Estamos aqui novamente para mais uma review de um clássico do PS2, aquele que marcou o início de uma saga aclamada até os dias de hoje.
Pessoal, hoje irei comentar sobre God of War 1.


Tendo como foco um público adulto por conta de suas inúmeras cenas de violência e estória mais pesada, God of War chegou ao PS2 em 2005 como um jogo do gênero "Hack and Slash", porém, sem muitas pretensões, ele acabou rapidamente se tornando um exemplo perfeito de como começar uma franquia usando uma mecânica não muito utilizada na época.
A estória de GOW 1 se resume ao Kratos, personagem principal, estar trabalhando junto dos deuses do Olimpo, junto de Athena, para derrotar Ares que está causando destruição em Atenas. A única forma de acabar com o Deus da Guerra é indo atrás da Caixa de Pandora, pois ela tem o poder necessário para eliminar Ares.
Em paralelo a isto, Kratos quer esquecer algo que ele cometeu no passado e se vingar de Ares enquanto ajuda os outros deuses, mas tais detalhes são revelados conforme o jogador avança pelo jogo.


Os gráficos são incríveis até os dias atuais, cada detalhe entre os mapas interconectados só aumentam ainda mais o sentimento de parar um pouco e analisar o cenário naquele momento.
E não apenas o cenário se destaca, pois temos os gráficos dos efeitos das armas e magias que Kratos carrega até o final da jornada. Cada uma delas após elevarmos os seus respectivos níveis apresentam novas cores ou intensidades mais fortes do que foram apresentadas inicialmente. Pode até parecer algo bobo, mas é um detalhe visual que te faz se sentir bem ao investir orbes naquele equipamento, te faz sentir o poder aumentando.


As músicas parecem que foram tiradas de algum filme, não é possível que tamanha sonoplastia esteja tão viva em um jogo ao ponto de tornar a sua experiência ainda mais memorável.
Algo que é possível de notar após jogar por muitos dias e não estar com o volume da TV no 0, é que a trilha sonora se baseia na música do menu do jogo. Sim, no menu. Ao decorrer da aventura somos apresentados a várias trilhas sonoras, mas todas elas tem essa música como o pilar central.
Ao longo de 9h-10h você não irá se enjoar dessa apresentação sonora, pois ela acaba se tornando uma característica para inícios de combate ou descoberta de novas áreas, praticamente a mesma sensação de estar jogando The Legend of Zelda, encontrar um baú e aquela clássica música começar a tocar.


O combate do jogo é perfeito usando as mecânicas de Hack and Slash em sua forma mais pura.
Você não usa apenas as "Lâminas do Caos" e sim várias outras como um espadão, raios, choques, petrificação, parry e almas de Hades (a magia mais quebrada desse jogo). Tantos combos nascem e se estendem com tamanha facilidade com a progressão da evolução das armas que chega a ser satisfatório, e até mesmo rolar se torna um ataque.
Absolute Cinema.

Mesmo após você terminar o game, ele te deixa aquele gosto amargo de "eu poderia ter combinado este atk com aquele outro?"
É uma curiosidade que te faz querer rejogar o game e ficar testando essas possibilidades.
Eu confesso que eu sou uma negação com as mecânicas de Hack and Slash, mas é aquela história:
"Aperta tudo no controle".

E por fim, mas não menos importante no combate, nós temos os QTE em inimigos atordoados. Tais QTE se resumem a você chegar em um inimigo com "ㅇ" (círculo) sob seus modelos e iniciar um mini game contra eles, e variam entre o jogador só apertar um botão rapidamente, apertar muitos em curtos espaço de tempo ou realizar sequências com o analógico (ocorrem mais com as medusas este último).


Os inimigos são até que variados apesar de serem modelos com skins diferentes, mas um que eu passei perrengue nesse jogo foram as medusas, que ódio desses bichos. O poder de petrificação delas em conjunto é estupidamente quebrado, os devs sabiam o que estavam fazendo ao colocarem 4 medusas em única sala em vários cenários.
Existem outros chatos que você encontra pelo caminho como aquele que parece uma sombra ambulante, mas cada um deles exige que você repense a sua estratégia para derrotá-los e isto é muito legal.
Cada inimigo terrestre tem seu jeito de ser derrotado, cada inimigo grande tem seu jeito de ser derrotado e cada inimigo voador tem seu jeito de ser derrotado, você só precisa saber o que é mais efetivo contra cada um deles.


Os puzzles estão bem presentes em GOW 1, mas será que eles são bem usados?
Por mais que o jogo se preocupe em equilibrar as sessões de combate com puzzles, tem alguns que beiram a loucura. Acredito que o maior exemplo disto seja aquele de você levar um NPC preso na gaiola até o alto da rampa enquanto surgem inimigos fortes para te matarem, e ainda tem o bônus de se o player não deixar o NPC em algum lugar com suporte antes de entrar em conflito, o mesmo cai toda a rampa e você é obrigado a fazer todo o trajeto novamente.
Muito frustrante.

Os puzzles até que possuem uma certa coerência dentro do contexto do game, pois a maior parte da nossa jornada se passa em um templo e era evidente de que teriam várias armadilhas para lidarem com invasores. E com a ressalva de a maioria deles serem projetados com curtos espaços de tempo, ou seja, você pode errar no máximo uma vez e não abuse da sorte.
Apesar disto tudo que mencionei o game contém uma quantidade significativa de desafios, mas acredito que poderiam ter sido melhor refinados ao sair para o público. Não são difíceis, o problema é quando o conjunto todo da obra não te ajuda a passar fluentemente, seja desde câmera mudar para um ângulo contraditório, inimigos que acordaram com o pé esquerdo ou o Kratos não conseguir ficar em uma plataforma fina sem escorregar e não agarrar nela para uma segunda tentativa.
Desculpa, me exaltei.


Os bosses são... poucos?
Sim, em GOW 1 nós temos apenas 3 bosses, sendo eles:

- Rei Hidra;
- Guardião de Pandora (Minotauro com Armadura);
- Ares.

Eu senti muita falta de um inimigo com aspecto de boss mesmo, o jogo até tenta contornar isto apresentando novos inimigos como chefes, mas nada de barra de vida ou um ar de "farei você usar tudo o que tem".

Mas calma, não ironicamente esses 3 bosses representam o começo, meio e fim da jornada.
A Hidra ensina você os comandos básicos, interações com o cenário e QTE.
O Guardião ensina que você não precisa temer um inimigo de armadura, apenas saiba onde acertar, saiba o que é mais efetivo e perceba que o boss carrega um puzzle em sua arena.
E o Ares ensina que a apelação tem nome, mas ela está em ambos os lados cof cof Almas de Hades lvl MAX.


A minha conclusão para God of War 1 pode ser enquadrada como "um ótimo começo de franquia".
Diferente de vários títulos que vão se aperfeiçoando ao longo dos anos (outros nem tanto), GOW 1 sabe se reinventar a cada nova descoberta e não ficando preso a "isso é tudo o que você verá até o fim".
A estória tem começo, meio e fim, e consigo trás ensinamentos entre conflitos internos e peso nas escolhas.
Os gráficos são bem bonitos, apesar de alguns momentos parecerem inacabados você não irá se preocupar nem um pouco com isto até o fim.
A gameplay não é enjoativa e sempre fica te apresentado novas coisas em sua primeira jogada.
Acredito que as minhas únicas reclamações seriam com os tempos de alguns puzzles serem muito curtos, a câmera em situações específicas trollar o player, a distribuição de alguns inimigos estar desequilibrada, mapa do deserto quase me fazendo desistir e o Kratos às vezes "esquecer" que ele pode agarrar onde é para ele agarrar.

God of War 1 se mostra com bastante peso nos dias atuais e é muito indicado para àqueles que queiram saber mais sobre as origens do Kratos e da série, mas adianto que é bom estarem cientes de que alguns pontos no jogo podem irritá-los ou frustrá-los.

