(Jogado no meu DATA FROG SF2000)

Depois de fechar o fantástico Final Fantasy X em HD num PS3, eu tive a brilhante ideia de jogar o FF original de NES emulado num portátil chinês. Isso aqui é um dinossauro em forma de videogame. Claramente datado e limitado, mas ainda assim, charmoso.

A história mantém o meu padrão de Final Fantasy até hoje, que é eu sempre me perder em algum momento por que vai envolver alguma loucura tipo viagem no tempo ou algum vilão com alguma motivação esquisita, MAS ainda aproveitei bastante. No fim das contas, tudo sempre termina com "mate deus" ou algo assim mermo, então perder algum detalhe no caminho meio que tanto faz. No geral, a narrativa é simples e pouco coesa, mas funcional.

A jogabilidade é o básico do RPG clássico, aposto até que boa parte desses elementos foram inventados aqui (vi algumas reviews dizendo que sim, então provavelmente deve ser). RPG de turno em que você vai ficando mais forte e ganhando poderzinho não tem como falhar. Imagino que a dificuldade original deva ser o inferno, pois o jogo não dá nenhum item de reviver e pra salvar tem que ir na cidade ou usar item certo, mas usando save state fica facinho. Inclusive, a desafio deve ser 100% proveniente desse elemento, por que eu acho que só apanhei de monstro umas duas vezes no jogo inteiro. Nenhum boss é desafio de verdade se você estiver bem equipado eu diria.

Pra um jogo dos anos 80, isso aqui deve ter sido até acima da média. Pra hoje em dia, provável que seja muito simplista e certamente feio numa TV maior. Pra mim, como joguei num portátil e usando save state, foi quase como um Pokémon clássico; um passatempo despretensioso e gostosinho.

Minha party foi um Cavaleiro, um Mestre Porradeiro, um Mago Negro e uma Maga Branca, pra poder ter dois de cada cor na paleta do NES e explorar a maior parte das magias e armas do jogo. Funcionou direitinho.

Joguei isso aqui pra caramba quando saiu, voltei esse ano (2024). É meio que a única alternativa de Power Rangers pra mobile e um jogo legal em alguns aspectos, mas infelizmente ele para no medíocre por conta dos elementos de Gatcha.

Depois de alguns níveis, ou você injeta dinheiro no jogo ou não evolui mais. E não, só trabalho duro não compensa pela falta de dinheiro de verdade, por mais que você jogue e otimize.

De caracerística mais positiva a gente tem o Roster que é RIDÍCULAMENTE GRANDE. Se você tem um ranger favorito, é bem capaz de ele estar aqui.

De característica mais negativa é a ausência de um Story Mode, mesmo que curtinho, pra dar um contexto pra a pancadaria e um objetivo a mais pra um jogador casual. Jogar só pela porrada e colecionismo eventualmente cansa.

EDIT: Exatamente 1 mês depois dessa Review eu cansei REAL desse jogo. E olha, eu estava conseguindo juntar quantidades razoavelmente boas de ouro, estava evoluindo meus rangers numa velocidade até boa, MAS bateu aquela sensação de "pra quê o esforço?" e eu desinstalei minutos depois. Realmente, a falta de um modo história mata demais esse gatcha.

Foram mais de 30h de jogo pra meter um 100% nesse aqui junto da minha namorada, ao longo de 5 meses de jogatina semanal. Depois dessa loga jornada, dá pra resumir em LEGO Batman 1 é um jogo simplesmente fantástico e quase perfeito. Sem resumir, eu escrevo mais no próximo parágrafo.

Jogando só o Story Mode você já vai se divertir bastante pois os personagens são razoavelmente diferentes entre si, forçando cada membro da dupla a dar conta de desafios diferentes. No freeplay a coisa esquenta ainda mais, pois podendo trocar de boneco você ganha acesso a outras áreas, o que dá um fator de replay forte pra Lego Batman 1. São 30 fases que você faz pelo menos duas vezes cada.

Visualmente eu acho o jogo muito bonito, as trilhas sonoras são charmosas e o design das fases é bem Batman.

De defeito só existem três: a camêra que jogando de dois às vezes atrapalha, um bug na fase bônus da Mansão Wayne que às vezes te força a recomeçar e a falta de uma grande cinemática final para fechar o jogo. Ainda assim, é uma experiência incrível pra qualquer fã de Batman e de LEGO.

