NieR: Automata é o videogame perfeito.

Esse comentário não surge como resultado apenas dos acertos infinitos ou das mínimas falhas do jogo, mas sim como reconhecimento do que foi alcançado em termos de execução e integração do jogador. Dentro do Zeitgeist da comunidade de jogos, é difícil encontrar algo semelhante a experiência que Automata oferece.

Charmoso, envolvente, profundo e dinâmico, Automata entrega uma história que não só é consciente de sua tragédia e cinismo, como também não falha em comunicar essa experiência de forma inovadora ao jogador. Seja através de seus menus, mudanças de gameplay, campanhas no mesmo salvamento ou pequenas interações inesperadas.

O mais surpreendente é perceber que o jogo não se prende exclusivamente a isso em momento algum. Automata não é um projeto que tenta se agarrar demais a somente um aspecto de sua construção, apresentando-se como uma experiência bastante completa, seja para os amantes de narrativa, worldbuilding, combate, ambientação ou até mesmo estética.

Como amante de jogos, a experiência de completar as campanhas principais de NieR: Automata, foi, no mínimo, enriquecedora. Mais uma vez fica explícito que, dentre todas as formas de arte, videogames carregam o maior potencial para uma futura imersão do consumidor com o produto que lhe é apresentado. E se o futuro da indústria é garantir uma experiência completa para seus compradores, esse jogo é a fundação de como se deve fazer isso corretamente.

10/10

Desde a minha infância, sempre fui apaixonado por Star Wars. Tive o privilégio de assistir a todos os filmes da Nova Trilogia durante suas estreias, acompanhei quase todas as obras oficiais disponíveis, li quadrinhos, joguei jogos antigos e até participei de RPGs de mesa ambientados no universo criado por George Lucas.

No entanto, as decisões mais recentes da Disney e da Lucasfilm haviam quase que afastado completamente meu amor pela franquia. Após assistir ao episódio IX nos cinemas, a sensação de vivenciar Star Wars tornou-se amarga, como se todo o carinho cultivado durante minha juventude tivesse sido envenenado por uma gestão incompetente e um planejamento decepcionante.

Entretanto, Fallen Order foi o responsável por reavivar essa paixão em mim. O jogo é divertido, repleto de aventuras e desafios na medida certa, apresentando um trabalho magnífico em atuação, dublagem, mecânicas de combate, trilha sonora, ambientação, entre outros aspectos que não caberia mencionar agora. Posso garantir que, ao lado de Clone Wars (o seriado), Fallen Order se tornou meu produto derivado favorito da saga. Acompanhar a jornada de Cal foi algo enriquecedor, fazendo-me reviver a empolgação de um adolescente a cada pequeno contato com a obra.

Se você é fã de Star Wars, não deixe de jogar Fallen Order. E se não é, certamente aprenderá a apreciar mais a franquia com esse jogo.

Melhor RPG digital que já joguei, sem muita elaboração.

Mais um dos grandes acertos da Atlus. Catherine é um jogo cativante, com diálogos encantadores, um elenco de personagens memorável e uma jogabilidade que consegue ser desafiadora dentro do bom senso.

Apesar de curta, a história não deixa pontas soltas e não tenta explorar aspectos que poderiam ser desinteressantes, como a origem dos demônios ou a mecânica dos sonhos. Para o jogador, esses são elementos de plano de fundo, e aprecio que a empresa tenha tratado esses elementos dessa maneira.

Um jogo que sabe exatamente qual mensagem transmitir, acho que esta seria a melhor frase para resumir Catherine. Uma experiência divertida, envolvente e que não tenta ser mais profunda do que precisa; certamente, um dos jogos mais elegantes que já tive a oportunidade de zerar.

Um dos melhores indies que já joguei

Divertido, apesar de ter abandonado as melhores características do Storm 2 & 3, odeio essa separação do modo história e do modo aventura, mas é a vida.

Combate continua bom, apesar de que o elenco de personagens sofre por ter 40 versões do mesmo personagem. A qualidade das batalhas da história principal varia muito, mas ainda dá pra passar o tempo.

Nota Final: 7/10, música, animações e direção salvam mt

Acabei dropando, infelizmente as mecânicas enjoam bem rápido e apesar do mundo ser cativante, a narrativa não prende muito. O sistema de diálogos e escolhas não compensa o fato de toda tomada de decisão ser completamente unidimensional e inconsequente na maioria das interações fundamentais.

Dropei o jogo depois de 20+ horas e não pretendo voltar por um tempo, ainda assim, foi divertido e me rendeu boas ideias. Se fosse pra dar uma nota "final", seria um sólido 7

O jogo em si é legal.

