Apesar dos puzzles não serem tão bons e basicamente dependerem de tentativa e erro, o que carrega esse jogo é a narrativa e seus visuais. Nunca vou me esquecer de quando o developer de Distraint me respondeu no twitter agradecendo por recomendar esse jogo para outra pessoa quando tinha 14 anos, definitivamente é um jogo memorável pra mim.
Prós:
+ Visuais
+ Trilha sonora
+ História e discussões
Contras:
- Puzzles
- Acabamento de Interface

Nota: 7/10

De início é bom deixar claro que apesar do jogo ser gratuito e antigo, ele não deixa de ser uma das melhores experiências de terror da década passada.

O que de longe mais me impressionou nesse jogo foi seu game design masterpiece que consegue te fazer se borrar de medo só com a forma como os bichos são posicionados no mapa, sem uso de jump scares ou qualquer outra forma de assustar barata (edit: na real esse jogo tem um jump scare bem apelativo logo no início dele, mas tirando esse caso, não me lembro de ter mais).
Além do game design, a trilha sonora, o design dos monstros e a história intrigante desse jogo são um ponto bem alto.

Apesar de todos esses pontos positivos, alguns bugs bobos podem acabar te atrapalhando um pouco na gameplay, como por exemplo as portas desse jogo que tem um raio de interação muito maior do que deveriam.
Você ser obrigado a assistir a mesma cutscene toda vez que morre pra um boss também é sacanagem. A real é que a maioria dos defeitos desse jogo são coisas tão bobinhas e fáceis de resolver que eu me questiono até se os devs deixaram isso no jogo deles propositalmente.
Outro pequeno defeito notável é o combate corpo-a-corpo com os monstros que simplesmente não funciona de tão injusto que é. Isso faz com que o jogo indiretamente te obrigue a usar uma arma de fogo.

No geral, Cry of Fear é uma ótima experiência de terror que eu recomendo muito. Definitivamente foi o jogo de terror que mais me deixou com medo. Sério mesmo, alguns sustos desse jogo são memoráveis.

Nota: 8/10

Já de cara posso falar que SIM, vale muito a pena comprar esse jogo. Além de sua enorme qualidade visual e mecânica, ele se mantém divertido e novo mesmo após muitas horas de gameplay.

Eu diria que o único defeito do jogo é o seu hud bagunçado que as vezes faz algumas palavras ficarem por cima das outras. Não sei se isso é um problema que ocorreu na tradução do jogo pra português, mas de qualquer forma as vezes deixa as coisas meio confusas. Claro, não e nada que atrapalha gravemente a gameplay, mas poderia ser corrigido em alguma atualização. De qualquer forma, Dead Cells é incrível! Compre!

Nota: 7/10

Lindo e intrigante, mas será que Yuppie Psycho é isso tudo mesmo?

Logo de início eu sou obrigado a elogiar a arte desse jogo, que além de linda, é muito inteligente. A decisão de fazer os sprites dos personagens serem mais simples e com poucos pixels é muito boa, porque isso facilita a criação de um maior número de animações com mais fluidez para cada uma delas, tornando o jogo esteticamente muito menos repetitivo e mais expressivo. O estilo de arte das cutscenes e dos portraits também são lindos e compõem muita identidade à arte do game.

Todo o ambiente da Sintracorp no início do jogo também é muito bom. Não só as primeiras interações com aquele lugar, como também os personagens e os mistérios são muito bem apresentados, conseguindo intrigar completamente o jogador logo no início do jogo. A decisão de deixar o player livre para explorar os andares bem no começo da gameplay também é muito legal, você sente que de fato está conhecendo o local onde o game se passa. Tudo isso faz com que as primeiras horas do jogo sejam mágicas e praticamente perfeitas.

Outro ponto positivo a ser considerado é que esse game em momento nenhum joga tutoriais mal pensados na sua cara. Toda instrução de jogabilidade e mecânica dada ao jogador é muito espontânea. Isso anula completamente a possibilidade da experiência parecer maçante.

Por mais que Yuppie Psycho saiba fazer um ótimo início de jogo com mistérios maravilhosos, a resposta que ele dá aos mesmos é bem fraca. O final do jogo deixa muito a desejar e os plots com as respostas dos mistérios, por mais que sejam legais, não tem tanto impacto. Eu sinto que se algumas revelações importantes da história fossem reveladas de uma forma mais dramática ou melhor dirigida, eu iria curtir muito mais o final do game, mas não foi o caso. Com certeza a conclusão da história não atende às expectativas que a mesma cria no seu início. Falo isso tudo com muito peso no coração porque eu tava completamente apaixonado pela história no início dela, mas... fazer o que né?