Antes de começarmos de fato com a review, eu gostaria de agradecer por cada um que acompanhou esta mini-saga ou que acabou encontrando ela aleatoriamente pelo site. Adorei ter feito ela não só para relembrar o que eu consumia na infância, mas também para saber que tais jogos marcaram outras pessoas, fico grato por isso.
Eu planejo fazer mais conteúdo do tipo com o PS2, só que dependerá do meu tempo e vontade para que esses projetos saiam da folha de papel, entretanto, podem aguardar por mais análises extensas, eu gosto de colocar todos os detalhes que posso lembrar e sei que existem aqueles que apreciem uma leitura não monótona.
Agora, aproveitem o conteúdo de fato.



O que aconteceria se fizessem um jogo da franquia que seguisse com às mecânicas de seu fatídico título anterior e abrangesse as sessões de plataformas e puzzles? E acreditem, são MUITOS puzzles.
Bom, me acompanhem no final desta jornada de "Jogar Todos os Jogos de Ben 10 para PS2" e reviver aquela sensação nostálgica com um atual sendo crítico para o que nós, meros mortais, consumiamos.


"Ben 10 Ultimate Alien: Cosmic Destruction" sem sombra de dúvidas é o jogo mais ambicioso que a franquia pôde receber.
Lançado a quase 1 ano depois de Vilgax Attacks, este sucessor oferece algo bem melhor do que o seu antecessor.

A estória é original e simples.
Um Gigante (Way Big) do mal está atravessando o universo em uma nuvem cósmica com o objetivo de destruir tudo o que estiver em seu caminho, e adivinhem qual planeta está nessa rota... A Terra, novidade.
Para impedir que esse inimigo obtenha sucesso, Ben e seus amigos precisam viajar pelo mundo em busca das peças de um artefato chamado "Potis Altiare" criado pelos ancestrais da raça do Azmuth que, de acordo com ele, é o único meio capaz de dar conta de uma ameaça de tamanho potencial.

Curiosidade: As peças do artefato estão na Terra porque os ancestrais de Azmuth acharam que não existiria uma forma de vida inteligente o bastante para usá-las, não vou mentir, achei engraçado... e meio ofendido.
Observação: As estórias dos jogos de Ben 10 não são consideradas totalmente canônicas (praticamente nenhuma), e com esta não seria diferente, ainda mais por conter um recurso que potencialize o Omnitrix. Isso só serve para o desenvolvimento de narrativa nos jogos.


Os gráficos são uma grande surpresa, não esperava algo tão bonito desta franquia após uma mudança artística bruta. Que bom que eu "queimei a língua".
Os cenários são lindos e ricos em detalhes, as paletas de cores são bem distribuídas.
Os efeitos no geral não são lá essas coisas, porém são estranhamente aceitáveis.
Os modelos de personagens, PRINCIPALMENTE dos aliens, são os melhores que eu já vi na franquia. Até mesmo alguns podendo ter reflexão da luz se tiverem com partes metálicas em seus corpos (é claro, isto é mais nítido nas versões de PS3 e XBOX 360, porém dá para ser notado timidamente na versão de PS2).

Menção para os modelos dos humanos e do Enormossauro... são muito feios.


As músicas são um espetáculo à parte, pois cada uma delas foca em cada país que viajamos no jogo causando uma imersão maior para a experiência. Até mesmo em momentos onde estamos apenas explorando/progredindo pela fase, a trilha sonora tranquila respectiva do país consegue ficar bem encaixada no contexto.


A gameplay segue com os padrões estabelecidos em "Vilgax Attacks", com a câmera sendo livre e o player fazendo muitas coisas enquanto passa pelas fases e seus desafios internos.
O combate é na medida certa, as sessões de plataforma foram expandidas e os puzzles... estão por todos os cantos (socorro).

Bem, vamos por partes. A movimentação à primeira instância pode parecer esquisita, e de fato parece, mas conforme você vai entendendo os comandos e a velocidade do jogo, este obstáculo acaba desaparecendo logo em seguida.
O combate é um CTRL+C + CTRL+V de "Batman Arkham Asylum", pois você é cercado por um grupo variado de inimigos, você bate neles, você usa um dash até eles, eles possuem avisos de atks em suas cabeças para que o player desvie ou use um counter e por fim, mas não menos importante, quando o último inimigo é derrotado o jogo executa uma câmera lenta. Exatamente igual ao Arkham Asylum, que por sinal saiu 1 ano antes.
Mas é claro, para ficar diferenciado, este jogo de Ben 10 se apropriou de um artíficio simples de habilidades ao invés de combos, ou seja, segure um botão para abrir uma roda com 4 habilidades de cada alien e aperte nos botões em cruz na direita do controle para usar o poder. Sendo bem honesto, eu gostei bastante de tal abordagem, até porque você não precisa mais decorar combos ou forçar a memória para entender o que você acabou de usar.
As habilidades dos aliens se diferem bastante, então não tem como eu descrever exatamente um padrão para "sempre que o player apertar o ☓ o personagem fará tal ação". Ao invés disto posso colocar o básico, como:

☐ = Atk Físico;
☓ = Atk em Área;
ㅇ = Atk em Projétil;
△ = Atk em Acrobacia;

Lembrando, este esquema pode variar, então não leve como o padrão para todos os aliens.
E ainda continuando na parte de "combate", eu sinto que ele poderia ser mais impactante. Assim, do jeito que ele está funciona que é uma beleza, mas falta aquela sensação de "esse atk foi bem forte", entende?

Temos também o sistema de upgrades dos aliens.
Diferente dos outros jogos onde nós precisávamos coletar XP até encher uma barra, neste jogo nós temos "DNA Points" que são adquiridos fazendo qualquer coisa no jogo. Até mesmo quebrando vasos e túmulos... e não, não me peçam um contexto.
Você pode escolher quais aliens você quer fortalecer sem ter uma tela no meio da sua gameplay te mostrando que tal alien aprendeu um golpe novo, você decide em qual investir. Mas já logo adianto que não desbloqueamos nenhuma habilidade nova, nós apenas reforçamos os golpes já existentes, e isto pode ser um pouco perigoso já que o dano é um pouquinho desbalanceado, coisinha boba. Um exemplo disto é o player conseguir finalizar um boss com apenas 2 especiais e em 3 segundos de luta... eu comentei que era uma coisinha boba.
Mas claro, se você não quiser ver esses status e apenar curtir o jogo, existe o auto-upgrade. Usando isto o jogo distribui igualitariamente os DNA Points entre os seus aliens, exatamente igual a um "EXP.Share" da franquia Pokémon.


Os aliens são bem úteis e tecnicamente nós temos 13 à nossa disposição, mas por que eu usei "tecnicamente"? Pelo simples fato de podermos usar 10 aliens livremente, mas 2 deles são exclusivos de PS3 e XBOX 360 (1 para cada plataforma) e 1 que usamos na Final Battle. Contudo, vamos considerar 13 por enquanto só para eu não precisar me lembrar do fato de não ter um alien exclusivo na versão de PS2...
E já ia me esquecendo, em momentos scriptados no jogo, nós temos acesso as formas supremas dos aliens, sendo elas as 5 que aparecem na capa do jogo, como Enormossauro, Fogo-Fátuo, Friagem, Eco Eco e Macaco-Aranha.
Tipo assim, eu até entendo que se tivéssemos a liberdade para acessarmos as formas supremas o jogo ficaria mais fácil do que ele é, só que o fato de apenas em partes específicas termos tais formas deixa aquele gostinho amargo de "daria para terem feito mais".
Enquanto eu jogava ficava pensando que, se os devs quisessem, poderiam terem adicionado uma dificuldade "Suprema" no jogo onde tudo estaria mais difícil, mas com o diferencial de podermos acessar as formas supremas livremente, ao menos motivaria o player a querer rejogar mais o game para ter uma nova experiência.

A utilidade dos aliens nos puzzles é muito satisfatória, pois todos eles são úteis (eu me refiro aos 10 originais do jogo). O game nos limita a usarmos 4 aliens em cada fase, sendo 3 obrigatórios e 1 opcional. Entretanto, isto não é ruim, muito pelo contrário, a estratégia de o jogo escolher o elenco para cada fase demonstra que souberam aproveitar bem o potencial de cada um até o final da campanha, e não estou comentando isto porquê foi o título que mais me agradou da franquia, mas pelo simples motivo de eles quererem que a sua aventura seja dinâmica e vendo que cada alien possuí pelo menos duas funções em cada fase.
Só acho irônico o Fogo-Fátuo poder morrer pra fogo e o Ameaça-Aquática morrer afogado.


