86 Reviews liked by MongeAvgvstvs


Divertido e Problematico são as melhores palavras q resume esse jogo
Eu no lancamento desse jogo fiquei indignado com quão mal a Gamefreak lancou esse jogo naquele estado e acabei pegando raiva desse jogo mas umas semanas atras resolvi dar uma chance e acabou se tornando um dos pokemons mais divertidos q joguei a muito tempo
Tirando os aspectos tecnicos ridículos e mal feitos a Gamefreak deu indícios de grande melhora no mundo aberto, deixou vc com total "liberdade" pra jogar da ordem e forma q quiser, a historia e personagens são bem bons
Dito isso tem a pior leva de lendários da franquia toda, não curti nenhum dos apresentados e falta uma coisinha q a Gamefreak sempre esquece, Dublagem, de resto é um jogo muito divertido.

NOTA: 8,0

Não é como eu costumo começar minhas reviews, mas como que a SEGA lança um game tão divertido e criativo como Sonic Mania Plus em 2018 e no fim de 2023 lança aquela bomba sem alma que foi Sonic Superstars?

Sonic Mania Plus é muito bom! A ideia de juntar trechos de fases já conhecidas dos títulos de Megadrive e Sonic CD funcionou bem, mantendo os visuais pixelados, trilha sonora e até mesmo resgatando os minigames do sonic 3 e do sonic CD. Além disso, desenvolve novas boss fights e fases tendo ideias bem legais como a troca de lugares na luta contra o Eggman em Hydro City por exemplo, onde nós controlamos a máquina aquática dele, com objetivo de acertá-lo e não o contrário.

O game conta com outros personagens além de Sonic, Tails e Knuckles para a jogatina, como Mighty e Ray, tendo um modo bem divertido que é o Encore, onde em lugar das vidas, os personagens coletaveis assumem esse papel enquanto o player alterna entre todos eles durante a experiência no modo.

Uma pena que o modo que eu citei acima só se libera próximo do fim do game, mesmo com a aventura sendo curta, poderia já ter disponível e explicado como funciona. Já que o modo original dele não é possível alternar os personagens escolhidos no início.

Por fim, o minigame resgatado do Sonic 3 das esferas azuis não oferece nenhuma recompensa relevante e os stages de esmeralda são bem escondidos, o que da para entender, porém acho que ao zerar o modo orginal, poderia ser desbloqueado apenas as fases delas para tentar conseguir todas.

Para fãs de Sonic, recomendo muito! Provavelmente um dos melhores games de Sonic lançado nos últimos anos, que entrega nostalgia, criatividade e uma pitada de desafio (ou eu que sou ruim mesmo) Jogo top!

Um Soulslike 2D bem competente, com um bom combate e exploração. Com uma direção de arte muito bonita, toda feita a mão e uma trilha sonara simples mas que cumpre o seu papel. Só não espere muita complexidade ao longo do jogo.

Veredito: Mais um coletaton delícia.

A Hat in Time é mais um daqueles jogos super maneiros que não são MEU DEUS DO CÉU QUE PUTA OBRA FODONA, VENHA COMER MEU CU mas tudo bem, não precisa ser. Ele é só um jogo bastante delicinha e feito com muito carinho. E isso basta.

É bem óbvia a inspiração nos coletatons do N64, Cube, PS1 e PS2: um plataforma de explorar a fase e caçar colecionáveis. Os mundos são coloridos, a exploração é recompensadora, as habilidades fluem bem e são bem utilizadas nas fases e nas missões (muito gostoso correr na parede e mergulhar no meio do pulo), e os personagens são bastante caricatos, hilários e expressivos. Não é perfeito, mas de novo: tudo bem, não precisa ser.

Já vi gente reclamando da curta duração. Pra mim ele tem o tempo exato que é pra ter: o tempo de explorar todas as mecânicas e ser gostoso do começo ao fim. Ele poderia ser maior? Poderia. Mas se for pra esticar artificialmente um jogo, com gordura mal feita só pra dizer que é longo... Deixa o jogo ser curto mesmo. Fica mais rejogável assim.

Aliás, parabéns pra Gears for Breakfast pelo EXCELENTE suporte a mods. Nada de ficar instalando eles no braço lá da oficina da Steam, ou pior: baixando de um Nexus da vida e procurando online guias complicados de instalação. Você entra na sala do hub dedicada a isso, fala com o personagem de lá e pronto: é só escolher o mod que você quer jogar.

