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Ainda que curto, entrega quase impacto nenhum durante sua duração - é um misteriozinho bem arroz com feijão, digno de game jam, não fosse pelos assets medianos e estar num 3DS. Tenho um fraco pela movimentação por ambientes limiares em 3D desde Silver Case, mas não salvou nada aqui.

Unsighted é completo: pixel art efervescente e cheia de vida; trilha sonora carismática; puzzles, dungeons e bosses e itens e sequence breaking até dizer chega, e com um mapa bem conectado para esbanjar tudo que você conquista durante o jogo. De diferente, oferece uma controversa - para os fracos - decisão em colocar o jogo todo correndo contra um relógio. Embora pareça muito antitética a ideia de um jogo baseado em exploração e solução de puzzles te punir por demorar, achei que foi generoso o suficiente com seus recursos para te apressar sem desespero - tive que sofrer a perda de alguns personagens, porém consegui manter os meus favoritos vivos. Seu combate desbalanceado à favor de parries dá um twist legal à jogabilidade típica desses jogos; o ato de lançar o ataque carregado após uma sequência de parries dando uma satisfação que geralmente não se tem ao ficar mordiscando bosses.

É uma pena que apesar de suas inúmeras qualidades técnicas, eu não tenha me conectado emocionalmente com a história do jogo. Me importei com poucos dos NPCs e os mantinha vivos com base na sua utilidade, e não afeição. Ao começar o jogo, empolgadamente mudei a linguagem para português - e dei de cara com um texto que muitas vezes parecia ter sido traduzido do inglês, com até algumas expressões idiomáticas de gringo. Não questiono a brasilidade de Unsighted, porém achei o seu diálogo mais próximo de um desenho americano do que de uma história brasileira sobre resistência - e o que estava escrito não me cativou, ainda que a quase inevitável morte orgânica de personagens tenha ajudado muito em dar mais peso à narrativa.

Como nosso cenário de game dev é consideravelmente mais novo e humilde do que de outras potências, é claro que existe um bairrismo: às vezes, consideramos jogar um jogo porque ele é brasileiro, e não pelo que ele oferece como obra. Unsighted é um caso que não precisa de justificativa - duas mulheres brasileiras conseguiram fazer perto do impossível e produziram, quase sozinhas, um dos metroidvanias mais completos e polidos que se pode encontrar na feira. É uma conquista magnífica, que ajuda a solidificar nossa presença na arte e convence mais gente a botar a mão na massa.

Passagens multimídia encobertas por uma maravilhosa nevóa difusa entre tosco e noir; brutalismo usado como fonte de horror e adoração; tour de force de direção artística alimentado por sombras afiadas e iluminação impecável; um pacotinho de controles e poderes que flui de forma magnífica entre um e outro.

Por quê, então: mais um shooter de terceira pessoa amaldiçoado com crafting, elementos roguelite de conteúdo infinito, sistemas de “RPG” vestigiais que só servem pra alimentar os cabras mais famintos por dopamina que tem por aí. Nada diz “explorar um inferno brutalista não-euclidiano que é fisicamente e emocionalmente labírintico” como equipar seu personal mod lvl 4 +13% fart rate. O próprio ato cansado de apontar e atirar é ressignificado em sarcástica lógica circular: o supremo Objeto de Poder é uma pistola que… atira nas coisas. Quando a maioria das suas opções de interagir com horrores além de sua compreensão são sentar chumbo neles ou dar um dash até eles, tem alguma coisa errada.

Uma pancada estética muitíssimo memorável, carregando por aí um corpo do gênero mais cansado dos últimos 15 anos. Pô, eu jogo feliz qualquer bobagem que for bonita desse jeito - o choro é pelo que podia ser.

Nessas rochas há textura inigualável. Em cores perfeitamente vibrantes e iluminação impecavelmente calibrada, Jusant reproduz, em natureza morta, um poderoso senso de melancolia sem precisar de nenhuma palavra. A pedra respira, sua história sendo anunciada pelos lagartinhos e insetinhos que rastejam corriqueiros por ruínas - natureza morta para uns; vida borbulhando, timidamente, para outros. Cabe a você, cuja única ferramenta sendo uma que força contato direto com a torre, cara na pedra, trilhar pela lenta e anunciada tragédia de quem te antecede. A fisicalidade dos controles transmite, com simplicidade, um universo. Sua trilha sonora, docemente dotada pela textura de tudo que o vento e o sol tocam, eleva a jornada para os céus.

E é assim, através da soma de todos seus fantásticos elementos, que Jusant constrói o amâlgamo sensorial desta escalada - serena, melódica, desesperadora, estressante, esperançosa, e acima de tudo, linda.

Relaxamento e meditação via fomento da expressão artística encarnado na forma de um Zelda-like. A pintura é tudo: mecânicas de movimentação, escape criativo, paralelos e metáforas, e o que corre no sangue de todas as fofinhas criaturas com nome de comida que aqui habitam - todas suas aplicações são dadas seu devido valor, o tempo para cheirar as rosas e desenhar um pintinho aqui e lá tão importante para a aventura quanto as provações que nossa heroína enfrenta. O co-op apenas eleva a experiência: arte é melhor quando partilhada, afinal. E é através dos pastéis e das aquarelas, dos rabiscos ociosos e das obras de arte comedidas, que trilhamos uma jornada quase-épica contra a síndrome do impostor e danosas relações parasociais.
Lá para o final, vira basicamente isso aqui.