As fases são baseadas em cenários e elementos do nosso mundo alternando entre serem lineares e não sendo. Quero dizer, apesar te termos a câmera livre e o jogo ser mais aberto, ele sempre indicará para onde você deve ir com um simples apertar de botão ou observação do cenário.
Os níveis são bem construídos, não fazendo você se enjoar deles, exceto quando eles apelam com os puzzles.
Enfim chegamos no "elefante no meio da sala", os puzzles. De verdade, apesar de ter alguns que realmente são satisfatórios/monótonos de serem concluídos, por uma outra perspectiva nós temos puzzles que exigem que um padrão seja reconhecido. Ou seja, o clássico puzzle de "se eu girar isso, esses outros dois também irão girar e eu precisarei premeditar o esquema disso antes que eu apele para o YouTube".

Se eu fosse destacar um nível que eu achei mais criativo eu com certeza citaria o da China.
Nela usamos as habilidades elétricas do Anfíbio, misturamos a habilidade de planar do Friagem e queimamos vinhas com o Fogo-Fátuo, e tudo isto em apenas um puzzle gigante não enjoativo. E ainda tem o bônus de podermos usar estes três aliens no boss dessa fase. Criativos, criativos.


Os bosses são, infelizmente, 50/50.
Existem alguns que realmente te fazem gostar muito da boss battle, mas outros só deixam a desejar, causando até mesmo um pensamento de que eles só estão ali para cumprirem tabela.
Alguns bosses possuem QTE, mas não aqueles QTE convencionais. Enquanto passa a cutscene do boss em questão, irão aparecer três opções para você escolher qual alien irá usar para tal situação e 100% das vezes essas 3 opções são os aliens obrigatórios de cada fase. É até que simples, você escolhe o alien, ele faz a ação e você prossegue com a cutscene, mas apesar disto, eu considero uma boa variação de gameplay para o jogo, pois os devs tiveram a paciência de fazer cada animação de resgate que envolvam os três aliens da respectiva fase. Só é uma pena não ser em todas as fases.

E com relação aos outros bosses... é só bater. Não tem segredo, espera o escudo se desativar após um tempo e fique clicando no ☐ várias vezes, e também existem aqueles que nem escudo possuem, apenas aperte ☐ repetidamente sem dó.
Menção honrosa ao boss do 1º estágio, a luta se baseia em o player usar o Enormossauro para empurrar algumas coisas e aí bater no chefão... é.


Bom, a minha conclusão para este jogo seria que ele é ótimo, porém não é perfeito, mas eu com certeza recomendaria para alguém.
Apesar de ter elementos copiados de outro jogo e uma estranha tara por puzzles, "Ben 10 Ultimate Alien: Cosmic Destruction" entrega tudo e mais um pouco.
Ele te entrega uma boa gama de aliens para utilizar, ele sabe utilizá-los em seu potencial máximo, ele é o jogo mais recheado que eu já vi da franquia, ele sabe como deixar as fases atrativas e ele não tem nenhum bug que possa atrapalhar a sua experiência (baseado na minha).

Eu comento com facilidade que em termos técnicos ele é o melhor jogo de Ben 10, ultrapassando até o nostálgico "Protector". E não, isto não é uma farpada, afinal, como eu comentei na minha review de "Vilgax Attacks" cada pessoa tem um apreço com cada jogo da franquia, portanto aquele jogo será o melhor para aquela pessoa por conta de inúmeros fatores, sejam eles nostálgicos ou técnicos.
O importante mesmo é se divertir à sua maneira e não ficar quebrando cabeça com assuntos levianos.

Imaginem um jogo de Ben 10 onde você explora diversos planetas, viaja pelo tempo, tem acesso a 10 aliens e enfrenta vilões icônicos pela jornada. Parece ser o melhor jogo que a franquia já recebeu, certo?
Venha me acompanhar nesta review.

Mais um jogo de Ben 10 lançado a apenas 1 ano depois de seu antecessor, este título tem como premissa a seguinte base:
Vilgax invade Bellwood com um enorme projetor do Nulificador que solta diversos prisioneiros alienígenas causando a maior bagunça já feita. Quando nosso grupo de heróis formados por Ben, Gwen e Kevin percebem, a Terra já estava sob o domínio de Vilgax.
Contudo, devido ao Professor Paradoxo, nós voltamos no tempo para irmos em vários planetas e destruirmos os materiais que foram usados na fabricação do projetor, por consequência anulando as chances de o vilão obter sucesso em seu plano.
A estória é simples e com diálogos duvidosos, não passa disso.


Os gráficos são questionáveis. De um lado nós temos modelos de aliens muito bem feitos, e no outro nós temos cenários que são desagradáveis com suas composições e distribuições de cores.
As cores sem harmonia acabam gerando uma poluição visual de o jogador às vezes precisar forçar a visão para entender do que se trata tal detalhe no cenário. Acredito que o único planeta que se salva deste mal seja o do planeta natal do Artrópode, a união entre um laranja/marrom com azul casaram muito bem, mas os elogios acabam por aqui.
Sem falar do excesso do efeito bloom pelas fases, existe brilho onde não deveria e isto se torna um incômodo.


A gameplay é duvidosa. Parece que a física básica só deu um "oi" no estúdio responsável e saiu logo em seguida, pois a simples ação de pular acaba sendo dificultada pela colisão mal feita nos ambientes. Isso sem falar que deslizamos muito quando uma plataforma está se movendo, o personagem não fica travado nela, ele coloca sabão nos pés e segue a vida no abismo.
E este título foi o primeiro a não seguir com o padrão de "Beat'Em Up" dos outros jogos.

O combate é satisfatório, sem dúvidas. Cada alien carrega 4 atks especiais com mecânicas de combos, ou seja, "soco fraco + soco fraco + soco forte" e assim por diante.
Inicialmente os aliens tem 3 atks especiais desbloqueados, mas o último é desbloqueado após você adquirir XP derrotando os inimigos e elevando uma barra.

Acredito que o único detalhe que faltava para o combate ser ainda melhor do que "satisfatório" seria ele ter um impacto ou uma certa estratégia para cada atk ser devidamente útil, ou seja, uma sensação de que o atk forte É UM ATK FORTE, pois quando estamos cercados por vários inimigos inevitavelmente iremos optar por atks em áreas sem saber exatamente o que fizemos para chegarmos a esse resultado.
Ah sim, ainda tem mais um fator, ele se chama "distribuição de dano". Por mais estranho que pareça, o dano não é balanceado nesse jogo, ele não possui frames de invulnerabilidade quando levamos algum golpe, e isto acaba piorando quando o atk é contínuo, pois ele será insta-kill mesmo o player estando com a defesa levantada.


Os aliens são ok. Eles se resumem aos 10 primeiros de Alien Force, sendo o Alien X substituído pelo Bala de Canhão por motivos óbvios, entretanto, pode ficar tranquilo que o Alien X está presente no jogo.
O processo para nos transformarmos em alienígenas é até que lento, pois o Ben tem uma animação para apertar o relógio ao invés de ser instantâneo, e ainda tem o fator de não podermos escolhermos outros aliens enquanto já estamos transformados. Precisamos destransformar, irmos na roda de seleção e escolher o alien. Nas primeiras vezes é até legal porque você pensa o seguinte:
"Nossa, que detalhe bom."
Mas depois de uma fase isso só acaba sendo enjoativo.
Apesar de eu ter colocado que os aliens são "ok", eles são bem úteis em cada fase, nenhum deles foi esquecido para os puzzles, contudo existem as exceções (sempre) como o Gosma e o Macaco-Aranha. Os puzzles que envolvem eles costumam bugar.


Existem upgrades para coletarmos e novamente eles se resumem a enchermos o HP e Energia, mas nada que faça você se estressar.
Isto pelo menos na minha gameplay.


As fases são um caso complicado. Cada planeta que passamos irá focar em um alien, indicando que ele será o protagonista do level. Mas mesmo com isto presente, as fases acabam se dividindo em sessões de plataforma, puzzle e combate monótonos (sendo o último o que menos aparece, não é que nem um Hack and Slash). Se fosse para classificar cada um eu colocaria assim:

- Plataforma: Tristeza por conta da física duvidosa;

- Puzzle: Nem todos são bons... ou quase nenhum. O único que eu realmente gostei foi na terceira fase, pois ele acabou se mostrando mais orgânico do que o resto;

- Combate: Bobinho, porém interessante.

