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Eu amo de paixão toda a série Tomb Raider desde pequeno. Lembro muito bem do meu primeiro contato com um PS1, que foi justamente com a Lara Croft em Tomb Raider 1. Com o passar do tempo, acabei jogando basicamente todos os jogos da franquia, incluindo os três que estão ganhando um remaster neste ano de 2024.

Apesar de amar esses jogos de coração, senti que este remaster deixou a desejar. Toda a sua execução é meio estranha de explicar. No entanto, é sempre importante lembrar que esses jogos foram lançados em meados de 1996 a 1998, então é meio óbvio que o controle tipo tanque, a plataforma, a câmera e alguns elementos de level design seriam um fator meio limitador no jogo, o que eu meio que já esperava, principalmente quando falamos do primeiro jogo. Entendo também a importância de preservar a experiência original e, de fato, não esperava muito nesse aspecto, a partir do momento em que falaram em experiência original, já imaginei que o foco seria principalmente no visual.

Inclusive é no visual que Tomb Raider 1-3 Remastered se destaca. Os visuais remasterizados são a cereja do bolo da coletânea. Apesar de achar que poderia sim ser um pouco mais caprichado e poderia sim ter mais elementos remasterizados, não vou ser chato em apenas reclamar, até porque 1-3 Remastered melhora muito em relação aos clássicos, principalmente no quesito iluminação, sombras, efeitos de partículas, folhagem mais detalhada e o level design um pouco melhorado. As texturas e também os modelos de personagens foram completamente remasterizados, dando um brilho a mais ao jogo. Antigamente, nossa Lara era apenas uns quadrados, e agora tem um visual bem mais moderno, puxando mais para uma Lara que lembra a de Tomb Raider: Legend, por exemplo. Realmente, nessa parte o jogo está incrível. Se você buscar agora vídeos no YouTube de comparativos, a diferença é nítida. As expressões faciais durante as trocas de diálogo também estão bem melhores.

Quando você começa a jogar o primeiro jogo, a experiência pode levar um tempo para se acostumar. Os controles tipo tanque originais permanecem e são talvez o difíceis de manusear, principalmente para quem é mais novo e não teve a experiência com a jogabilidade original. Os controles modernos resolvem um disso, permitindo que você controle totalmente a câmera com o stick direito, o que por sua vez pode ser também talvez mais estranho do que jogar com a câmera original, já que rapidamente fica aparente que a câmera, assim como nos originais, não quer cooperar com os controles modernos. Eu particularmente tive muitos problemas com a câmera moderna e sinceramente preferi os controles tanque clássicos mesmo, que funcionassem melhor que os modernos, por incrível que pareça. Nesse sentido, temos aqui um ponto que eles facilmente poderiam ter dado um pouco mais de atenção e ter um melhor desempenho com uma jogabilidade mais modernizada nesse remaster.

Admito que em algumas situações os controles modernos funcionaram melhor do que os controles tank, como por exemplo na exploração mas apesar disso esse estilo de câmera ainda sofre com a jogabilidade limitada e tem diversos momentos onde você vai dar um bilhão de tiros e simplesmente todos vão errar. Então, apesar de existir uma "câmera moderna" no jogo, ela é meio fake, parece muito o modo primeira pessoa do GTA V, que era literalmente só uma aproximação de câmera e não necessariamente um modo primeira pessoa de fato.

Apesar de todas essas reclamações, o jogo no geral me agradou muito. Tomb Raider 1 começa de forma bastante simples temos basicamente que encontrar interruptores, abrir portas, localizar objetos como chaves e retroceder para avançar enquanto examina seus arredores em busca de pistas.

Em Tomb Raider 2, as fases são mais complexas, com plataformas mais difíceis e situações como fugir de algumas pedras para saltar sobre armadilhas de espinhos.

Tomb Raider 3 parece um pouco mais saturado nesse aspecto, com algumas fases mais abertas, mas pouco que você não tenha visto antes.

Vale ressaltar que Tomb Raider 1-3 Remastered é bem estranho em uma coisa básica que são os salvamentos automáticos que simplesmente não existem no jogo. Então, se você morrer, é melhor esperar que tenha sido perto de onde você salvou pela última vez ou esteja preparado para perder todo o seu progresso. Você nem mesmo pode salvar rapidamente.