Dito e feito: depois de zerar, perdi várias horas me divertindo com o que a comunidade já criou. Joguei dois time rifts, uma fase super caprichadíssima baseada em Celeste, e um projeto ambicioso que por enquanto só tem a 1ª fase com uma área secreta. E isso não foi praticamente nada, é só a ponta do iceberg, se eu quisesse tava jogando mod até agora e ainda por muitos dias a fio.

E pessoal ainda vem reclamar que o jogo devia ter mais conteúdo?

Esse jogo mora no meu coração!
Klonoa: Door to Phantomile é, de longe, um dos melhores jogos de plataforma que eu já joguei até hoje. Eu nunca me canso de rejogar ele.

A frase de ouro que melhor define Klonoa é: "Complexidade na Simplicidade".

É uma gameplay simples, montada sob uma mecânica de ataque criativa e igualmente simples - porém o jogo sabe muito bem como trabalhar essa simplicidade toda pra montar situações cada vez mais dinâmicas e mais desafiadoras.

A parte artística do jogo não fica pra trás. Ou, melhor dizendo, é ela que alavanca enormemente a beleza e emoção que esse jogo trás. As fases possuem cenários lindamente trabalhados e vívidos. A história, mesmo que simples, consegue ser fortemente sentimental. Os personagens e monstros possuem designs simpáticos e marcantes. Tudo, tudo nesse jogo consegue ter uma personalidade própria e ser memorável.
E é claro, a Soundtrack do jogo, que está entre as melhores que já ouvi. O trabalho sonoro magistral das músicas de Klonoa consegue alcançar o fundo da alma de qualquer um. Cada música consegue intensificar a atmosfera e emoção das fases de maneiras indescritíveis.

Não, sério, se você gosta de plataforma, jogue Klonoa: Door to Phantomile. Pode ser qualquer versão: a de PS1, a de Wii, ou a Phantasy Reverie. Todas possuem suas diferenças, mas, em geral, todas são ótimas (eu, particularmente, prefiro a de PS1 por ser a primeira versão que joguei, assim como a que mais me marcou).
Apenas vá lá em jogue! Se submerja na magia de sonhos de Phantomile e veja o quão bom esse jogo consegue ser!

NOTA: 8,5

Prince of Persia The Lost Crown é um excelente metroidvania, com uma jogabilidade de ótimo ritmo e bons visuais, o jogo oferece um combate bem interessante a base de combos e os especiais de athra, além de confrontos de qualidade contra chefes, tendo ótimas cenas de ação. Como as de utilizar parry quando um inimigo ou chefe ataca com seu especial.

O progresso do game conta com skills não tão convencionais para o gênero no seu início e me surpreendeu bastante ao progredir e explorar o quão bem o jogo utiliza elas, tanto para puzzles quanto para encontrar segredos e tesouros. Ao introduzir o double jump já na metade para o fim, os trechos de plataforma se tornam desafiadores, assim como a dificuldade difícil também tornou alguns confrontos mais marcantes.

Sua história é bem cativante também ao envolver uma certa distorção do espaço-tempo no Monte Qaf e tem uma revelação bem interessante próximo do fim que até sugere que o final do game não concluiu 100% dela.

Sobre as críticas, o game tem uma quantidade exagerada de árvores que servem como checkpoints e muito próximas umas das outras, tem muitos itens colecionáveis que poderiam ser substituídos por itens que influenciassem na gameplay e muito do contexto do jogo é escondido ou descrito em caixas de texto que poderiam ser mais cativantes se fossem cutscenes, algo que o jogo não tem muito de fato.

Sobre os inimigos e os mapas em geral, a variedade do primeiro é baixa principalmente por mapa e eles também não tem tanta vida, mesmo próximo do fim. Já o segundo conta com alguns trechos lockados aonde waves de inimigos surgem porém elas são muito curtas e mau aparecem. Além de alguns trechos desnecessários aonde não se tem nem inimigos e nem obstáculos.

Por fim, adquirindo o game pela Epic, tive algumas dores de cabeça com o salvamento em nuvem não funcionar e ter que reiniciar o pc para que meu save aparecesse, entrei em choque primeiro e depois me acostumei.