Menção honrosa para os mini games com nave após a conclusão de cada fase, é tão descartável que o próprio jogo reconhece e oferece ao player para pular o estágio.


Os bosses infelizmente se equiparam com o jogo anterior, radioativos.
Eles se resumem a "ele usou um atk, eu ataco ele, ele cria uma escudo imortal e esse ciclo se repete". Além do fato de eles também serem bugados, pois vários atks às vezes não registram para abaixar o HP deles e praticamente todos que conseguem se locomover na arena possuem atks hit-kill sem necessariamente serem hit-kill.
Nem mesmo eles possuem animações de que estão levando dano, ficam ali fazendo cosplay de muro enquanto o player esmaga o botão de soco do controle.
Todos eles são chatos, não tem um que se salve, porém o que eu mais considerei uma perda de tempo foi uma cobra com duas cabeças no primeiro planeta que visitamos. Sério, meu cérebro derrete só de lembrar daquilo, pois a "luta" se consiste em você ficar parado, esperar uma das cabeças soltar uma gás inflamável e você botar fogo... é só isso. E ainda tem a chance da bola de fogo não contabilizar e você precisar esperar mais um ciclo parado para ela soltar o gás novamente.


Bem, para a minha conclusão posso determinar que o jogo tem ideias ambiciosas que foram muito mal executadas. Ele está longe de ser um jogo ruim igual ao anterior, mas não chega a ser bom, talvez um "ok"... só que entre lágrimas.

A estória é simples, a gameplay é bugada, as fases não são tão interessantes e os gráficos são confusos.
Apesar de cada planeta conter puzzles individuais, eles não preenchem tão bem a exploração.
E os bosses... é melhor eu não comentar mais do que isso.

Mesmo que ele, assim igual a maioria dos jogos de Ben 10, tenha feito parte da minha infância, eu com certeza não recomendaria ele hoje em dia. A experiência com ele está bem longe do que a minha memória pode encobrir.
Espero que o último jogo da franquia lançado para o PS2 consiga fazer melhor.

Lançado a apenas 1 ano depois de "Protector of Earth", este jogo intitulado com o mesmo nome da série animada, visa se interlaçar como um episódio de "Força Alienígena".
A estória se sustenta com DNAliens tramando planos para resfriar o planeta Terra, Soberano batendo no Ben, Kevin fazendo piadas que envolvam seu carro, Gwen só marcando presença e um personagem encanador Tretamando (raça do Quatro-Braços) que pede ajuda para impedir os DNAliens, porém o desenrolar desta trama acaba ficando cada vez mais suspeita ao ponto do jogo simplesmente não esconder mais de que tal personagem está tramando algo maligno.

Os gráficos do jogo até que são bonitos, com cada uma das fases sendo bem distintas. As texturas e distribuições de cores são agradáveis aos olhos, eles souberam equilibrar bem tal parte.
O único empecilho presente no jogo em gráficos é que seu visual não é característico igual ao seu sucessor, fazendo o cair em uma classificação de "jogo genérico". Contudo, isto não quer dizer que eles tentaram seguir para uma estética mais "realista", ele continua um pouco voltado ao "Cartoon", mas é como se ele tivesse parado na corda-bamba.
Ah sim, já ia me esquecendo, tem ainda os efeitos de combate que são feios que dói. São tão... secos e sem alma que dão a sensação de que você não está dando dano algum ou sentindo uma evolução na jornada.


As músicas... bem, o que dizer?
Assim, elas existem e são marcantes, o problema é que muitas (se não todas) são recicladas da série animada, não consigo encontrar uma única desculpa para isso.


A gameplay, ou seja, o ponto em que um jogo no estilo "Beat'Em Up" deve brilhar... né? Ao menos era isso o que eu pensava.
Eu já vou logo comentando, desde a época em que eu jogava quando era menor, nunca gostei da gameplay desse título. Sempre considerei muito estranha, e eu volto a repetir isto anos depois.

Aqui nós controlamos o Ben, Fogo-Fátuo, Friagem, Macaco-Aranha, Arraia a Jato e Enormossauro... sim, de novo apenas 5 aliens.
Vamos lá, a gameplay com cada um dos aliens não é nem um pouco convidativa ou interessante, ou seja, parece que eles não são úteis no decorrer da campanha. Diferente de seu antecessor, o Protector, lá nós constantemente usamos os 5 aliens de todas as maneiras possíveis, mas aqui no Alien Force isso não acontece. Não sei ao certo, mas eles (aliens) dão a sensação de que estão muito jogados no título.
A mobilidade destes 5 aliens para os outros são até que "parecidas", mas a complexidade e aproveitamento de suas características nem de longe se comparam.

Mas calma, não jogamos apenas com o Ben. Sim, Jogamos também com o... Kevin e a Gwen.
Eu bem que poderia ficar mais animado com isso se eu não tivesse testemunhado que as fases que envolvem os personagens se resumem a puzzles. "Mas nossa, isso não é tão ruim, você está sendo chato".
Tudo bem, tudo bem, mas como você se sentiria ao saber que tal personagem é capaz de muito mais, porém uma adaptação limita o potencial dele(a)? E aí?

Kevin é um "Osmosiano", ou seja, a raça dele pode absorver qualquer tipo de material ou energia... quero dizer, isso antes de um retcon absurdo na série animada, mas essa parte é muito nerdola.
Sendo assim você pensaria que nas fases que usamos o Kevin podemos absorver qualquer material que estiver no cenário, correto?... Errado. Ficamos limitados a objetos flutuantes onde precisamos absorvê-los para realizarmos atks especiais, porém mesmo com três variações destes objetos eles não mudam em nada no combate, apenas em sua utilidade para servir como condutor.

Agora a Gwen. Assim, ela é um caso complicado, pois ela é fiel a obra original e os devs não quiseram ir muito além disso, mas pelo fato de eles não terem ido além do que a personagem é estruturada, a Gwen só acaba sendo a Gwen.
Apesar de termos mais dois personagens, fora os aliens, o tempo e experiência com eles não acaba sendo marcante positivamente, acaba se tornando um pensamento de: "Chega, eu não aguento mais. Troca pro Ben, é o mais aceitável".

Temos alguns colecionáveis pelas fases neste jogo também, e eles se resumem a aumentar HP e aumentar energia do relógio. Nada a acrescentar.
E o multiplayer que não se destoa do jogo anterior.


Vamos entrar agora no tópico de bugs. Sim, esta categoria que sempre acaba sendo 50/50 em qualquer jogo.
Como eu citei bem brevemente o jogo contém um multiplayer, porém aqui ele consegue ser mais bugado do que qualquer outra coisa, principalmente quando se trata de sua câmera.
Personagens travam no cenário sem motivo aparente ao ponto de deslizarem, travam na colisão com outro player, não morrem onde claramente poderiam morrer para voltar ao último checkpoint, checkpoints que só te levam para a morte infinitamente obrigando você a ter que reiniciar toda a fase (isso se você estiver no singleplayer). Enfim, é um aspecto de projeto inacabado tão jogado em nossas faces que fica difícil de acreditar.
Em resumo, decaiu bastante a experiência como um todo.


As fases... são legais. Sim, elas são positivas, isto é, tirando a última, pois aquilo é um pesadelo.
As sessões de combate nas fases foram reduzidas, duração delas foram aumentadas, diversidades foram reduzidas e foram adicionados mais puzzles, tendo até mesmo níveis embaixo da água com o Arraia a Jato.
Diferente de "Protector of Earth", as fases de sua sequência não enjoam, elas sempre estão em constante mudança de dinâmica apesar de terem sido reduzidas, apesar de ser bem contraditório dado ao fato de eu ter reclamado de boa parte do jogo até agora.


Os bosses são LIXOS RADIOATIVOS!
Nenhum deles é memorável ao ponto de eu querer ficar animado para enfrentá-lo novamente.
Eles não possuem QTE, nenhum puzzle que ajude a termos vantagem de HP e nós apenas apertamos o botão de atk sem parar.
Só para ressaltar, apenas a última boss battle que consegue ser diferente no quesito "o player precisa fazer isso aqui antes", mas o boss não tem barra de HP e quando completamos o requerimento da fase ela simplesmente termina.


