Carregar a chama do primeiro jogo pra esse com certeza não seria uma tarefa fácil, mas estamos falando de Hidetaka Miyazaki amigos. Assim como o primeiro Dark Souls, esse aqui é uma absoluta aula de video game. A única coisa que me incomodou um pouco foi o level design que se comparado ao primeiro jogo, deixa a desejar, mas esse pequeno defeito é completamente suprimido quando as melhores boss fights de toda a franquia estão presentes aqui. Dito isso, Dark Souls 3 é masterpiece.

Nota: 10/10

Os devs desse jogo simplesmente meteram 4 jogos em 1. Não bastando ser um Card Game super divertido, Inscryption consegue se superar a todo momento mostrando que sempre da pra ir além e pensar um pouco mais fora da caixa.

Nota: 8/10

Que jogo G E N I A L

Eu simplesmente não consigo escrever uma review analisando a parte técnica desse game porque ele foge de tudo que nós já conhecemos sobre essa mídia. Quanto mais eu penso sobre ele, mais incrível ele fica. Apenas jogue e entenda o que quero dizer.

Nota: 10/10

Esse jogo ser considerado o Ultimate Game of All Time não me surpreende nem um pouco, ele merece esse título. Não só porque tudo nesse jogo é ótimo, mas também porque ele pega todos os conceitos e ideias que fazem o video game ser o que é desde sua criação até os dias de hoje e dá um significado completamente único pra eles. Mas o que de longe mais me encanta nele é a forma como sua narrativa se mescla com seu game design, criando uma mensagem poderosíssima sobre persistência. Dark Souls é masterpiece.

Nota: 10/10

Tudo nesse jogo me apaixona. Sua história, visual, personagens, mensagem... Até o jeito como ele brinca com suas próprias mecânicas e limitações me encanta. Undertale é sem exagero uma obra prima de jogo.

Nota: 10 - apesar de que um número ainda é muito pouco pra definir algo que mudou minha vida.

Simplesmente o melhor roguelike da história. Desde a versão de 2011 esse jogo já se mostrava interessante, aqui ele está perfeito. Eu poderia jogar mais de 500 horas disso fácil sem enjoar, porque além de infinito, Binding Isaac é incrivelmente bom.
Prós:
+ Arte
+ História
+ Fator Replay
+ Trilha Sonora
+ Gameplay
Contras:
- Não tem

Nota: 10/10

Apesar dos puzzles não serem tão bons e basicamente dependerem de tentativa e erro, o que carrega esse jogo é a narrativa e seus visuais. Nunca vou me esquecer de quando o developer de Distraint me respondeu no twitter agradecendo por recomendar esse jogo para outra pessoa quando tinha 14 anos, definitivamente é um jogo memorável pra mim.
Prós:
+ Visuais
+ Trilha sonora
+ História e discussões
Contras:
- Puzzles
- Acabamento de Interface

Nota: 7/10

Esse é aquele tipo de jogo que tu joga depois de um dia cansativo e só quer montar uma fazendinha de slime sem muito compromisso enquanto ouve um podcast. Ele é super divertido, relaxante e lotado de mecânicas que não deixam ele enjoativo facilmente.
Prós:
+ Grande variedade de slimes
+ Músicas e Ambientação
+ Mecânicas extras
Contras:
- Falta de upgrade na quantidade de armazenamento da Vacpack quando está avançado no jogo

Nota: 7/10

Esse jogo definitivamente faz jus ao popular título que ele tem de pai dos jogos indie. Saber que um cara sozinho fez isso tudo em 1999, numa época em que o termo jogo independente nem existia, é muito inspirador. Todo o carinho e amor atribuídos ao desenvolvimento desse game é nítido em todos os momentos dele. A gameplay funciona muito bem e é super divertida, o level design é muito inteligente sabendo ser justo com o jogador e principalmente, a história tem um ritmo muito bom e é super envolvente. Alguns personagens e situações poderiam ter sido melhor construídos, o save manual as vezes atrapalha e o fato de você ser obrigado a ver os mesmos diálogos de uma boss fight toda vez que morre é bem chato mas, mesmo assim, todos esses defeitos podem ser relevados por causa da época que o jogo foi lançado. Eu achei o game muito divertido do início ao fim e posso afirmar que com certeza, o mesmo envelheceu super bem.

