Esse é o tipo de game ruim pra quem n curte mudanças, mas a união de AC com o RPG foi um grande acerto.

Prós:
-Dublagem
-Bom late game para um rpg single player, com expansão da árvore de habilidades e mais rankings de mercenário.
-Mapa imenso com mts locais para se explorar
-Variedade de missões
-Gráficos
-História do jogo
-Combate, nem fácil e nem mt difícil, acredito q está no ponto perfeito.
-Variedade de equipamentos e combinações de atributos
-Referências históricas e mitologia Grega
-Escolhas interferem no andamento do jogo
-Relações afetivas(caso queira)
-Customização
-Comédia, principalmente por parte do Alcibíades, melhor personagem do jogo s2
-Tu pode trocar ideia com o Sócrates, quer mais?

Contras:
-Bugs, vez ou outra tu vai acabar se deparando com bugs bem chatinhos, a maioria não vai interferir muito na sua gameplay, como o do cachorro flutuante, ou o animal q morre em pé. Já outros acabam impactando na gameplay, como o mercenário contratado q por alguma razão se afoga, normalmente acontece quando tu tá andando de barco, é um bug q acaba te ajudando, mas nd d+.O mais chato q existe na minha opinião é o do assassinato, as vezes mesmo estando nas costas do inimigo não aparece a opção de assassinar, esse sim é um
bug q atrapalha a gameplay e é bem chatinho.
-Javalis, por algum motivo esse jogo transformou os javalis nas criaturas mais poderosas da terra.
-História confusa, em determinados momentos tu pode acabar se perdendo, mas é só prestar atenção e não ficar pulando diálogos q tu pega numa boa.
-Má otimização, nem preciso falar muito sobre esse ponto, já é de conhecimento de todos, esse aspecto passa a ficar mais em foco quando tu está em grandes cidades, como Atenas

O jogo tem uma pegada bem leve, a própria história é apresentada cheia de alívios cômicos, e seu foco é na ação. Batalhas épicas de chefões e muito style points à la Devil May Cry.

O combate é perfeito, uma ótimo fluidez e a variedade de habilidades disponibilizadas é impressionante. É um jogo que se baseia bastante em acertar esquivas para parar o tempo dos inimigos e ataca-los livremente — apesar de não funcionar contra todos. Por isso, acaba focando bastante no tempo de reação e decoração dos padrões de golpes dos inimigos, até porque, o jogo tem uma dificuldade relativamente alta, na dificuldade normal(que é a mais alta das dificuldades iniciais), já encontramos adversários com muito dano, alguns deles, inclusive, trabalhando em dupla com combos bem apelões que lhe deixam sem opção além de apanhar. Neste último ponto, traria um dos poucos defeitos do jogo, que é o fato de alguns dos monstros comuns serem mais fortes do que determinados chefões.

A trilha sonora marca bastante, especialmente "Fly me to the moon" na voz da Bayonetta, sendo a trilha principal do jogo.

É um jogo curto que zerei em cerca de 16 horas, recomendo bastante!

Bloodstained é assertivo como um parente de Castlevania. Mas, que com seus visuais característicos e trilha sonora marcante, não deixou se limitou a ser um clone.

O combate é bem intenso e fluído, as batalhas de chefões têm um nivelamento bem adequado, são difíceis no ponto certo. Também, existe uma variedade interessante de modos de combate, tanto por parte do uso de diversas armas, como pela variedade de "invocações".

A história é boa e coesa, mas não conquista tanto, claramente foi feita de plano de fundo.

No fim, é um game curto(terminei em 15 horas) e que vale muito a pena. Para os mais exploradores, existem diversos conteúdos adicionais no game e easter eggs. Super recomendo!


Não é um jogo ruim, apesar de suas falhas!

Curiosidade: joguei esse jogo no XBOX 360 lá pra 2013, mas não concluí por não entender a proposta(muito menos o inglês). Então, voltei agora em 2024 e finalizei.

A história é envolvente, apesar de não ser contada da melhor maneira e, algumas partes, nem serem contadas. Se o jogador der uma olhada nos datalogs, muita coisa passa a se explicar. O problema, realmente, são as pontas que seguem soltas e, ao meu ver, alguns trechos ilógicos — como a de um personagem, do nada, se rebelar e querer fazer aquilo que todos juntos não estavam conseguindo, esse tipo de coisa dá um pouco de agonia. Mas, no geral, é uma boa história, nada especial.