Bom sistema de combate, dublagem boa, animações que se mantêm excelentes até hoje, mas realmente não me prendeu muito. Talvez tente jogar novamente no futuro.

Nota: 7/10


Dishonored possui um dos mundos mais belos que já vi em um jogo. As "Skybox" ou "Locações de Fundo" são monumentais, entregando sem medo os detalhes necessários para fazer você se sentir imerso naquele mundo corrompido, opressor e violento. A execução da estética Steampunk é fantástica, especialmente no level design, pois todos os cenários, trajetos, tecnologias e peculiaridades ganham vida e se comunicam perfeitamente do começo ao fim do jogo.

O sistema de Karma, embora extremamente superficial, é capaz de gerar reflexões interessantes, especialmente se levarmos em conta os reflexos de suas ações em Emily, que no final das contas é a personagem mais importante para o protagonista. Além disso, existem destinos mais cruéis do que a morte, e acho um pouco decepcionante o jogo não se focar tanto nisso ao tentar aplicar um sistema de moral dentro de sua narrativa, mas ainda assim, não é um problema grande o suficiente para tirar o charme da experiência.

A melhor qualidade do jogo reside na jogabilidade e execução de suas próprias ideias. Dishonored é um Immersive Sim, o que não apenas o destaca dos jogos comuns, mas também aumenta significativamente o nível de exigência em relação às suas mecânicas, pelo menos na minha perspectiva. O jogo acerta em cheio nesse aspecto, com um sistema de poderes e mecânicas que não falham em momento algum em proporcionar a liberdade fundamental para que você experimente o jogo da maneira mais autêntica possível.

Diverti-me do começo ao fim, consegui me interessar pelos elementos narrativos, por mais básicos que fossem, e certamente jogarei novamente no futuro. É uma experiência completa e com profundidade suficiente para aqueles que a buscam.

Nota Final: 9/10

Uma estética fantástica que é desvalorizada por uma experiência de jogo que é medíocre em seus melhores momentos. O jogo tenta se sustentar numa estética mais sombria que havia se tornado tendência em muitas mídias da época, porém, ao invés de apresentar uma aventura densa e atmosférica, acaba sendo apenas um produto raso que tenta emular os piores defeitos de um filme do Zack Snyder.

Gameplay fraca até mesmo para a época, game design fraco, personagens desinteressantes, trama simples, universo charmoso, trilha sonora excelente e ambientação decente, não recomendaria.

The Witcher é uma fusão de sentimentos contrastantes que resulta em um jogo verdadeiramente singular em meio a uma indústria debilitada, e que, quase uma década depois, ainda parece ser um produto que reflete o ápice moderno e refinado da mídia de jogos.

A grande realidade é que, desde seus primeiros anos, este jogo já era unânime e amplamente considerado uma das maiores obras já produzidas na indústria dos games, ocupando posições elevadíssimas nas listas de melhores de todos os tempos. E após anos, o jogo não apenas resistiu ao teste do tempo, mas provou-se superior à esmagadora maioria dos projetos que o sucederam, com uma certa tranquilidade.

Este jogo é capaz de fazer você rir, trazer ansiedade, fazer você se apaixonar pelos personagens e lembrar detalhes aparentemente triviais de um mundo de fantasia. Acima de tudo, ele consegue divertir. The Witcher é um jogo envolvente, nas mais diversas facetas que essa palavra pode evocar. Com um sistema de criação de itens dinâmico e um combate prático, acompanhado de um sistema de sinais intrigante. O equilíbrio entre exploração, foco narrativo e a pura evolução de um jogador de RPG é excelente. Em poucas palavras, The Witcher é um pacote completo.

A exploração satisfaz, os arcos de personagens são cativantes, a linha narrativa é gratificante, assim como a progressão. No entanto, o que impressiona é a forma como todos esses elementos trabalham em harmonia dentro do mesmo conceito: The Witcher compreende que é um jogo. E ao entender a natureza de sua mídia, o jogo sabe precisamente quais sistemas adotar para encantar o jogador e quais trivialidades descartar, trivialidades essas que preencheriam o espaço dos jogos mais recentes, mas, essencialmente, não acrescentariam nada à experiência.

O objetivo aqui não é apresentar uma análise revolucionária. Mentes muito mais brilhantes já teceram comentários infinitamente mais geniais sobre esse jogo. No entanto, para alguém que esperou quase uma década inteira para ter a oportunidade de jogá-lo, devo afirmar: Estou impressionado.

Nota Final: 10/10

Um dos 3 jogos bons dessa franquia podre