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O tempo que leva para desenvolver os personagens - sem mencionar a qualidade da escrita, é claro que o tempo por si só não basta - é o que dá peso para os futuros eventos da trama, é o que te faz realmente sentir a perda dos personagens, coadjuvantes ou não, quase como se fosse uma perda real.
Você convive com aquela gente, vai com a cara de alguns personagens mais do que a de outros, estranha uns enquanto confia muito em outros, sente ansiedade quando tem os conflitos de interesse entre cada personagem. A impressão final é que quase não existem personagens superficiais por aqui, todos são humanizados de verdade e bem inseridos dentro desse mundo.
O Arthur dá ainda mais sentido ao título "Redemption". Eu gosto muito de como ele muda após os "Black Lungs" (odeio mais essa expressão do que o personagem que a usa, mas vou usá-la também pra evitar spoilar quem ainda não jogou), e não só começa a questionar aquele modo de vida "livre", que antes fazia tanto sentido pela tamanha confiança no holandês e passa a fazer cada vez menos conforme essa mesma confiança despenca aos poucos, como também serve de motivação para romper de vez com aqueles papinhos fiados, ideias tortas e conflitos inúteis que mataram as pessoas que acreditavam nesses princípios. Gente essa que passava a ser cada vez mais descartável, mesmo havendo mulheres e criança no meio.
Dutch, por sua vez, vai pelo caminho contrário e mesmo continuando "o mesmo" - segundo ele próprio - e crendo nos mesmos planos, foi o que mais mudou.
Não tenho conhecimento o suficiente e nem saco pra ter mais profundidade ou analisar melhor a história, mas eu aproveitei ela muito e foi isso o que eu consegui tirar e lembrar de cabeça.
De resto, padrão Rockstar: gráficos anos à frente de qualquer outro; músicas incríveis que alcançam a tua alma; consegue ser desnecessariamente realista e lindo e ainda continuar arcade; histórias secundárias que valem mais a pena isoladamente que muito jogo inteiro. E assim vai. Tecnicamente ainda não foi ultrapassado e sabe-se lá quando vamos ver algo melhor que Red Dead Redemption 2 - na real, sabemos sim quando, né GTA 6?
A narrativa é engraçada. Começa com você sendo assaltado na rua à noite e termina com você matando um dos chefões de uma organização criminosa local emergente, que por acaso é um fucking Beholder que veio de outra dimensão sorrateiramente e trama um plano de dominação mundial. Depois disso, não sei se parei de prestar atenção na trama ou tudo só não fez sentido mesmo, de qualquer forma a história não é um ponto central do game.
Não zeramos mas chegamos a uns 75% ou 80% do jogo, e sinceramente a vontade de continuar beira o nulo. Então vamos dizer que é isso mesmo e tchau.
Jogado com o Felipse.
Os eventos dele são engraçadinhos sem querer. Tipo, tu tá no meio duma Copa do Mundo e de repente seus companheiros de clube te chamam para ir para um Cassino. Obviamente tu nega, mas a barra de relacionamento cai MUITO. Tipo, como ousas recusar sair com seus amigos em um cassino enquanto está jogando uma Copa?!
Também é engraçado os dilemas aleatórios, tu pode escolher entre agradar seus fãs visitando um hospital ou cair na gandaia e que se dane.
Ele até que é fácil, toda run tu é o novo Pelé que ganha Copa do Mundo com 17 anos. Mas acho que não vale muito a pena de jogar, depois dumas 3 temporadas ele fica muito repetitivo e chatinho.
Apesar disso, volta e meia vou ceder a nostalgiazinha e brincar nele.