Quando você quer se inspirar em algo pra fazer um jogo, que pelo menos seja que nem Alan Wake, que presta homenagem forte a dois mestres do cinema, David Lynch e John Carpenter, mas precisamente em Twin Peaks e In The Mouth of Madness, respectivamente. Vim esperando um joguinho e encontrei cinema, e não só isso, mas também um gameplay surpreendentemente bom pra um joguinho focado em história de 2010. Ansioso pra jogar Control e Alan Wake 2 agora. (quando lançar na steam, vsf epic, todos os meus manos odeiam a epic store)

Um apanhado de referências a filmes clássicos embrenhados juntos com um gameplay extremamente medíocre sendo usado como cola. Poderia funcionar como uma experiência imersiva se não fosse o fato de que a execução é extremamente dura e sem jeito. O lado positivo é poder jogar em coop rindo das coisas, mas até isso é limitado pela linearidade do jogo.

Navegue pelos mares com seus amigos enquanto você tenta manter seu submarino (parcialmente) inteiro, bastante divertido com uma tripulação de amigos coordenada, ou no meu caso descoordenada.

Surpreendentemente vasto em suas mecânicas, cada papel da tribulação é extremamente bem desenvolvido, com exceção talvez do segurança, que por outro lado, é o mais divertido na minha opinião.

A singela pior experiência que eu já tive tentando jogar algo no PC. Simplesmente injogável, extremamente mal feito, mal otimizado, mal polido e mal testado. 4 horas esperando a compilação de shaders, 20 minutos para o primeiro loading do save com o jogo instalado em SSD, 100% de utilização do processador com apenas 50% da placa de video sendo usada, jogo pausando sozinho durante gameplay para dar buffer (????) de texturas durante o jogo, crashs constantes, bugs visuais recorrentes. Ainda não descobri se implementaram erroneamente o FSR nesse jogo, pois ele fica incrivelmente feio de dar dó com este ligado na opção de QUALIDADE. Além de tudo isso, ainda apresenta uma performance que faz Cyberpunk 2077 no dia do lançamento parecer o jogo mais bem otimizado do mundo, 30 frames por segundos LIMPO, em uma RX 6600, no médio em 1080p.

Survival Horror, simplesmente isso.

The Evil Within 2 pega todos os fundamentos do genêro e apenas nos traz um jogo de peso e moderno feito nesse estilo. A Tango Gameworks pega Evil Within 1 e evolui em todas as direções, o gameplay é mais fluído, a história é mais desenvolvida, os levels são grandes, intricados e bem trabalhados, o gráfico e a arte é LINDA, tem árvore de habilidade, o crafting foi expandido e também tem MUITAS armas.

No quesito de Survival, você realmente se sente em um dos Resident Evil antigos, recursos limitados e vários inimigos que levam diversos tiros para morrer, o stealth é ESSENCIAL, e o stealth desse jogo foi BEM modernizado em comparação ao jogo anterior. O range para "takedown" com a faca é bem mais justo, no EW1 você tinha que estar praticamente cheirando o sujeito para conseguir esfaquear ele, o que trazia bastantes momentos de frustração, apesar de realmente ser bem tenso esses momentos. Aqui , além você de ter isso, você também tem toda uma árvore de habilidades focada em stealth para te auxiliar, algumas habilidades até que, na minha opinião, podem acabar deixando o jogo fácil demais, mesmo na dificuldade máxima do jogo.
Em questão de Horror, o jogo traz muitos momentos de suspense e tensão e até alguns sustos, algo que teve pouco no primeiro, tirando a tensão de ter que trabalhar com os controles duros do jogo anterior.

Estou esperando ansiosamente o próximo jogo da série ou algum projeto parecido da Tango Gameworks, estão de parabéns. Se você curte Resident Evil ou se você gostou do primeiro Evil Within, pode jogar que não vai se arrepender.

Sem sombra de dúvidas, um dos melhores jogos que eu já joguei.