Além da história, outro ponto a se criticar é o posicionamento de alguns itens desse jogo que chegaram até a atrapalhar o meu progresso pra fazer um dos finais. Teve um momento em que eu tive que literalmente voltar o meu save porque eu não peguei UMA caixa (item insignificante) que era obrigatória para concluir um dos finais que eu queria.

Apesar de seus defeitos, Yuppie Psycho é sim um jogo muito bom e que eu recomendo bastante. Muito acima de seus problemas, a história desse jogo levanta discussões super relevantes em seu subtexto que com certeza deveriam ter mais atenção na nossa sociedade. É muito clara a dedicação e o carinho que os devs desse game colocaram nele e eu espero fortemente que o próximo jogo dessa equipe (Baroque Decay) seja espetacular, tendo em conta que eles melhoram muito a cada jogo publicado.

Nota: 7/10

Simplesmente o melhor roguelike da história. Desde a versão de 2011 esse jogo já se mostrava interessante, aqui ele está perfeito. Eu poderia jogar mais de 500 horas disso fácil sem enjoar, porque além de infinito, Binding Isaac é incrivelmente bom.
Prós:
+ Arte
+ História
+ Fator Replay
+ Trilha Sonora
+ Gameplay
Contras:
- Não tem

Nota: 10/10

Dark Souls 2 não é tão ruim quanto você pensa.

Muito se falou na época de lançamento desse jogo e se fala até hoje sobre ele ser meio merda e, sinceramente, eu entendo perfeitamente quem pensa dessa forma. Ao colocar esse Dark Souls ao lado de qualquer um da franquia é perceptível a diferença de qualidade. Realmente parece que o Miyazaki (criador de Dark Souls que não participou diretamente da criação desse) consegue deixar bem marcada sua própria identidade nos jogos que ele faz. Porém, por mais que esse segmento da franquia não seja tão bem visto, ele não é completamente descartável e tem sim seus pontos positivos.

A essência da exploração e progresso de um jogo Dark Souls está presente aqui e funciona muito bem. Cada área nova tem suas particularidades e é interessante vislumbrar esse mundo pela primeira vez, seja descobrindo um lugar novo que você não conhecia ou interagindo com os NPCs e entendendo suas histórias.

Inclusive, esse é outro ponto memorável desse jogo, os NPCs. Cada um deles tem uma história interessante e legal de se ouvir, além de muita presença e carisma. Existem também alguns plots que acontecem com esses personagens ao longo do jogo que são realmente ótimas ideias atribuídas a personagens que poderiam muito bem ser tão triviais.

Além disso, existem vários cenários muito bonitos que são dignos de apreciação quando você os observa de longe e algumas áreas específicas que são visualmente muito bem pensadas.

Outra coisa que se salva nesse jogo é sua história que, apesar de não ser intrusiva (assim como todos os outros jogos da franquia), é bem legal e vale a pena pesquisar sobre ela na Internet.

Eu resolvi listar as coisas boas do game primeiro pra quebrar um pouco a ideia de que ele é 100% ruim, mas realmente, seus pontos negativos não tem como ser ignorados.

Para começar, o fator "difícil" desse jogo é simplesmente ridículo. Diferentemente dos outros jogos da franquia em que a dificuldade está atribuída a um game design bem planejado e lutas com chefes que possuem coreografias bem pensadas onde você precisa decorar os padrões do inimigo para vencê-lo, a dificuldade desse jogo é unicamente resumida em quantidade. O que mais acontece nesse jogo é você estar tranquilo lutando com o chefe da área um a um, até o meliante do nada tirar um espelho mágico do cu e invocar quinze bixo diferente pra te atacar ao mesmo tempo. Eu não tô brincando, 90% dos chefes dessa joça quando não tem uma hit box bizonha de grande, tem várias crias insuportáveis que só servem pra tampar o fato de que os desenvolvedores tiveram preguiça de fazer uma boss fight bem feita (isso pode ter acontecido por falta de recursos na produção também, nunca se sabe). Para falar a verdade, os únicos chefes realmente bons desse game não são nem do jogo principal e sim das DLCs.

Outra coisa ruim que eu não pude deixar de notar nesse jogo é que o design dos inimigos são bem abaixo do padrão Dark Souls. A verdade é que a maioria deles se resumem a monstros com armaduras, sem muita criatividade. Alguns são grandões, outros baixinhos, mas todos são simplesmente genéricos. Até quando aparece um bixo que não é só um monstro de armadura e tem alguma coisinha diferente, não é bom de verdade. Todos são medianos pra baixo.

