Um pesadelo, por conta da limitação de um portátil como o Game Boy, consegue ser mais intankavel que o primeiro de NES, level design confuso e controles travados que não respondem corretamente, vou ficar devendo esse.

Doukyuusei: Bangin' Summer é um Remake de uma das VNs mais importantes para o que conhecemos hoje como Date Sim.

O gameplay tem Map Moviment e Time Management divertidos, a cidade te da diversos diálogos e eventos únicos se vc for paciente para explorar, existem diversas possibilidades e se vc não for cauteloso, perde diversos eventos e até mesmo rotas de algumas heroínas, além de vc precisar interagir com determinada heróina pra desbloquear um evento com outra, já que algumas se conhecem e revelam informações de outras que serão úteis mais pra frente, o que é bem interessante.

Existem dois modos: Easy Mode, que te mostra onde ir e o que fazer para progredir e Classic Mode, onde não existe indicação nenhuma de nada, como na sua versão original, ainda bem que vc não é obrigado a jogar dessa forma kkkkk. A comédia é muito boa, tem aquele estilo galhofa das VNs da Elf, onde inserem coisas sobrenaturais só pela piada, têm um protagonista completamente depravado que faz comentários absurdos sobre tudo e, claro, muito erotismo, nem sempre de uma forma decente, com algumas problemáticas e cenas bizarras. O texto dos romances é ok, a maioria segue o padrão do que se espera de um romcom, outros poderiam não existir, mas existem algumas rotas que se destacam.

A produção é mais ou menos, não gosto da maioria dos designs aqui, alguns são muito feios e artificiais, prefiro o clássico, porém tem vários CGs lindos e detalhados, background art ótimo tbm.

Esperava mais, ainda sim, saí satisfeito.

Batman: Arkham Asylum tem muito mérito no que faz, sem dúvidas sabe o universo que está trabalhando e os personagens inseridos nele e por isso, acerta tanto em sua ambientação e atmosfera. O enredo apesar de simples, tem uma introdução ótima e eventos impressionantes que trabalham os traumas e medos do Bruce de forma fabulosa, com excelentes quebras psicológicas. Outro ponto muito positivo é o Level Design e como tem muito conteúdo com um mapa contido, o jogo te induz a voltar para os locais e descobrir mais sobre a lore com biografia e fitas sobre os personagens ou simplesmente resolver os desafios do charada, que não são colecionáveis chatos, pelo contrário, é muito divertido explorar e descobrir esses segredos explorando o manicômio.

As investigações são simples e funcionam, mas o maior mérito do gameplay, para mim, está na vunerabilidade do Batman, por mais que vc derrube inimigos rapidamente, armas de fogo são letais e vc precisa de uma cautela em diversas sessões, qualquer passo em falso é fatal num ponto que até te frustra. Já seu combate enjoa rápido, é muito bom, porém não tem tantas skills ou combos novos para varia-lo. Os objetivos se repetem bastante, vc sente estar fazendo a mesma coisa, vá do ponto A ao ponto B, ajude X e descubra Y, não é intuitivo, já as boss battles são decepcionantes, o problema não está na simplicidade e sim no design, são rápidas e sem inspiração, não fazem jus ao build-up que o jogo cria nos vilões.

Como joguei a versão remaster no PS4, pude ver a diferença gráfica considerável entre as versões, nunca finalizei o jogo no PC, mas já era lindo, esse remaster poliu ainda mais as texturas e deu um upgrade gráfico muito bom em shade, um caso raro onde realmente tiveram carinho ao fazer um remaster. A única ressalva técnica em relação a essa versão é que eu tive um crash, nada que comprometeu meu progresso, mas aconteceu.

Apesar da repetição no Mission Design, um combate que cansa com o tempo e bosses fraquíssimos, Batman: Arkham Asylum compensa com uma exploração muito boa, ambientação que capta a essência do herói e um enredo competente. Um bom jogo.

Hidden Gem.

UUUltra C tem a melhor e mais bela produção visual em uma VN que eu já vi, se utiliza muito bem do literal conceito de Visual Novel, quase não tem sprite, CG pra transição de cena o tempo todo e até usa quadrinização como recurso, o que prende o leitor facilmente, ainda é muito estiloso e abusa do uso de cor. A OST é excelente também, captam perfeitamente o setting, pena que são poucas, o que deixa repetitivo, poderia ter mais composições pela duração que tem.

Em plot, é muito ambicioso, além de discutir sobre identidade e amor, usa Tokusatsu e heroísmo como temática com primor. Eu me impressionei bastante em como a VN mescla essa temática sendo um BL e FUNCIONA, tem ótimos diálogos e personagens bem desenvolvidos, apesar do capítulo 1 ter caído consideravelmente no meu conceito depois de ter concluído, não por ser ruim, mas pelo nível dos outros. O senso de escala é dosado de forma correta, sai de um setting simples para algo transcendental, só que feito de forma natural, progressão muito boa. As H-Scenes tbm não são problemáticas no começo, o que sempre é um problema na mídia, em UUUltra C, são orgânicas, porém, existem sim cenas descartáveis e que forçam a barra, mas nada que destrua a experiência.