Elden Ring reúne tudo que a FromSoftware aprendeu com seus projetos passados em um único jogo e ainda por cima em uma escala incrível, quem fala que se trata apenas de Dark Souls 4 não faz ideia que na verdade é Dark Souls 4, 5 e 6 no mesmo jogo, sendo esse o primeiro mundo aberto deles, conseguem dar 10 a 0 em muitos desenvolvedores que só tem feito esse tipo de jogo por anos e anos, cada localização no mapa passando a impressão de que foi feita a mão e com um propósito. Com um design minimalista que traz a imersão sem segurar a mão dos jogadores e NPCs com quests que contribuem para a experiencia em vez de trazer a sensação de uma lista de supermercado que você tem que cumprir, é como uma brisa de ar fresco no meio da estagnação dos vários Assassin’s Creeds e similares que lançam todos os anos.
Gráficos lindos e uma trilha sonora fantástica, a FromSoftware se superou mais uma vez no departamento artístico, trazendo cenários lindos, diversos e impressionantes.

No quesito de gameplay, várias melhoras, uma variação gigante nas opções de builds, dual wield com animações exclusivas, um sistema novo de ataques especiais, podendo customizar as armas. Praticamente tudo é viável, agora dá pra pular com o personagem (eu sei, uau) trazendo mais opções de exploração e até uma montaria, dando mais liberdade ainda ao player.

Além de trazer tudo o que os fãs queriam e mais, o jogo também trouxe uma porta de entrada incrível para quem nunca jogou um jogo da FromSoftware, é uma experiência que proporciona aos jogadores inúmeros caminhos e opções de exploração e estratégias, minimizando a frustração que alguém pode ter ao não conseguir passar de um segmento específico. Tal sentimento de frustração que, acredito eu, seja uma das causas que várias pessoas não dão uma chance a esse tipo de jogo.

Depois de todos os elogios, tenho que fazer uns comentários negativos também, infelizmente a performance no PC, no momento, apresenta problemas, ao passar por áreas especificas no mapa ocorrem leves (ou não) quedas de FPS ou travamento, pode ser um pouco chato, mas isso geralmente ocorre em lugares de transição onde não ocorre muita coisa, uma das exceções disso sendo logo O PRIMEIRO inimigo “difícil” que você encontra ao sair do tutorial, é um inimigo forte para o momento e ele se encontra em uma dessas áreas de transição, ou seja, durante a luta o FPS cai e o jogo pode dar varias travadas, após essa área inicial, a minha experiencia com performance, apesar da performance ter uma variação em vários lugares, é bem “OK”, não me incomodou muito. Tenho fé que com updates futuros esses problemas serão sim amenizados. Também vou fazer uma breve crítica ao estado atual do modo ONLINE, que está bem instável no momento, com perdas de conexões semi constantes em qualquer sessão com mais de 3 players, acredito também que vão trazer solução pra isso, afinal, não acredito que esperavam 950 MIL jogadores simultâneos, isso apenas na steam, então isso eu posso perdoar nesse momento.

Bom, concluindo, não tem como eu não recomendar, é uma experiência que eu recomendo pra qualquer fã de videogames, mesmo pra quem nunca entrou no hype de jogos “Souls”, acredito que o open world traz algo incrível pra mesa e você não vai se decepcionar.

Definitivamente, Elden Ring é um dos jogos já feitos.

Abominação virtual, isso não é Battlefield e vai contra qualquer sentimento positivo que você possa ter relacionado à franquia.

Mapas que parecem que foram feitos por alguém que nunca tocou em um Battlefield; Um novo sistema de HEROS no lugar das classes que acaba completamente com uma das principais marcas da série; A destruição nos mapas, outra grande e provavelmente a principal marca da série, foi reduzida a praticamente zero, explosões causam na maioria das vezes um grande nada, e quando tem alguma reação do cenário, é algo feito de uma maneira extremamente porca e cômica se comparado a jogos anteriores da franquia; Uma atmosfera completamente cartunizada com personagens caricatos e cringe soltando piadinhas nível alívio comico de filme da Marvel, completamente fora do tom que os jogos anteriores transmitiam.

Na verdade, não parece ser nem um jogo, uma enorme falta de conteúdo, lotado de bugs e com uma otimização feita com a bunda. Parece mais uma TECH DEMO de uma Engine nova do que um jogo TRIPLE A FULL PRICE e com nome de uma franquia aclamada. Battlefield 1 é infinitamente melhor que isso.

2017

Um dos melhores jogos dessa ultima geração, desde o lançamento tive vontade de jogar, mas sempre apareciam outros jogos que pareciam mais interessantes, porém foi uma burrice enorme minha, pois faziam ANOS que eu esperava por um jogo assim novamente e sempre era decepcionado.