Agora que eu pontuei toda minha opinião sobre esse game, eu posso finalmente dizer que apesar de tudo, Dark Souls 2 é um jogo legal. Eu não digo isso só por ele ter sido meu primeiro Souls Like, ele é genuinamente um título em que você pode ter boas experiências. Eu mesmo tenho mais de 150 horas nele e não fiz tudo que eu podia ter feito, ele ainda pode ser divertido. Fato é que esse é o pior Dark Souls, mas ser o pior em uma franquia incrível como essa não significa necessariamente que seja um jogo, no geral, ruim. Recomendo!

Nota: 7/10

Esse jogo é uma das memórias mais antigas que eu tenho e muito provávelmente foi um dos primeiros contatos que eu tive com um vídeo game, por isso farei essa review com todo amor e carinho do mundo.

Começando com o básico: a arte, as músicas e as ideias desse jogo são bem legais, principalmente as dos poderes. A ideia de juntar os elementos coletados dos inimigos e ir descobrindo aos poucos o que a mistura de cada um faz é linda. Essa mecânica intriga o jogador logo de cara a descobrir os elementos por conta própria, sem ser maçante ou tediosa, de maneira que uma criança conseguiria facilmente ficar entretida. A maioria dos poderes são bem divertidos e criativos, além de serem muitos. Existem tantas misturas de elementos nesse game que alguns deles eu só fui descobrir que existiam já quase zerando o jogo.

Já na parte da história eu devo dizer que fiquei um pouco decepcionado. A ideia daqueles olhos bizarros do inicio possuindo os amigos do Kirby é tão legal que poderia ter sido mantida o jogo inteiro. Eu adoro esse balanço que alguns jogos/desenhos fazem de misturar algo infantil com bizarro, pena que aqui os devs resolveram descartar essa ideia e usá-la só no primeiro mundo. Definitivamente uma boa ideia que foi mal aproveitada (até porquê o resto dos chefes são bem genéricos e esquecíveis).

A decisão de ter feito o Kirby conhecer todos os amiguinhos dele no primeiro mundo logo de cara também é bem mal pensada. Seria muito mais interessante se ele encontrasse esses personagens ao longo dos mundos e que seus minigames aparecessem só depois que ele salvasse eles. A real é que os desenvolvedores colocaram todas as melhores ideias no primeiro mundo e fizeram com que os outros 5 ficassem bem mais genéricos e repetitivos.

Algo que também me deixou meio indignado é como o game design desse jogo não aproveitou do jeito certo sua principal mecânica: os poderes. Colocar momentos em que você é obrigado a estar com uma mistura de elementos específica para pegar um cristal é ridícula. O jogo deveria recompensar o player por descobrir cada mistura de poderes do seu próprio jeito e ritmo e não puni-lo por não estar com uma mistura completamente random num momento extremamente aleatório.

Anyway, é muito louco estar fazendo uma review com 18 anos de um jogo que eu joguei quando eu tinha 4. Kirby 64: The Crystal Shards marcou minha infância e por isso eu guardo ele com muito carinho no coração. Toda vez que meu pai colocava esse game no emulador de nintendo que tinha num PC velho lá em casa, eu brilhava meus olhos e ficava encantado com a possibilidade de poder misturar vários poderes diferentes e usá-los. Eu era tão novinho quando eu joguei isso que eu nem sabia o que era Kirby e me referia a ele como "o jogo da bolinha rosa". Mesmo assim, as lembranças de eu jogando esse game ficaram tatuadas na minha mente pra sempre. Hoje, depois de 14 anos eu pude rejogá-lo inteiro e me aproximar daquele lado mais infantil e inocente que eu tinha deixado pra trás através das memórias que antes estavam soterradas. Reatar fases da vida através de uma experiência com um jogo, isso sim é arte, e Kirby fez isso com excelência na minha vida.

Nota: 6/10

terminei com minha namorada e estou triste

Cura de um dia ruim, essa é uma das primeiras coisas que vem à minha cabeça quando penso nesse jogo e, com certeza, não sou o único que pensa assim. O fato de Stardew Valley ser tão relaxante e gostoso de jogar se deve ao seu game feel quase perfeito. As músicas, os sons, as mecânicas... Tudo nesse jogo anda em harmônia para fazer você ter uma boa sensação jogando ele. Aqui não existe muita cobrança ou punições severas, somente um ambiente calmo e confortável. As vezes você pode se deparar com uns probleminhas na jogabilidade ou em algumas outras coisinhas mas, no geral, esse jogo é maravilhoso. Sinta-se abraçado por ele.

Nota: 9/10