Visitei pela primeira vez a franquia e curti muito o jogo, já tendo jogado ótimos metroidvanias esse ano, claramente esse Prince of Persia é mais um fora de série, agora espero por uma DLC ou quem sabe uma continuação mesmo para a conclusão da história que de fato ficou meio que em aberto, recomendo demais! Um acerto da Ubisoft depois de alguns tiros no escuro.

Hate to say this one simply does not hold up - and not even the metal in the soundtrack. The platforming is still there but it's so muddied by everything else. A move to a combat focus to the point of it infecting drawn-out boss fights and repetitive enemy encounters. Tons of backtracking furthered by a poor map and worse signposting. Lame sense of "edginess' (i.e. swearing and blood) and a childish view of women. Surprisingly buggy. Muddy color palette - I get what they were going for with the past/present palettes and the moodiness, but it does not work as anything other than being visually confusing.

Could have been an interesting follow-up to Sands of Time. It's meant to explore the Prince's regret over losing the woman he loved due to retracting the sands at the end of the last game and his subsequent descent down violence and depression in his attempt in undoing everything. There's a great game buried under here but it's frankly not successful at all and that's a shame.

É um pouco chocante pra mim abrir essa página do backloggd e ler algumas coisas sobre Dragon's Dogma. É muito colocar-a-mão-no-queixo-e-fechar-os-olhos-em-desaprovação da minha parte, mas vocês precisam entender: eu amo esse jogo como um filho.

Quando se fala de Dragon's Dogma, é comum que se fale com asteriscos, poréns e ressalvas. É comum que se comente a ambição que o jogo tinha em contraste com o que ele foi. Eu consigo entender esse receio, consigo ver razão nas palavras, mas cada vez mais me encontro pensando em como todas essas coisas parecem trabalhar para engrandecer a obra final.

É absolutamente maravilhoso que o jogo não te conte sobre todos os sistemas que acontecem por detrás dos panos. Tem amor por trás dessa decisão. O resultado pode até surpreender, mas é inegavelmente resultado das suas ações.

Você tomou cuidado ao redor desse NPC? Você se dedicou a resolver os problemas particulares dessa pessoa? Um dragão ameaçava a existência da vida no ducado e você ainda tirou tempo pra resgatar essa vendedora trambiqueira e levá-la em segurança até um lugar seguro. Você não sacou seu arco ao redor dela para que ela não se sentisse intimidada ou ameaçada. Cuidado e dedicação é uma forma de demonstrar amor. Seu beloved foi o Feste? Bom... você certamente se dedicou de alguma forma pra isso. Colha sua recompensa, aproveite a cena, amar é bom demais.

Você comprou a casa de um capitalista infeliz em prol de deixar que a família que morava lá de aluguel continuasse a morar? Perfeito. Tenho certeza que foi a melhor decisão. No fim, acidentes acontecem, ninguém pode prever terremotos. Não é culpa sua.

Gransys é toda polvilhada de momentos assim. Suas ações tem repercussões óbvias, imediatas, e consequências mais difíceis de prever, tal como a vida. Raramente as suas decisões não são pintadas em tons de cinza, raramente os desfechos são completamente justos.

E é nessas arestas ásperas, nesses momentos onde algo foi esquecido e deixado pra trás em definitivo, nessa tradução entre o que o jogo tinha ambição de ser e no que ele foi de fato, é que se encontra a joia bruta que é Dragon's Dogma. Suas imperfeições trabalham ativamente para tornar esse jogo ainda mais interessante de se desbravar, se descobrir e se compreender. E na dedicação de lapidar a sua história em Gransys, Dragon's Dogma brilha ainda mais. Não como um mero adorno, feito por outro para quem quiser usar. Mas como o seu trabalho, impresso nesse mundo. Único.

NOTA: 8,75

ABSOLUTE CINEMA! Em termos de narrativa, Red Dead Redemption 2 oferece uma experiência única e que será para sempre memorável para mim. O enredo protagonizado inicialmente por Arthur Morgan oferece de tudo: Ação, suspense, estratégia e planejamento além de drama e no fim aquela carga emocional (principalmente na cena da conversa com a freira) e apesar do final triste já temido pelos players, o fim do Epilogo da pelo menos aquela sensação de que tudo acabou bem.

