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Omori

2020

Veredito: Um começo bom, um final magnífico e um tédio no meio.

É fácil ver por que Omori é tão querido, mesmo não sendo um jogo pra quem tem coração fraco. Seus tópicos de trauma, morte, luto, medos, culpas, depressão, suicídio, crises de ansiedade, perda e superação, negação e aceitação, amizades construídas, despedaçadas e reatadas... são todos trabalhados com muita maturidade e seriedade, por devs que sabem a importância desses temas.

É um jRPG padrão bem sólido, com batalhas em turno simples e intuitivas que qualquer um aprende fácil, mas elaboradas o bastante pra se manterem envolventes até o final. O visual simulando rabiscos com lápis de cor é LINDO DE MORRER PQP, criando um contraste brilhante entre a temática pesada da trama e o fato de ela estar sendo vivida por crianças, com todo um ar infantil. A história começa promissora e te dá motivos suficientes pra querer avançar nela, os personagens todos são muito bem feitos (ESPECIALMENTE o protagonista, que mesmo sendo o tropo do avatar-mudo-pro-jogador-se-espelhar é um personagem super completinho e bem escrito pra cacete), e o último ato do jogo está entre os mais bem feitos e tocantes de toda a história gamística.

Mas o meio do jogo, ai meu caralho de asas, é um SACO. A introdução é excelente e quando você recebe um objetivo concreto - procurar X - se sente de fato envolvido nele... por um tempo. "Procurar X" é uma constante absolutamente imutável e monótona do começo ao fim da jornada. É ficar preso num ciclo infinito de "fomos em tal lugar e não encontramos X, e fizemos um desvio de rota sem motivo pra uma dungeon, vamos tentar agora naquele outro lugar porque sim" de novo, e de novo, e de novo... e de novo. É uma temporada de caça ao pato que nunca termina, nunca vai a lugar nenhum e nunca muda até você ter feito todas as dungeons do jogo. Sabe como em Chrono Trigger e Final Fantasy 6 você tem uma única meta o jogo inteiro que é derrotar Lavos/o império, e percorre várias etapas - pegar a Masamune ou entender a origem dos Espers - até conseguir? Imagine isso porém sem essas etapas, sem uma progressão na trama, sem uma sensação MÍNIMA de avanço, sem nada além de "estamos correndo atrás, confia". Isso é Omori desde o fim da introdução até o começo do último ato, salvo pequenos (e EXCELENTES) interlúdios. A apresentação top de linha e o combate bem estruturado seguram as pontas por um tempo, e o mundo ser criativo pacas (muito mais imaginativo do que os clichês medieval/futurista) não atrapalha, mas MEU DEUS DO CÉU, tudo tem limite.

Ah sim, e têm um porrilhão de sidequests. Todas uma bosta, não recomendo nenhuma. (mas fikdik: se não quiser ter retrabalho, pegue as letras sempre que passar por elas)

Dito tudo isso, repito que o último ato (pelo menos o da minha rota) é genial. Imaculado, emocionante, perfeito. Dá todo um significado novo pra um milhão de coisas que eu só achava que tinha entendido. Várias decisões que tomei ao longo da jornada e que nem sabia que eram decisões (sim, o jogo tem rotas) se encontraram aqui e concluíram com maestria o arco do protagonista e das pessoas que ele amava. Quase faz valer a pena os vários nadas que eu tive que aturar antes de ver os créditos.

Picross but 3D. I had to actually use my brain for some of the later puzzles.

Veredito: ótimo pra partidas curtas, péssimo para zerar.

Antes dos smartphones se disseminarem, o DS foi o responsável por popularizar jogos simples baseados em poucas mecânicas. Picross 3D é um desses jogos. Pra quem não conhece picross, pensem numa versão mais complexa e elaborada de Campo Minado. E dessa vez... em 3D.

O problema aqui é a curva de dificuldade. Mesmo com zilhões de partidas, você passa das molezas pras quase impossíveis muito rápido. Sem contar que é repetitivo porque, bem, a proposta é essa. Enfim, ótimo pra passar o tempo jogando sem compromisso enquanto espera a Net te atender, mas péssimo se for fazer tudo antes de passar pra outro jogo.

acompanhei uma grande jogatina, é incrível oq esse mod de doom foi capaz de realizar!