Kirby's Dream Land 2 feels like an alternate universe of what Kirby's Adventure is, taking a direction of a more crayon/drawing inspired world rather than the cartoon/anime inspired world of Kirby's Adventure.

Coming back to the gameboy, KDL2 takes the idea of copy abilities from it's console counterpart KA but gives it it's own unique spin. In the wake of having much less abilities than KA, we have the introduction of Kirby's animal buddies which kind of act like a Super Mario powerup. The key difference here is that that copy abilities Kirby gets are now modified with the animal buddy you have equipped. e.g. if you have the hamster buddy and the spark ability, it turns the ability into a fusion of spark and beam from KA. This is a really cool idea, and mixing and matching powers with animal buddies to see what you get is fun. But at the end of the day, I still prefer to pick and choose exactly what copy ability I want, rather than having to find the right animal buddy to get it.

The game is still so much fun just like it's previous counterparts, however I felt somehow the level design wasn't as strong. Like it was designed by a more inexperienced team (maybe this is the case). Especially towards the end where there were some buillshit sections. Even some of the bosses are the weakest in the series so far. To be fair though, for a Kirby game it was pretty challenging, but not for the best reasons.

Cool ideas held back by some questionable level design decisions and bossfights. I feel like this is the only Kirby game I've played so far that I've still enjoyed, but don't feel the need to ever replay it.

I never know how to write shit about Mario Party cause like you generally know what the fuck you're getting into with these games. Like there's just not all that much to talk about with it. I do think this one has more than enough content to work towards that is more interesting in actual replayability, the star bank and being able to unlock a map, some more minigames and characters is nice, it's mainly why this was like my childhood MP.

I think the games are absolutely who ya play them with and the little moments ya share with them. So like before I played this with two of my besties (Appreciations and Weatherby) and had pretty great times.

Ya got shit like Bowser Jr hitting a like 3080 on the snowboarding minigame like the cheating little shit he is, us all clowning on Bowser Jr constantly, me losing at that one dogshit bumper car bump-o-rama battle minigame cause the controls are so so so ass, buying cheap wine and just laughing about stupid bullshit happening in game.

Mario Party ain't about Mario Party, it's about chilling with people and slamming back some cheap ass wine while the game itself fucks you over in the dumbest ways possible or clearly sets you up to just lose the entire game. Even if I never play this again I will always keep these memories pretty close to my heart as very special cherished times.

My continued vendetta against Bowser Jr grows stronger with each passing day. One day I'll get him back for stealing 5 of my stars that son of a bitch.

NOTA: 10 ou perfeição

Elden Ring é basicamente tudo que eu sempre quis, desde os primordios de 2021 onde me tornei fã do gênero Soulslike e depois de todas as jornadas em Demons Remake, os três Dark Souls, Bloodborne e Sekiro, o grande Miazaki junta mecânicas principalmente vistas nos Dark Souls, mantendo e superando no quesito trilha sonora e direção de arte, introduzindo-as em um mundo aberto.

Tendo experienciado esse game desde 2022 constantemente, decidi que seria a vez de platinar no PC e não me canso de admirar o que para mim torna esse game o meu preferido de pelo menos da última década: sua flexibilidade. O gênero torna os inúmeros confrontos do game engajantes e sempre dá para o player opções ao se deparar com um adversário formidável: Utilizar summons? Chamar um amigo ou aleatório? Tentar diferentes equipamentos e builds? Ou simplesmente virar as costas e explorar/upar.

Fora isso, a exploração de Elden Ring é surreal, o game utiliza muito do mapa e o retrospecto de excelência em level design para construir dungeons com variedades de materiais de upgrade e equipamentos com diferentes weapon arts. Mesmo que os chefes se repitam.

A lore de Elden Ring é uma das coisas que eu acho que ficou meio desperdiçada, a temática é fantástica e ainda contou com o auxílio de George R.R.Martin e por mais que faça parte da proposta do game, sinto que poderia receber mais destaque.

Minha maior crítica ao game fica em seu NG+, os inimigos e chefes de pelo menos até a boss fight do Radahn não evoluem nem perto do que o player após a conclusão do game, além dos diversos atalhos e builds bem roubadas, esse trecho em questão fica muito fácil e me da sempre uma sensação de querer skippar simplesmente.

Um dos pontos que me fez jogar por horas e horas é o coop especial em apenas 2 pessoas, pois utilizamos da flexibilidade do game para se nerfar em momentos e eu pude aproveitar e usar algumas armas que nem sempre no solo teria como, ou se não, precisaria de uma boa adaptação. Em especial no PC, nossa gameplay veio acompanhada do excelente mod Semless Coop e Harder Coop, o que derruba as barreiras do coop e torna a run pelo menos 5 vezes mais complicada.

De maneira geral, a versão de Elden Ring de PC foi a melhor escolha que eu já fiz, por si só já fui capaz de variar a jogabilidade em relação às minhas 500+ horas no PS5 por ter jogado no Rog Ally, como os mods que citei tornou a gameplay ainda mais genial. O sucesso desse game é eminente e abre portas para o gênero souls like se tornar menos nichado, recomendo muito para aqueles que querem iniciar no gênero e para aqueles que ja conhecem, é simplesmente experiência obrigatória. Chega logo 21 de junho, não aguento mais esperar pela DLC.

Simplesmente a masterpiece do gênero souls like!

The high school rooftop stage with its blaring harmonica theme is, to me, the purest essence of shounen. A really great busted fighter, with an unforgettable cast and setting. Super loose and accessible, too.

wtff anime girl AND she smoke joint okiee this iz awesum :3