Zero me dá tesão

A magia que um videogame tem de te instigar mesmo com todas as suas imperfeições sendo realçadas o tempo inteiro e te fazer supera-las com todas as ferramentas que você tem ao seu dispor sempre me encanta.

Um jogo quebrado, mas um jogo com alma.

O melhor e o pior de Mega Man!

Talvez a definição máxima do quão estúpido um jogo de arcade podia ser nessa época, além de escancaradamente confuso e desengonçado...

... Mas ao menos não dá pra dizer que não é maneiro hein...

Sabendo como as coisas funcionam até da pra desenrolar um tiquinho, mas eu com certeza não iria valorizar nenhum pouco esse jogo se não fosse a versão de PS1 que possui continues ilimitados e inúmeros checkpoints, diferente da versão de Arcade que nem sequer isso tem mesmo lá sendo por ficha...

Voltei a jogar videogame faz pouco tempo e um dos maiores responsáveis com certeza foi este joguinho, lembro que quando vi ele num anúncio de emulador pelo youtube acabei dando uma chance e parando de ter preguiça de mexer com emulação, até porque a pouco tempo havia ganhado um celular melhorzinho e com mais espaço pra esse tipo de coisa

Dragon Ball é algo que está comigo desde a infância e hoje em dia valorizo mais do que nunca tudo que a obra representa e me ensinou com o passar dos anos

Descanse em paz Akira Toriyama

Pensa num jogo FODA que muitos vão deixar de jogar por conta da dificuldade?

Contra é uma franquia que já carrega um certo peso a mais em sua volta e é difícil não se assustar olhando pra esse jogo aqui em especial, mas como muitos outros jogos da época também há um segredinho que muda tudo. A versão japonesa de Contra 3 (que se chama Contra Spirits) possui continues infinitos, algo que muda completamente a dinâmica do jogo. Sério, joguem sem medo esse jogo, aprender cada coisinha sobre ele é divertidíssimo e não ter que se preocupar em começar de novo desde o começo faz total diferença, impressionante como uma simples mudança feita por americanos sem noção pode alterar tanto um jogo.

Talvez a única coisa que perde um pouco a mão seja no boss final por exigir um desafio um tantinho mais abusivo, mas absolutamente tudo aqui tem um truquezinho simples de se compreender e gostoso de se descobrir. Curto como mesmo quando você pensar que já dominou tudo que o jogo tem a oferecer, você ainda terá uma experiência totalmente diferente e insana no modo hard.

É um jogo que no mínimo vai te entregar um espetáculo de ferver o sangue com sua ação deliciosa que até hoje não perdeu nenhum pouco da adrenalina, com cenas incríveis como você tendo que pular de um míssel até outro enquanto destrói um alienígena voador te perseguindo nos céus. Jogaço!!!

Metade do jogo simplesmente não ter música deve ser um dos maiores tiros no pé que pode ter em um jogo de luta, mas em compensação a reta final especial deve ser uma das coisas mais maneiras que saíram no gênero inteiro

Não é nem de longe tão ruim quanto fazem parecer, mas é uma experiência que facilmente se torna cansativa. Acho válido o experimento e a tentativa de se desprender do que a trilogia do Mega Drive criou, mas com a longa duração e a exploração obrigatória certos elementos ficam progressivamente mais desgastantes do que deveriam aos olhos de alguém que já não simpatiza com este jogo.

Se tiverem curiosidade recomendo irem direto para a versão Director's Cut, um mod feito pelo próprio diretor que evolui e corrige várias lacunas que vemos aqui.

A maior fraude de todos os tempos

Indo mais fundo ainda em jogos que ninguém liga, esses tempos me aprofundei um pouco nos inúmeros jogos que o Batman ganhou com a popularização do clássico filme de 89, e uma de suas várias contribuições para os videogames foi este arcade extremamente esquecido pelo tempo, muito remetente a algo da franquia Shinobi/Shadow Dancer só que bem desengonçado e com umas fases de Batmóvel para te distrair (enquanto você explode os inimigos, como todo bom Batman).

É engraçado descobrir um jogo que saiu de forma tão específica, que tal qual o jogo de NES que se inspirava bastante em Ninja Gaiden, aqui temos o Batman se inspirando em outra franquia de ninja, também com imagens do filme pixeladas e fases em veículos, algo bastante reproduzido nessa época. E bem, é o que é de se inspirar de um arcade esquecível de menos de 15 minutos meio chupado de Shinobi, é bem desleixado, o pulo é ruim e os golpes normais também, além dos projéteis serem limitados. Tem o mínimo pra ser funcional e fica por isso, em qualidade audiovisual não é muito polido e fica atrás dos Shinobis também.

