Apesar de ser um jogo muito bonito, não me agradou. Acho que pra cada coisa legal que ele faz, erra em mais duas ou três.

Primeiro vamos ao que faz de certo: visuais lindos, música muito boa e inimigos únicos, que escapam do tradicionalismo de ter.um mario bros só com goombas, koopas etc.

Entretanto, tudo isso é atrapalhado por dois grandes problemas: primeiro, você sempre vai ver uma cutscene inútil de algum NPC falando alguma coisa óbvia. Sério, Mario 2D nunca foi sobre a história, e isso só interrompe o fluxo. Pra que isso? E segundo: as wonder flowers são MUITO CHATAS. Entendo querer fazer um twist e tal, mas sempre que pegava uma, a fase ficava imediatamente mais chata. Parece que a maioria delas só transformava tudo em uma daquelas fases que se jogavam sozinhas do Mario Maker.

Mas voltemos aos pontos positivos: O online me surpreendeu, e acho que foi um dos pontos altos do jogo. Adorei jogar com os fantasminhas de outros jogadores aparecendo no fundo, invocando uma vibe de ver seu irmão mais novo jogando com você (mas sem gastar suas vidas). As flores que falam também são legais hehe.

Por fim, acho que foi um passo numa direção certa em termos de visual e design de inimigos, mas deveriam repensar nesses aspecto de "autoplay" das wonder seeds em jogos futuros.

Mto brabo. As vibes dos mechas são mto feras e destruir tudo com o laser é mto maneiro. Mas krl, q jogo difícil. Zerei com save states fds, sem tempo irmão (meu pau na sua mão).

A história não faz o menor sentido (principalmente a do segundo), e os puzzles são bobinhos, mas gostei das vibes (e no fim é isso que importa).

Um jogo de point & click mto fofo, invoca uma sensação mto forte de "exclusivo de PS3 que saiu em 2008 só na PSN".

Desvendar os puzzles nada intuitivos são ao mesmo tempo frustrantes e recompensadores (mas mais frustrantes mesmo). Ter que clicar em cada pixel da tela é meio foda.

Gostei das vibes do robôzinho, da arte linda e tal, mas puta merda que puzzles difíceis. Usei o livro sem dó no fim, que se foda.

Simplesmente um MONSTRO em ambientação. Crow Country consegue resgatar com perfeição o feeling de terror dos antigos jogos de survival horror da era do PS1, e ao mesmo tempo consegue criar uma identidade própria fenomenal.

A estética de parque de diversões abandonado se encaixa perfeitamente com o gênero, gerando uma atmosfera familiar, fofa e ao mesmo tempo sinistra, o que com certeza ajuda em deixar o jogador sempre à beira de um ataque de nervos (not me though, I'm built different).

Os puzzles são bem RE-like, com dicas de como resolvê-los espalhados pelo parque em forma de textinhos, notas, cartazes, etc. Entretanto, nem sempre são óbvios, obrigando que o jogador coloque tico e teco para funcionar (not me though, I'm built stupid...), ou que use a barraquinha de dicas, esta que ajuda a apaziguar a frustração de ficar preso em um puzzle, uma ótima adição.

A limitação de recursos sempre me deixou na ponta dos pés, mostrando que até o fim do jogo o confronto direto com os inimigos deve ser evitado, algo que RE moderno falha miseravelmente.

Se tem alguma coisa negativa para dizer sobre o jogo, são dois pontos bem bobos: Primeiro, não tem resource management, então vc consegue estar sempre carregando tudo. Segundo, o jogo é bem curtinho, com um mapa bem pequeno, mas isso era esperado de um jogo indie.

Por fim, se esse time conseguiu entregar algo desse calibre com provavelmente financiamento nenhum, fico torcendo para que o jogo faça sucesso e consigam entregar algo com tanta maestria (ou quem sabe uma continuação) em um futuro próximo. Mais um indício de que a revolução indie continua forte, e a indústria AAA continua ficando para trás.

Dos RPGs do Mario é definitivamente o que envelheceu mais mal. Não que seja ruim, pelo contrário: dá pra ver aqui o alicerce do que seriam mecânicas características da série de RPGs dele, mas a repetição e brevetude da aventura deixa a experiência a desejar.

Mas o combate é legal, os personagens são fofinhos e o humor é bobo mas me divertiu, principalmente os personagens novos, Geno e Mallow.

É sobretudo uma obra de sua época, não entre nessa esperando o melhor RPG do bigodudo, pois é puro óculos cor de rosa de quem jogou isso na infância.

PS: Eu olhando agora para a galera que pedia o Geno no smash

Jogar Gungriffon é como usar um dispositivo que foi projetado exclusivamente por um engenheiro: É feio e confuso de usar, mas é perfeitamente capaz de entregar aquilo que promete.

Grande parte do que me fez gostar do jogo foram os controles insanos. Mesmo com a customização liberada, o layout é completamente alienígena ao que esperamos de qualquer jogo. Como não tem um analógico direito, você mira com o dpad, e anda pra frente/trás com os botões, mas também usa o dpad pra strafe? É mto difícil de explicar, só olha essa porra.

Apesar disso, eu amei a esquisitice. Gostei do feeling, parecendo que eu realmente estava operando um maquinário pesado e que precisei fazer um curso de capacitação para operá-lo. Depois de um tempo, seu cérebro "clica" e toda bizarrice dos controles fazem sentido.

Fora isso, as missões são bem legais, as 4 armas disponíveis são bem distintas e satisfatórias, e os inimigos mais espertos requerem que você pense com cautela, obrigando que você bole uma estratégia pra derrotar um grande número deles.

Se tem um ponto negativo, são os helicópteros que são um SACO de acertar, e as missões de escolta, que todo mundo sabe que é uma merda e não entendo porque tanto jogo insiste em fazer isso. A draw distante também atrapalha um pouquinho, mas entendo que é uma limitação do hardware da época.

Mas enfim, não é um jogo pra todo mundo. Só encare isso aqui se você realmente quiser algo bem diferente, arcaico, mas que tenha robôs gigantes maneiros.