Tive muita má vontade com MGS2 por conta do loop repetitivo da big shell, que é o grosso do jogo. Realmente acho essa área estranha e mal desenhada principalmente em contraste com a área anterior que é até mais curta (o navio). Além disso os MGS de ps2 exigem uma precisão no stealth que não é entregue pela jogabilidade truncada, o que te faz morrer várias vezes até decorar a posição de todos os inimigos, já que se esconder perfeitamente nem sempre é possível. O que salva de ser mais frustrante é o fato de que a morte nunca é muito punitiva.

Tirando jogar, que é um pouco sofrível, o inicio da trama desse jogo é mais timida que a do primeiro, mas vai ganhando uma escala meio absurda e cheia de plot twists do jeitinho que o Kojima gosta. No fim das contas as discussões levantadas pelo jogo no meio e mais pro final da história por meio desses plot twists são realmente fascinantes e fazem um uso ímpar do videogame como mídia de arte, não gosto do termo "envelheceu como vinho" ou "envelheceu bem", mesmo se as predições da história não tivessem se concretizado na realidade, tudo que esse jogo tenta dizer já seria interessante o suficiente, mas entendo que é um detalhe que não tem como ignorar, afinal esse joguinho de 2001 discute o interesse pelo controle das mídias, pós-verdade e noticias falsas, algoritmos em "redes sociais", senso de realidade, e até brinca um pouco com existencialismo. Apesar da minha má vontade e desdém inicial, se tornou um dos meus jogos favoritos e me faz pensar que o Kojima morreu e foi substituído.

This review contains spoilers

não joguei o original então não tenho grandes problemas quanto a decepção, meu maior problema aqui é que esse jogo é um meio termo entre o 2 e 4 e faz tudo de forma mediana. O Survival Horror é bem banalizado pela mobilidade da Jil e a abundancia de recursos, mas a ação é ok pela falta de profundidade do combate, que é quase que o mesmo do 2, tirando os zumbis que são bem menos interessantes de se enfrentar, boa parte dessa ação fica para as cutscenes e os trechos de gameplay scripitados, e mesmo assim nesses casos é meio frustrante como o nemesis realmente parece incompetente. Apesar disso, o jogo não é nem perto de ser ruim, eu gosto, de algum jeito ele me parece maior que a soma dessas partes, provavelmente porque a Jil é uma personagem bem cativante e o loop de Resident Evil sempre vai me divertir fazendo só o básico.

Esse me doeu muito dropar </3
Um joguinho de exploração e aventura com um level design muito inspirado por Zelda, mas cheio de identidade só pela gimmick do pincel que é muito bem implementada. A protagonista é a porra de uma loba que sequer fala ou tem feições humanoides, mas é incrivelmente carismática e ganha teu coração simplesmente interagindo com o mundo. O cachorro que mais passa vibe cachorro dos videogames, nem vou elaborar mais ou posso perder os dedos de tanto escrever.
Esse jogo é lindíssimo, faz um baita uso do cel shading na onda de wind waker, mas com uma pegada estética completamente diferente.
Por motivos de força maior perdi meu save depois de longas horas, teria de recomeçar tudo de novo, quem sabe um dia quando o tempo escasso permitir. Se não fosse isso, potencialmente seria um dos meus jogos favoritos. Jogue agora.

emo peak
eu gosto desse jogo muito mais doq ele merece