(Jogado no meu DATA FROG SF2000)

Esse aqui eu joguei com mais calma, uma fase num dia e as outras depois, ao contrário do MMPR: The Movie de Mega Drive que eu comi com farofa. O motivo? A dificuldade desse aqui de fato existe (apesar de não ser tanta), então eu precisei de fato refazer alguns níveis de vez em quando.

De grandes acertos, eu diria os rangers começarem a fase desmorfados e terem sprites únicos nessa parte e que lembram os personagens da série foi MUITO LEGAL. Eles até atacam de maneira diferente, achei isso show. Destaque negativo pra o ranger preto, por que os cara da Banpresto meteram um beiço esquisito no sprite dele, bem comum em representações negras feitas por japoneses mais antigamente, e inegavelmente racistas. Outro acerto são os bosses serem todos retirados de episódios da série de TV e com estilos de luta diferentes. O bom e velho saltar e bater resolve praticamente tudo, mas ainda tem um timing pra cada chefe eu creio. O uso de Passwords para poder retomar progresso eu achei um recurso fantástico, que provavelmente tornou o jogo bem menos frustrante pra os moleques que tinham que desligar o console de surpresa por que a mãe mandou (ou que queriam jogar algum nível específico naquele dia).

Já de problemas, primeiro crime aqui é a movimentação. Você só vai para a direita, esquerda e pula. Em Streets of Rage de 1991 no Megão você conseguia se mover num cenário com profundidade, então num console mais poderoso como o SNES você ficar preso numa linha reta eu acho ofensivo. Isso somado com os inimigos serem todos o mesmo sprite com quase a mesma movimentação e uma corzinha diferente de vez em quando deixa MMPR ainda mais repetitivo que o padrão do Beat'em'Up. Outro crime é o sprite único pra todos os rangers enquanto morfados. Especialmente pra rosa e amarela isso fica esquisito.

O jogo é medíocre mas é divertido. Se não fosse o racismo japonês e a movimentação capada era 3 estrelas, por que apesar de mediano na experiência, a nostalgia deixa o jogo gostoso o suficiente pra você fazer vista grossa pra muita coisa.

This review contains spoilers

Bem, essa aqui é uma coletânea, então vou fazer as reviews à medida que for finalizando cada pedaço.

FINAL FANTASY X: Meu quarto Final Fantasy da vida (eu até hoje só tinha jogado a trilogia da Lightning) e certamente um dos grandes jogos da minha vida. A história é um pouquinho confusa? Sim, mas se você tiver paciência você vai aos poucos entendendo (quase) tudo.

Os protagonistas são TODOS muito legais de um jeito ou de outro, e tem suas próprias backstories e objetivos próprios. Detalho eles nos próximos parágrafos.

Tidus é um típico protagonista impulsivo e meio boboca de praticamente qualquer anime shounen, mas a tragédia pessoal dele o torna muito interessante. O mesmo vale pra a Yuna, que é uma mocinha disposta tudo pelo bem maior, coisa que a gente já viu várias vezes, mas acompanhar a jornada da coitada e vendo ela ter medo e dúvidas dá todo um tempero pra essa aventura. Juntos, esses dois vão nos trazendo uma mistura de otimismo/coragem com melancolia que mexe demais com os sentimentos. Eu nunca fui muito de chorar mas a cena do lago de deu um nó na garganta e o final do jogo me fez chorar LEGAL.

Wakka, Lulu e Kimahri são bem carismáticos e suas backstories transitam por temas profundos como luto, fé, intolerância e preconceito; o que os torna muito humanos e cativantes. Sim, usei o termo humano para o homem leão azul.

Sir Auron merece um parágrafo só pra ele por que de cara eu achei o personagem um saco. O espadachim misterioso que fala pouco e de maneira críptica é um conceito que eu acho meio chato e manjado, mas à longo prazo funciona por que a backstory dele é muito boa. Fora que ele faz uma ponte boa pra o Jecht, que poderia ser um personagem um pouco melhor, mas foi bem escrito o suficiente para que eu conseguisse sentir as daddy issues do Tidus.

