Bom metroidvania com design de arte lindíssimo. Às vezes o gameplay é desengonçado e o jogo fica visualmente poluído, e houve momentos em que a jogabilidade me fez querer arrancar um dedo fora com os dentes, mas tudo bem, nada grave. A música não me agradou muito, mas também não ofende. Na verdade, me deu sono.

Quanto à história, não consegui me importar com nada do que acontecia. Só lembro de uma coruja cabulosa que às vezes aparecia pra tocar o zaralho e a voz irritante da bolinha de fogo que acompanha o personagem.

A exploração do mapa, juntamente com as habilidades que o jogador adquire, fazem uma ótima combinação. Realmente, metroidvania é igual pizza: mesmo quando não é muito bom, ainda é bom de alguma forma. Não é perfeito, e tudo bem, nem tudo é (exceto Hollow Knight, que é perfeito).

Esse jogo inicialmente era para se chamar Sonic the Portable, um novo jogo de Sonic exclusivo para celulares com a proposta de trazer o gameplay 2D de volta. Por exigência da Sega, acabou virando a bizarrice que foi lançada. É um jogo bem medíocre em termos de gameplay, gráfico e trilha sonora, e sem originalidade, já que todas as fases são reciclagens dos conceitos da trilogia original de Mega Drive. Apesar da crítica, ele é um jogo... funcional. Não provoca dor de cabeça, náusea ou uma vontade incontrolável de arremessar seu computador ou videogame pela janela, o que já é melhor do que muita coisa por aí, inclusive outros jogos de Sonic. Vale a pena ser jogado pela curiosidade mórbida ou para quem é fã de Sonic. Apesar de a física ser terrível e o Sonic parecer que está usando calças jeans molhadas e andar igual ao Simon Belmont do Super Castlevania IV, é relativamente ok. Eu tenho um apego especial a esse jogo, pois joguei numa época em que estava me reconectando com a franquia e com jogos em geral.

É o primeiro jogo de videogame que joguei na vida. Joguei mais vezes do que consigo lembrar e possivelmente sou capaz de jogar as primeiras fases de olhos fechados.

Claramente houve uma melhoria em comparação ao episódio I, já que a jogabilidade, os gráficos, músicas e conceito das fases são "novos" e melhores. Mesmo assim, não merece ser chamado de Sonic 4. É um pouco menos medíocre do que o primeiro episódio.

This review contains spoilers

Bolinha rosa fofinha enfrentando a industrialização desenfreada e corporações tecnológicas agressivas, utilizando como arma somente sua fofura e um mecha, culminando numa batalha contra um planeta senciente possuído por uma IA assassina com poderes cósmicos. 10/10.

Ótimo jogo, claramente uma evolução do DQI e II em muitos aspectos. Sendo essa trilogia o meu primeiro contato com Dragon Quest, o III parece estabelecer a base definitiva do que são os jogos seguintes, e por este motivo fico animado para jogar os próximos da série.

Porém, eu achei desnecessariamente longo, especialmente considerando que ele ainda possui muitas burocracias e decisões de design questionáveis de JRPGs clássicos, como a necessidade de grind e alguns elementos narrativos que deixam o jogo artificialmente inchado.

Consegui jogar maior parte do jogo sem guia, e foi muito interessante conversar com os NPCs, explorar e descobrir sozinho as coisas. Mas chegou uma hora que encheu a porra do saco ter que conversar com um NPC numa ponta do mapa pra pegar um item do outro lado do mundo pra ser entregue pra outro NPC na puta que o pariu pra ganhar outro item só pra entregar pra outro filho da puta na casa do caralho, tudo isso pra abrir uma porta. Chegou num ponto em que estava usando guias, e mesmo assim passou a ser um estorvo.

Dragon Quest 2 deve ter no mínimo o triplo do tamanho do primeiro jogo em termos de mapa e coisas para se fazer. Tem também o triplo da burocracia, muitas coisinhas chatas típicas de JRPG antigo, mas dá pra tolerar graças às melhorias de qualidade de vida do remake. O original é infame por ter uma curva de dificuldade desonesta perto do final do jogo, e dá pra perceber. Mesmo no remake, o trecho final do jogo é de rasgar o cu. Recomendo jogar usando guias, o que - adivinhe - é quase tão enlouquecedor quanto o jogo em si, já que houve diversas traduções diferentes para os diferentes lançamentos, então provavelmente você vai se deparar com vários nomes para o mesmo item ou inimigo e ficar confuso igual eu fiquei.