Rapaz, tô bem obscuro nas reviews por aqui hein...

Surpreendentemente descente? Diferente da versão de arcade, este jogo lançado para o NES ainda consegue se manter bem firme hoje em dia, é tudo mais polido e até mesmo melhor balanceado. Enquanto no arcade você tinha apenas uma vida, 2 minutos por fase e pau no seu cu, aqui as fases não só tem continuidade, como cada sala que você entra irá resetar sua barra de vida e o seu tempo, além de você também ter 3 CONTINUES. Essas simples coisinhas já fazem esse jogo ser bem competente e pouco frustante, e o desafio em geral até que também não é nada abusivo. A maioria dos inimigos são macetáveis com voadora neutra ou investida, e os que apresentam maior resistência a isso ainda assim não são invulneráveis.

Mantiveram as mesmas fases que haviam no Arcade, mas otimizaram muito bem tudo aqui. Na primeira fase na estação tem uma parte que você entra no próprio metrô como todo bom beat 'em up faria a partir de então, e só após uma mini seção de capangas você vai para o boss. Na 2° fase você enfrenta uma gangue de bosozoku (motoqueiros) e então rouba uma moto com direito a uma sequência inteira de perseguição que é extremamente bem executada, e só após isso você chega ao Boss. É notável o cuidado a mais que botaram nessa versão caseira do jogo original, realmente digno do primeiro beat 'em up em oito direções. A única coisa que deixa um mal gosto na boca acaba sendo a última fase, que foi onde perceberam que o jogo era muito curto e muito mais fácil, aí inventaram de fazer uma fase final que você começa do lado de fora até liberar dois prédios, e ambos são labirintos que você pode ficar completamente preso em um looping insuportável, e a pior parte é que o chefe final só vai estar em um dos prédios. Sem falar que o chefe em si também pode facilmente te matar com apenas um tiro de sua arma, mas essa parte é perdoável porque vale lembrar que tudo aqui é macetável com voadora neutra. Enfim, foi uma maneira bem tosca e barata de alongar o jogo, típico da época, mas ao menos ainda dá pra relevar um pouquinho isso por resetarem a vida e o tempo a cada sala, apesar que os inimigos nesse labirinto são levemente mais difíceis também.

No fim, um jogo muito mais sólido do que tinha qualquer direito de ser, substitui totalmente a versão de Arcade e mostra como ainda nos primórdios deste gênero já conseguiam fazer um pouco de tudo que veríamos no futuro. Apenas lembrem-se, na última fase vão pelo prédio esquerdo, e na sequência de portas peguem direita -> esquerda -> esquerda -> meio -> direita. Só essa noção básica já salva um bom tempo seu.


Kunio-kun é basicamente o primeiríssimo beat 'em up em oito direções e o irmãozinho caçula de Double Dragon que ninguém liga. Eu curto muito a estética de delinquente japonês desse período e descobrir recentemente pelo YouTube que esse jogo era possivelmente finalizável em uma duração de míseros 6 minutinhos me fez querer joga-lo na mesma hora.

É realmente impressionante ver o quanto esse jogo fomentou as bases desse gênero, tanto que posteriormente a mesma Technos reaproveitaria muita coisa daqui no Renegade e na própria franquia Double Dragon que também foram muito importantes no gênero. O cenário urbano, as gangues delinquentes e criminosas, as mecânicas de correr, dar voadora, agarrão e finalização, os inimigos distintos em cada fase tais como os típicos motoqueiros de beat 'em up, e até mesmo o boss final com uma arma de fogo, tudo isso já estava aqui.

Bem interessante ver a visão que o jogo já tinha, mas também é notável o que se aprende a não reproduzir deste jogo. Um beat 'em up de menos de 10 minutos parece tranquilo, certo? Não tanto quando você só tem apenas uma única vida. É até engraçado como o jogo inteiro vira um grande tentativa e erro por causa disso, você tem vários inimigos em cada fase e quando sobra apenas três deles aparecerá um boss, mas a parte divertida é que o boss ENTRA nos capangas e não é fácil acertar dois de uma vez. Nisso o certo seria eliminar todos na tela, mas cada fase permite apenas dois minutos de duração, então você tem que ser rápido. Depois de uns bons game overs na conta você entende que tem que saber eliminar os inimigos adequadamente escolhendo primeiro os armados, mas tentar fazer isso tudo em apenas dois minutos é dolorido. O cúmulo disso é a última fase em que absolutamente qualquer golpe é hit kill, e até você descobrir é mais um game over. Ao menos perceberam o quão descabido isso era e deram uma vida extra se você passar da primeira parte da última fase, e o último boss curiosamente é o mais fácil.