Os vilões são um ponto fraco por que seguiram um esteriótipo que reza a lenda é muito presente em RPG japonês que é: primeiro encontre líderes corruptos com backstories tristes e por fim enfrente DEUS. Ao contrário do Auron, não achei que eles brilharam o suficiente pra ser um caso de "conceito básico perfeitamente aplicado que torna o personagem acima da média". Pra mim foi bem na média.

Agora sobre jogabilidade, eu gostei dos combates, dos poderes e golpes especiais. Consegui passar horas grindando e matando monstros quase iguais ouvindo a mesma música e sem enjoar. O único defeito pra mim aqui são as cutscenes cortando completamente o flow do jogo em alguns momentos. Você entra num mapa e pega uma cutscene, assim que ela termina tu anda dois passos e já tem outra. Se era pra fazer colado assim poderia ser uma cena só não? Me incomodou um pouco, especialmente no começo.

No quesito beleza, essa versão remasterizada BRILHA MUITO. Eu diria que tirando alguns npcs meio quadrados demais, o jogo se passaria fácil por um jogo feito pra PS3 mesmo. Talvez até com eles, por que lembro que o FF13 tinha uns npc quadrado também.

Um jogo fantástico que valeu cada uma das minhas mais de 60h nele. Se não fossem alguns defeitos bem pontuais ele seria perfeito, mas apesar desses defeitos ele ainda é grandioso!

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FINAL FANTASY X-2: (Ainda vou iniciar)

(Jogado no meu DATA FROG SF2000)

Esse aqui foi um dos grandes jogos que marcaram minha infância, e jogando hoje tantos anos depois...ainda é um jogo divertido, mas passa longe de ser grande.

Essa versão de Power Rangers para o Mega Drive traz 6 rangers que jogam mais ou menos igual, o que eu achei bom por que fica democrático (você não precisa pegar um apeloso pra zerar) mas ao mesmo tempo ruim por que isso mata completamente of fator de replay se você não for uma criança (afinal, toda gameplay vai ser exatamente a mesma coisa). E acredite, não teria outro motivo pra jogar mais que uma vez além de diferente jogabilidade se houvesse, por que esse jogo é muito fácil e provavelmente vai ser zerado na primeira sentada. As únicas diferenças entre os personagens são um ataque de carga segurando B que é meio chato de usar por que os monstros te pegam antes.

O level design não é lá muito inspirado, não temos itens ou power ups, no máximo desviar de um carro, jogar uma pedra, pegar uma pedra/tonel ou cortar caminho num atalho. Pareceu muita coisa? Seria se não fosse um bagulho desse por fase.

O charme dessa versão está nas lutas de zords (que não são grande coisa, mas você PODE JOGAR DE ZORD, isso pra uma criança é muito), e nas cutscenes antes e depois de cada fase. Acontece inclusive uma conexão bem legal entre o filme e a série de TV (que não é canônica, mas eu gostei), e tem elementos da lore de MMPR o suficiente para perceber que esse foi um projeto feito até com algum cuidado. O ponto mais forte é a trilha sonora que é adaptada diretamente da série, ou seja, temos pancadaria ao som de Ron Wasserman, e isso é MUITO legal.

É um jogo medíocre? Sim. Gostosinho de jogar? Certamente. Seria 3 estrelas se tivesse tido 2 fases a mais.

E aqui vamos para o primeiro do ano e PENSE EM 10 REAIS BEM GASTOS!!! Shadows of the Damned é fantástico, e é provavelmente um dos grandes jogos da minha vida mesmo não sendo exatamente uma obra brilhante. A jogabilidade não é nada demais (inlusive a câmera atrapalha de vez em quando), os inimigos não são tão variados assim, e as piadas são bestas e erotismo é gratuito, mas PRA MIM funcionaram bem demais!

O level design é meio bizarro, eu juro que tive mais trabalho com o primeiro boss do que com todos os outros, mas ainda assim achei tudo desafiador o suficiente (joguei no Legion Hunter, e como sou um atirador vesgo, o jogo de 7 horas rendeu DIAS). Ainda sobre level design, eu tenho pra mim que alguns pedaços desse jogo foram planejados para serem um pouco maiores, mas que tiveram que cortar por qualquer motivo que seja. Ainda assim, é tudo bem legal.