"Gamers o desdenharam como um mero brinquedo para crianças e novatos. Não obstante, é bom lembrarmos que há muito mais crianças e novatos do que gamers."

Brian Moriarty, 2015, acidentalmente explicando o ainda não lançado Chuchel enquanto falava das influências de Loom.

Uma obra prima do audio-visual como um todo, não dá nem pra dizer que Alan Wake 2 é só o "jogo do ano" pra mim, porque acho isso redutivo. É minha "produção artística" do ano, simplesmente.

A Remedy sempre foi uma desenvolvedora "fora da caixinha", os jogos deles tão entre os mais inventivos e diferentes da indústria, brincando com o formato, misturando live-action, meta-linguagem e todo tipo de artifício que não é comum de se ver em videogames. E pra ficar a altura, a equipe de escritores dessa galera (principalmente o Sam Lake) tão entre as pessoas mais talentosas e criativas dessa geração, e pra afirmar isso eu nem preciso conhecer eles pessoalmente, é só dar uma olhada nas suas criações.

Alan Wake 2 parece a culminação de tudo que a Remedy já fez até hoje, tanto no quesito de qualidade técnica e gameplay, quanto narrativa e nível de escopo. É uma puta experiência sem igual, uma verdadeira aula de arte, da mais prática possível.

Se o mundo fosse justo, Alan Wake 2 não concorreria só a melhor jogo do ano, mas também a filme, livro, trilha sonora, competição de fotografia... Sei lá, qualquer uma das sete artes, não tô nem zoando. Eu já tinha confiança de que ia ser muito bom, considerando o repertório da Remedy, mas no fundo tinha um leve receio de não atender ao nível de expectativas, já que eu espero esse jogo a mais de uma década, mas olha... Alan Wake 2 fez valer cada minuto desses 13 anos de espera, não só atendeu as minhas expectativas como superou.

"A onda quebrou no outro lado do espelho. Eu te trouxe o coração, bruxa. Me mostre o terror."

Zerei o Super Mario Bros Wonder, foi a experiência mais DIVERTIDA que tive com videogames esse ano!

TODA fase me tirou um sorriso seja por uma interação com a flor falante, pelo efeito surpresa das flores fenomenais ou até pelas animações dos personagens!

Não é um jogo longo (GRAÇAS A DEUS) mas vai render umas boas horas pra quem for fazer os 100%

E conseguiu algo que eu não imaginava ser possível, desbancou o Super Mário Bros 3 do GBA, que até então era o meu 2D favorito!

Jogaço, se tiver a oportunidade viva essa aventura!

Cheguei em Mother 3 rendido depois da experiência fantástica com o Earthbound (Mother 2)

Já esperava encontrar inimigos excêntricos, gráficos fofinhos contrastando o humor ácido, linhas de diálogos incríveis mas não estava preparado para a tristeza que essa história carrega

Esse jogo me acertou em cheio e diversas vezes me peguei os olhos marejados.

Foi uma das melhores experiências que tive com videogames e atualmente se tornou a minha série de RPG favorita!

Normal people when they get a Switch OLED: (test it out on vibrant, beautiful exclusives like Zelda or Mario)
Me when I got a Switch OLED: I'M GONNA FINISH ALL OF MY PICROSS PUZZLES.

Gosto bastante de Picross e tinha grandes expectativas para essa série (já tem mais de 8 só no Switch), mas saio um tanto decepcionado desse primeiro título.
Estou acostumado a não achar a figura gerada pelos puzzles muito parecidas com o que deveria ser, mas por ser um jogo de Nintendo Switch eu senti falta de ter um propósito maior de terminar cada desafio. Basicamente terminei todos os do modo Picross sem usar assistências e a única coisa que aconteceu foi aparecer uma medalhinha e aparecer um "Obrigado por jogar".
Várias coisas podiam ser acrescentadas como imagens diferentes de acordo com a performance em cada puzzle, um ranking de tempo, poderiam ser liberados itens, ou os puzzles poderiam ser mais temáticos.
Desanimei de terminar os Mega Picross e dei o jogo como encerrado.

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