Pessoal das reviews tá sendo meio injusto com esse jogo então vou fazer questão de só falar o que eu acho bom nele.
Eu creio que ele consegue achar um balanço muito interessante entre acessibilidade e profundidade de gameplay, os comandos são simples o suficiente para até o mais inexperiente dos jogadores montar um combo simples depois de uns 10 minutos de jogo mas ao mesmo tempo ele te entrega mecânicas que te permitem variar bastante seus combos mesmo com as limitadíssimas opções na maioria dos movesets.
E ainda sobre os movesets, chega a ser bizarro pra mim como todos são muitíssimo interessantes, nenhum personagem desse jogo é chato de se jogar. Eu até entendo quem sente uma antipatia por conta deles basicamente não terem muita personalidade, mas visto que eles aparentemente foram mais criados para cumprir um papel do que para serem personagens de verdade, eu acho isso tolerável e até louvável.

7.5| Eu queria entender o por que de os melhores conceitos terem os piores prazos.

Esse jogo ter saído é fruto de um milagre, uma vontade divina. É um projeto com tanto amor envolvido, mas tanto, que simplesmente seria uma crime acabar encalhado.
Uma reinvenção/desconstrução da franquia, com tons de Ren & Stimpy, doses de ironia e metalinguagem, junto dos conceitos mais fora da caixa já vistos na série. Uma pena que menos de 40% disso pudesse ter sido concretizado.

No entanto, este jogo se mantém MÁGICO até hoje. Não é mera nostalgia.
Por mais pouco polido, cortado, apressado e inacabado que seja, Twinsanity ainda é um dos melhores da franquia. O pouco que foi entregue consegue ser icônico o suficiente pra se manter na memória e atmosférico o suficiente para te engajar neste mundo de loucuras. Sério, um jogo tão feito nas coxas desse não tinha o direito de simplesmente ter uma das melhores trilhas da história dos videogames.
Parabéns aos desenvolvedores.
Prazos curtos, ideias tendo de ser descartadas, pouco orçamento e pressão da publicadora não conseguiram deixar esse jogo menos emblemático.

Eu não ligo para os problemas do online, balanceamento, versionamento ou qualquer desgraça que o seja
Eu jogo esse jogo há pouco menos de dois meses e ele já transformou minha vida
Obrigado, Harada.

6.7| O Mais injustiçado dos SMT's?
O jogo não é nem 10% ruim quanto a comunidade faz parecer. O domain of Sloth não é esse monstro de sete cabeças que dizem ser, os fuma bells tão aí não é à toa.
Tem uma premissa muito bem executada, centrando sua trama neste personagem interessantíssimo que é o Hazama em várias rotas diferentes, com companions diferentes, em um jogo mais curto, porém conciso e facilmente rejogável.
Não é nem um pouco injusto tal qual o primeiro SMT, mas ainda passa bem aquela sensação de ter de escolher entre apanhar de cinta ou apanhar de chinelo que esses jogos tanto prezam.
Acho que a única falha crítica desse jogo é ter sido um proto-persona, dando crias malditas.

Será que alguém de fato queria saber tudo que é contado aqui? O passado dos personagens nunca importou tanto pra franquia, os acontecimentos que importam para o que foi visto nos jogos anteriores já haviam sido contados. Nada presente aqui surge de uma curiosidade real.
Entretanto, chega a ser engraçado pensar que uma história tão desnecessária como essa acabou por ser algo proveitoso. Uma experiência intrigante e cheio de dualidades.

Sim, acho que o termo mais importante pra este jogo é "Dualidade".
Uma ingrata missão de trazer um público novo pra franquia, ao mesmo tempo que tenta trazer uma narrativa interessante para o público veterano; Colocar seus personagens principais ainda muito imaturos em uma das tramas mais sérias da franquia; Realizar o jogo mais tecnológico da franquia em uma ambientação retrô; Apresentar o velho e conhecido como algo novo para ser explorado; Trazer uma sensação de nostalgia enquanto traz consigo uma experiência inédita. Todos estes são trabalhos ingratos manejados de maneira extremamente satisfatória pela equipe da RGG.
Eles lidaram tão bem com este desafio, que conseguiram o transformar em tema. Dois protagonistas que se veem como dois lados da mesma moeda mesmo que nunca se encontrem dentro do jogo, em uma trama cheia de valores negativos e positivos envolvendo seus macguffins e personagens-chave. Trazendo uma velha roupa-nova para as tramas mirabolantes e cheias de reviravoltas da franquia.