O desespero na voz do Garcia toda vez que a Paula está se fodendo dá uma pena danada, mas obviamente não tanto quanto da própria Paula. Provavelmente passaria por uma belíssima história de amor se o sexploitation da Paula não fosse tao exagerado. Por outro lado, é justamente no exagero que esse jogo brilha pra mim, por que é tudo muito bizarro, muito intenso e quase nada é levado a sério. Dito isso, o jogo é 200% Macho com notas de brucutu dos anos 80. Realmente não é pra todo mundo.

O Johnson vira armas bem legais e o fato de a gente ter upgrades automáticos depois de derrotar os bosses dá uma sobrevida ao gameplay, pois fica cada vez melhor variar as armas e fica mais difícil de enjoar do jogo.

Os níveis em sidescrolling shooter foram uma surpresa divertida pra um jogador idoso (de 32 anos) como eu.

Ah, claro, a música do Akira Yamaoka deixa tudo muito melhor (apesar de eu ter percebido ela só em algumas cenas específicas).

Jogão.

Eu não cheguei nesse jogo com grandes expectativas. Lembro de um amigo meu que pegou nele no PS4 ou PC dizendo que eu provavelmente não iria gostar. Ainda assim, resolvi dar uma chance por que eu queria pegar um RPGzinho e a capa era bonita. E também por que eu comprei uma porrada de jogo usado barato nos ultimos 2 anos, e cedo ou tarde eu vou jogar todos eles pois não me permito gastar dinheiro à toa. Sem mais enrolação, vamos pra a review. Aqui a versão curta: Isso aqui é um Dragon Age da Shopee.

Bound By Flame tem uma cara de super projeto ambicioso quando você pensa na ambientação e na história, mas tudo cai por terra na execução. Vertiel é um mundo de Dark Fantasy até legal, parece bastante um filme dos anos 80 de Espada & Magia, tipo Conan. A ideia de você ter mocinhos já na retranca lutando contra magos poderosos até que de repente surge um protagonista anti-herói badass é basicamente a premissa desses filmes, então Bound by Flame não ganha aqui na originalidade, MAS, por chutar tão seguro no clichê, pelo menos não faz (muito) feio. O problema é que aí sobra ganhar na execução, e a execução desse jogo é beeeem meieira.

Os diálogos são 200% Edgy e variam entre pouco inspirados e tenebrosos. Fora isso, se você não for atrás de cada personagem pra ter umas conversas expositivas sobre quem eles são e o que fazem, o jogo não faz a MENOR QUESTÃO de te apresentar nenhuma informação. Como resultado, você acaba se perdendo na história (que já é confusa) e fica impossível gostar de qualquer personagem, ou mesmo se interessar por eles. Por exemplo, um dos companheiros é um príncipe elfo que eu fui descobri que tinha alguma importância só no meio do Ato 2, por que eu ignorei ele completamente no Ato1. Fora isso, tudo parece acontecer de supetão; melhor exemplo que posso dar é o romance, que no meu caso foi com a Sybil e durou incríveis 12 segundos nunca mais foi mencionado. O voice acting eu não cheguei a achar ruim, só básico demais. Os ângulos de "câmera" nas cutscenes são bem meh.

O combate é meio difícil (até na dificuldade normal eu tive trabalho, e em todas as superiores eu mal consegui sair do prólogo), e dá pra personalizar o boneco pra focar naquilo que você prefere. Eu fiz um espadachim defensivo com magias de suporte de defesa/dano e que eventualmente soltava algumas bolas de fogo. Parece genérico? É por que o jogo dá MUITO ponto pra tu investir nas 3 classes. Eu peguei duas quase completas. Os monstros tem vida demais pra o próprio bem, e mais pro final do jogo eu estava tão de saco cheio que comecei a pular a pancadaria por que o XP e os itens simplesmente não compensavam.

Especialmente sobre os monstros, o jogo é desbalanceado pra caramba. Por um lado tem mob que limpou o chão comigo, do outro tem chefe que caiu que nem merda. Destaque pra o combate final que eu macetei o boss colocando 100 minas terrestres no chão e descarreguei 50+ virotes enquanto me enchia de poção e spammava magia defensiva. Não foi técnica nem inteligênca, fui eu dando exploit mesmo. E sem esse exploit o boss pocou meu boneco em 4 segundos de vacilo. Daí você tira como o jogo tá bem feito.