Outro ponto intrigante é se você abrir o menu de salvamento, ele aparentemente o direciona automaticamente para a tela de carregamento, então você pode acabar acidentalmente carregando seu último salvamento (aconteceu duas vezes comigo) e perder novamente o progresso. Eu geralmente sou bastante crítico em relação a remasters muitas vezes sem precisar ser. Vejo muita gente argumentar que um remaster tem que manter a jogabilidade original do jeito que tem que ser e eu meio que concordo em parte, porém recursos básicos como esse citado certamente é uma vergonha simplesmente existir uma situação desse tipo.

Tomb Raider 1-3 Remastered é difícil de recomendar para aqueles que nunca jogaram os originais. Os visuais renovados podem valer a pena conferir, e certamente de longe são o grande destaque do jogo e é interessante ver como os originais eram jogados, porém além de manter uma jogabilidade original, ele mantém até mesmo todos os elementos irritantes que tinham na versão original também. Se você amou todos os jogos originais de coração apesar de todos os seus defeitos assim como eu, certamente vale muito a pena pegar esse jogo sem nem pensar duas vezes. Mas para quem é mais novinho nos games, certamente eu recomendo o Anniversary e o Legend, que têm uma jogabilidade mais moderna e certamente serão uma experiência bem mais divertida para vocês.

Pontos Positivos:
- Visuais Remasterizados
- Controles modernos ajudam na hora de explorar o ambiente

Pontos Negativos:
- Praticamente todos os problemas que tinham no original ainda estão aqui
- Resposta dos controles muitas vezes não funciona muito bem
- Não há salvamento automático

Versão utilizada para análise: XSS

Tranquilo um dos melhores jogos de luta do Xbox clássico, que ja era lindo em 2001, mas no "remaster" da retrocompatibilidade para Xbox 360/One/Series, ficou simplesmente deslumbrante.

O gameplay é o arroz com feijão de Dead or Alive, sendo 4 botões (defesa, agarrão, soco e chute) que vão dar diferentes imputs conforme os personagens, direções e combinações de botões. Simples o suficiente para qualquer pessoa pegar um controle e se divertir e funcional o bastante para alguém se dedicar a extrair o melhor do jogo.

Infelizmente, o pouco conteúdo do jogo com um story mode bem fraquinho, poucos modos de jogo (time attack, versus e tag team, basicamente) e quase nenhum desbloqueável (creio que apenas o chefe final) fazem ele parecer bem pobre em comparação aos concorrentes.

Mas é legal dar uma jogadinha. Se segura muito bem ainda.

Olha... o jogo tem uma jogabilidade bem boa pra ps1 e os inimigos têm uma I.A boa, inclusive dão counter na gente, então se você ficar se distraindo com outras coisas (se é que você me entende) vai tomar de graça! Fechei o torneio com a Kasumi.

"Aquilo que te deixa irado, define quem você é."

Apesar de não ser nem um pouco fiel aos mitos hindus e budistas, Asura's Wrath utiliza das mitologias citadas para criar um universo épico e dramatizado para contar uma história de tirar o fôlego.

Definir Asura pode parecer uma tarefa simples, mas o arquétipo do nosso protagonista revela muito mais sobre as suas maneiras do que sobre os seus intentos. É como se a própria raiva fosse uma pessoa, e pudéssemos sentir compaixão dela diante das atrocidades que o ciúme ou a luxúria cometeram contra ela. Chega a ser poético...

Em quatro atos extremamente bem escritos, somos colocados na pele de um semideus traído, que busca vingança pela morte da sua esposa e o sequestro de sua filha.

Por mais simples que essa escolha criativa possa soar, existe um carinho e um apreço tão exuberante nos detalhes da representação da raiva, que não só Asura como todos os outros deuses baseados em fragmentos dos seis reinos de samsara roubam a tela constantemente com as suas peculiaridades.

O QTE, tão subjugado e muitas vezes mal utilizado nas estruturas de game design ao longo dos anos, tem um papel preponderante e exerce uma autonomia ludonarrativa que eu só havia conhecido de maneira cadenciada na minha jornada com os videogames até agora. Persiste uma leitura impecável do que realmente se trata apertar botões nos momentos certos, principalmente no ato final.

O recurso, que rouba a cena, traz a sensação de real poder, de peso, relevância na nossa coordenação, não somente por meio da pontuação mas também através da resposta visual ao nosso sucesso (e falhas também).