Titanfall 2 desperdiça boas ideias, boas mecânicas e uma boa ambientação sci-fi num joguinho de milico meia bomba. A jogabilidade e a história se perdem em meio ao monte de lenga lenga desses joguinhos lambe-bota de militar da escola Call of Duty. Não existe desenvolvimento de personagem, tem uma narrativa de centavos, não tem uma música que preste, os elementos da história são vomitados sem qualquer elaboração minimamente aprofundada e a única coisa que você escuta o tempo todo nos diálogos é "HURR DURR TEMOS QUE DERROTAR O [insira aqui nome genérico de grupo paramilitar]!!!" ou "ESTAMOS SOB ATAQUE!!!", numa campanha curta que parece ter como único objetivo preparar o jogador pro multiplayer. É uma pena, porque tinha potencial de ser um dos melhores shooters dessa geração.

Eu tenho certeza que é um jogo ótimo e emocionante, mas é o tipo de jogo em que a pessoa precisa estar descansada, com paciência e com tempo livre para aproveitar bem, porque durante boa parte dele acontecem vários nadas. Não recomendo jogar no transporte público voltando pra casa depois de um dia cansativo de trabalho.

É um típico jogo gratuito de celular em que você joga uma fase por 1 minuto e depois é forçado passar outros 5 minutos gastando seus dinheirinhos pra fazer um gerenciamento de base e upgrades totalmente desinteressantes. Tem vários tipos de moedas, uma UI poluída e confusa, várias porcariazinhas irrelevantes pra desbloquear. Sem diversão e sem alma. Não é nem um bom jogo de Sonic, e olha que a barra não é alta. Não vejo lógica num negócio desses estar numa assinatura paga da Netflix.

Super Mario Bros. Wonder é uma evolução necessária em relação à série New Super Mario Bros., que ficou meio cansada ainda no segundo jogo e parecia somente uma cópia desbotada de si mesmo. Em diferentes momentos, o Mario Wonder reitera elementos de toda a história de Mario, mas sem parecer uma reciclagem barata dos jogos antigos.

As novas mecânicas introduzidas trazem bastante variedade; o gameplay é refinadíssimo e praticamente perfeito; a florzinha de LSD é foda e subverte as mecânicas de cada fase; tem muitos inimigos novos e os inimigos clássicos têm MUITO mais carisma do que antes. A carinha do Goomba é impagável.

Esse jogo é um espetáculo de design de arte e animação: tudo muito colorido e fluido. Cada frame de movimento dos personagens é uma obra de arte.

Ele começa muito bom, com carisma e personalidade, porém meio tímido nesses aspectos, e vai ficando excelente à medida que progride, demonstrando mais personalidade ainda e se distanciando da série NSMB.


Achei maior parte do jogo fácil demais, e só começa a ficar mais desafiador nos últimos mundos. Porém, entendo que é destinado a um público muito amplo, incluindo muita gente inexperiente.

Achei a música em maior parte muito boa, porém não excepcional, com alguns destaques, e a trilha também parece que melhora à medida que o jogo avança. Penso que a OST poderia ser ainda melhor, principalmente considerando as pedradas que são as trilhas de Donkey Kong Tropical Freeze e jogos do Kirby, por exemplo.

Com exceção do boss final, que é excelente, todas as lutas contra os chefes são anticlimáticas e insossas, e não fazem jus ao jogo, que exala charme e criatividade. A Nintendo perdeu uma boa oportunidade de se inspirar em outros platformers da própria casa pra fazer boas boss fights.

Apesar das criticas, considero o melhor Mario 2D desde Super Mario World. É um jogo foda. Talvez o melhor Mario 2D de todos? Talvez.

É uma cópia insossa e sem personalidade de The Legend of Zelda em sua fórmula clássica. Definitivamente um dos jogos já feitos.

Longe de ser perfeito, mas é muito divertido. Ele tem uma vibe muito própria, típica da época, e que não se vê muito hoje em dia. A trilha sonora é foda. Tem 6 campanhas diferentes, uma para cada personagem, sendo que as campanhas da Amy Rose e Big the Cat são terríveis, mas valem a pena pelo final verdadeiro do jogo. Quanto à versão de PC, é altamente recomendável aplicar o mod Better SADX para jogar, que aplica as texturas e modelos originais do Dreamcast e corrige alguns bugs.

Edit março de 2024: esse jogo é tão merda que decidi abaixar a nota pra 1 estrela.

Duas estrelas pelo design de arte, porque o resto é uma merda. O combate chega a ser ofensivo de tão ruim.

2018

Só tô dando 5 estrelas porque não é possível dar 1000. Não bastasse o gameplay ser perfeito e o combate refinadíssimo, a direção de arte é absurdamente surreal e a história é emocionante.