Sucessor espiritual do meu jogo favorito Deus Ex, e com grandes influências de outros jogos icônicos como Bioshock e System Shock, Prey é um jogo que recebe a alcunha de Immersive sim, que dentre outras características, são jogos que dão ao player uma imensa liberdade quanto a como eles querem enfrentar problemas ou confrontos encontrados durante o gameplay. Como por exemplo: Você tem uma sala trancada na sua frente, você precisa do código pra abrir a porta, você vai atrás do código e volta depois que obtê-lo. Ou você pode hackear o painel de controle da porta e abrir ela. Ou você vê uma abertura no teto e faz uma escada com objetos para conseguir alcançar tal abertura. Ou você pode desligar a energia que alimenta o painel e abrir a porta mecânica com suas próprias mãos, contanto que você seja forte o suficiente. E inúmeras outras opções, isso é um dos pontos principais que definem esse gênero. Prey te dá essa extrema liberdade, que realmente te faz se sentir imerso em meio a história. Você é livre pra fazer qualquer decisão e o jogo nunca tenta te parar, você pode ser um heroi ou um vilão, ou nenhum dos dois.

É realmente raro hoje em dia você encontrar um jogo original numa era onde os últimos lançamentos se destacam tão pouco uns dos outros, onde têm-se a impressão de que já fizeram de tudo que tinha pra fazer.
Return of the Obra Dinn consegue simplesmente trazer consigo um gênero completamente novo, pelo menos eu não consigo pensar em nada parecido.

Você é um inspetor de uma seguradora e precisa descobrir o que aconteceu com o navio Obra Dinn e seus tripulantes.
Ideia simples, porém a execução é sensacional. O gameplay consiste em você investigar o navio e encontrar vestigios de acontecimentos, a partir de tais vestigios, você consegue ver uma cena pertinente que aconteceu no passado. No jogo você se torna um detetive e tem que descobrir o destino de 60 personagens, usando de todos os artifícios disponíveis para identificar cada um seja sua raça, roupa, diálogo ou algo mais, e dizer qual foi o destino de tal personagem. É um jogo feito pra ser jogado às cegas, portanto recomendo não ver nada sobre, pois qualquer informação pode ser um spoiler, é um jogo de mistério e de puzzles, spoilers vão estragar sua experiência.

A atmosfera do jogo é magnífica, a arte visual é feita para dar a sensação de um jogo antigo, a forma como a UI toma conta da tela para indicar algo novo e a trilha sonora misteriosa contribuem para o sentimento do player de estar em um filme de detetive, cada clique seu também interagindo com a música.

É uma experiência realmente única, e eu espero que outros se inspirem nesse jogo, pois a fórmula aqui é algo que eu gostaria muito de encontrar de novo, por enquanto o que me resta é tentar esperar até eu esquecer tudo e poder jogar esta obra de arte do zero de novo.

2021

Pequena experiência interativa baseada no conto Dagon, de HP Lovecraft.

Experiência interativa, pois não sei se é um jogo realmente dito, já que o gameplay é mínimo, não chega nem a ser um walking simulator, você apenas mexe a visão do personagem com o mouse e interage com um botão para avançar na historia ou aprender algum fato trivia sobre o autor ou o conto. É quase que um audiobook, só que com um cenário 3D te acompanhando ao longo da viagem. Além disso, pode ser terminado em ~30 minutos.

Tendo explicado isso, tenho que dizer que é bem interessante o que os desenvolvedores desse jogo tentaram fazer com tão pouco, é uma adaptação direta de um dos clássicos do horror cósmico, Dagon é um dos principais contos que deram origem ao grande panteão de horrores criado por HP Lovecraft. Apesar das limitações, acredito que é um passo no caminho certo de como deve ser feita uma adaptação das histórias de Lovecraft e similares, horror cósmico é explorado com suspense e com a imaginação, o medo do desconhecido, uma barra de vida em cima de uma criatura tira toda a misticidade dela.

Após as ovações, tenho que falar de alguns problemas meus com o jogo, acredito que grande parte dos assets (modelos 3d) usados eram públicos ou foram comprados, em vez de criados para o jogo, nada de errado com isso, mas diminui um pouco a identidade do jogo. Além disso, também tenho alguns problemas de como foi representado o clímax do conto, que não irei comentar por razões de spoilers, porém é algo a ser melhorado pelos devs em futuros projetos.

Não tenho como não recomendar, o jogo é grátis e curto, se você é fã de Lovecraft ou tem alguma curiosidade sobre o gênero é uma escolha bem fácil.