Além de toda a história digna de cinema e a atuação digna de oscar de Arthur, os elementos gráficos e de ambientação desse jogo e a trilha sonora são impecáveis, a Rockstar faz questão de detalhar tudo, não só visualmente como também em mecânicas como limpeza de armas, a física que se comporta de maneira muito realista, a mudança de aparência dos personagens, além das diferentes Interações com os npcs e os membros da gangue dependendo da situação.

Em contrapartida, a experiência de Rd2 no quesito de jogabilidade é limitada, ela sem dúvidas é melhor que a de GTA V mas ainda é bem imprecisa, fora que o ritmo dela e da história é bem lento devido às transições das missões tornando o game praticamente um simulador de cavalgar pelo mapa, mesmo tendo fast travel nas acomodações durante a campanha.

O combate é o que deveria ser, em primeira pessoa eu curti bastante os trechos de tiroteio e dependendo das situações em que os personagens estavam de fato algumas missões eram complicadas, porém os eventos secundários do jogo não me intrigaram por dois motivos: A imersão na história (seja no começo onde ela demora para se desenvolver ou no fim aonde já se espera o pior mas o suspense ainda toma conta) e pelo fato deles não serem nada engajantes. Eu diria que até mesmo durante as missões principais o jogo poderia ter mais eventos distintos no progresso, como mais missões de disfarçe, planejamento de roubo ou eventos como partidas de poker e etc, faltou criatividade para a gameplay em geral.

Foi por esse motivo acima que eu acabei gostando mais da jogabilidade no epilogo onde sem dúvidas é mais objetivo (em excessão das missões de tarefas do John desnecessárias) e também pelas missões serem em sua maioria mais próximas.

Por fim, enfrentei algumas crashadas no Rog Ally e eu diria que talvez fosse melhor a gangue ter menos membros para de repente focar mais nos personagens mais relevantes para o enredo, até para ser possível conhecer mais sobre a backstory deles, criando mais missões exclusivas desses membros em vez de Interações sem objetivo pelo mapa.

Em resumo, não preciso nem me forçar a querer jogar o primeiro game depois de tudo que aconteceu nesse, vários dos temas abordados nesse jogo são coisas para levar para a vida, o significado de redenção é muito forte e levanta vários questionamentos do que é certo ou errado, muito além de video game, eu recomendo esse jogo como uma experiência para a vida, apenas joguem, infelizmente o game é longo e não precisava ser, mas é apenas uma barreira, que no fim ao ser ultrapassada, premia o player e mostra o quão bom é gostar de jogos desse tipo também. THIS IS CINEMA, meus amigos.

Aventurinha bastante linear, nenhum desafio de plataforma ou puzzle que te empacam, bem bonito e polido.

Bem curtinho, sabe a hora de acabar antes que fique enjoativo.

Um ótimo remake do primeiro Metroid!
Zero Mission tem uma gameplay expandida em relação ao primeiro jogo, com várias novas áreas e conteúdos novos - e ainda assim é um dos Metroids mais rápidos de terminar.

A gameplay do Zero Mission é concisa, estável e agradavelmente equilibrada em suas mecânicas básicas, sendo uma experiência muito prazerosa de jogar. O mapa, mesmo que buscando ter uma construção geral mais simples que o do Super e do Fusion, ainda é riquíssimo e - como é comum na série - possui uma atmosfera fenomenal!

É uma gameplay obrigatória para todo fã de Metroid - além de uma forte recomendação para todos que gostam de plataforma e exploração.

Uma das maiores injustiças do mundo foi Metroid Prime não ter inspirado jogos da mesma forma que Super Metroid inspirou.

Super Metroid não criou o estilo de progressão que hoje chamados de Metroidvania, mas trabalhou ele de uma maneira fenomenal que mostrou a todos do quê esse estilo realmente é capaz - e o quão divertido ele consegue ser.
Metroid Prime fez exatamente a mesma coisa: pegou aquele estilo de progressão já conhecido da série (e que, nesse momento, já havia sido utilizado em outras séries e jogos) e trabalhou ele como sendo um jogo FPS. Lendo assim, pode não parecer grande coisa, mas a forma que o gênero Metroidvania foi adaptado para 3D em primeira pessoa no Metroid Prime foi PERFEITO!!! E dizer isso não é exagero! Parece que você tá jogando um Metroid 2D só que em um universo 3D primeira pessoa. É EXATAMENTE O MESMO JOGO, SÓ QUE EM UM FPS - O QUE É ASSUSTADORAMENTE DESCONCERTANTE, PORQUE É UMA MUDANÇA RADICAL DEMAIS E MESMO ASSIM CONSEGUIRAM ADAPTAR DE UMA MANEIRA PERFEITA DEMAIS!

