Como é dito no título, é uma releitura moderna e pós-apocalíptica do clássico "A Jornada ao Oeste". É engraçado porque é difícil jogar ele e não ver Dragon Ball, já que os dois bebem dessa mesma fonte, ao ponto que o Pigsy é basicamente um Oolong humano até nas piadas e personalidade pervertida dele. Isso talvez torne a história previsível porque você já sabe onde tudo vai dar, especialmente se assistiu a algo como Shinzo quando mais novo. O que sobra mesmo pra te surpreender é a construção de mundo.

Primeiramente eu queria dizer que precisei mexer bastante na versão PC para ajeitar bugs das configurações gráficas e deixar o jogo tinindo usufruindo do máximo que a engine permitia na época. Apesar do trabalho, valeu muito a pena. Esse jogo quase não envelheceu graficamente. Pelo contrário, parece algo que saiu ontem de tão lindo. O visual do cenário e personagens é tão vívido que me cativou imediatamente. Fico todo bobo com qualquer jogo que tenha a estética "tecnologia + natureza" e não tenha medo de usar cores vibrantes. Verde, azul, roxo, vermelho; tudo te salta aos olhos imediatamente. Só que isso ta escondido debaixo de um filtro verde horrível que eu tirei usando um preset do SweetFX. Não sei quem teve a ideia de enterrar esse lindo trabalho visual debaixo da "estética feia do PS3 dos anos de 2010", mas essa pessoa claramente impediu que muitos deixassem de ver esse potencial no lançamento. Super recomendo a quem quiser conferir brincar com as configurações e instalar o preset mais baixado, fica muito mais legal de apresentar a história.

Eu digo isso porque bem... No quesito trama própria - fora das batidas que você já espera serem adaptadas do conto original - o jogo é um tanto confuso no que quer contar porque deixa tudo bem vago. E eu não teria problema com isso se fosse um final aberto ou interpretativo. Mas não, há uma reviravolta repentina no final que... Não é preparada, mas não ofende? Conceitualmente ela é interessante e dá pra ter um bom debate sobre, mas não "respira" tempo o suficiente pra isso, especialmente dentro da história que apresenta. É esquisito, mas não desgostei.

No geral o gameplay foi algo que demorei a me adaptar por ser mais "truncado" em relação a outros hack n' slashes por aí, mas até que é bem satisfatório conforme você libera os upgrades e tem um bom imcentivo para que você explore bastante o cenário. Gosto das lutas de chefões e a variedade de situações que te permitem experimentar mecânicas diferentes. Destaque mais que merecido para a mecânica da nuvem voadora. Ela é obviamente limitada a uso em cenários específicos, mas quando ela é liberada, é MUITO bom ficar surfando nela. Você literalmente consegue explorar o cenário de uma maneira tão livre que o jogo nem te prende ou pune por escalar algum obstáculo pelas pontas. É super satisfatório e bem simples de se controlar, e eu não me importaria de ver essa mesma mecânica em outros jogos, quem sabe algum de DB mesmo.

De resto, como o jogo é pesado em diálogo, os dubladores são ótimos e enchem as personagens de carisma e personalidade. Como contra-partida, isso torna a trilha sonora ausente de destaque fora de pontos específicos. Ela é perfeitamente servível quando precisa ser. Os momentos de tensão e batalha é quando ela fica mais legal. Nos momentos de drama ela se faz menos presente. E entre embates e quebra-cabeça simples, o que vai te manter ocupado é a exploração e o "vivenciar" do universo. Tendo isso em mente, não posso recomendar a alguém que quer algo mecanicamente inovador ou muito polido. Ele faz coisas bem bacanas - especialmente usando o conceito do visor que fica na cabeça do protagonista e te fazendo aprender a usar o co-op com a AI - mas fora disso joga numa zona segura, provavelmente porque, como disse, ele quer que você foque na jornada e pelos locais que passa.

Pra mim? Eu adoro adaptações da Jornada ao Oeste e esse jogo foi um tremendo espetáculo visual gostosinho de terminar. Maaaas se não é isso que procura, acho que não vai te converter a gostar.

Começa frustrante, mas depois que você pega o jeito é viciante demais, não tem como. Na verdade, estou jogando pela QUARTA vez. Sim, acreditem se quiser. E eu adoro essa merda. Ainda quero criar coragem de realmente jogar o primeiro e quem sabe dar uma chance para aquela coisa estanha do Off The Record, mas não dá, este aqui pra mim é divertido demais e é um jogo que me prende muito fácil. É cheio de limitação e defeitos e ainda assim consegue reagir bem a diversas situações in-game melhor do que jogo lançado recentemente. Como que tanka????

Sou péssimo em jogos de stealth e achei que o final ruim não fosse tão ruim.

Maluco, eu me forcei a ser bom só pra fazer o final decente.

Bom jogo.

Ih, esqueci de avaliar este. Tem uma série de defeitos, mas eu joguei pra cacete até ter uma empresa com um MMO com múltiplas expansões enquanto lançava jogos novos. Não é a coisa mais complexa do universo e tende a ser frustrante pela excassez de informações, mas é divertido fazer uns jogos com nomes nada a ver e acompanhar a história principal passando pelas diversas eras de consoles.

Será que agora eu superei a depressão?

História bem legal , adoro a mensagem e a estética no geral, desafio bem justo e que pode te frustar, mas acho que faz parte da mensagem. Fico chateado que o sistema de recoleta de itens ser bem simplório, muitas vezes quero pegar uma ou outra coisa, ou me animar pra fazer o final verdadeiro, daí lembro que preciso refazer partes inteiras que são UM SACO e que se perder o timing dependendo do que eu estiver tentando fazer até precisa de um hard reset.