Minha revisitação à este jogo ressonou muito com esta minha ideia sobre ele. Felizmente ainda estou numa idade na qual poucos anos são o suficiente pra ter percepções completamente diferentes sobre as mesmas coisas, e revisitar essa obra, tendo memórias sobre como eu a via anos atrás ao mesmo tempo em que tomo impressões novas, é sempre algo gratificante. Neste caso, mais ainda. Pois percebi que enquanto vejo o meu Eu-do-passado encarando as reflexões do presente, a franquia faz o exato contrário ao transformar seu jogo (até então) mais recente num reflexo do passado.

É um jogo bem básico.
Trabalha, treina, luta. Grindset infinito.
Mas apesar de tudo ainda bem divertido e com um fator replay interessante. Ainda tão legal quanto era nos meus 12 anos.
Uma pena que eu tenha ficado com um softstuck lá pro final do jogo nesta minha ultima jogatina, mas isso não afeta em nada minha relação com o jogo. Muito interessado para ver o que fizeram no 2.
PS: O fato de os trechos da DLC lançada posteriormente ficarem invadindo a gameplay principal é um pouco irritante, mas o fato de ela ter sido lançada de forma completamente gratuita e inclusa no jogo é gratificante.

6.2|
Apesar de visualmente interessante e aparentemente imenso, não há muito o que fazer neste jogo de fato. A exploração é sim interessante, mesmo que por muitas vezes repetitiva. Os puzzles são bem concatenados e se balanceiam bem no que tange a dificuldade, vão desde os simples até os mais racha-cucas, alguns chegam até a surpreender.
Mas no fim é aquilo. Um jogo de exploração de dungeons que perde um tanto o sentido por ter dungeons demais e que perde um tanto de sua potência ao se apropriar demais de suas fontes de inspiração. Com um combate sólido, aparentemente variado, mas sem tanta profundidade.
Nenhuma grande primazia da narrativa. Apesar de ser feita de um modo diferente do comum e até interessante à primeira vista, acaba decaindo por se tornar excessivamente repetitiva e não se sustentar decentemente ao decorrer da exploração do mundo. No fim acaba sendo majoritariamente monótona, com exceção de certos momentos de quebra deste modelo narrativo.
Mas bem, já me estendi demais. Chega de falar sobre Zelda Breath Of The Wild...

9.1| O Humor de GTA V só é ultrapassado pois o mundo parou de enxergar GTA como uma paródia e começou a vê-lo como um espelho. Nenhum roteirista da Rockstar poderia prever o TikTok e a cultura do cancelamento, alguns até imaginaram que a internet só iria extrair o pior do ser humano, mas dificilmente eles pensariam que as pessoas passariam a roteirizar, produzir e estrear em seus próprios "Fame or Shame".
As suas caricaturas ambulantes chamadas de "Protagonistas, deuteragonistas, antagonistas e coadjuvantes" hoje podem ser vistas apenas como estereótipos. E isto não está errado, sempre foi a intenção. A ironia da coisa é que os estereótipos antes serviam para extrapolar as características de grupos da sociedade e, hoje, os membros da sociedade querem fazer de tudo pra se encaixar nesses grupos e seguir seus estereótipos, ao mesmo tempo que querem se afirmar como seres únicos, diferentes dos demais, mergulhados na vasta profundidade de seu próprio umbigo.

Dito isto, só um fato permanece irretocável após 10 anos de GTA V. Ele ainda é o sandbox absoluto. Um ambiente virtual tão interessante, rico e vivo quanto era em seu lançamento. Os fenômenos GTA V e GTA Online revolucionaram pra sempre a indústria e eles continuam sendo monólitos até hoje. A partir daqui, GTA é simplesmente grande demais para falhar. É o tipo de obra que marca gerações. Não apenas as gerações de console, mas principalmente as gerações históricas. Existem aqueles que cresceram jogando os jogos de PS2, viram as evoluções impressionantes do GTA 4 e se depararam com a imensidão de GTA V. Existem aqueles que viram GTA 4 em sua infância e tiveram os melhores anos de sua vida irrigados pelo GTA 5, que os deixou igualmente boquiabertos. E existem aqueles que viram apenas este único jogo e fizeram dele seu parque de diversões, ou extensão da escola, ou até mesmo suas segundas vidas por meio de mods e Roleplay. O ciclo continuará com o sexto jogo numerado da franquia, certamente.