E é aí que entra a parte que me entristece MUITO:
Enquanto Super Metroid se tornou uma base do gênero Metroidvania e é usado até hoje para moldar inúmeros títulos, Metroid Prime, que foi um trabalho tão revolucionário no gênero quanto foi o Super, manteve seu estilo isolado à apenas a série Metroid Prime.
Sim, é óbvio que montar um metroidvania 3D dá muuuuito mais trabalho do que um 2D (que já é bem complicado de fazer), mas não é estranho que não tenha absolutamente NENHUM outro jogo até hoje que tentou fazer o que o Metroid Prime fez? Pelo menos eu, quando pesquisei, não achei nenhum. E ISSO ME DEIXA DE CARA!!! COMO É POSSÍVEL QUE NINGUÉM TENHA TENTADO COPIAR A RECEITA DE UM JOGO TÃO BOM??? AINDA MAIS UM JOGO QUE SOUBE DEIXAR ESSA RECEITA TÃO EVIDENTE E BEM DETALHADA NA GAMEPLAY!

Parando para pensar agora, as séries Metroid e The Legend of Zelda tem muita coisa em comum, e essa é mais uma delas: Ter tido um jogo 2D que retrabalhou magnificamente um estilo e se tornou modelo para inúmeros jogos (Super Metroid e A Link to the Past) e depois ter se adaptado fantasticamente bem ao universo 3D (Metroid Prime e Ocarina of Time) mas não ter nenhum ou quase nenhum jogo feito com base nesse título 3D...

...Mas é.
Meio que eu acabei usando essa análise mais pra desabafar a minha indignação... Porém realço que toda essa minha pagação de pau com o Metroid Prime não é sem motivo: esse jogo é uma obra-prima!

Caso você queira jogar, eu recomendo usar o PrimeHack, que é um mod feito no emulador Dolphin pra jogar Metroid Prime Trilogy com mouse e teclado - e, acreditem, É MUITO BOM E FUNCIONA QUE É UMA BELEZA!

E antes de finalizar, se vocês souberem de jogos que sejam similares a vibe do Metroid Prime ou Ocarina of Time, POR FAVOR ME DIGAM!
Eu amo MUITO esses jogos véi! Então qualquer coisinha que se pareça com eles eu to aceitando!

O que tem de bonito e bem ambientado tem que ruim no resto, combate chato e raso e historia fraca e desinteressante

This review contains spoilers

The Forgotten City tem uma premissa bem interessante. Você acaba viajando para o passado, para uma cidade da Roma antiga. A cidade é isolada de tudo e é impossível sair. Além disso, existe apenas uma lei nessa cidade: a lei dourada. Essa lei diz que todos devem pagar pelo pecado de um. Em resumo, caso uma pessoa cometa um pecado, a cidade inteira será punida. No entanto, esse também é um jogo de loop temporal. Toda vez que alguém quebra a lei dourada você volta pro início do dia e recomeça sua jornada. O seu objetivo é descobrir qual dos habitantes da cidade é o responsável por quebrar a lei dourada, pelo menos inicialmente.

Estruturalmente The Forgotten City é um jogo bem interessante. Suas ações, em geral, se resumem a explorar e conversar com os NPCs. Existe combate, mas é em momentos muito específicos e pode ser facilmente evitado, sendo 100% opcional. E o ato de explorar a cidade e conhecer os personagens, suas histórias e seus costumes é interessante.

O meu problema com esse jogo é justamente a escrita dele. Ela varia entre ruim e ok. Na maioria do tempo ela é só ok, mas especialmente quando o jogo tenta tocar em assuntos delicados como suicídio, ele se perde um pouco.

Vou precisar dar spoilers leves para exemplificar o meu ponto, não vou revelar nada da trama principal mas vou falar de um ponto central de uma side-quest bem importate.

Existe um ponto da história em que você presencia o suicídio de um personagem. Antes dele pular de um lugar alto você tem a opção de conversar com ele e tentar impedi-lo de pular. Todas as opções de diálogo se resumem a motivação genérica e discurso de coach e, obviamente não funciona e ele acaba pulando de qualquer jeito.