Fico feliz por ter superado minhas expectativas e ter sido tão bom assim.

Pensar que isso saiu em 87 é loucura, envelheceu muito bem graficamente, até hj é impressionante. Pixel art fantástica, cutscenes animadas, DUBLAGEM e uma OST espetacular. O fato de ser um jogo de PC Engine, permitiu Ys ser um JRPG mais avançado que seus concorrentes.

Claro que isso não impede Ys de ser ultrapassado em gameplay, level design confuso, dungeons que são um completo labirinto e um sistema de ataque onde vc basicamente ataca e anda ao mesmo tempo, além de se tornar chato depois de horas de grinding obrigatório, como todo JRPG de 80 pede. Em dificuldade, é um caso estranho, geralmente os JRPGs da época costumam ser infernais de díficeis, ou seja 0 balanceamento, já Ys, é fácil em boa parte do seu tempo, tirando a última dungeon, onde vai de muito fácil pra muito difícil, o que o torna desbalanceado nos dois sentidos kkkkkk.

Em narrativa, não trás nada além do feijão com arroz de uma obra de fantasia padrão, mas tem uma lore interessantíssima, o que por si só, já torna Ys um destaque em seu gênero na época.

No fim foi uma experiência proveitosa, apesar de eu ter sofrido um pouco.

Estética e atmosfera perturbadoras, só que é bem mais do que isso. Eu sinceramente pensei que seria algo pretensioso, mas passa bem sua mensagem em pouco tempo e usa da mídia em que se insere da melhor forma possível.

Com uma dificuldade desbalanceada, tipo sessões infernais enquanto tem bosses fáceis (tirando dois deles), gameplay lento e problemático, Castlevania III sofre dos mesmos problemas de todos os clássicos do NES, porém, tem um level design muito bom e variado, pixel art e OST sublimes. Punitivo, mas vale a pena pela inventividade.

Ley-Line trás um roteiro que usa mal seus clichês e cria conflitos superficiais, assim deixando sua leitura monótona e desinteressante. Suas rotas têm um romance ok, com muitas ressalvas, já que a caracterização das personagens é patética, mas as interações são decentes, já a true route é fraca, não trabalha a heroína principal e nem o protagonista, servindo apenas de setup para a sequência. É um texto sem muito valor.

Já em produção, só presta alguns CGs, a OST além de repetitiva, é completamente esquecível, com exceção de duas que tocam na true route e não são la essas coisas tbm. Fora isso de "qualidade" técnica, só vejo defeitos, desde o char design pouco inspirador e inconsistente até a estética tirada diretamente de um anime de 20 anos atrás. Também quero dar um destaque para o pior Background Art que eu já vi em uma VN.

Fazia tempo que eu não lia uma VN tão ruim, obrigado por falhar em quase tudo, Ley-Line.
Por favor, que a sequência seja pelo menos mediana.

Uma boa introdução. O romance é excelente, onde existe um desenvolvimento crível na relação entre os dois protagonistas, os conceitos de magia apresentados são interessantes, é uma trama simples, mas coerente dentro do que se propõe. A ideia do bad end me surpreendeu, fazia tempo que não via um com algum valor temático numa VN. Produção varia entre boa e mid, tem vários CGs belíssimos, um background art condizente com o que é apresentado em primeiro plano e uma OST muito boa, ainda sim, em estética, não é criativo, tirando as H-Scenes, investiram bastante nisso, mas as duas últimas poderiam não existir. Como sempre, erotismo demais sendo um problema.

To curioso pro Episode 2, tem potencial pra muito mais em seu plot.

2022

Estava esperando muito do seu gameplay e não me decepcionou, parece simplório, mas tem um combate muito técnico, onde cada detalhe é determinante, foi uma delícia aprender seus combos e técnicas defensivas, a satisfação de dar um parry ou desviar com sucesso de uma série de ataques para então contra atacar é do crl. O sistema de upgrades é variado, onde cada um é útil pra inimigos especificos e principalmente, os bosses, onde para alguns é mais do que necessário. Por falar nisso, suas boss fights são criativas, cada uma te obriga a dominar uma mecânica fundamental para vencê-los, com exceção do quarto boss que é puro rush. O sistema de envelhecimento combinou bastante com a temática do jogo e principalmente com o objetivo principal de seu protagonista, além de ter um fator replay válido, porém, cansativo, alguns podem desistir de dominar cada level pq realmente é uma tarefa árdua. Existem alguns problemas como o parry ser preciso até demais ou a hitbox não corresponder as vezes, mas nada que afete seu gameplay como um todo.

Sifu tem uma narrativa bem direta, trata-se de vingança, bem na vibe de um filme de ação mesmo, o que de forma alguma é um problema, principalmente pq trata dessa tema muito bem, além de passar uma bela mensagem.

A direção de arte de Sifu é fantástica, um uso de cores incrível com transições de cenário belas e impactantes, além de background art linda, já a OST, é maravilhosa, cada música passa o feeling de vc estar jogando um filme de Kung Fu épico e empolgam os embates.