Ainda dentro das inspirações em Double Dragon, este jogo já tinha o mesmo sistema utilizado em Double Dragon 2, então se você apertar o botão A você bate na esquerda, se você apertar o botão C você bate na direita, mas se você apertar um enquanto está apertando o outro, você basicamente dará um chute por trás. É uma mecânica até bem interessante e criativa pra época e não acho que envelheceu tão mal, é algo pensado justamente para controlar quando você estiver sendo atacado pelas costas, porém é mais uma coisa pra você aprender depois de um tempo.

É sofrido de jogar hoje em dia e eu tive que apelar pra save state e até vídeo no YouTube... Tipo, novamente na questão de tentativa e erro, nenhuma fase tinha parede com excessão da terceira fase, aí pra você derrotar o boss nessa fase você precisa quicar na parede depois de correr e meter um chute quando o boss te perseguir, só não sei como eu iria adivinhar em dois minutos, e isso depois de tomar game over por descobrir na prática que o boss era invulnerável a golpes e voadoras normais. Não é um jogo que envelheceu bem, mas não consigo deixar de apreciar o quanto se aprende sobre o gênero observando ele e os beat 'em ups posteriores que basicamente aplicavam tudo isso de forma mais equilibrada e bem distribuída, fazendo você aprender tudo que você precisa de forma orgânica sem deixar de ser desafiador.

Enfim, mais um textão sobre jogo que ninguém liga, é nois 👍

Melhor que marvel vs capcom

Curiosamente eu joguei esse aqui por causa do Nando Moura, o anão tava certo quando disse que as músicas são lindas. Pra minha surpresa também achei a jogatina bem divertida depois que você se acostuma, é um jogo muito sólido considerando que saiu nos primórdios do Game Boy e se mantém um Mario competente até hoje com tudo no lugar certo dentro das bases da franquia, mesmo que ainda rústico e com alguns elementos claramente estranhos na composição entre as fases, tais como os inimigos e os cenários, o que ao menos lhe trouxe certa identidade

Vale a pena dar algumas chances, mesmo que não clique logo de cara. Sem dúvidas um baita expoente do Game Boy clássico

👽👽👽 MARIO ALIENÍGENA 👽👽👽

Você pode dizer que Marvel Vs. Street é preguiçoso ou que Marvel Vs. Capcom 2 parece um mugen, mas nada na história da Capcom deve superar isso aqui. Nem em mugens as coisas são tão jogadas e sem vínculo algum assim, não chega nem a ser engraçado


Uma fenomenal sequência que eleva ainda mais tudo antes visto na franquia, com a mais pura e frenética aventura contra monstros alienígenas dos mais diversos tipos e formas, com fases ainda mais inventivas, armas, veículos, cenários, caminhos alternativos... É o tipo de coisa que você joga gritando e com as veias estourando de pura adrenalina, é Metal Slug se afundando completamente na mais pura insanidade e com uma maestria audiovisual sem igual

(Apesar que a dificuldade aumentou estupidamente também hehe)

E se eu disser que acho o visual mais bonito e a gameplay mais agradável nesta versão repleta de slow downs do que no Metal Slug X? Sério, a versão X tenta adicionar tanta coisa que as vezes fica cansativo, esse em comparação acho a gameplay muito leve mesmo com o jogo sendo tão lerdo para rodar

Em compensação, isso ficou apenas nas versões originais aparentemente, porque na coletânea que saiu para o PS2 e outros consoles já se corrigiu este probleminha bobo, então nem sei se acho justo eu pegar no pé só por ter pego uma versão inferior, mesmo sendo a original. Acabei me sentindo grato por não ter pulado ele e ido direto pro X

Enfim, tirando a polêmica do caminho, aqui temos tudo que o primeiro jogo fez com um escopo ainda maior em todos os sentidos. Os bosses são todos bem legais, os cenários são fantásticos e a forma que vão apresentando a ameaça alienígena até culminar no final é um completo espetáculo. Mais um jogão com uma pixel art divina e ação de encher os olhos