Simplesmente uma merda. Esse é o clássico caso do estúdio "indie" que pensou "nossa, já pensou que épico que seria se juntássemos X com Y em um jogo?". Só que Rolledrome é só uma prova de que nem sempre uma ideia original é o suficiente pra carregar o todo.

O que temos é um jogo com uma ideia porcamente trabalhada e inimigos reciclados (pasmem, o jogo tem apenas dois bosses que são praticamente iguais), que sofre em tentar encontrar uma identidade própria.

Parece que os devs só tiveram a ideia fazer um jogo de patins com armas e não souberam o que fazer além disso, então toda fase tem o mesmo feeling da anterior, com apenas uma nova roupagem/camada de tinta. A sensação que tive é que estava jogando aquela primeira fase de novo e de novo e de novo.

Além disso, o jogo é cheio encheção de linguiça pra poder desbloquear os níveis: Você precisa fazer um roller butt 720 perto da doobdydoo da fase pra poder desbloquear uma challenge. (Por que você pergunta? P-porque sim ok! Isso é conteúdo de verdade eu juro!)

Encheção de linguiça em jogos não é problema, diga-se de passagem. Quando são apenas extras para os mais aficionados que gostam de um desafio, ajuda a extrair aquelas últimas gotinhas de uma fruta suculenta. Só que Rolledrome não é uma tangerina gorda, é apenas uma rodela de limão levemente seca. Amarrar a progressão atrás de algo tão porcamente pensado, sem algo que ofereça subsistência de verdade é patético.

Outra coisa que me incomodou: parece que Rollerdrome está amarrado a convenções de game design que existem só porque... sim. Por que tem boss nesse jogo? Pra que se dar ao trabalho se vão ser dois bosses literalmente iguais? Jogos menores de escopo muito mais limitado conseguem se destacar muito mais que essa porra sem precisar se amarrar em tais artifícios e convenções.

Por fim, não ligo de um jogo ser curto (e nesse aspecto é até bom rsrsrs). Mas o que temos aqui é algo que não apresenta um senso de progressão orgânica, que tenta jogar "safe" demais (apesar da originalidade do tema), mas que fica extremamente preso às amarras de game design moderno.

Precisamos de mais jogos que se desprendam não só de gêneros convencionais, mas de padrões de game design também. E Rollerdrome infelizmente só entrega metade desses aspectos.


Insano. Massivo. Tudo, absolutamente TUDO que eu queria que BotW fosse acabou sendo realizado nesse jogo. Demorei MESES para conseguir zerar (pq n tenho mto tempo pra jogar hj em dia), mas nunca me senti cansado da exploração, buildan e side quests.

A variedade de inimigos novos, o esquema de montar arminhas com partes dos monstros, as áreas novas, tudo impecável. Sem contar o final boss ameaçador e imponente, uma das melhores lutas da série.

I fucking LOVE same engine sequels.

2short and over 2soon (that's what she said)

childhood: 🥱
childhood, japan: 🤩

Simplesmente incrível. Um jogo intrigante, com um mistério que nunca é revelado de forma esdrúxula na sua cara, fazendo com que você realmente se sinta investido em desvendá-lo. Além disso, o criador conseguiu pensar totalmente fora da caixa para te apresentar uma proposta única. Realmente é uma experiência que só pode ser alcançada por um jogo de PC, e nenhum console seria capaz de replicá-lo em sua integridade.

Além disso, é muito criativo com seus temas, e consegue subverter suas expectativas a todo momento. Me lembrou muito de jogos antigos que pediam para você checar algo no manual ou na caixa do jogo, mas adaptado para um cenário moderno. Só por isso, já mereceu 4 estrelas.

Esse jogo respira, vive além dos bytes que o compõe (o que é engraçado, considerando o tema dele). É uma prova cabal que desenvolvedores independentes carregam nas costas toda a criatividade da indústria de jogos, arriscando para entregar algo nunca antes experimentado e fora do comum.

Epic Resident Evil Evangelion Ghost In the Shell Silent Hill clone. Shit's PEAK

2021

É um jogo muito interessante. Tem temas meio deep, e as vibes são boas. Curti que muitas coisas do jogo que você pensa "damn that's deep..." na verdade são só decisões aleatórias que o desenvolvedor fez.
No geral, dá pra se divertir e ter suas expectativas quebradas. Que venham mais jogos assim.

PS: I am NOT going to hell in real life

Paratopic conseguiu a façanha de ser uma das experiências mais excruciantes e entediantes que já joguei nos últimos tempos.

Peguei pra jogar numa quarta a noite porque, afinal, tempo médio de 50min para zerar, gráficos de ps1 e pessoas elogiando-o como uma homenagem aos antigos jogos de horror. Tudo de bom né?

Errado. Isso não é um jogo. É apenas uma série de caminhadas longas sem nada para fazer, sequências de carro em linha reta sem nada e diálogos inúteis q não agregam ao mistério proposto.

A série de cortes, sequências de jumpscare que não assustam e tudo tão lento mostram que os autores desse software interativo não possuem uma visão consistente do que querem apresentar ao jogador.

Não há gameplay. Não há história. Não há diálogos que te prendam. Então, depois de 25min que mais pareceram 25 horas, taquei o foda-se e parti pra próxima.

Blue Revolver tem todas as partes de algo que eu curtiria: navezinha, estética de anime, música legal. Mas se tem tudo isso, por que não gostei?

Basicamente, sinto que não oferece nada de novo: as fases não tem restrições de movimentos, sendo todas muito parecidas. Você não sente diferença entre elas, já que só o que muda é o png que roda no background.

As special weapons são bem hit or miss também, algumas são legais, mas outras são horríveis e parecem inúteis. O aspect ratio na vertical também nunca me agradou (prefiro muito mais algo na vibe de radiant silvergun, ou até gradius), então também perde uns pontinhos por conta disso.

No geral, é um jogo que não tenta muita coisa nova, só está lá, e não vejo motivos pra jogar tendo tanta outra coisa similar por aí. Não me sinto compelido a treinar e tentar zerar sem free play pois não me prendeu.

tl;dr: daddy has some serious skill issue

Funky. Weird. Stylish. Bizarre. Groovy. Ugly. Tasty. +2 $4. Stew. The VIBES are there.