Animal Well é um trabalho incrível de um metroidvania indie muito criativo. Os itens e quebra-cabeças são ótimos e bem pensados, mas o mapa é confuso e o jogo não comunica bem se certas atividades são opcionais ou fazem parte do caminho principal do jogo, fazendo com que eu ficasse um pouco ansioso durante o jogo.

Se ele fosse mais longe poderia se tornar um problema... mas com suas aproximadamente 6 horas de jogo, o que fica é uma experiência bacana e bem pensada.

Ghostrunner II segue os padrões do seu antecessor, porém acrescenta elementos que as vezes melhoram o jogo, mas muitas vezes se chocam de forma incômoda.

Inicialmente um misto de jogo de parkour e velocidade com toques de masocore, que em certos momentos soava quase como um puzzle no qual era necessário descobrir a melhor sequência de movimentos e trajeto para eliminar seus inimigos, Ghostrunner II acrescentas elementos narrativos e setpieces que ajudam a quebrar o ritmo frenético do jogo, porém oferecem uma imersão que é constantemente quebrada pelos elementos arcade e de masocore do jogo, na medida em que você morre incansavelmente no mesmo lugar.

Ainda assim, é uma experiência bacana que com certeza irá agradar aos fãs do primeiro jogo.

2022

Embora seja um ótimo jogo, com design inteligente e gráficos charmosos, Tunic pode decepcionar quem chega nele esperando um "Zelda-like".

Embora o visual lembre um pouco a franquia da Nintendo (incluindo a túnica verde do personagem), Tunic possui sensibilidades que remetem mais a um Souls-like... chefes difíceis, enigmas crípticos, linguagem confusa e pouquíssima informação de mão beijada para o jogador.

Mas, para quem está aberto a viver a aventura e a exploração, absorver o enigma de usar o manual digital do jogo para resolver enigmas e avançar no jogo, Tunic oferece um experiência bacana e recompensadora.

Tales of Kenzera é um metroidvania bastante básico, com um level design previsível construído em loops óbvios e um combate simples... entretanto, ele torna-se um prazer de jogar dado à mobilidade do protagonista e a história baseada em lendas africanas e o visual afrofuturista.

Enquanto seu antecessor - Deliver Us the Moon - parece entender perfeitamente suas forças e suas fraquezas, Deliver Us Mars parece deixar de lado o que tornava o primeiro tão interessante e foca em um gameplay desengonçado e pouco interessante.

Quebra-cabeças simples nos quais você precisa direcionar raios e escaladas com animações truncadas preenchem o tempo, enquanto a narrativa acaba tornando-se mais simples e menos imersiva. Ao inserir NPCs acompanhando a protagonista, Deliver Us Mars também denuncia as limitações técnicas do jogo, com gráficos simples e animações robóticas.

Se você jogou o antecessor, vale a pena jogar Deliver Us Mars para entender o rumo tomado pela história... mas não espere um jogo tão imersivo e interessante quanto aquele.

Observation é um jogo diferente, que te coloca no papel da Inteligência Artificial responsável por uma estação espacial onde algum tipo de acidente misterioso aconteceu. Seu objetivo é ajudar uma astronauta em meio ao caos e você faz isto "saltando" sua visão entre as câmeras e sensores da nave e manipulando seus sistemas de uma forma muito interessante e criativa.

Entretanto, a história que me cativava perdeu força em seu terço final, quando ela se perde um pouco para chegar no desfecho desejado, faltando um melhor trabalho na construção dos eventos.

É uma experiência breve e interessante, mas que deixa aquele gosto de que poderia ser melhor aproveitada.

Lost in Random apresenta uma história muito simpática em um mundo criativo e com personalidade. Entretanto, a criatividade do combate misturando ação, cartas e roladas de dado se esgota muito rapidamente tornando boa parte do jogo maçante.

Final Fantasy VII Rebirth aprimora de forma grandiosa tudo que o anterior (Remake) fez. Para quem jogou o jogo original, todos os principais beats da história estão ali, mas com twists que oferecem um frescor muito bem vindo.

Foram 108 horas de jogo que valeram cada minuto e culminam com um final tocante e com gosto de quero mais.

Um remake a altura do clássico jogo de terror espacial. Melhorias no gameplay e sistemas das armas mostra um entendimento claro dos pontos positivos e negativos do jogo original, criando uma experiência incrível que só aprimora sobre ele.

Uma boa evolução em relação ao Remnant: From the Ashes, focando nas qualidades e resolvendo alguns problemas do jogo original, com inimigos comuns menos punitivos combinados a inimigos chefes mais interessantes.

Para quem não jogou o primeiro, trata-se de uma espécie de Souls Like Third Person Shooter com vasto conteúdo mesclando elementor criados proceduralmente ou a mão.

Uma narrativa interativa que te coloca na pele de uma exploradora em uma misteriosa ilha atrás da expedição desaparecida do seu marido. Os mistérios são interessantes, surpreendentes e prendem a atenção por toda a duração desta aventura.

Uma experiência rápida no mundo de Silent Hill, com vibe de Narrativa Interativa. É bacana, mas poderia ser muito melhor. Explora temas importantes, mas com pouca sutileza e textos pouco inspirados.

Vale por ser gratuito e ter entre 2 a 3 hrs.

Um spinoff da série Yakuza/Like a Dragon para contar a história de Kazuma Kiryu entre Yakuza 6 e o Like a Dragon (7).

É um jogo bastante derivativo, aproveitando cenários dos jogos anteriores e sem acrescentar muito a série. A história principal é mais curta que o normal para a série e o conteúdo opcional é mais simples e repetitivo.

Se você gosta da franquia, vale a pena jogar... mas é um péssimo ponto de entrada para a série.

Dodgeball Academia é como um jRPG simples, curtinho, com uma dinâmica de combate divertida (misturando ação e esporte) e repleto de carisma e simpatia. Quando suas mecânicas começam a cansar, ele termina e deixa uma marquinha gostosa na memória.

The Forgotten City é criativo e interessante, embora herde um pouco do estilo desengonçado e duro da plataforma na qual ele se originou (como um mod de Skyrim).

Um microRPG no qual o foco é o diálogo e o encadeamento de eventos, sobre o qual não posso falar muito, porque sua experiência será melhor o quanto menos você souber sobre o jogo.

Jogue e divirta-se, porque vale a pena.