Nota: 7/10

Esse jogo é uma delícia, papo reto. Os sons, as músicas, o ambiente... Tudo é super aconchegante e receptivo, queria eu estar naquele café. Mas o ponto que mais se destaca nesse jogo é sem dúvidas a construção e o desenvolvimento dos personagens. Apesar desse jogo se passar num mundo fantasioso, todos os temas e discussões abordados pelos personagens remetem diretamente ao mundo em que a gente vive e, por isso, é impossível você não acabar se identificando com pelo menos um deles. A única coisa que eu acho que poderia ter sido melhor é o sistema de café, que muitas vezes exige que o jogador acerte o pedido do cliente na pura sorte. Esse sistema até que faria sentido se os clientes pedissem sempre a mesma bebida, porque aí você iria aprender de pouco em pouco como fazer o pedido de cada um deles, mas os personagens estão sempre mudando os pedidos então você fica muitas vezes dependendo da sorte de acertar os ingredientes. De qualquer forma, eu fiquei realmente intrigado com a história e com certeza irei jogar a continuação.

Nota: 7/10

Eu sei que muita gente curte muito esse jogo, mas sinceramente, minha experiência com ele foi bem ruim. A história e as dublagens dos personagens são sem sombra de dúvidas os pontos mais altos desse game, mas eles são rapidamente suprimidos pela quantidade de coisa que acontece nesse jogo o tempo todo. Existem momentos em que você precisa diminuir o volume de certas coisas numa história para valorizar outras e BioShock claramente não soube fazer isso. Foram vários os momentos em que enquanto aconteciam plots e cenas super dramáticas, eu não conseguia prestar atenção nelas porque vinham alguns inimigos completamente random pra atrapalhar. Eu sinto que esse jogo tentou adicionar tanta feature e abraçar tanta ideia diferente que ele virou um Frankenstein e, as vezes, menos é mais. Se o jogo focasse mais na narrativa e fosse para um lado mais survival horror onde você não precisa dar 10 tiros no inimigo mais fraco pra ele morrer, ele seria 100 vezes melhor. O ritmo da narrativa e o game design também são pontos bem baixos aqui. Minhas expectativas pra esse jogo estavam muito altas e me doeu muito ver tantos conceitos e discussões tão interessantes serem mal aproveitadas.

Nota: 6/10

Uma das narrativas mais lindas que já vi em um vídeo game. É normal jogar um jogo da franquia de God of War esperando algo incrível, mas esse jogo foi além. A decisão de transcrever as relações dos deuses mitológicos para conflitos familiares foi perfeita para fazer uma história baseada no desenvolvimento dos personagens. Eu acho incrível como a história desse game consegue fazer o Kratos, um personagem tão antigo, continuar se desenvolvendo tão bem, sem ficar pra trás. A relação dele com o Atreus cresce tanto nesse jogo, trazendo momentos tão lindos, que eu não consegui conter minhas lágrimas em uma das cenas deles. Tanto os personagens antigos como os novos tem boas construções e desenvolvimentos, sempre trazendo consigo mensagens e discussões dentro de suas histórias, por isso eu achei esse jogo tão lindo. Apesar de ter o nome de uma guerra no subtítulo desse game, ele é acima de tudo, uma história sobre pessoas e relações. Na minha sincera opinião, esse é o ápice de God of War até agora. A gameplay de combate está melhor do que nunca, jogar tanto com o Kratos quanto com o Atreus é uma delícia. No início do jogo o ritmo da história dá umas freiadas e a quantidade de diálogos expositivos é um ponto negativo, mas isso não estraga a grandiosidade que esse jogão é.