Para a conclusão eu só queria finalizar com "poderia ter sido MUITO melhor".
As fases são lindas, o level design é incrível e... os elogios acabaram.
Os bosses são inimigos com mais HP, a estória é um roteiro de um episódio de Força Alienígena, as músicas só existem, a gameplay não funciona em pelo menos 50% do tempo, a cada respawn é um novo bug contabilizado e a câmera é um pião.
Este jogo é MEDÍOCRE.
Apesar de ele ter seus pontinhos positivos, eles são soterrados pelos seus inúmeros problemas e não, não recomendaria para alguém, nem mesmo para o(a) fã mais tryhard de Ben 10.

Estamos diante de um dos maiores clássicos do PS2, hoje irei falar sobre o jogo "Ben 10: Protector of Earth" e deixar a minha humilde opinião unilateral sobre tal título e, quem sabe, ver se ele se encaixa nos dias atuais.

Antes de eu começar de fato a review, saibam que não irei detonar o jogo, até porque existem muitos elementos que eu respeito na obra, contudo existem dois lados da mesma moeda, ou seja, ele tem seus defeitos que muito provavelmente não ligávamos na época.

O jogo foi lançado em Outubro de 2007, e neste ano de 2024 ele irá completar 17 anos, mas vamos colocar 16 anos pela data da review.
A estória é desvinculada com a série principal, ela é original e se resume no princípio de:

"Vilgax rouba DNA's armazenados no Omnitrix os convertendo em cristais de energia, e agora precisamos passar pelos Estados Unidos inteiro para assim progredirmos em desbloquearmos novos aliens e habilidades únicas dos mesmos enquanto enfrentamos vários vilões do desenho. E de brinde o Vilgax pensa em jogar o planeta Terra no Nulificador (ou Null Void).
Este é o resumo da estória do game, e apesar de parecer simples, ela carrega consigo uma sustentabilidade agradável para novas fases e bosses.


Os gráficos são lindos, não tem o que reclamar. A naturalidade de um cell-shading bem aplicado com texturas granuladas formaram um combo identificável ao jogo.
Ele até aparenta estar mais bonito do que na época que eu jogava ele, e isto talvez se deve ao fato dos cenários de cada fase ser extremamente diferente e com vários detalhes.


A gameplay, ou o foco principal, carrega consigo uma base em se transformar pelos cenários, passar por tais cenários, derrotar os inimigos, upar os aliens, desbloquear novos aliens e coletar cartas de sumô.
Temos a nossa disposição o próprio Ben, Quatro-Braços (Four Arms), Chama (Heatblast), XLR8, Bala de Canhão (Cannonbolt) e Cipó-Selvagem (Wildvine)... e aqui entre nós, o último, na minha opinião, foi o mais jogado de lado neste elenco. Não sei explicar exatamente, mas parece que ele foi adicionado de última hora só para completar tabela.
E sim, nós só temos 5 aliens, somos o "Ben 5".

Cada alien porta uma utilidade fora de combate, até porque a gameplay deles dentro do combate é consideravelmente parecida. O Quatro-Braços carrega objetos pesados pelo mapa, o Chama absorve fogo, o XLR8 serve para passar em locais com tempo muito apertado, o Bala de Canhão rola em rampas e o Cipó-Selvagem se pendura em locais determinados com o efeito sonoro de teia do Homem-Aranha (pior que não estou brincando kkkk).

O título é notavelmente um game ao estilo "Beat'Em Up" que se mescla como um dos jogos com combates mais fáceis de suas plataformas. Aviso, isso não quer dizer que ele seja ruim, apenas de que a sua base de combate seja simples.

Apesar de carregar tal gênero, o combate do jogo acaba sendo repetitivo depois de algum tempo e fazendo com que o player entenda quais aliens são melhores para rushar as fases (pelo menos na minha experiência). E os aliens que se saíram melhores foram o Quatro-Braços com seu especial padrão, Chama com seu Armageddon e Bala de Canhão com seu Suction Blast (baseado nos meus testes).

Agora tirando o combate, nós temos a exploração pelos cenários.
São bem legais/divertidas e nos fazem utilizar os 5 aliens equilibradamente, e até mesmo em puzzles que necessitam de 2 aliens para prosseguirmos. O jogo faz com que eles não sejam desperdiçados.


As fases seguem com uma fórmula simples também, elas consentem em sessão de plataforma, combate, plataforma, combate e assim sucessivamente.
Para mim, não vejo como um problema, muito pelo contrário, PORÉM, o jogo possui muitas fases e isso acabou deixando ele desnecessariamente extenso e cansativo. O ideal, ao meu ver, seria ele ter no máximo (forçando a amizade) 3h de duração, ao invés de 4h de campanha.

Após você desbloquear o 5º alien não tem mais nada de novo que nos faça querer seguir por vontade própria, exceto a curiosidade em terminar o jogo. E sim, eu sei que depois dos 5 aliens acabamos desbloqueando o Controle Mestre e um recurso que faz os atks especiais gastarem menos energia, mas só isso não sustenta as horas extras.
E também existe o fato de que quando você aprende os atks mais fortes dos citados anteriormente, acaba sendo um loop entre as fases restantes de "atk forte, passa, atk forte, passa".


Os bosses são bem distintos em suas mecânicas, com o bônus de alguns serem gigantes e portarem QTE (e aqui entre nós, estes são mais criativos).
Ao menos eles passam um dinamismo e uma variedade que se destoa da campanha em prol da diversão, além de usarmos todos os aliens para assim conectarmos todas as skills e particularidades de cada um.


O multiplayer existe e não muda tanto assim a sua jornada, mas só dependerá de com quem você estará jogando ao seu lado, pois tal experiência é pessoal.
Entretanto, mesmo com esta particularidade inserida no jogo, ele infelizmente levanta a bandeira de "câmera fixa bugar e não deixar o player progredir", sendo necessário o P2 desconectar para a câmera se ajustar.
Mas é bem convidativo.


A minha conclusão para este jogo é a seguinte:

Vale a pena jogar "Ben 10: Protector of Earth" nos dias atuais?
Isto só dependerá de você.
Sim, apenas de você. Este tipo de jogo requer uma certa paciência para avançar nele, e se você não for esse tipo de pessoa, pode esquecer. Mesmo que estejamos na "era do imediatismo", precisamos saber apreciar os momentos que nos são oferecidos, mesmo que eles demorem a serem enraizados.

A maior falha que posso apontar para este Ben 10 é a sua falta de conteúdo após a primeira metade da campanha. Não adicionar mais nenhum alien e estender mais que o necessário prejudica bastante na experiência como um todo, fazendo com que muitos possam não gostar mais tanto dele como antigamente.
Jogos precisam de um ponto de interesse, algo que faz instigar o consumidor a continuar e deixá-lo gradativamente satisfeito. Nem o próprio Vilgax chega a ser o suficiente mesmo ele querendo que usemos todas as skills dos aliens em sua batalha.

Algo que nunca irei aceitar é o fato de termos inimigos com a aparência do Besta (Wildmutt), Diamante (Diamondhead), Insectóide (Stinkfly), Múmia (Mummy), Lobisben (Blitzwolfer), BenVictor (Frankenstrike) e não termos eles para jogarmos. Tiveram a dedicação de colocarem os modelos deles como inimigos, mas não como aliados, enfim a minha indignação na infância vindo à tona.

Bem, eu não tinha expectativa alguma sobre esse jogo, pois eu me baseei nas poucas gameplays que vi e acabei concluindo o seguinte:
"É um Naruto Storm e Kakarot disfarçado".

Será que eu fui tão precipitado?
Me acompanhem.

"Kimetsu no Yaiba - The Hinokami Chronicles" adapta a 1ª temporada do anime e o filme "Mugen Train", então você tem um conteúdo até que generoso para o primeiro jogo baseado na obra.
As cutscenes são puramente cinematográficas, arriscando em inserir um tempo de tela maior com outros ângulos ou novos diálogos curtos.

