Avançando com uma selvageria inigualável, derramando sangue sem distinguir de quem, Bloodborne é uma experiência bela e visceral que faz questionar: Até que ponto um caçador é tão diferente das feras que mata?

Mudando mecânicas clássicas dos "soulslike" da Fromsoftware, Bloodborne apresenta uma gameplay que cativa pela sua agressividade, audácia e um ritmo frenético de combate que é simplesmente hipnotizante. Os combates metódicos e mais lentos que são característicos do gênero são substituídos por trocas intensas e tomada de riscos muito satisfatória.

Com uma narrativa que se desenrola lentamente num mundo com estética gótica vitoriana que é igualmente lindo e assustador, os temas de perpetuação de violência e o sofrimento feminino vão cuidadosamente escalando ao longo da experiência de forma recompensadora para os jogadores mais atentos, mas que pode ser completamente imperceptível para os menos dotados de capacidade de interpretação. Se existe algo para se criticar em Bloodborne é que eu gostaria de me afogar ainda mais em seu universo e seus temas, ficarei com um eterno desejo por mais.