Weeeh, não fiquei com vontade de pegar a DLC ou pegar todos os coletáveis. O Gameplay é legal, mas precisava de uma bela polida porque ele quebra muito fácil. Várias vezes você tá fazendo acobracia e acaba atravessando parede ou subindo onde não deveria, ou então ele simplesmente decide como vai ser a hitbox de determinado inimigo. Enquanto o chefe final é bem tranquilo, a porra da Hel tem um timing tão específico pra deferir os golpes que chega a ser canalhice. Fora que a trama tem um conceito visual legal, mas sinceramente ela só demonstra algo possivelmente novo no final - e talvez por isso tenha a sequência - pois todo o resto bate em teclas que já vimos bastante em Cyberpunk, ao ponto em que a reviravolta é dolorsamente óbvia. Apesar disso, eu me diverti, talvez retorne a ele quando tiver mais paciência e tempo, mas por enquanto vou finalizar como está e partir para outro jogo.

Depois de 50 horas de gameplay, enfim terminei a história principal, sidequests e DLCs. O que posso dizer? Obsidian e RPG são duas coisas que deixo correr no meu sangue à vontade. E esse jogo me entregou exatamente o que eu esperava. O maior problema dele é ter uns erros que o tornam um pouco menos que perfeito. Problemas esses como pouca variedade de como lidar com inimigos agressivos (ele é bem mais focado em combate do que algo como New Vegas), cenários que em si tem aquele "muito grande e bonito, porém pouco substancial" e uma trama que demora a engatar. A introdução do jogo é legal, mas logo dá uma desacelerada que pode tirar o incentivo de alguns de continuar, mas o slow burn eventualmente fica MUITO bom. Lidar com facções, ideologias diferentes e uma trama interessante me atraíram BEM mais do que o lado humorístico do jogo. Pode ser puramente questão de gosto, mas quando eu realmente me vi entretido pela trama e compreendi as mecânicas do jogo, eu me vi voltando nele mais vezes do que antes, e terminei as DLCs com um vigor renovado. E além do mais, as duas DLCs desse jogo são bem diferentes do que se espera, no sentido de que são praticamente expansões de tão longas. Ver planetas, itens e centenas de personagens e coisas novas que são diretamente conectadas à história principal é bem recompensador. Dito isso, também fica um pouco picareta quando você se dá conta que se fosse a edição comum você perderia uma tonelada de catarse narrativa e lore interessante. Não que a história principal ficaria insuficiente por si só, mas que ela fica bem mais rica com esse conteúdo, isso eu posso atestar. Ademais, esses erros e problemas eu imagino que podem - e quero que façam isso - melhorar na sequência. Temos aqui um bom começo com uma base bem sólida que é anos-luz superior a muito triple A moderno. Não esperava menos da Obsidian.

Eu sou puta de Resident Evil 4.

E este jogo é basicamente um RE4 em primeira pessoa com uma história nova.

...sou vendido fácil.

Falando sério, depois de uma gameplay tensa e com balas contadas, é estranho perceber que isso segue neste jogo, porém de uma maneira -arcade- se é que isso faz sentido. Numa primeira gameplay você ainda vai precisar saber se preparar e se cuidar, mas o jogo te incentiva e iniciar um novo file logo em seguida, fora que várias mecânicas são propositalmente visadas para facilitar o gameplay num todo. E aí me caiu a ficha de como ele funciona: o desconhecido te faz ligar o modo sobrevivência na primeira playthrough, mas na segunda ele já quer que você venha encarnando o Ethan como um digno protagonista de Resident Evil. Ele tem todo o lado humano conectado à história, mas como o próprio Chris diz a ele, o próprio aprendeu o suficiente para explodir as merdas por conta própria.

Longe de mim dizer que é perfeito, a história em si tem vários problemas e tem um monte de coisinhas que deixarma um gosto amargo, mas as escolhas de design me cativaram de um jeito. Inimigos com uma variação bem mais interessante do que o jogo anterior, cenários DESLUMBRANTES (sério, as CORES desse jogo são o que dão o ar bonito dos gráficos, dá pra entender por que o primeiro nome nos créditos é do diretor de arte) e uma ideia de campanha no que chamo de "mapa aberto fechado", bem estilo o que temos em jogos como o Tomb Raider de 2013.

Eu gostei muito... Mas sei que sou vendido, então levem minha opinião com uma dose de ceticismo.

Retorno solido à forma para a franquia, variação de inimigos fora os bosses é risível.

Rejoguei de novo esses dias. Segue sendo um dos meus jogos favoritos de PS1 só pelo fator diversão.

Propositadamente frustrante e eu adoro ele por isso.

Super divertido de jogar e fazer 100%. Desafio moderado e é bem satisfatório de completar os "enigmas" apresentados. Recomendo com desconto só pela duração mesmo. Tudo bem que ser curto também ajuda a não enjoar, mas eu fiz tudo nele só jogando bem casualmente, então é algo mais pra relaxar e te deixar estripar pessoas vivas mesmo.

...em caso de investigação policial...

FAITH é uma das melhores obras e um dos melhores jogos de terror que tive o prazer de conhecer nos últimos tempos. Personagens simples, funcionais e ao mesmo tempo complexos e profundos, estilo super marcante com uma trama igualmente macabra e única, com um sistema intuitivo de finais e também com mecânicas simples que são super bem executadas na narrativa proposta.

Não sei o motivo de ter demorado tanto a pegar do início até o fim. O jogo é super legal e tem várias mecânicas bem trabalhadas considerando que ele é "limitado" pelo 2-D. Demonstra que dá pra fazer um stealth de qualidade com o famoso "menos é mais". Eu só realmente achei a conclusão da história muito previsível dado o contexto geral.

Uma pena não ter vingado, pois tinha potencial para ser bem melhor numa sequência bem trabalhada, diferente da que temos.