Em complemento, a cereja do bolo não poderia ser outra, senão a jornada de Asura contra um panteão de deuses egocêntricos. Acompanhamos uma história que versa sobre o processo de reconhecimento do seu próprio poder, bem como entender de onde vem esse sentimento de ódio, conforme se liberta das amarras do sofrimento que lhe foi causado de diversas maneiras. Tal qual o trespassar pelos seis reinos de samsara, os desenvolvedores resolveram traçar uma história para Asura que, pelo perdão do trocadilho, nos deixa mais perto do Nirvana ao término do esmagar de botões. Uma mistura de alívio, com lágrimas e contemplação.

Asura's Wrath é uma obra rica, que explora com maestria os momentos "sakuga", "over-the-top", "anime spirit" ou qualquer outro nome que você queira dar para coreografias de luta esplêndidas ao lado de aulas e mais aulas de animação e dramatização. Não é à toa que Final Fantasy XVI bebe litros de Asura's Wrath para compor grandes dos principais embates que estão no jogo.

Joguem, e preparem-se para um deleite visual com uma história emocionante de um pai disposto a sacrificar tudo pelo bem da sua filha, e da humanidade, levando de quebra uma experiência divertida e gratificante.

The worst Platinum grind of my life, but otherwise this game is incredible. I would personally consider it my favourite for the architecture, music, and bosses. Just do yourself a favour and don't spend 12 hours on the Silver Knights stairs like I did.

Como explicar Hi-Fi Rush de uma maneira simples: É um jogo de PS2 feito no ano de 2023 em toda a sua glória.

O jogo em si é simples, beat 'em up hack 'n slash de ritmo baseado em seguir o ritmo da música e dos seus próprios ataques pra conseguir o máximo de dano, pontos e ultimamente passar de cenário. A história também segue algo simples porém divertido, com o protagonista Chai em seu plano de ser um rockstar mesmo sem ao menos saber tocar guitarra.

Ok é simples, não é "inovador", o que esse jogo faz de especial? Simples, ele tem (e isso é uma palavra que eu odeio falar por muitos motivos mas ela se aplica perfeitamente nesse contexto) "alma". O que seria essa alma? Uma personalidade existente dentro desse jogo que eu não vejo fazia anos e anos. Dá pra perceber claramente que todo cenário no jogo é feito com amor genuíno, os personagens foram feitos por alguém que realmente se importava com o que estava fazendo, as mecânicas e gameplay pegam a estética e estilo dos PS2 e elevam a lugares que eu não achava que veria novamente, a história por mais simples que seja tem uma pegada emocional mais genuína que muita coisa que eu vi esses anos. Eu realmente não tenho como descrever esse jogo com tamanha grandeza que ele merece.

Como capturar um raio em uma garrafa, duvido (apesar de eu querer muito estar errado) que um jogo assim vá aparecer de novo nos próximos anos, baseado completamente no marketing boca a boca, com personalidade evidente desde o primeiro segundo até o fim. Não importa se você já viu uma gameplay inteira desse jogo ou nunca ouviu falar dele antes, assina o gamepass (xbox me patrocina) na promoção de 1 mês e joga esse jogo que é não ironicamente meu GOTY do ano.

Um dos principais critérios que me levam a abandonar um soulslike é o level design, ou seja, principalmente a forma como os inimigos são posicionados e como o mapa se conecta, criando um ambiente de jogo bem planejado. Tudo isso é muito bem executado e quase atinge o nível da FromSoftware. No entanto, é na segunda metade do jogo que ele realmente começa a brilhar e se torna genuinamente original. Recomendo 👏👏👏





simplesmente o jogo da minha vida

Acho que pode ser um dos melhores souls que eu já joguei. Tudo nesse jogo faz com que você sinta vontade de jogar, desde a história, até os mínimos detalhes no cenário.

O jogo possui um história extremamente interessante, fazendo que você sinta interesse pela história, coisa que não é normal em jogos souls.

O jogo tem um tema focado na época vitoriana, deixando o jogo extremamente cativante para o jogador, creio que seja um dos souls com o melhor tema.

Sem dúvidas uma obra de arte feita pela From Software, sinto a falta deste jogo no computador, jogaria mais vezes se tivesse chance.

Um detalhe que esqueci de comentar, a OST do jogo é PERFEITA!