60 reviews liked by Bythred


De todos os jogos que eu joguei esse ano esse com certeza não é um dos melhores, não acho que é nem mediano.
Esse é o primeiro jogo que eu faço a review enquanto jogo pois estou achando muito mal feito, pelo amor de Deus onde que foi a animação e arte dos personagens ? O que era simples mas visualmente bonito, se tornou em contorno de papelão aqui, os personagens super travados e feios. A musica é a mesma do primeiro com alguns adendos e não é ruim.
Não vou nem falar que toda gameplay do primeiro jogo é inexistente aqui, pois você joga só com 2 personagens até onde eu fui.
Sem contar as partes que são uma copia de sayonara wild hearts, jogo que eu nem joguei direito mas a gameplay é super parecida mas pior e mais simples. Meu deus eu não aguento mais jogar essas partes, meu desgosto pelo jogo aumenta cada vez que eu passo por elas.
Não aguentei mais, vi video no youtube mesmo sobre o final. Como que a gente sai de um jogo indie legal com uma gameplay até repetitiva, mas com um estilo divertido mesmo tendo seus problemas para esse jogo daqui ? Sem palavras, como um dos meus joguinhos favoritos indie de 2021 teve uma sequencia como essa aqui.

garbage season, just go back to good fortnite.

O homem que vendeu o mundo.

Se fosse escolher entre Elden Ring, Alan Wake e sem jogar videogame, em seguida eu responderia o que era videogame.

O que dizer novamente de BioShock Infinite?

O jogo envelhece como vinho cara, dessa vez foi uma run com foco nos coletáveis, mas é sempre bom dar uma repassada por Columbia e ver a beleza desse jogo mesmo depois de 9 anos.

É sempre bom revisitar Kamurocho, parece o quintal de casa visto o tanto de tempo que já passei pela cidade entre todos os jogos da franquia. Judgment é um spin-off de luxo do Yakuza, coloco dessa forma pois ele se passa no mesmo universo mas não tem relação. Dessa vez a história se trata sobre um tema que eu sou completamente apaixonado: Murder Mystery. A ideia de pegar o universo de Yakuza e criar uma nova história com um novo protagonista foi brilhante, pois a forma que o RGG conta suas histórias estão entre as melhores experiências que já tive com jogos, todo o dramalhão, todo o tom épico e emocionante estão aqui, então é muito bacana ver eles tendo uma abordagem diferente em suas historias, mas mantendo os elementos que amo tanto. Graças ao bom Deus dessa vez minhas expectativas foram correspondidas.

Yagami é um protagonista brilhante, carismático, divertido e bem desenvolvido pra um cacete, toda a forma que o jogo trata o trauma que ele passou é sensacional e o cast todo já me conquistou de cara. O plot é devagar, mas é um devagar engajante, afinal somos um detetive tentando descobrir o que diabos está acontecendo e o jogo segura bem o mistério. Eu tinha achado o reveal de quem é o assassino meio que vindo do nada, mas apartir daí o vilão cresce e achei ele sensacional. Diferente do Yakuza, não estamos lidado com alguém que tenha algum pingo de honra, mas contra um assassino cruel e sem piedade, é um baita de um contraste bacana.

E o jogo é lindo de morrer ein? Rodando liso no Series S, a Kamurocho na Dragon Engine é um colírio para os olhos. O gameplay do jogo é bom pra cacete, super divertido e responsivo e sem falar ma parte visual, todas as acrobacias que o Yagami faz são de cair o queixo com seus dois estilos e as heat actions são as melhores da franquia. Visualmente com as auras é incrível também, faz o mais recente Ishin parecer um jogo de PS2 em seu gameplay. Quero destacar as cenas de ação do jogo também, elas são absolutamente incríveis, sejam os QTEs dos bosses ou durante a cutscenes, são coreografias absolutamente insanas que são um deleite de ver. E estava achando que já tinha visto de tudo e a batalha final consegue ser incrível e isso considerando que a franquia já tem várias batalhas memoráveis, tá maluco.

Judgment tem uma história bacana, um gameplay divertidisimo acompanhado por personagens sensacionais, é um jogão e estou feliz de finalmente poder ter zerado. Ele vai pras pendencias de jogos pra platinar, já que não pretendo fazer o 100% por agora, mas no momento eu vou ali na Microsoft Store comprar um negocio e já volto.

Obs: Essa é a capa mais linda de toda a franquia fácil.

Só mais uma run e eu paro

Primeiramente gostaria de agradecer o RNGesus pela graça concedida no dia de hoje, me fazendo completar minha primeira run de forma magistral. Segundamente, o jogo é um roguelite sensacional e que, uma pessoa sã e com absoluto controle de mim mesmo igual eu, saberei tomar as medidas cabíveis parando de jogar esse jogo quando eu quiser...