2018

Meu jogo favorito de 2020, sem chance de comparação.

Não acompanhei Hades durante o Early Access, só descobri o jogo depois que lançou oficialmente e não sabia nada sobre o jogo. Hades me atraiu quando vi que envolvia mitologia grega(meio óbvio), porém a ideia de roguelike(série de levels/desafios que são feitos para ter um valor alto de rejogabilidade e envolvendo a morte do player manda-lo de volta para o começo) nunca me interessou muito. Resolvi dar uma chance pro jogo, comprei e em poucos minutos eu já tinha sido cativado pelo jogo.

O jogo é simplesmente lotado de conteúdo, diálogos e builds sem fim. A atuação dos dubladores é sensacional (joguei em inglês), a trilha sonora é magnífica e a arte visual é incrivel, com direito a várias pausas para screenshots. O sistema de roguelike que me deixou apreensivo no começo foi o que me viciou no jogo, a cada derrota você fica com vontade de tentar de novo, certo de que "agora vai", e a cada "vitória" você fica com vontade de tentar de novo, para testar outras builds e armas, se desafiar ou avançar na história.
A história em si me surpreendeu bastante, pois ela vai se desdobrando conforme você vai jogando até mesmo nas derrotas, com direito a uma espécie de main quest e várias sides que vão aprofundar seu relacionamento com os vários personagens que você encontra pelas profundezas. Tenho quase 100 horas de jogo, completei a "historia principal", porém ainda tenho várias coisas para fazer.

Recomendo a quem gosta de mitologia grega, recomendo a quem se interessa por jogos de ação meio hack and slash, aliás, recomendo a qualquer um porque esse jogo é muito bom.

Investigar lugares assombrados com seus amigos, assustar uns aos outros derrubando objetos aleatórios, chamar a assombração de vários nomes obscenos e ficar com cagaço quando ela finalmente responder, tentar fazer seu amigo morrer trancando ele com um espírito maligno numa sala, perder todo o seu dinheiro porque tentou fazer o objetivo de tirar foto do fantasma depois de ter feito todo o resto. O jogo tem uma ambientação fantástica, o terror é praticamente todo atmosférico e consegue te deixar tenso até mesmo sem nenhum jumpscare. Recomendo pra jogar com amigos, porque só um psicopata jogaria isso sozinho.

2015

A sinopse que fala que é dos mesmos criadores de Amnesia passa a mensagem errada sobre o jogo, por mais que ainda seja um jogo de horror, ele não tem mais nenhum elemento de survival e seu foco é em sua história. O jogo não tem jumpscares ou coisa do tipo, é extremamente atmosférico e é nela e na historia que você desvenda ao longo do jogo, que está o verdadeiro horror do jogo. Em questão de gameplay, o jogo é dividido entre seções onde você resolve puzzles que geralmente não são tão complicados e também algumas seções em que você tem encontro com inimigos e deve tentar utilizar as mecânicas do jogo para avançar. O jogo não tem combate, ou você se esconde, ou você corre. Se você gosta de um jogo com uma história bem feita ou com uma atmosfera bem imersiva, recomendo. Em questão de jogo de sustinho, pode ser que não seja o jogo ideal pra você.

Quando criatividade e estilo conseguem simplesmente carregar um jogo. A arte supera qualquer orçamento, Blasphemous traz uma visão perturbadora, dantesca, de um mundo apocalíptico e visceral, governado por um deus misterioso e tortuoso, em infindável punição dos pecadores que o habitam.

Com um combate sangrento ao extremo, criaturas lindamente perturbadoras, diálogos marcantes e uma trilha-sonora com raízes clássicas espanholas, o jogo transpira criatividade, e eu quero muito ver o que mais eles têm a trazer nos próximos jogos.

Em questão de gameplay, é só um metroidvania básico, platforming básico, combate básico, espero que no próximo jogo eles consigam caprichar nessas áreas, pois a única coisa que me manteve preso no jogo, foi realmente o departamento artístico, esses sim estão de parabéns, recomendo comprar em promoção.