Tá Tony, mas se você só vai reclamar, como esse jogo ainda consegue 2? Primeiramente, por que eu me diverti. Em segundo lugar, por que o combate e o mundo são medianos mas me entreteram (tem uns elementos muito legais enterrados no meio da mediocridade). A sensação que eu tive na real é que esse jogo de 2014 parecia um jogo muito mais velho. Se isso fosse um RPG de Mega Drive ou Super Nintendo (ou até uma cria do RPG maker no PC) eu provavelmente teria adorado.

Completamente por acidente vim parar nesse jogo de Natal no Natal. Batman: Arkham Origins (B:AO daqui pra frente para facilitar) sempre pareceu pra mim ser aquele filho feio que ninguém fala muito. Hoje depois de jogar eu meio que entendo, apesar de nunca ter nem pego num Arkham Knight.

Da trilogia do PS3, esses jogos do Batman estavam numa crescente até Origins. Arkham Asylum era o sonho molhado de todo fã do Morcego, mas muito curtinho. Arkham City era a continuação daquele sonho molhado, mas dessa vez muito maior e com uma cacetada de coisa pra fazer (num ponto que eu acho que dá até pra enjoar do jogo de tanto tempo que você tem que passar nele). B:AO é meio que o Arkham City de novo, mas com uns desafios do Charada um pouco mais fáceis de fazer. Ele não revolucionou, não melhorou, só entregou o que a gente já tinha com uma história nova. Isso explica por que o splash desse foi menor quando saiu, MAS nem de longe isso quer dizer que B:AO é ruim. Na real, B:AO é bem gostosinho.

O combate é bem fluído e fácil de aprender, mas ainda assim desafiador se você se destrair demais ou não tomar cuidado, e olha que eu fiz na dificuldade normal mesmo. Isso aqui no Hard ou no New Game+ deve ser de querer arrancar os cabelo pelo c* de difícil.

A história é legal e a narrativa flui bem. Diria inclusive que ela tem o tamanho certo, nem se alonga demais e nem acaba cedo. Entretanto, a quantidade de vilões foi excessiva. O Choque e a Cascavel mesmo foram uns figurantes de luxo e o Exterminador foi um personagem tãããão mal aproveitado. O jogo me vendeu eles sendo bem mais.

Os desafios do Charada dessa vez me pareceram humanamente possíveis (tanto que dessa vez eu coletei TUDO), e até divertidos de fazer (tirando uma frustração num salto aqui ou ali). Mas senti falta dos enigmas daqueles de tirar "print" de uma área ou coisa específica.

Os gadgets do Morcego estão variados e creio que a depender de como você goste de jogar eles sejam legais. Eu basicamente só usei Batarangue, granada de cola e granada de fumaça. Sou um homem simples.

Um ótimo jogo do Batman, eu super recomendo B:AO pra qualquer um que tenha gostado dos antecessores, ou até mesmo pra quem quiser começar na ordem cronológica.

PS: Eu joguei dublado em Português, e nossa, como o processo de dublagem desse aqui foi feio de maneira barata hein? Volta e meia tem algum personagem com a fala na emoção errada, os capangas todos tem a voz do Ranger Branco de MIghty Morphin Power Rangers, percebi as traduções feitas de qualquer jeito em alguns pedaços, MAS ainda está pelo menos boa. Menos a voz da Shiva, a voz da Shiva me doeu um pouco.

Eu vim aqui pela piada e encontrei um dos melhores jogos da minha vida.

South Park: The Stick of Truth (SP:TSoT daqui pra frente pra facilitar) é um RPG de turno delicioso. A jogabilidade logo de cara eu achei esquisita por que eu teria que estar atento pra acertar os golpes e isso dificultaria eu farmar distraído, MAS o combate é tão gostosinho que eu acabei jogando ele super atento mesmo. O jogo como um todo é bem simples e fácil de aprender, parecendo um RPG antigo, o que ajuda a tornar ele um entretenimento descompromissado. Afinal, nem todo mundo tem tempo e paciência para aprender a farmar item como num Gatcha ou RPG japonês cavalão.

