Difícil falar sobre Outer Wilds sem dar spoilers... mas é um jogo sobre exploração espacial no qual seu principal recurso é o conhecimento.

Explore de forma não-linear uma pequena galáxia com planetas curiosos e interessantes, sem qualquer bloqueio mecânico que impeça seu avanço, enquanto aprecia a beleza do movimento dos astros e a música de seus companheiros.

Há tempos um jogo não me causava de forma tão intensa o sentimento de ansiedade e maravilhamento diante de uma descoberta.

Final Fantasy VII Rebirth aprimora de forma grandiosa tudo que o anterior (Remake) fez. Para quem jogou o jogo original, todos os principais beats da história estão ali, mas com twists que oferecem um frescor muito bem vindo.

Foram 108 horas de jogo que valeram cada minuto e culminam com um final tocante e com gosto de quero mais.

Endling é uma experiência breve, de cerca de 3 ou 4 horas, sobre sobrevivência. Uma mãe raposa precisa cuidar de seus bebes em um mundo inóspito no qual os recursos são extremamente escassos e o perigo é sempre presente.

Mecanicamente simples, esteticamente lindo, Endling passa de maneira muita intensa sua mensagem sobre ecologia, preservação e nossa responsabilidade em cuidar do mundo no qual vivemos.

Lost in Random apresenta uma história muito simpática em um mundo criativo e com personalidade. Entretanto, a criatividade do combate misturando ação, cartas e roladas de dado se esgota muito rapidamente tornando boa parte do jogo maçante.

Um remake a altura do clássico jogo de terror espacial. Melhorias no gameplay e sistemas das armas mostra um entendimento claro dos pontos positivos e negativos do jogo original, criando uma experiência incrível que só aprimora sobre ele.

2022

Embora seja um ótimo jogo, com design inteligente e gráficos charmosos, Tunic pode decepcionar quem chega nele esperando um "Zelda-like".

Embora o visual lembre um pouco a franquia da Nintendo (incluindo a túnica verde do personagem), Tunic possui sensibilidades que remetem mais a um Souls-like... chefes difíceis, enigmas crípticos, linguagem confusa e pouquíssima informação de mão beijada para o jogador.

Mas, para quem está aberto a viver a aventura e a exploração, absorver o enigma de usar o manual digital do jogo para resolver enigmas e avançar no jogo, Tunic oferece um experiência bacana e recompensadora.

Meio card game, meio jogo de suspense cheio de quebra-cabeças com elementos de roguelight, Inscryption surprende a cada virada de curva com ideias originais e quebras da quarta parede.

Enquanto seu antecessor - Deliver Us the Moon - parece entender perfeitamente suas forças e suas fraquezas, Deliver Us Mars parece deixar de lado o que tornava o primeiro tão interessante e foca em um gameplay desengonçado e pouco interessante.

Quebra-cabeças simples nos quais você precisa direcionar raios e escaladas com animações truncadas preenchem o tempo, enquanto a narrativa acaba tornando-se mais simples e menos imersiva. Ao inserir NPCs acompanhando a protagonista, Deliver Us Mars também denuncia as limitações técnicas do jogo, com gráficos simples e animações robóticas.

Se você jogou o antecessor, vale a pena jogar Deliver Us Mars para entender o rumo tomado pela história... mas não espere um jogo tão imersivo e interessante quanto aquele.

Um spinoff da série Yakuza/Like a Dragon para contar a história de Kazuma Kiryu entre Yakuza 6 e o Like a Dragon (7).

É um jogo bastante derivativo, aproveitando cenários dos jogos anteriores e sem acrescentar muito a série. A história principal é mais curta que o normal para a série e o conteúdo opcional é mais simples e repetitivo.

Se você gosta da franquia, vale a pena jogar... mas é um péssimo ponto de entrada para a série.

Um incrível sequência para o primeiro jogo, Rogue Legacy 2 preserva as ideias de "rogue-light", premiando as runs do jogador e fazendo com que derrotas não sejam totalmente desperdiçadas, e aumenta a gama de possibilidades com novas armas, classes, poderes e muito mais!

Encantador e delicado. Um adventure com pouquíssimo combate e foco na exploração e resolução de puzzles, CHICORY fala de propósito, síndrome do impostor, cobrança pessoal, medos, arte e o peso das amarguras e coisas mal resolvidas de outras pessoas que carregamos conosco.

Bônus para a trilha sonora da Lena Raine, de Celeste.

Um roguelite-lite com mecânicas pensadas para reduzir ao máximo a frustração do gênero, Children of Morta é um jogo de ação, com múltiplos personagens e uma história cativante sobre família.

Se você não curte roguelike por causa da frustração, Children of Morta pode ser uma boa porta de entrada para o gênero.

Não sou um grande fã da série, mas de todos os Diablos que joguei, este foi o mais divertido porque parece atualizar o jogo (que basicamente era um point & click) para os consoles, exigindo mais do posicionamento e uso dos poderes.

Embora eu acho ele entediante para jogo solo, foi muito divertido com os amigos.

Poesia em forma de jogo de videogame.

Com uma história sobre morte e a nossa necessidade explicá-la e justificá-la, What Remains of Edith Finch é belo, criativo e cativante.

Entre um dos piores que joguei este ano, Stranger of Paradise tem uma boa intenção ao tentar contar uma espécie de prequel do primeiro jogo da série Final Fantasy, ao mesmo tempo em que une este conhecido universo a um sistema de combate que lembra outros jogos do Team Ninja.

Entretanto, o resultado acaba sendo um jogo sem muita personalidade e desinteressante. A história é qualquer coisa e o personagem é um dos protagonistas menos gostáveis dos tempos recentes. O combate é fácil e repetitivo, mostrando seus melhores momentos apenas nos combates com os chefes. O sistema de jobs é sem graça e o fluxo constante de equipamentos e recompensas faz com que nada importe além do botão de otimizar equipamento, já que você não utilizará nenhum item por mais de 5 ou 10 minutos de jogo.

Infelizmente, um grande potencial desperdiçado.