Nota: 9/10

Cura de um dia ruim, essa é uma das primeiras coisas que vem à minha cabeça quando penso nesse jogo e, com certeza, não sou o único que pensa assim. O fato de Stardew Valley ser tão relaxante e gostoso de jogar se deve ao seu game feel quase perfeito. As músicas, os sons, as mecânicas... Tudo nesse jogo anda em harmônia para fazer você ter uma boa sensação jogando ele. Aqui não existe muita cobrança ou punições severas, somente um ambiente calmo e confortável. As vezes você pode se deparar com uns probleminhas na jogabilidade ou em algumas outras coisinhas mas, no geral, esse jogo é maravilhoso. Sinta-se abraçado por ele.

Nota: 9/10

terminei com minha namorada e estou triste

Esse jogo é uma das memórias mais antigas que eu tenho e muito provávelmente foi um dos primeiros contatos que eu tive com um vídeo game, por isso farei essa review com todo amor e carinho do mundo.

Começando com o básico: a arte, as músicas e as ideias desse jogo são bem legais, principalmente as dos poderes. A ideia de juntar os elementos coletados dos inimigos e ir descobrindo aos poucos o que a mistura de cada um faz é linda. Essa mecânica intriga o jogador logo de cara a descobrir os elementos por conta própria, sem ser maçante ou tediosa, de maneira que uma criança conseguiria facilmente ficar entretida. A maioria dos poderes são bem divertidos e criativos, além de serem muitos. Existem tantas misturas de elementos nesse game que alguns deles eu só fui descobrir que existiam já quase zerando o jogo.

Já na parte da história eu devo dizer que fiquei um pouco decepcionado. A ideia daqueles olhos bizarros do inicio possuindo os amigos do Kirby é tão legal que poderia ter sido mantida o jogo inteiro. Eu adoro esse balanço que alguns jogos/desenhos fazem de misturar algo infantil com bizarro, pena que aqui os devs resolveram descartar essa ideia e usá-la só no primeiro mundo. Definitivamente uma boa ideia que foi mal aproveitada (até porquê o resto dos chefes são bem genéricos e esquecíveis).

A decisão de ter feito o Kirby conhecer todos os amiguinhos dele no primeiro mundo logo de cara também é bem mal pensada. Seria muito mais interessante se ele encontrasse esses personagens ao longo dos mundos e que seus minigames aparecessem só depois que ele salvasse eles. A real é que os desenvolvedores colocaram todas as melhores ideias no primeiro mundo e fizeram com que os outros 5 ficassem bem mais genéricos e repetitivos.

Algo que também me deixou meio indignado é como o game design desse jogo não aproveitou do jeito certo sua principal mecânica: os poderes. Colocar momentos em que você é obrigado a estar com uma mistura de elementos específica para pegar um cristal é ridícula. O jogo deveria recompensar o player por descobrir cada mistura de poderes do seu próprio jeito e ritmo e não puni-lo por não estar com uma mistura completamente random num momento extremamente aleatório.

Anyway, é muito louco estar fazendo uma review com 18 anos de um jogo que eu joguei quando eu tinha 4. Kirby 64: The Crystal Shards marcou minha infância e por isso eu guardo ele com muito carinho no coração. Toda vez que meu pai colocava esse game no emulador de nintendo que tinha num PC velho lá em casa, eu brilhava meus olhos e ficava encantado com a possibilidade de poder misturar vários poderes diferentes e usá-los. Eu era tão novinho quando eu joguei isso que eu nem sabia o que era Kirby e me referia a ele como "o jogo da bolinha rosa". Mesmo assim, as lembranças de eu jogando esse game ficaram tatuadas na minha mente pra sempre. Hoje, depois de 14 anos eu pude rejogá-lo inteiro e me aproximar daquele lado mais infantil e inocente que eu tinha deixado pra trás através das memórias que antes estavam soterradas. Reatar fases da vida através de uma experiência com um jogo, isso sim é arte, e Kirby fez isso com excelência na minha vida.

Nota: 6/10