Acompanhamos em SP:TSoT a história de uma brincadeira de criança simulando a guerra entre Humanos e Elfos que toma uns caminhos bizarros por que o mundo de South Park é bizarro. Só essa parte de você ter um monte de crianças fantasiadas de seres medievais e trocando porrada com arma de papelão e objetos ressignificados (tipo uma pá de pedreiro que vira uma adaga) o jogo já me ganhou. Se fosse só isso e um jogo super sério de qualquer outra franquia já seria jogaço. Mas isso é South Park, então além de toda a brincadeira inocente a gente ganha de bônus humor terrivelmente podre e violência gratúita, o que dá um ar de dualidade que deixa SP:TSoT ainda mais legal. A quebra entre medieval e insanidade aleatória entre as missões principais deixa a experiência hilária e interessante.

As piadas são ótimas, as referências à série de South Park também, e mesmo eu só conhecendo superficialmente a animação eu ainda me diverti MUITO, então não duvido que esse jogo funcione até pra quem nunca viu a série (mas certamente ainda assustaria um completo desavisado).

O flow da narrativa é muito bem construído e o jogo está sempre em uma crescente. Quando eu finalmente começei a cansar um pouco da jogabilidade e da história, o jogo acabou poucas horas depois. As sidequests são poucas mas bem divertidas, e você nunca sente que está perdendo muito por não faze-las ou que está se atrapalhando na história principal por fazê-las.

Talvez o jogo seja fácil demais no modo Normal, de modo a mais no final mal me apresentar desafio, mas me deu uns bons sustos de vez em quando.

EDIT: Tirei meio ponto no fim das contas por que um dos chefes finais fica um pouco sem sentido pra quem não acompanha a série. Numa sidequest ele não teria me ofendido, mas como clímax do jogo você ter algo assim específico tira o status de "perfeito até pra quem nunca assistiu" do jogo.

Assim que você começa o jogo você percebe uma evolução gráfica GIGANTE em relação ao antecessor. No primeiro combate você percebe como a fluidez aumentou muito. Daqui tua expectativa vai lá pro alto. Infelizmente o jogo não fica muito melhor que esse começo. Não se engane, isso aqui ainda é muito bom... mas é amargo pensar em como poderia ter sido melhor.

Não que o primeiro Force Unleashed fosse um jogo muito grande, mas a impressão que eu tive foi que esse é menor ainda (e checando walkthroughs no youtube confirmei a teoria). Ter um jogo tão melhor nos quesitos gráficos e jogabilidade e ele ser menor vai como primeiro grande defeito aqui.

Eu gostei mais dos chefes de fase desse que do anterior, mas como o jogo é menor, você acaba tendo menos chefes. Uma pena, por que tanto o alien gigante do coliseu quanto a aranha mecânica na nave foram super divertidos de enfrentar, mais dois chefes naquela pegada teria sido perfeito.

Sam Witwer me pareceu mais inspirado atuando nesse, talvez por que o Starkiller dessa vez está furioso e impaciente e o Sam faz essas emoções muito bem. Queria ter tido mais cutscenes pra que ele pudesse ter brilhado mais.

A história dessa vez acontece num periodo de tempo menor e se aproveita do desenvolvimento de personagens já feito no jogo anterior, ficando ao meu ver mais sólida que a original, mas com uma sensação de potencial desperdiçado por que, digo novamente, o jogo é muito curtinho.

A customização de poderes foi brutalmente simplificada, o que não chega a atrapalhar muito, mas tira o charme de aprender os combos. Só apertar quadrado e soltar Force Lightning já resolve tudo.

A dificuldade no médio dessa vez não me desafiou muito não, tirando o chefe final, eu aprendi a resolver os desafios até que fácilmente.

Acaba que pra mim é outro 3 STARS sólido que nem o antecessor, mas com uma sensação de que poderia ter sido tão mais se o jogo fosse um pouco maior. Não duvido que com pelo menos mais uns dois mundos e mais cutscenes isso aqui não fosse acabar sendo um dos grandes jogos da minha vida. Ainda assim, jogão.

Inicialmente eu tinha achado a história desse jogo meio meh por que tudo acontece muito rápido e o protagonista não tem muito tempo de se estabelecer. De aprendiz devotado e cheio de fúria para herói relutante em poucas cutscenes, isso acabou enfraquecendo um pouco a narrativa. MAS AÍ EU ME LEMBREI QUE É STAR WARS, e que por via de regra tudo em SW acontece de maneira superficial (pelo menos nos filmes). Sendo assim, as viradas bruscas da narrativa e eventos relevantes aparentemente ocorrendo offscreen me doeram um pouco menos.

