O mais fraquinho dos Kirbys. Como o resto da série, Squeak Squad tem o seu charme, e algumas habilidades possuem usos bem criativos para colecionar segredos (Que pra mim foi a única parte remotamente desafiadora, e nem é pra tanto tbm), mas no geral ele não consegue - bom, nem tenta - se comparar com o melhor do Kirby 2D, nem tenta algo novo como um Canvas Curse. Jogue Superstar Ultra.

Há um sentimento entre todos os que eu converso sobre Ace Attorney de que a série atingiu seu pico na primeira trilogia e, por mais que não queira, infelizmente me encontrei concordando com eles. Apollo Justice pode ter tido uma má recepção devido aos seus casos que necessitam de pensamentos mirabolantes pra resolver, mas eu acabei preferindo ele do que Dual Destinies - Os casos não te cativam quanto nos outros jogos e os novos personagens não me impressionaram quanto os anteriores, e acho que muito disso tem a ver com a mudança dos visuais para modelos 3D, e a perda de muito do carisma do jogo no processo. Recomendo apenas pra quem jogou a trilogia original e gostaria de mais, mas não vá esperando nada da mesma qualidade.

É uma ideia fantástica executada com uma identidade bem única, mas a junção dos seus dois gêneros podia ser melhor implementada e resulta em um gameplay loop simplório que eu não tive muita vontade de me aprofundar. Um exemplo: cada nível apresenta vários desafiozinhos que ditam a progressão do jogo - uma herança dos Tony Hawks, onde (até onde eu lembro) também eram necessários para progredir no jogo. A diferença aqui é que esses desafios de fazer manobras e truques bacanudos se encaixam perfeiramente em Tony Hawk (jogos sobre fazer manobras e truques bacanudos) e não em Rollerdrome (jogo onde os truques bacanudos são uma ferramenta para recarregar munição e o objetivo principal é matar carinhas) então acabam parecendo mais encheção de linguiça do que era pra ser.

Apesar disso eu diria que vale a pena tentar se a premissa te interessa, pra mim o seu ponto mais forte foi jogar pelo ranking - Rollerdrome recompensa não só pensamento rápido mas também planejamento de rotas e posicionamento de inimigos, e é muito gratificante você botar em prática seu flowchartzinho em cada nível e receber um S rank no final.

Não diria que existe muita experimentação em seu combate, mas é legal descobrir e otimizar as melhores maneiras para lidar com os inimigos mais chatinhos (Depois que você descobre que o tiro de sniper carregado dá 1-hit kill no lek do raio lazer o jogo fica bem mais doido). Além disso, também não senti que o kit de armas proporciona muita experimentação ou criatividade vinda do jogador, as 4 armas tem usos distintos e limitados se comparar com armas de outros character actions. Isso combinado com o comportamento unidimensional dos inimigos e o foco em recompensar trajetos bem planejados deixa claro porque não existe um modo sem fim estilo Cybergrind aqui, mas po se a gente tá falando de outros modos de jogo faltou um level editor igual nos Tony Hawk hein... just saying... it would go hard...

Foi mal dedé this ones gotta go

Por mais que eu acredite, como muitos outros, que Tetris é um jogo fundamentalmente perfeito, o jogo nunca foi exatamente uma experiência visual deslumbrante. Não tem nada de errado com ele, é só que o foco do jogo nunca foi esse. Visual é talvez o aspecto mais importante de Tetris Effect, transformando o clássico em uma nova experiência cheia de vida, com visuais, música e efeitos que complementam cada um de seus 35 temas. Pessoalmente, achei que, embora bem bonitos, os visuais não adicionam muito à experiência quanto eu pensei, apesar de que esse deve ser o caso quando se joga por VR. O que me prendeu no jogo foi a mecânica de Zone, que faz você jogar com outros olhos, procurando oportunidades para pontuar que não existiam no jogo antigo. É uma grande adição ao clássico gameplay dos jogos antigos, que embora adultera com o santo e sagrado clockwork perfeito do original, é interessante o bastante para te prender por um tempo. Se você tem um interesse mínimo por tetris vai gostar desse jogo, ainda mais se tiver acesso à VR.

