungandr por exemplo, algo que tava na nossa cara mas eu só efetivamente entendi num diálogo aleatório do Mimir com a Freya depois de já ter terminado o jogo, uma outra coisa que é excelente nesse jogo é a dificuldade, eu joguei no segundo modo mais difícil (um antes do quero god of war) e meu amigo, que inferno foi aquilo, os inimigos padrões do início já estavam me dando um cansaço, conforme eu fui progredindo foi ficando cada vez mais fudido, chegando no ponto dos últimos dois bosses opcionais do jogo, um a Gna que é extremamente difícil, e o outro o Hrólf, rei dos berserkers, esse pra mim foi até um exagero, tranquilamente o mais difícil do jogo, eu fiquei papo de dois dias pra passar dele na dificuldade que eu estava, mas você obviamente pode colocar em outras dificuldades caso prefira, eu recomendo jogar no mínimo na média ou nessa que eu fui por que, pelo menos no primeiro jogo, as dificuldades mais baixas eram bem mais tranquilas e não apresentavam muito perigo.

Resumindo tudo sobre Gow Ragnarök: uma das maiores experiências audiovisuais e mecânicas que você pode ter na sua vida, é absurdamente imersivo e desafiador se jogado em dificuldades mais altas, um dos jogos que realmente me prenderam num nível de só jogar ele e mais nada, não atoa que acabei com 62 horas e com a platina dele, que por sinal não é muito complicada se você explorar bem e fizer tudo que dá pra fazer, com certeza um dos melhores e mais impactantes jogos do ano, lindo.

2022

A metástase que é a própria carne, corroendo de dentro pra fora, de fora pra dentro, a própria conclusão de que o corpo é uma casca parece precipitada quando você olha o todo, os vermes ainda vão decorrer sobre seu cadáver, devorar a sua carne e te desfigurar.

Scorn é a propagação mecânica-visual da definhação definitiva do simples conceito de existir e da realização de que isso não significa nada quando teu corpo não é mais teu, o biopunkismo, horror corporal, o horror biomecânico, tudo isso é só um presságio pra um todo, Scorn tem uma característica visual única sim, mas vai muito além disso.

Scorn faz algo que eu vi poucas obras fazerem, tem um vídeo do Nick Robinson em que ele fala sobre isso, é basicamente um conceito de um jogo em "segunda" pessoa, é meio difícil de explicar mas basicamente é quando você comanda algo modificando seu corpo, sua ações, o que quer que seja, indiretamente enquanto tem a visão de si mesmo (?), tem um momento do jogo em que o parasita dentro do seu corpo começa a se desenvolver cada vez mais, você então senta numa espécie de cadeira cirúrgica e retira essa coisa com um tipo de garra, vendo tudo isso através de uma espécie de câmera, é um momento tão simples e curto mas de certa forma tão aterrorizante, unicamente amedrontador, não tem como explicar direito o sentimento, que fez com que colocasse na minha cabeça o pensamento de que realmente, Scorn é uma das coisas mais únicas e espetaculares no mercado, e com certeza uma das melhores coisas que eu já joguei na vida. Ver os olhos daquela criatura, o seu corpo, ou o que sobrou dele, aquela coisa se fundindo com você, se tornando você, o que é você?

Assim como Carion por exemplo, que usa uma temática de body horror (apesar de ser de um jeito bem diferente), Scorn se propõe a te fazer viver no nada e não ser nada, por mais lindo que esse nada seja, perspectivamente é claro. Andar por aqueles cenários oníricos, ver o seu corpo se tornando cada vez menos seu, cada vez menos corpo, cada vez mais só um conjunte de massa disforme que não sabe onde se colocar, como ficar, como se manter, como existir. Scorn é um exercício distópico sobre um conceito intra-extra-anti-corpo, artisticamente genial, conceitualmente genial, praticamente genial, o futuro é um futuro de anti-carne, anti-vida, a gente ainda vai se ver na beira do precipício e sentir cada vez mais que ali é o nosso lugar, na arte eu digo, mas cada vez mais eu vejo a anti-arte conceitualmente ou visualmente se tornar presente em mídias além do cinema por exemplo, e ver o meu gênero preferido dentro todo e qualquer gênero/subgênero (body horror) se tornando algo tão concreto e palpável assim, algo que eu posso quase que sentir fisicamente, algo que eu posso controlar, viver, é extremamente lindo e inexplicável, por mais grotesco que todo esse visual pareça ser.

Filho do Giger, Beksiński, Cronenberg, Carpenter, Tsukamoto, não, é mais do que isso, é o próximo passo pelo conceito do fim da carne, um passo surreal, a união da decadência com a forma cria o sentido, perder o próprio corpo é o pesadelo definitivo pra qualquer coisa viva, por mais fascinante que seja olhando de fora, dói no interno, meu estômago não aguenta olhar, não por nojo, mas por medo, medo do povo que não enxerga isso como arte, talvez não seja mesmo, talvez seja só uma inlucidez que o povo que nunca ligou tanto pro conceito da carne presencie, talvez seja tudo bobeira nossa e o corpo nem seja nosso mesmo, talvez sempre tenha sido de outro, ou só serviu pra outro. conceitual e transcendentalmente de uma arte (ou de uma "arte") anticorpos.