Eu não me incomodaria se o próximo jogo acabasse como esse. Ultrapassado, não por si só, mas pela realidade. Portanto, se colocando não apenas como jogo, mas como um recorte de sua contemporaneidade também. Em algum momento, se meus filhos me perguntarem como era o mundo na época de minha infância / adolescência, eu não os contaria diretamente, apenas os guiaria através de GTA V.

1.8|
Este é um jogo que consegue misturar persona com shin megami tensei, só que o faz pegando todos os aspectos ruins de cada um dos jogos.
Junte um sistema de social link piorado com um sistema de combate com uma gimmick repetitiva e mal utilizada, faça-o passar em dungeons mal formadas e nada criativas, tempere com uma estética anime-like sem identidade visual alguma completamente genérica que parece até mesmo ter saído de algum jogo da mihoyo. Pronto, isto é Soul Hackers 2.
Se existe uma coisa boa a se falar deste jogo é seu sistema de equipamentos, por mais que limitrofemente trabalhado, ele ainda é interessante. No entanto, isso simplesmente não segura a barra. Esse jogo é muito chato. Ruim de dar dó. Não existe dificuldade neste jogo. A trama é completamente retardada. As personagens são as entidades mais desinteressantes e genéricas que já vi, mesmo que o jogo ainda tenha a pretensão de passar profundidade para eles, criando uma dungeon que "meRGuLha Na PrOFunDIdaDe dA AlMa dELeS", eles são simplesmente as coisas mais caricatas, arquetípicas e unidimensionais que já vi. Perdem até pros primeiros protagonistas de megaten, que eram exatamente isso, só que sem a parte da pretensão.
Enfim, um jogo sem alma e sem razão de ser. Um jogo que tenta ser profundo, mas tem a profundidade de uma colher de chá, mesmo que este se dê em um aparente oceano de requests e possibilidades.
O pior jogo da atlus que já joguei.

Eis que quando eu quero reinventar a franquia e no processo eu destruo tudo que a franquia é.

Eu espero que isso tenha sido proveitoso e engraçado pra quem é fã das meninas.

Quem não gosta do X-Factor não entendeu a proposta e não sabe se divertir pegando os bonecos mais medianos do jogo e os transformando em demônios com sede de sangue e toneladas de dano.
Citando o conhecimento popular japonês: " Um rato encurralado morde até um gato "
Citando Sun-Tzu: " A vitória está reservada para aqueles que estão dispostos a pagar o preço "

É bem simples, tem a Elena e é bonito.

CAPCOM EU VOU TE PERDOAR ATÉ O FIM DOS TEMPOS, MUITO OBRIGADO POR ME TRAZER O 3RD STRIKE 2

Eu creio que devo jogar o relançamento do jogo pra dizer que tive a experiência definitiva (também, especificamente, a versão que a grande maioria jogou). De fato, a câmera usada nessa primeira versão do jogo é um tanto contraproducente com sua proposta e a câmera "moderna" deve se dar melhor neste quesito. Muito por conta deste motivo e de outros fatores narrativos, fico bem afastado da opinião geral de que este jogo é o melhor da franquia. Certamente se trata de um ótimo jogo, feito com muito esmero e detalhismo (creio que este seja um dos principais motivos para que gostem tanto dele), interatividade e a tão adorada interação com o mundo real e o próprio console que o Kojima tanto gosta, o mais refinado até então. No entanto, mesmo que seja proposital e inspirado nos filmes de espionagem da guerra fria (principalmente james bond), esse roteiro canastrão, com um vilão igualmente torpe e caricato, não me desce muito bem. Talvez, para alguns, acompanhar a história do Naked Snake seja algo mais cativante do que ver a epopéia antiterrorista de seu filho-clone-soldado-genético, mas... para mim, a falta de pungência nos comentários e temas do jogo não conseguem ser compensados pela interessante interação de The Boss com Snake, tampouco pelo romance de Snake com EVA e nem mesmo pelos show-offs e fanservices espalhados por toda interação com o menino ocelote.
Enfim, ótimo jogo, ainda assim, o mais fraco da trilogia.