A exploração, se é que posso chamar disso, se limita ao jogador ser inserido em um novo capítulo e andar do ponto A até B com alguns objetivos opcionais pelo caminho.
Isso não é nenhuma novidade, mas o meio que é feito tal abordagem é o que entrega o semblante de "ninguém que compra jogo de anime se importa com exploração, coloquem lutas a cada transição de cenário". Sendo bem honesto, parece que as lutas contra "Onis Nº20 e adiante" servem mais para enrolar o jogador sem critério de avaliação do que servirem como uma passagem de narrativa.
Sim, nós enfrentamos os Onis que aparecem na obra, mas me jogarem outros que não farão a menor diferença e ainda por cima colocarem um rank no final de uma luta não-canônica é de cair o c# da bunda.
Mas vejam por outro lado... Esses Onis adicionais não repetem designs, então eles tiveram um certo capricho, porém conseguem ter golpes parecidos.


As boss battles são bem feitas, o orçamento precisava ir para algum canto, porém elas são fáceis demais beirando a estranheza.
Você pode jogar o mínimo no modo campanha que simplesmente consegue rank S... tá bom.
Somente a última batalha referente ao filme que consegue se sobressair das outras, mas nada que um padrão decorado não ajude.
Existem duas coisas que quero reclamar após o boss perder determinada porcentagem de HP:

Não adianta nada o boss ter momentos de invencibilidade ENQUANTO eu estou batendo nele e me jogar um combo que arranca 30% do meu HP, não é assim que se cria uma boss battle, é o jeito mais porco para dizer que a batalha tem uma dificuldade, de fato ela tem, mas pelo motivo errado, e sim porquê o jogo rouba para a CPU;
Poderiam ter usado o esquema de várias barras de HP para dar uma sensação de que aquele inimigo é bem resistente, mas ao invés disso optaram pela ilusão de dano reduzido ou uma única barra de HP grande, não fui atrás para saber do que se tratava.


Existem mini-games na Mansão Borboleta que você pode alterar de Normal para Hard após concluir pela primeira vez no modo campanha.
Bem, eu fiz os únicos dois mini-games no hard e não senti emoção alguma naquilo, não tem ao menos uma leve trilha sonora durante o pouco tempo de descontração, e de acordo com um amigo, o jogo da Hatsune Miko no easy tem mais dificuldade do que aquilo.


A acessibilidade é bem-vinda nesse jogo, podemos fazer combos malucos com simples repetições do mesmo botão, contudo, se estendermos tais combos, nosso dano será reduzido, e isso é mais do que justo.
Podemos misturar três habilidades especiais e conectá-las com nosso suporte, além é claro de podermos cancelarmos os golpes para rapidamente chegarmos com outra estratégia de ataque.
Na defesa nós temos a convencional, deflexão e parry. Com relação ao deflexão ele não é tão viável na batalha, pois o oponente pode ainda continuar a vir pra cima de você sem ter recebido algum stagger; Agora com o parry, ele é pouco difícil de ser utilizado, entretanto consegue aplicar stagger e uma janela enorme para o player virar o jogo sem pestanejar.


Os personagens, no caso os golpes, são bem distintos e entregam um estilo de luta para cada um, podendo até mesmo essa condição ser aplicada aos Onis principais.
No momento, e acho que não irá mais longe do que isso, o jogo contém 31 personagens, sendo 24 desbloqueáveis e 7 via DLC's.
É um número aceitável para disponibilidade "gratuita", e os outros 7 representam a 2ª temporada do anime, mas vale ressaltar que entre esses 24 existem suas variações escolares e 3 Tanjiros... É, a lista acabou de diminuir.
Você desbloqueia itens dentro do jogo através dos ranks S e pouquíssimos coletáveis pela campanha.


O online se baseia em casual e ranqueada, nada de outro mundo.
E não tem nem modo arcade.


Esse jogo, assim como qualquer outro de luta, acabou caindo no vale do "Agora só Tenho o Online". Isso não é nenhuma mentira, pois isso acontece com todos os jogos de luta, mas eu até vejo um cenário competitivo para Kimetsu, só que ele acabou sendo deixado de lado e talvez terminando como "mais um jogo de anime com lutas".
Se lembram que eu comentei sobre acessibilidade lá em cima? Pois é, só existem dois idiomas localizados para o jogo em pleno 2024, nem ao menos uma legenda PT-BR existe, defecaram muito para as outras línguas.
As minhas considerações finais são até que óbvias, o jogo claramente foi feito para pegar dinheiro que quem é fã e ser largado em uma gaveta. Talvez você se lembre da existência dele quando for jogar com algum amigo local, mas não passa disso. Fico feliz que eu não tenha gastado algum centavo nesse título, só me serviu de exemplo em como é fácil arrancar dinheiro de fã entregando pouco conteúdo.
Só recomendaria para o meu pior inimigo... quero dizer, se eu tivesse algum.

Um "jogo" contando uma história com o tema da depressão que não entrega nada e que custa uma coxinha bem servida na esquina.

Um jogo curto que carrega consigo uma boa trilha sonora e direção artística, e que apesar de a estória não ser tão aprofundada pode ser compreendida muito facilmente.

Bem, até que vale a hora gasta, ainda mais se você só quiser algo diferente que não precise exigir todos os seus dedos no controle, mas caso queira algo de mais impacto, tal título pode deixar a desejar.

Um jogo divertidinho gratuito do gênero "pong" que não consegue lidar tão bem com tantas partículas em tela.

De uma maneira mais crua, ele é uma garapa, mas é uma na qual você precisa pensar um tanto para passar as fases.

Ele tem seu charme, mas possa ser que afaste vários players por não conseguir arriscar tanto em sua gameplay.

Uma grata surpresa e recomendação que acabei deixando de lado até agora por não sentir tanto interesse nos personagens, mas após assistir os três filmes, pude pegar um gás para jogar o título.

Rocket, desejo te levar pra um lugar onde você não sofra, você merece o mundo s2.

A estória do jogo é incrível, e ela se sobressaí por conta do elenco carismático e maluco.
Os Guardiões da Galáxia, neste jogo, é um grupo muito novo, ou seja, eles não se dão tão bem uns com os outros e não estão em tanta sintonia, porém são excelentes em combate.
Acontecimentos ruins e bons aparecem durante o decorrer da jornada, e graças a isso podemos vislumbrar uma família se formando aos poucos e sendo muito bem adorada por nós telespectadores... e uma parte da galáxia.
O amadurecimento dos personagens é feita de uma maneira muito orgânica, não deixa aquela sensação amarga de que eles acabaram se entendendo de uma hora para outra, existem etapas e elas foram bem administradas com cada um dos Guardiões e suas histórias.

A gameplay do jogo se baseia no gênero "shooter", ou seja, atire em tudo que se mover pela tela, e isso não é de todo mal, contudo, entendo que para aqueles que joguem direto possam achar muito repetitivo e até mesmo enjoativo, mas na minha experiência de quem não jogou direto pude me sentir satisfeito com o combate do jogo. Além é claro de poder apertar qualquer botão para fazer algum "combo".
A mecânica de escolhas está presente neste título, porém ela não carrega uma mudança drástica narrativa igual aos jogos da Telltale Games, mas são mudança que você fica "Uou... Uou!"
Uma coisa na qual não gostei foram as quantidades e durações dos capítulos, sério, 16 capítulos achei um pouco exagerado e uma "encheção de linguiça", poderiam ter otimizado isso.

Minha experiência geral com o jogo foi muito positiva, ele conseguiu me entreter do início ao fim, apesar de eu ter me deparado com muitos bugs.
Nunca pensei que um jogo baseado em uma equipe quase desconhecida pela mídia, poderia esconder um diamante em sua essência, comentado isto, não teria medo em afirmar que "Marvel's Guardians of the Galaxy" é um dos melhores jogos de heróis lançados até hoje.

O estúdio responsável, ou seja, a Rocksteady Studios tinha uma responsabilidade até que bem grande em mãos:
"Como tornar a experiência de ser o Batman ainda mais imersiva?"

Bem, podemos dizer que eles conseguiram esse feito.