Surpreendentemente, o suicídio do personagem não quebra a lei dourada, implicando que para o suposto deus que estabeleceu essa lei, suicídio não é um pecado. Existe um diálogo com uma personagem cristã, que nesse momento percebe que talvez seu deus seja falso.

Após isso, surge um novo objetivo: impedir aquele personagem de cometer suicídio. Para isso é necessário descobrir o motivo pelo qual ele se matou e de alguma forma resolver seu problema. Você então descobre que ele é um escravo de um governante por conta de uma dívida. Portanto, caso a dívida seja quitada de alguma forma, o problema do personagem estará resolvido.

Ok, válido. Mas a forma como o diálogo se desenrola quando você o impede de pular é estranhamente abrupta e sem peso. Você chega lá, fala "não precisa se matar, já resolvi seus problemas" e ele sai correndo feliz como se nada tivesse acontecido. É muito estranho como ele simplesmente se recupera imediatamente e o fato dele ter quase se matado não tem absolutamente mais nenhum impacto no personagem, não é mais nem uma questão a ser trabalhada, é simplesmente um problema que foi tranquilamente resolvido imediatamente.

Esse é apenas um dos exemplos de como em vários momentos a escrita desse jogo é simplesmente rasa.

Pode-se argumentar que isso é apenas uma side-quest e que é normal que em jogos a escrita de side-quests seja mais abaixo da média. Porém, em The Forgotten City as missões secundárias são boa parte do conteúdo, e muitas vezes tem ligação direta com a narrativa principal. Essa missão em questão, por exemplo, é um pré-requisito para fazer o final real.

De qualquer forma, a escrita da história principal realmente é um pouco melhor e no geral ela tem seus momentos, mas ainda não é nada surpreendente, não. Eu diria que a melhor parte do jogo são os relances de uma discussão sobre crença e religião. Tem vários momentos em que ele levanta questões sobre moral, ética, o que seria considerado um pecado.

Sim, matar é um pecado. Mas não existem situações em que matar é justificado? Quais são as nuances do que é considerado pecado ou crime? O jogo levanta essas discussões em vários momentos e de fato faz reflexões interessantes sobre o assunto.

No entanto, me incomoda um pouco que eu sinto que The Forgotten City não exatamente tem algo a dizer sobre essas coisas. Ele joga vários pontos de vista e várias possibilidades mas em nenhum momento chega em uma conclusão sobre qualquer uma das discussões. Sinto que não existe uma coesão, que o jogo em si não quer dizer algo sobre os temas sendo abordados.

Em resumo, The Forgotten City é forma sobre conteúdo. É um jogo que tem uma ideia muito única, uma estrutura muito interessante e engajante, mas quando chega na hora de realmente dizer algo, na hora de realmente te contar uma história, você percebe que não tem muita coisa ali. É uma história sem muita profundidade contada de um jeito que a torna minimamente interessante.

Ainda recomendo se você gosta de jogos de mistério, que envolvem investigar e descobrir coisas. Não é um jogo ruim, no geral a experiência ainda é positiva. Só fica com um gostinho de potencial desperdiçado por uma ideia tão boa ter uma escrita tão medíocre.

Tunic

2022

CARA! QUE OBRA DE ARTE GENIAL ESSE JOGO É!!!

Tunic conseguiu construir uma forma única de progressão de jogo, misturando aspectos de descoberta e aprendizagem de gameplay de diferentes eras, que deu MUITO CERTO. Isso sem falar de toda a parte artística do jogo. Tudo é perfeito: a ambientação, o clima enigmático, os visuais, os designs, as artes e, em especial, a soundtrack. Cara, as músicas desse jogo são belíssimas!

No entanto, é necessário dizer que Tunic não é um jogo para qualquer um. Ele é um SoulsLite cujo nível de exploração e dificuldade (principalmente da metade do jogo para frente) estão bem além de um nível casual. Então, se for jogar, já se prepare para vasculhar cada cantinho dos mapas e lidar com algumas batalhas bem complicadas.

Mas, ainda assim, eu recomendo fortemente dar uma chance ao Tunic (e insistir nele, mesmo que pareça complicado) porque, pra mim, ele foi de longe uma das melhores experiência de jogo que eu já tive!