O combate vai ficando gradativamente mais gostoso quando você vai aprendendo novos poderes e personalizando o Starkiller ao seu estilo de jogo.

As fases também vão ficando gradativamente mais divertidas e os inimigos um pouco mais interessantes. Visualmente, eu diria que os ambientes são diferentes o suficiente pra o jogo não ficar repetitivo e ainda ser Star Wars.

Destaque pra o quanto o Starkiller é overpowered sempre que a história precisa, deixando o The Force Unleashed com um jeitão de fanfic levemente barata, porém cativante.

A dificuldade mesmo no médio já me desafiou o suficiente.

Os quick-time events deram um toque épico nas lutas maiores, e talvez nem tivessem me impressionado se eu tivesse costume com esse tipo de coisa, MAS eu nunca joguei God of War, então pra mim foi novidade Haha

Gostei tanto que já estou emendando a continuação!

Não se enganem, isso aqui é SIM uma bomba. Mas é uma bomba que pra mim foi divertida. Acho que vale a pena você dar uma chance? Na verdade não, duvido muito que seja possível aproveitar bem esse jogo ainda, MAS vou deixar aqui minha experiência por que se seu background for parecido com o meu, há esperanças.

Primeiramente, eu sou "velho". Como quase 32 anos, eu peguei muito beat'em up nos meus anos de Mega Drive, emulador de Super Nintendo e até alguns no PS2. Sendo assim, eu sou capaz de aproveitar uma gameplay repetitiva com uma musiquinha em looping infinito. Esse aqui tem MUITO disso. Apesar da repetição, o fato de você poder trocar de personagem durante as partidas aumenta suas opções de estilo de jogo e se você se esforçar para aprender a jogar, creio que tem movimentos o suficiente pra não chegar a ficar chato.

Jogando multiplayer eu me diverti bem, mas a câmera é um LIXO e atrapalha muito. Custava nada um corte na tela quando você se distancia, que nem em jogos de LEGO.

O sistema de Level Up tem seu charme, e permite que você só se preocupe em investir naquilo que você de fato usa no jogo, ENTRETANTO, o level design não é dos melhores. O Final Boss no Terrax foi difíil beirando ao impossível por que a câmera não ajudava e o jogo ficava injusto mesmo. Já os dois ultimos chefes, um robô gigante e o Doom não deram nem pro cheiro. O jogo é injusto ao invés de desafiador e fácil quando deveria ser difícil.

O prego no caixão é a história, que é baseada no filme mas tem uma porrada de elemento que não está lá, embalando uma porrada de fase genérica e falas genéricas que parecem saídas de um quadrinho antigo. A impressão que eu tive é que esse jogo era pra ser outra aventura do Quarteto mas acabaram escolhendo fazer com o filme pra ganhar algum hype (o que deu bem errado por que lembro que esse filme não foi muito bem recebido na época). As cutscenes são bem sem graça e às vezes parecem desconexas.

Bonus Rant: Os gráficos são muito meme, parece um jogo de PS2 rodando no PS3, os cenários são quase todos feios e os monstros genéricos.

Esse aqui não chega a ser injogável, mas tudo que ele tem de bom você provavelmente consegue em qualquer beat'em up multiplayer da época ou um pouco mais antigo.

This review contains spoilers

Eu comprei esse aqui usado por 20 conto numa lojinha de games se desfazendo dos antigos jogos de aluguel. Joguei uns 5 minutos pra testar e achei meio clunky, acabei deixando ali na prateleira e esqueci dele por bem uns 2 anos. Novembro de 2023 resolvi dar uma chance e véi, QUE JOGAÇO.

Depois que eu ajustei a sensibilidade da mira a fluidez do jogo ficou deliciosa, e isso combinado a uma variedade razoável de armas e combos deixa a jogabilidade muito boa (dito isso, shooter de joystick ainda não é shooter no mouse, nos momentos em que foi necessária precisão eu sofri um pouco). A história sobre viagem no tempo é interessante e bem original até (apesar de alguns probleminhas que eu falo mais pra frente). O desafio foi bom pra mim, mas talvez seja fácil pra quem é bom em FPS, pois no Hard eu zerei relativamente rápido (E eu atiro mal pra cacete), não duvido que um cara bom de mira faça mais rápido ainda. Os gráficos não são lá muito impressionantes, mas a ambientação é suja e feia, então acaba funcionando.