O jogo é uma continuação direta de seu antecessor, Arkham Asylum, e tem como base "Arkham City" (ora, ora), uma cidade projetada e criada para supostamente suportar as mentes mais insanas de Gotham e alguns criminosos menores aleatórios.
Toda a nossa jornada se resumirá a irmos de um ponto A até B entre esse mapa, o que não é nenhuma novidade tendo em vista outros jogos de "mundo aberto", contudo, antes da Batalha Final, o jogador está livre para explorar vários cantos da cidade em busca de XP, resoluções de enigmas, sidequests, desafios, easter-eggs, compreensão do combate aprimorado com um bônus de Arpéu Avançado e etc.

O combate, como citado antes, está aprimorado e mais fluído que no jogo anterior, porém consegue pecar nos mesmos problemas de "perder o combo enquanto o inimigo está na sua frente" ou o "Batman não querer mais bater".
A novidade que podemos ver adiante é a inclusão de novos personagens jogáveis para nós testarmos:

- Mulher-Gato;
- Robin;
- E Asa Noturna (foi muito jogado de lado nos Extras e nem é citado na estória);

A movimentação em combate de cada um é muito distinta, podendo levar o jogador a entender que tal personagem tem certas limitações para stealth, reposicionamento, escalada e finalizações:

- O Batman está praticamente o mesmo do jogo anterior, mas com alguns acessórios e finalizações novas;

- A Mulher-Gato é mais rasteira carregando consigo finalizações que abrangem os... dotes dela. Sendo bem sincero, eu não sou de reclamar ou comentar sobre a sensualização em personagens 2D/3D, mas achei desnecessário os especiais dessa personagem serem tão demorados para demonstrarem um showzinho;

- O Robin é um mini Batman, com a exceção de que ele é mais voltado para o lado defensivo no combate;

- E o Asa-Noturna eu não tive curiosidade em jogar com ele, apesar de que estou jogando no alto que a mecânica dele deve ser parecida com a que vimos em Arkham Knight.


A exploração pelo mapa é muito satisfatória.
Por Arkham City podemos controlar dois personagens, e eles são o Batman e a Mulher-Gato. Os dois podem explorar os mesmo cantos dessa cidade, contudo, vale ressaltar que certos pontos do mapa só ficam disponíveis para a Mulher-Gato se o Batman já tiver xeretado por lá, e existem outros locais nos quais somente ela tem acesso. Isso acaba deixando a aventura com a Selina meio limitada, ainda mais se adicionarmos o fato de que só podemos nos movimentar com ela andando, correndo, pulando e usando o seu chicote com timings de salto (achei ruim).

A cidade é bem rica em detalhes, fazendo você questionar se a primeira versão desse jogo lançou em 2011 mesmo. E por ter tantos detalhes e o mapa ser maior, é óbvio de que teríamos locais para os desenvolvedores esconderem os benditos "Troféus do Charada".
Aqui eles perderam a mão, de quem foi a ideia de colocar 440 coletáveis? O mapa pode ter ficado maior, mas ao mesmo tempo ele é compacto e isso acaba levando certos troféus estarem um do lado do outro. É um pega-trouxa, e eu sou um deles.

Bem, pela cidade conter vários criminosos, era inevitável de que teríamos missões relacionadas a vasta lista de "Vilões do Batman". Entretanto, elas são boas, eu me surpreendi com elas e isso acabou me estimulando para prosseguir em cada uma.
Tirando um tal de Charada.


A estória é dividida em duas seções, sendo elas com o Hugo Strange e o Coringa.
O Hugo eu não conhecia, mas ele não prometeu nada e acabou entregando muito, gostei bastante do personagem e seu desfecho.
O Coringa sofreu consequências devido aquele projeto maluco chamado TITAN no jogo anterior, então ele está atrás de uma cura. Pode não aparentar, mas o Coringa é bem estratégico e esse jogo conseguiu demonstrar esse lado dele, apesar de que muitas das vezes ele acabe contando com a sorte até a sua conclusão.
Enfim, melhor roteiro de um jogo do Batman que pude experimentar.


Agora vamos para os pontos negativos:

- Texturas e colisões demorarem para carregarem e eu acabar caindo no limbo (ocorreu 1 vez em 2 jogadas inteiras);

- O jogo crashar até ficar em tela preta (3 vezes em 2 jogadas inteiras);

- Sidequest do Charada cansativa mesmo portando uma vibe de Jogos Mortais;

- Movimentação com a Mulher-Gato pela cidade e em seu stealth entediantes;

- Dano massivo das armas dos inimigos fazendo acabarem com você em 1 hit ou 2.


Conclusão:

"Batman: Arkham City" é um ótimo jogo de super-herói e do Batman capaz de te proporcionar uma aventura e tramas bem feitas.
Suas melhorias tanto em mecânicas quanto em roteiro são bem nítidas, porém, em questão de programação, pode ocorrer tais problemas graves citados anteriormente.

"Only you can make this chance in me.
For it's true, you are my destiny.
When you hold my hand I understand the magic that you do.
You're my dream come true, my one and only you... one and only you."

Acredito que esse jogo tenha sido a experiência mais imersiva, até o momento, em como é ser o Batman.
Se por um lado nós temos a ideia de que certas mecânicas desse jogo estejam um pouco "ultrapassadas", por outro vemos o quanto ele se sobressaiu na época em que foi lançado e se mantém como uma boa entrada a série Arkham.

O estilo "metroidvania" adotado nesse título se entrelaça de maneira tão orgânica a sua narrativa que você não acaba enjoando, muito pelo contrário, isso só te faz querer ir até o fim da campanha e logo depois ir explorar setores nos quais o player não tinha acesso antes.
E como se já não bastasse esse detalhe, os tais setores citados vão mudando conforme nosso progresso ocorre no Asilo Arkham. Isso desde precisarmos cortar caminho pelo sistema de esgoto até lutarmos com plantas mutantes.

Com relação ao combate eu senti que ele se mostrou bem limitado, apesar de eu ter vindo do Arkham Knight para o Asylum pude notar que o Batman "apenas" perde o combo sem mais e nem menos. Isso não é tão perceptível durante a campanha e seus inúmeros inimigos, mas quando você vai testar os Desafios aí sim essa tal limitação se mostra mais do que deveria:

- O inimigo no lado do Batman mostra que irá atacar? Sem problemas! Estou terminando de dar esse último soco em outro inimigo e irei casar o combo nesse do meu lado... certo? Errado. Mesmo entrando em câmera lenta o inimigo consegue ser mais rápido, fazendo você ficar put# com isso;

- A câmera consegue, em certos momentos, mais atrapalhar do que ajudar, fazendo você perder a noção de profundidade do cenário e tendo que se reposicionar no combate;

- Mesmo que o jogo contenha apenas 9 variações de combate elas se mostram bem competentes, mas experimenta errar um golpe em um "cara com facas" e um "cara com bastão-elétrico"... hmmmmmm, tenso.

As partes de stealth se mostraram muito boas e imersivas. A cada eliminação nossa os capangas são alertados pelo Coringa ou pela "Coleira X9" (nome dado carinhosamente por mim), e quando sobram 3 ou menos inimigos na área eles acabam entrando no modo Aterrorizados e começam a temerem a própria sombra.
Muito bom.

A narrativa tem como objetivo mostrar o plano do Coringa e seus prisioneiros no Asilo Arkham, como cada um reage ao caos no local.
O local e seus setores ajudam bastante na hora de criarem uma atmosfera de insegurança (o pessoal do Corredor da Morte que o diga), e carregando esse aspecto de ser um pouco mais escuro acaba dando ainda mais identidade visual para o jogo.
Crocodilo, você não gera medo nesse jogo.

Agora os prisioneiros, mais precisamente os vilões principais do Batman.
Ao longo da nossa jornada podemos coletar Fitas de Entrevistas com relatos de cada um desse vilões, e assim, alguns até chegam a serem ok... mas outros são muito exagerados fazendo os cair no "Vale da Estranheza". Ou seja, "sou insano porque sim".
E as boss battles, o que dizer? São um dos pontos fracos do jogo. Se eu fosse listar as que eu gostei só colocaria a do Espantalho, já as outras deixaria na geladeira, principalmente a final.