Cinema, simplesmente. Uma obra diretamente inspirada pelos clássicos do western como The Wild Bunch, com inúmeras referências a Butch Cassidy and the Sundance Kid, uma missão inspirada e replicada frame por frame diretamente de O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford e sugestões de alguns vários outros como Django e a Trilogia dos Dólares. Com uma cinematografia feita por gente que claramente é entusiasta do genêro, uma composição de cena que cada cuscene parece ter sido planejada a mão para parecer um filme. Não falta apelo pra quem é fã do genêro, pra quem gosta de faroestes, cowboys, caçadores de recompensa e foras da lei, simplesmente não tem como você não tirar proveito disso.

O jogo é lindo, unicamente lindo. Desde suas paisagens que variam dos montes frios e cobertos de neve do norte, ao interior country vivo e verdejante, o oeste clássico árido e sufocante, e o sul misterioso, cheio de pantanos, névoa e crocodilos. Além da incrível variação de climas, também do tempo de cada uma delas, com dias ensolarados repletos de brilho, tempestades fortissimas e noites pálidas de luar, cada uma dessas variações feita com extrema perfeição.

A trilha sonora é daquelas que você sente vontade de parar e apreciar o momento, desde as do ambiente, andando pelo mapa, um violão caipira e uma gaita clássicas, às incríveis orquestras durante os momentos de ação, que te fazem se sentir dentro de um filme do Sergio Leone.

A história empolgante, os NPCs carismáticos que te acompanham, o mundo aberto repleto de vida, a música e os visuais já mencionados, tudo isso contribui pra uma extrema imersão nessa obra. Porém, chegou a hora de eu poder reclamar. E existem dois pontos principais que me trouxeram bastante agonia durante minhas 120 e poucas horas de jogo antes de concluir a história por completo e escrever essa review.

Primeiro, o padrão Rockstar de quest design e de liberdade que os players recebem. Eu perdi a conta de quantas vezes eu falhei a missão por conta de algum tipo de barreira que foi colocada pelos developers para impedir que eu ponha algum input propriamente de minha vontade que saia do que foi planejado para tal momento. Se você corta um caminho por fora da estrada você falha a missão, se você vai rápido demais você falha a missão, se você decide fazer o seu objetivo em uma ordem diferente você falha a missão, se você derrota o seu inimigo antes da hora que o jogo planejava, você falha a missão. Polícia sendo alertada por sinal de WIFI em 1890, pois o jogo decide que aquilo tem de ocorrer, mesmo sem ter uma alma viva por quilometros pra testemunhar a sua ação. A liberdade que o jogo te oferece, é nada sutil, você tem a liberdade de apertar um ou outro botão, sim ou não, quando aparece o prompt em sua tela, qualquer outro esforço nesse sentido, você é recompensado com um estado de falha no jogo, ou simplesmente com uma parede de tijolos, o seu stealth é falhado automaticamente, o seu inimigo que vc salvou é morto por um oportuno infarte do miocardio e por aí vai. Uma experência mundo aberto sobre trilhos, talvez o preço que tenha que se pagar pra ter tanto polimento em um mundo tão grande.

Segundo, a distância. Meu deus do céu. Tudo nesse jogo é extremamente LONGE. É bastante comum você ter que andar de cavalo por 5 a 10 minutos em tempo REAL pra chegar em lugares necessários para progressão da história. O jogo tem um sistema de fast travel bem interessante, que me lembra bastante de Morrowind, você precisa pegar condução para ter o seu fast travel, sendo ela uma diligência ou um trem. Sim, bem legal, bastante imersivo, porém, isso só funciona para cidades, estações de trem ou alguns lugares de certa importancia no mapa. Em uma grande maioria de vezes, você tem que andar de cavalo do meio do nada para lugar nenhum, e quando você termina a missão, inúmeras vezes você é largado no c* do mundo e tem que pegar 10 minutos de cavalo + fast travel + transição + loading + 3 minutos de cavalo, pra finalmente chegar no seu acampamento e começar outra missão. O jogo tem 0 respeito pelo seu tempo, ao mesmo tempo que sim, te recompensa com um cenário incrivel durante essas peregrinações. Já ouvi diversos argumentos a favor desse fator de tudo ser longe nesse jogo, e também acredito que contribui bastante pra o mundo parecer tão real, porém é um pé no saco extremo após mais de 100 horas de gameplay (Você também começa a se perguntar quantos % dessas horas foram gastas apenas andando de cavalo, sem nenhuma quest ativada, tentando chegar em algum lugar).

Enfim, apesar das reclamações, é um jogo incrível, me senti num filme, um dos melhores jogos de faroeste que existem. (Infelizmente você pode contar nas mãos quantos existem que são bons).