2020

ITTA foi uma experiência diferente do que achei que teria, e acabei me surpreendendo com certos aspectos do jogo, por bem e por mal. Pra um boss rush bullet hell, o "setting" do jogo me interessou bastante, embora a narrativa em si não seja nada demais. A apresentação do jogo também merece elogios, o pixel art maravilhoso e a música fazem um bom trabalho de vender esse mundo e seus habitantes. Também não esperava elementos de metroidvanias como obstáculos que precisam de items específicos e paredes que explodem com bombas a la zelda. Apesar disso, o próprio bullet hell foi um pouco mal trabalhado, ao meu ver, alguns bosses não telegrafam seus ataques como deveriam, e deixam um gosto ruim mesmo depois de vencidos. Independente disso, gostei bastante do meu curto tempo com ITTA, e acho que se você se interessar pelo que vê em trailers do jogo, também gostaria.

They don't call it a metroidvania for nothing

Merece mais uma estrela em uma jogatina casual: a Toys for Bob arrasou no level design, o artstyle é fantástico, os novos personagens são divertidos de jogar e são diferentes o suficiente do Crash e adorei o humor e as referências à jogos antigos.
No entanto, como alguém que conseguiu 100+% na antiga trilogia devo dizer que estou extremamente desapontado com os requerimentos absurdos para completar tudo o que ele tem a oferecer. Quando você é obrigado a jogar os mesmos níveis 4 vezes (no mínimo) para conseguir todas as gemas, você começa a perceber os erros do jogo em destaque, principalmente o já mencionado sistema de gemas. A colocação das caixas nesse jogo é a pior de toda a série, cheio de caixas escondidas em lugares facilmente despercebidos sem nenhuma dica, ou só acessíveis através de leaps of faith, que aliás são desencorajados graças à gema de 3 mortes. O sistema de níveis invertidos e de fases que começam pelo ponto de vista de outro personagem são ótimas ideias em teoria, mas são mal executadas graças ao fator repetitivo de executar a mesma fase mais uma vez.
Se quiser um plataformer divertido com um ótimo desafio, jogue, mas pela primeira vez na série não posso recomendar você a se aprofundar nos colecionáveis.

Bem vibes based, o forte de Fatum Betula é sua bela ambientação inspirada em PS1 e N64, o próprio criador do jogo disse que um de seus focos foi justamente a ambientação, e nesse aspecto eu não tenho nada além de elogios. O mapa em si não segue uma lógica espacial, o que me deixou ainda mais animado para conhecer todos os seus diferentes biomas, complementados pela bela sonoplastia de tudo: O quebrar das folhas no chão de uma floresta no outono, a estática do rádio durante uma caminhada por um subúrbio infinito, o barulho da água correndo pelas paredes de uma catedral. O forte de um jogo com uma estética como essa é que você presta atenção para cada pequeno detalhe.

Além disso, Fatum oferece um simples quebra cabeça, uns diálogos engraçados e umas perguntas existenciais, é uma experiência bem legal que chega a ficar um pouquinho repetitiva em jogatinas adicionais para conseguir os outros finais. Na minha opinião, vale a pena se quiser testemunhar todos os cantinhos da obra.

FINAIS FAVORITOS: 5 e 8

caí na lorota do villani
good game tho

toda vez que eu lembro desse jogo eu tenho um calafrio

They really weren't joking when they called this "endless"

Sem alma, sem ambição, a definição de um filler

É o RPG mais genérico de todos e por bom motivo, já que Dragon Quest basicamente inventou o gênero de RPG como conhecemos. O que mais me surpreendeu no jogo - e na saga toda, i guess - é a honestidade. Ele não tenta ser nada além do que é: um RPG longo e gerérico, mas é por isso que consegue refinar tão bem uma fórmula anciã. Tudo é extremamente bem feito e carinhosamente trabalhado, a única exceção sendo a música que está presa em forma MIDI graças ao compositor do jogo, ironicamente também antiquado, para dizer o mínimo. Apesar disso, dá pra ver que os devs tem muito amor e respeito pela série, e é difícil não apreciar e, se estiver disposto, também se apaixonar por esse RPG genérico.