Eu não gosto de hack n slash mas o jogo é legal, deixando registrado aqui que tentei

2004

from software é melhor tu ficar só nos soulslike mesmo kkkkkkkkkkkkkkkkk (não que soulslike seja bom)

Quanto mais tempo eu passo nesse jogo mais eu gosto dele. É bizarro que com tão pouco orçamento conseguiu ser uma experiência tão completa em tudo que se propõe.

O nível de detalhes da narrativa desse jogo consegue ser melhor do que qualquer outro na franquia. E o melhor de tudo é que ele é um jogo que respeita o universo que faz parte, ao nível de um nome de um file da DLC do Resident Evil 5 se tornar uma vilã extremamente memorável e complexa, ao nível de pegar um personagem que só apareceu em um jogo e conseguir expandir sua personalidade e sua backstory e ao nível de conseguir trazer inúmeras referências aos classicos da série.

A gameplay também não fica pra trás nisso. É meio chocante que um jogo com um orçamento tão baixo tem sistema de zapping e o Resident Evil 2 Remake não. O carinho que os devs tiveram nessa gameplay desse jogo é coisa de você apertar uma alavanca na campanha da Claire e mudar total um segmento na campanha do Barry por consequência disso. Isso adiciona um fator replay maravilhoso.

Eu amo voltar pra essa masterpiece subestimada e descobrir coisas novas mesmo depois de +200 horas de jogo. Pra sempre meu jogo favorito e o único que não me decepciona em nenhum aspecto

Juro, esse jogo não tinha obrigação nenhuma de ser tão bom

Eu queria de verdade dizer que tentei ao máximo ter a melhor experiência possível com esse jogo. Talvez tenha bastante coisa que eu não tenha entendido em relação a história, mas eu fiz o meu melhor pra explorar o maximo possível nesse quesito.

Não pretendo fazer uma review longa, então vou resumir; a história desse jogo NÃO COMPENSA sua gameplay. E eu não digo isso pra falar "putz que jogo datado, envelheceu mal", até porquê surpreendentemente eu me diverti mais no Persona 1, eu digo isso pra pontuar, que das 25 horas que eu joguei disso, eu me diverti em no máximo 5, que são as horas iniciais. Eu terminei e não me senti impressionado por nada, não teve um único momento que me abalou de verdade na história e não teve nenhum momento de gameplay que eu realmente me diverti a ponto de dizer "Nossa, que jogo bom"

Meu maior elogio ao jogo, fica ao seu visual e seus personagens, é um jogo extremamente lindo até hoje, e do elenco principal não tem nenhum personagem que eu não goste.

Enfim, não sei se jogarei o Eternal Punishment, eu não me senti decepcionado pelo Innocent Sin, apenas não senti nada e não me marcou. Não é um jogo ruim, talvez só não seja pra mim mesmo

Esse aqui eu admito que não estava muito animado pra jogar... Sou bem novo em relação a RPGs por turno, então explorar jogos não tão conhecidos do gênero é um desafio pra mim, mas Suikoden foi uma surpresa até que agradável.

Pra evitar falar muito sobre, vou pontuar as coisas que eu mais gostei.

A primeira é o elenco, os personagens são ótimos, e o jogo tem uma variedade GIGANTESCA deles. Certeza que você vai achar pelo menos uns 5 que te agrade. Cada um com sua personalidade característica, até mesmo os vilões não são ruins em nada. De destaque pra esse jogo eu deixo o Flik e a Odessa, são personagens ÓTIMOS que cumprem muito bem seus propósitos na narrativa.

A segunda coisa que eu mais gostei em Suikoden é sua variedade absurda de personagens jogáveis, são, no total, 108 guerreiros da Liberation Army a sua disposição, todos com visuais diferentes e a maioria com gameplay diferente também. Com essa qualidade, vem também uma crítica, eu acredito que esse aspecto seja um pouco desperdiçado no jogo, pois em diversos momentos, além do protagonista, você é obrigado a usar Party Members obrigatórios para prosseguir na história, eu acredito que isso seja bem, mas não é uma parte bem dosada da gameplay. Tem momentos em que você tem que usar até 4 personagens obrigatórios que muitas vezes você não quer usar e não se adequam ao seu estilo de gameplay. Isso mata a variedade de gameplay que o jogo se propõe a ter, mas só em alguns momentos.

Gostei bastante da história também, não é nada uau nem inovadora, mas é corajosa, Suikoden conta a história de uma guerra, e na guerra não há vitórias sem mortes. O jogo consegue transmitir isso bem pela sua narrativa, você vai se importar com alguns personagens, e quando esses personagens morrerem, vai te chocar.

Pontos negativos que eu posso pontuar: trilha sonora, e repetição de certos elementos de progressão. Suikoden não tem uma trilha sonora a altura de sua gameplay, e em varios momentos chaves é um aspecto que deixa a desejar pra provocar emoções nos jogadores.

Além disso, o jogo consiste num sistema de progressão de: derrote imperador, guerrinha, ande de ponto A a ponto B, e isso as vezes fica meio repetitivo. A variedade de inimigos também é algo que deixa a desejar, mas é mais fácil de relevar isso por ser um jogo curto.