Que joguinho bom bicho, o infâme ''Roguelite Castlevania'' vulgo Vampire Survivors, entregou um dos loops de gameplay mais divertidos que tive o prazer de jogar recentemente. Inicialmente assim que comecei estranhei o fato do boneco atacar sozinho, sem ter que apertar algum botão, mas após alguns minutos de gameplay eu descobri o porque. O jogo demora um tempinho pra pegar o jeito mas não é nada que demore. Esse jogo tem um dos god modes mais satisfatórios que eu já presenciei, estar tunado, cheio de armas e upgrades enquanto manda hordas e hordas de monstros pro limbo é incrivelmente satisfatório. Poder usar chicote, crucifixo, água benta, faca, machado, alho, magia, fogo, raio, pentagrama e Deus sabe o que mais falta pra liberar, tudo ao mesmo tempo é algo que não sabia que precisava, e matar monstros do bestiário de Castlevania só torna a experiência zen por todo mal que os Classicvanias já causaram (tirando o Rondão, esse é o brabo), as refêrencias a franquia são aos montes.

Eu comprei o jogo com expectiativas neutras, já que estou começando a ter cada vez mais gosto por roguelites atualmente e não deu outra, por 10 reais na Steam ainda era a desculpa que eu precisava pra comprar, joguinho bom que excedeu minhas expectativas com folga, agora com liçenca que eu vou ir testar um negócio no jogo...

Veredito: Ludonarrativa em seu melhor estado.

Toda a discussão de "walking sims são ou não são jogos de videogame" é tola e estúpida. Ficar procurando definições formais de "videogame", e riscar uma linha cartesiana no chão pra separar o que entra e o que não entra nessa definição, é tão inútil para o amadurecimento da arte gamística como "tomates são frutas ou legumes?" é inútil para a culinária. Tomates são tomates, oras. Eles servem pra ir na salada, no molho, e até na pizza. É como perguntar "preto é ou não é uma cor?" e dar toda uma explicação científica de como cores são na verdade espectros da luz visível, ondas eletromagnéticas captadas pelo olho e interpretadas pelo sistema nervoso, e o preto é na verdade uma interrupção da luz visível e blablabla.

Não sei se a explicação científica é essa, eu não sou físico nem biólogo. Mas no fundo não importa: um desenhista ou um pintor sabe que, para criar aquilo que ele gosta de criar, o preto é uma cor. É usado como cor, tem função de cor, ele é - para todos os fins práticos e efetivos - uma cor e fim de papo. Não interessa a definição oficial.

What Remains of Edith Finch é um walking sim por definição, ou seja, uma aventura gráfica super ultra simplificada que consiste basicamente em andar pelo cenário e às vezes clicar em alguma coisa pra interagir. Não importa se formalmente ele é ou não é um jogo de videogame, se entra ou não numa definição cartesiana exata. Ele funciona como um jogo pra todos os fins práticos. Ele é uma história que só poderia ser contada pelas ferramentas fornecidas por jogos de videogame, porque só pode ser contada a partir da exploração do mundo e da paisagem oferecida ao jogador.

Desde o início você sabe como tudo acaba, a tela de pause deixa muito claro: você é Edith, a última sobrevivente da família Finch, voltando após a morte da sua mãe para a casa onde morou durante a infância, a fim de descobrir como cada membro da família morreu. Sua mãe passou a vida te negando as histórias da família, e agora chegou a hora de você descobrir essas histórias.

À medida que explora a casa e vai acessando novos cômodos, você descobre pequenos memoriais deixados ao longo das gerações por todos os membros, desde seu irmão que desapareceu aos 11 anos de idade ao avô que você nunca conheceu. Cada memorial, a vinheta de uma das mortes: um bebê de um ano que teve uma vida extremamente feliz apesar de curta, um viciado tentando lidar com a abstinência, e por aí vai até todas as histórias estarem contadas.

Todas as vinhetas são jogáveis. Todas as mortes são não só narradas, mas também vividas pela sua interação.

Toda a história da família Finch está impregnada pela morte desde que a casa foi construída e cabe agora a você, a caçula da última geração e a única sobrevivente depois da morte de sua bisavó e de sua mãe, descobrir essa história. Nesse sentido, What Remains of Edith Finch é uma história com começo, meio e fim. E como eu disse, uma que só poderia ser contada com tanta maestria por meio de um jogo de videogame.

Teve um geógrafo chamado Denis Cosgrove que ficou famoso por dizer que as paisagens humanas são um texto: nós deixamos nossas marcas na paisagem, e no futuro essas marcas contarão nossa história para as gerações seguintes. De forma que tanto as marcas deixadas quanto a interpretação dessas marcas estão inevitavelmente suscetíveis a todos os vícios e manias e visões de mundo tendenciosas que fazem parte da natureza humana. É algo intrínseco a qualquer texto e, portanto, a qualquer paisagem.

A casa dos Finch definitivamente funciona assim. Todas as marcas foram deixadas, desde seu trisavô até você. E agora que o tempo passou, chegou a hora de presenciar e interpretar.

O jogo é bom até certo ponto, a ambientação é muito bem feita e a narrativa deica aquele tom de mistério. O jogo se sairia melhor se eu tivesse entedido alguma porcaria do final da história e se a gameplay não fosse tão mal feita, não se deram nem ao trabalho de fazer uma HUD, os objetos nas quais podem interagir nem marcados são e em muitas das vezes você se perde por simplesmente não conseguir interagir com o que você deve. Nota dó