Um jogo difícil, mas recompensador para aqueles que querem se aprofundar em seu excelente combate. Recomendo muito.

Uma grande homenagem a Castlevania, em especial, Simon's Quest. Conserta todas as grandes falhas do jogo pelo qual se inspira, que era muito ambicioso pra época, logo, pecou muito no que queria ser. Infernax traz um mundo muito cativamente e brutal, com diversas missões que decidem o rumo da narrativa, graças ao seu excelente sistema de moralidade, te permitindo tomar diversas decisões e ações que afetam diretamente o destino daquele mundo e sua população.

O gameplay é excelente e responsivo, emula perfeitamente um jogo de NES, mas seu desafio é balanceado na maioria das vezes, vc não sente estar jogando algo injusto, existem diversas Dungeons e sessões de plataforma desafiadoras, porém, possíveis de se completar com prática e sua interconexão entre os mapas torna a exploração muito recompensadora, vc sente estar progredindo cada vez que os conecta. Seu sistema de upgrades te ajuda bastante na evolução de seu personagem, que além de intuitiva e divertida, é bem pensada e não torna o jogo fácil, no entanto, magias e poções de cura quebram um pouco seu ritmo, principalmente nas boss fights, já que graças a elas, vc pode ficar tomando dano e atacando o boss enquanto fica invencível por um curto período, te dando uma vantagem muito maior sobre eles. Me aprofundando mais sobre os bosses, eles são o ponto mais fraco do jogo, a maioria é extremamente fácil justamente por conta das possibilidades de cura, ou têm padrões muito óbvios, até o último boss é bem tranquilo por conta disso, o sistema de magia, upgrades e poções te da muito mais vantagem contra eles, faltou um pouco mais de balanceamento quanto a isso, tive mais dificuldade com inimigos padrões do que com os bosses.

Em estética jogo é lindo, pixel art maravilhosa, direção de arte muito expressiva, uso de gore e brutalidade bem aplicado, char/monster design belíssimos, mapas variados, onde cada um conta uma história sobre o mundo e OST que capta perfeitamente um jogo de 8 bits, tudo tecnicamente é do crl.

Infernax foi uma grande surpresa pra mim, um jogo excelente que vai passar no radar de muita gente.

Uma VN com um mistério óbvio só que interessante, com uma boa ligação de seus casos e um plot twist planejado de forma excelente, além de uma produção visual fantástica que sabe construir suspense, faz bom uso de gore e de shock factor mas te entrega momentos tocantes pra apreciar sua beleza. Já citando alguns defeitos, a VN peca muito em seu conteúdo ero e sistema de rotas, ambos inúteis, deveria ter no máximo 3 finais ao invés de diversas conclusões superficiais, já o sistema de rotas não serve pra nada, as heroínas não são desenvolvidas de forma crível, as tornando somente conteúdo pra fanservice, o que é uma pena, pois existe potencial temático nelas, apenas o Reiji, o serial killer e a Toko realmente se destacam do elenco. O gameplay é funcional, nada muito diferente do que se espera de point and click investigativo, cumpre bem seu papel, ainda sim senti falta de algo mais elaborado. Temática interessantíssima sobre liberdade e obsessão, mesmo que não tenha sido trabalhada com todo seu potencial, creio eu. To no hype pro Second Episode, essa introdução me deixou curioso pra sequência.

Visualmente lindo com uma OST ótima, porém, o level design é o maior aprimoramento. As fases funcionam em 2.5D, um recurso que aumentou muito as possibilidades de manobras e caminhos possíveis pra se explorar, com diversos atalhos, locais tanto na vertical quanto na horizontal o tempo todo, variando as possibilidades, áreas quebráveis que liberam novos caminhos, além disso, novos recursos como o Wallride, manobras de cima a baixo com rampas, giros em 360, manual melhorado, assim podendo ser utilizado nas escadas e troca de grid, tornando seu gameplay mais rico do que em OlliOlli 2, ainda sim, tem seus defeitos em outros aspectos.

A quantidade exagerada de textos que pouco agregam, onde apenas são comentários cômicos entre os personagens ou tutoriais e dicas de manobras demonstram que a ausência de texto ou uma suposta história nos anteriores, tinha motivo. Simplesmente não combinam com a proposta do jogo, logo, torna tudo isso irrelevante, apenas são planos de fundo pra justificar as fases, algo que se justifica por si só apenas jogando. Os próprios personagens são sem graça tbm, apenas esteriotipos típicos sem nenhuma personalidade própria ou carisma, nesse ponto, OlliOlli World tentou ser ambicioso demais sem saber o que queria com tais recursos, criando problemas em sua estrutura que os outros jogos não tinham.

Uma grande evolução se comparado ao seu antecessor. Level Design mais dinâmico pela sua amplitude, te permitindo fazer manobras tanto na horizontal quanto na vertical, novos recursos para as próprias manobras, além de uma hitbox muito melhor, tornando o gameplay mais fluído. Cenários lindos, dessa vez da pra perceber a variação em cada um deles, melhorou bastante graficamente.