Pra Suikoden eu dou 8/10, não é uma masterpiece, mas é um jogo muito bom no que se propõe a ser, espero que sua sequência conserte essas pequenas falhas, porque potencial pra ter um jogo espetacular essa franquia tem!

que desperdício de uma premissa interessante

Persona 1 foi uma surpresa até que agradável. Antes de jogar tive varias pessoas me dizendo pra pular este, ou pra ler o mangá se eu quisesse saber da história, ou pra simplesmente fingir que não existe. Depois de jogar, eu entendo a maioria das críticas ao jogo, e concordo com algumas, mas não acho que seja esse dragão de 7 cabeças que a fanbase pinta não.

Falando de forma resumida: o que eu mais gostei no jogo foi de longe a história, que é ótima e se não fosse pelos personagens terem o carisma de uma porta eu tenho certeza que a maioria concordaria comigo nisso.

Sobre a gameplay, o MAIOR defeito dela é o encounter rate, é MUITO IRRITANTE. Chegou a um ponto do game que eu tava spammando auto + speed 2x porque eu simplesmente não aguentava mais enfrentar os mesmos inimigos com cores diferentes. De resto? Eu gostei. As dungeons tem um nivel legal de exploração, que infelizmente é um pouco estragado pelo encounter rate. Mas algo a se elogiar nesse jogo é o nível de estrategia, pra quem veio de Persona 5 Royal diretamente pra este, eu me senti uma criança em uma loja de doces em relação a quantidade de elementos e personas diferentes (Não que Persona 5 tenha poucos, mas Persona 1 não perde por muito em quantidade não), e é claro que eu não poderia deixar de citar as negociações com os demônios. É uma mecânica SUPER complexa e interessante, que adiciona um nível extra de desafio na gameplay geral, mas de uma forma diferente e talvez até inovadora para a época (?).

Outra coisa a se elogiar, A TRILHA SONORA, que coisa PERFEITA. Sim eu enjoei de ouvir Lone Prayer 10 bilhões de vezes e se tocarem essa musica do meu lado eu espanco a pessoa, mas o jogo é muito sólido em sua trilha sonora, são tantas tracks memoráveis que é impossível não ficar com elas na mente.

Pra Persona 1 eu dou 7/10, acho que é uma nota justa, foi um bom começo para a franquia e aparentemente teve sucesso em se destoar da franquia principal Shin Megami Tensei, sem perder a sua vibe.

Yakuza 0 é uma obra prima, eu sei que vocês ja devem estar cansados dessa palavra e do quanto ela foi perdendo o significado ao longo do tempo, mas é a unica que eu consigo achar pra definir esse jogo.

Com uma narrativa extremamente cativante, um elenco espetacular e tudo isso se sustentando em seus aspectos técnicos de gameplay, trilha sonora e visuais no geral, eu não consigo achar algo nesse jogo que me desagradou.

Não vou falar muito mais, pois acredito que seja melhor jogar Yakuza 0 sem saber o que vai te atingir, mas é uma experiência sem igual, que eu com certeza recomendo demais

Haunting Ground é a perfeita representação do gênero cinematográfico slasher e giallo dentro dos videogames. O jogo acompanha a história de Fiona, uma adolescente que perdeu parte de sua memória e acorda presa em um castelo, e com a ajuda de Hewie, um cachorro que ela encontra pelo local, deve escapar do lugar a todo custo.

É com essa premissa que o jogador deve resolver diversos puzzles e escapar das pessoas perturbadas que ali se encontram, e ao mesmo tempo desvendar os mistérios envolvendo os personagens e o lugar onde a história se passa.

A gameplay é simples e consiste em parte no elemento hide-and-seek bastante conhecido de jogos de terror e em grande parte com foco em exploração do castelo. Com câmera fixa e controles 2D, Haunting Ground possui ângulos cinematográficos em sua gameplay, em algumas cutscenes até mesmo alterna pra primeira pessoa, lembrando bastante filmes do famoso diretor de giallo Dario Argento.

Apesar de seguir o famigerado hide-and-seek, amado por poucos e odiado por muitos, Haunting Ground subverte expectativas do gênero e se prova um jogo mecanicamente rico. Nunca te forçando a seguir um estilo de gameplay ou instantaneamente Game Over, você tem a liberdade pra jogar como quiser, mas tenha em mente que apenas correr dos perseguidores pode se provar uma tarefa dificil. Ainda mais quando Fiona não é apta para combate.

A história é o ponto alto do jogo, e pra não estragar a surpresa de ninguém, direi apenas que me surpreendeu bastante por ser bastante corajosa em abordar temas pesados dentro de um jogo de Playstation 2 (Silent Hill 2 realmente influenciou diversos gêneros, huh). O jogo é brutal, visceral e te serve coisas que você quer ver num slasher e giallo, de forma crua. As mortes são muito grotescas e eu me vi olhando para o lado para evitar encarar a protagonista sendo dilacerada pelos terrores que a cercam.

Duas coisas interessantes: o sistema de "pânico" nesse jogo é uma das melhores coisas que eu já vi num survivor horror, é uma homenagem clara a cenas dos filmes de terror onde a personagem sendo perseguida por um assassino começa a perder controle de seus movimentos basicos, como andar e correr. E a segunda coisa é que a tela de game over é perfeita

Se você gosta de survivor horror, Haunting Ground é um prato cheio

Exploração de cenário que lembra Metroidvania
Gore a um nível moderado mas serve a proposta do horror
Ambientação memorável
Vilões memoráveis (Daniela jamais será esquecida)
História ótima que aborda temas pesados
Gameplay prato cheio pra quem curte puzzles

Pra Haunting Ground eu dou 9/10. É uma obra prima do Ps2 em diversos aspectos

50% perfeito, 50% acaba por favor