Tendo em vista tudo isto, venho ressaltar que "Batman: Arkham Asylum" é um bom jogo que recomendaria para alguém que nunca jogou algo da série. É até satisfatório que vários jogos de hoje tenham seus combates baseados nesse jogo, isso mostra que ele é uma forte referência para a indústria (quando feito do jeito certo).
É bem nítido o carinho e dedicação do pessoal responsável pelo título, são tantos detalhes presentes que você facilmente ficaria instigado a querer saber mais.

"Um dos jogos mais assustadores já criados", este era o pensamento que meu eu criança carregava em 2013/14, mas hj em dia, em pleno 2023, percebi que não era tudo isso.
Ele tem sim bons momentos de "opa, te assustei", mas são bem raros. Não sei se é devido a eu ter jogado Alien: Isolation antes e ter entendido como um jogo do gênero é feito, mas isso não quer dizer que eu sou o fod@o ou algo do tipo. Outlast apenas não atendeu tanto as minhas expectativas.

Começaremos pelo protagonista da campanha principal Miles Upshur.
Ele não tinha nada de melhor para fazer naquela noite? No momento em que eu visse carros militares na porta de um manicômio, simplesmente pensaria o seguinte:
"Não é problema meu. Adeus."
Pegava o carro e derrubava o portão do local, mas né, protagonistas de mídias de terror.

Controles fáceis, responsivos, gráficos até que bons, ambientação e atmosfera bem colocadas.
O único "problema" que pude perceber jogando no Normal (não tem fácil) é que tudo se resolve a você correr o máximo que puder para outra locação que os inimigos somem ou param de te atormentar. E também existe o fator do jogo salvar demais automaticamente, não é algo ruim, mas caso você queira ter uma experiência desafiadora tente o Modo Difícil.

A estória brilha muito nesse jogo, e a DLC consegue contar ainda mais dela. Caso tenham interesse eu recomendo vocês acessarem o canal do "Cow Level". É um brasileiro que explica detalhadamente a estória de Outlast, tanto nos 3 jogos atuais quanto nas HQ's (sim, Outlast possui HQ's).

A violência gráfica é bem explícita e exagerada, podendo até mesmo se entrelaçar com símbolos e frases religiosas cristãs. Aqui vale de tudo ou quase tudo.

A gameplay se resume aos seguintes passos:

- O jogo te dá um objetivo;
- Você vai atrás desse objetivo;
- Tem alguém impedindo você de chegar até esse objetivo;
- Você corre ou se esconde do seu perseguidor até conseguir uma brecha para ter acesso ao objetivo;
- Feito tal objetivo você precisa ir para outro canto daquele local para prosseguir com sua jornada;
- É um ciclo que testa suas escolhas de vida.

Agora vamos para aqueles que queiram encarar o Modo Insano de Outlast 1:

- Tenham em mente que vocês precisam ter o mapa bem decorado assim como seus eventos de perseguição. E não se estressem, é algo bem tranquilo de compreender, até porque o jogo tem no mínimo umas 5h de duração na primeira jogada;
- Usei como base o canal "Canal Games Oficial" para passar desse desafio na campanha principal e DLC, e ele explica direitinho, só irá exigir seu tempo e paciência;
- Tente no máximo duas vezes por dia ou quando você estiver mais livre, pois é bem frustrante morrer na fase final e voltar toda 1h de run.

Em resumo, Outlast 1 foi um pouco menos do que eu imaginava. Talvez tenha sido por eu entendido em como ele funcionava e que também era fácil de quebrá-lo, mas ele não é ruim, é um bom jogo.
Jogue no seu ritmo, vá na calma, não veja spoilers, veja como os inimigos do jogo reagem e aproveitem a curta estadia em Monte Massive.

Carro com futebol.
Achou mesmo que teria como dar errado? Quero dizer, tem a empresa que está matando o jogo, mas são detalhes... e viciados com muito tempo livre.

Olha, de longe o melhor jogo de luta que já joguei até agora.
E isso está vindo de alguém que nunca foi fã do gênero, mas devido as inúmeras melhorias com relação ao seu antecessor e de suas novidades vistas por conta do marketing, me rendi e comprei SF6.

Esse jogo consegue ter uma identidade visual tão bem estabelecida que não acaba se perdendo entre os vários títulos de mesmo gênero, além de ser bem convidativo para quem nunca encostou em um Fighting Game.
Acredite, esses dados são verídicos após uma sessão com familiares em um churrasco, e todos conseguiram se adaptarem aos controles Modernos.

É até bizarro que de algo mais "bonecão de massinha" de SF5 a direção de arte tenha ido para uma estética mais realista, nem parece ser da mesma franquia. Mas ainda bem que teve essa mudança misturada com traços caricatos sem exageros. Cada design de personagem é bem memorável, isso serve tanto para os antigos com visuais revisados e para os novos. Espero que venham muitos outros personagens balanceados pela frente (de preferência kkkk).
E sim, quando o jogo estiver mais esquecido eu planejo... comprar os outros personagens... dá até uma dor no coração, mas infelizmente eu sou mais um refém do capitalismo.

A acessibilidade está inexplicável, comento isso principalmente por conta da implementação do controle Moderno. Eu particularmente jogo desse jeito, até porque no momento eu não tenha coordenação e memória o suficiente para lembrar que pra um Agarrão bem implementado preciso fazer um "código secreto de setas".
Eu até tentei jogar no controle Clássico, mas infelizmente meu cérebro e coordenação motora não se conversavam.
Ah é, caso esteja pensando que não existe um equilíbrio entre Clássico e Moderno, sendo bem sincero, só irá depender do seu nível de competitividade e reflexos, até porque em um X1 franco só sairá vencedor aquele que conseguir ler o jogo do adversário e dar a volta por cima... a não ser que você vá de JP, Ken ou Dee Jay. É muita farofa com eles.
E sim, estou ciente de que no Moderno os personagens perdem alguns golpes, mas como eu sou bem casual então não me importo tanto com esse detalhe.

A experiência que eu tive com a comunidade foi a mais saudável possível. Pessoas se ajudando, ensinando, farmando e respeitando uns aos outros na medida do possível. Eu só não sei como está hoje em dia, porque não estou com Plus ativa (consolista só se fod#) e não estou tendo tempo de entrar por conta que a vida adulta chegou com os dois pés na porta, mas eu recomendo fortemente tal comunidade.

O conteúdo Offline, sendo eles o World Tour e Fighting Ground, prometem te prender por bastante tempo.
World Tour se resume a você criar um avatar e viajar pelo mundo enfrentando diversos personagens, encontrar personagens clássicos e novos, e pedir à eles que se tornem seus Mestres para desbloquearmos novas skills e skins referentes ao "Outfit 2" com 10 cores extras.
E o Fighting Ground se sustenta com Arcade, Treinamento, PVP, Batalhas Extremas e Ranked/Casual.

Agora vamos para os pontos negativos:

- Missões do World Tour no geral são bem qualquer coisa, chegando até ser broxante por vários personagens principais e secundários não terem uma dublagem completa sem estarem em uma cutscene ou "diálogo de level up" (eles tem aquele "hmm" como diálogo). E ainda tem o fator dos personagens mais overpowers terem muitos frames de invencibilidade, o jogo nem esconde essa trapaça;

- Agarrão está bem quebrado nesse jogo, chegando até mesmo do Throw Loop ser possível. No geral é algo fácil de ser evitado, mas cheguei a ver uma situação na qual o Agarrão teve mais prioridade que um Soco Leve;

- Levou o adversário para o canto (corner) é certeza que as chances dele sair vivo de lá são menores do que 30% (chutei um número);

- "Seu oponente foi desconectado" após você amassar ele em uma MD3, esse tipo de gente deveria levar um ban de 1 mês pra parar se ser trouxa, e o jogo deveria dar os pontos para aquele que permaneceu na partida, faz parecer com que ela nunca tenha existido;

- Conteúdo como skins além do Outfit 2 serem caras demais para a realidade de muitos.


CONCLUSÃO
No geral, o jogo é incrível e se eu tivesse mais tempo tentaria levar minha Juri e Manon para uma classificação maior que Prata 2 kkkk.
É bem notável o empenho e carinho impostos em SF6 após longos anos sofridos de SF5, e espero que isso se mantenha no decorrer da existência relevante desse novo jogo.
Continuarei a jogar SF6 por bastante tempo, mas não com tanto empenho quando eu o comprei.