O jogo tem praticamente só dois bosses eu acho (um zumbi fortão e um inseto gigante), mas o fluxo de ação é tão gostosinho que eu nem senti falta de outros, os mobs mesmo deram pro gasto.

Os três finais são legais e bem diferentes entre si, e a cena pós credito fecha bem a história. Provavelmente se eu pensar muito sobre como a viagem no tempo funciona eu vou achar furo, MAS durante o jogo tudo pareceu bem amarradinho. E olha que eu sou chato com viagem no tempo.

O sistema de progressão de poderes e upgrade para armas é bem fácil e simples de fazer, e eu pude adaptar ao meu próprio estilo de jogo. Nunca acertei fazer a rajada de força ou desintegrar os inimigos, MAS pude fazer minha build de Tank carregando uma escopeta, a metranca do Rambo e usando Deadlock (que era tipo um campo de força).

De defeito, aponto o protagonista silencioso que nem fedia e nem cheirava ATÉ chegar no final, por que fazer a escolha sem ter tido nem uma gota de personalidade vinda do Renko deixa a experiência mais sem graça. Talvez eu tivesse tido mais escolhas durante o jogo para eu mesmo definir a personalidade do protagonista OU ele tivesse tido algumas falas para deixar uma dualidade no caráter dele o final teria sido mais chocante.

Outro problema é a ausência de legendas. Eu falo inglês fluentemente, MAS tentar entender inglês com sotaque russo durante um tiroteio enquanto uns zumbis radiotivos gritam é meio que difícil.

Por fim, eu acho que a história usar aquele velho arquétipo do militar soviético malvadão que quer dominar o mundo muito meme. Primeiro por que a grande nação terrorista e maníaca por poder que vai tentar dominar o planeta impondo suas crenças e cultura e quando não conseguir vai meter bala é OS ESTADOS UNIDOS. Segundo que isso torna a escolha final muito fácil, por que se aliar com o maníaco depois de passar o jogo inteiro tentando deter ele fica meio desconexo.

Jogando em 2023 o multiplayer não existe, então vou só ignorar ele mesmo.

Super recomendo.

Depois do final completamente anticlimático de AC: Revelations eu meti a cara e comecei o AC3 pra ver se eu tinha uma sensação de fechamento para a história que eu estava acompanhando. Infelizmente pra mim eu troquei um final ruim por outro final um pouco menos ruim. MAS, como o que vale não é o fim e sim a jornada, vamos a uma análise da jornada.

AC3 morre um pouco pra mim por se passar durante a guerra de independência dos EUA, por que eu meio que estou pouco me fodendo pra os EUA, mas se recupera quando o protagonista é um indígena puto pra caralho. Foi nessa esperança de ver esse protagonista badass ficando cada vez mais badass que eu terminei o jogo, mas infelizmente o Connor perde muito o brilho com o andar da narrativa, chegando a parecer um completo incompetente da sequência 7 ou 8 pra frente.

Já que o protagonista não cativou tanto, troquei o foco para o Haytham e o Desmond. Haytham é legal apesar de um pouco inconsistente (creio que chegando no Rogue isso melhora) e Desmond está mais interessante que nunca, mas poderia ter tido um aproveitamento tããão maior. Ainda sim, as quests dele são muito divertidas e de longe os melhores momentos do jogo.

Sobre os vilões, eu diria que são bem pouco interessantes e maus só por que sim, e com exceção do Haytham, que tem muito mais personalidade, só não tem profundidade mesmo.
AC3 tem o mesmo problema que todos os antecessores: uma porrada de personagem secundário aparentemente interessante mas que o jogo vai esquecendo dele.

Os "aliens" da primeira civilização aqui pela primeira vez são bem aproveitados na narrativa e fazem algum sentido. Queria que eles tivessem aparecido dessa forma nos antecessores também.

No mais, o que esse jogo tem de bom é bem bom. As cidades são muito vivas, tem sidequest até umas horas (que dessa vez eu pulei), a caça e a batalha naval são pelo menos OK e o modo história é bem fluido e de fato interessante. A narrativa é bem feita o suficiente para te fazer continuar na esperança de um fechamento digno. Esse fechamento não vem, MAS você vai ter esperança enquanto joga. O final amarga a experiência, mas o caminho até lá é deslumbrante.