Dando seguimento, para mim, quem faz a própria história ser o que é, é o universo. O universo de FF13 é absurdo! Alguns fatos isolados impactam mais do que a narração de suas próprias histórias. O cenário de quarentena; a existência de um mundo superior(Cocoon), um mundo inferior(Pulse); a existência dos Fal'Cie(que são como semideuses) e o criacionismo de ambos os mundos, cada um administrado da sua própria maneira; a questão do "Focus" e, não podendo faltar, os cenários que são, simplesmente, magníficos. Alguns dos cenários, como a da vila de Oerba, contam histórias por si só. O universo do jogo é 10/10, não tem do que reclamar, tanto graficamente como criativamente.

Sobre a trilha sonora, daria um 9/10, algumas poucas músicas foram chatinhas, mas a maioria é muito boa, o que não é novidade na franquia.

Um ponto, que reclamam bastante, é o das cutscenes. E, realmente, o jogo tem cutscene em grande quantidade e tamanho. Mas, não me vi muitas vezes incomodado. Até porque, algumas delas são absurdas de boas, com ação digna de filme. Se tem algo que me incomodou em algumas delas, foi o excesso de CONVERSA FIADA. É um pouco irritante quando o jogo te lança para uma cutscene onde os personagens apenas falam coisas como: "eae, vamos em frente?", "vamos lá!". Ninguém precisa ver que eles chegaram no consenso de seguir adiante toda vez que aparecer uma adversidade, qual o sentido? No mais, sigo com o que disse sobre as cutscenes, não me incomodaram muito e, no pouco que incomodaram, compensaram bastante nas cenas mais elaboradas, daria uma nota 9.5/10.

Uma característica do jogo, mas que não vejo como algo que se possa medir valor, é a linearidade. O jogo, de fato, é linear, isso não é surpresa para ninguém. Mas, acredito que é uma característica proposital para tirar o foco da exploração e coloca-lo no combate. Observação, para quem gosta de exploração, o capítulo 11 se passa num mapa bem aberto e o jogador fica bem livre, até mesmo, para fazer missões secundárias(que são introduzidas neste capítulo).

Já vi, também, reclamações sobre o balanceamento do jogo. Eu joguei no modo normal, que é a dificuldade mais alta(só tem easy e normal). Não vou mentir, achei bem difícil e a própria seleção de dificuldade me pareceu bem enganosa. Agora, é fato que o jogo conta com alguns desbalanceamento BEM irritantes. Coisa de ter um punhado de monstros no game que lhe matam instantaneamente num só golpe, e isso ocorre mesmo que você esteja bem nivelado, tendo matado todos os monstros pelo caminho e etc. Então, não é um problema que pode ser transferido para a gameplay do jogador. Mas, apesar disso, também reconheço que é um jogo bem difícil de ser 100% balanceado e que esse tipo de situação ocorre com a minoria dos mobs.

Agora, o sistema de combate de FF13, para mim, é incontestável. É muito bom e criativo. Uma mistura de turno com tempo real que definitivamente deu certo. E, também é por isso, que o jogo se torna tão difícil. Não é um jogo que depende, simplesmente, de escolhas, ele depende de escolhas RÁPIDAS. O jogador tem que ficar atento, o tempo inteiro, aos movimentos dos mobs e em suas próprias barras de vida, é um vacilo e já era! Muito interessante, também, o auto-combate do jogo, que é bem assertivo na maioria das vezes, é a solução perfeita para um jogo que pede escolhas rápidas e que, especialmente no fim do jogo, conta com uma enorme lista de habilidades que dificulta bastante a seleção. O que também não faz com que o jogador perca suas maiores responsabilidades. No fim das contas, a maior responsabilidade do jogador não é o de escolher as habilidades lançadas, mas de escolher o momento de lançar as "técnicas"(que não são inclusas no auto-combate) e realizar a troca de "paradigmas"(é o sistema que define o comportamento de cada membro da equipe — em outras palavras, mas algo como: guerreiro, curandeiro, mago, escudeiro...). Não tenho reclamação alguma sobre o sistema de combate!

Gostaria, também, de apontar alguns problemas sem dar muita explicação sobre eles:
- Port para PC(mouse fica travado durante gameplay);
- Falta de saves entre algumas longas batalhas/cutscenes;
- Falta de clareza na descrição de alguns atributos de itens;
- Explicação pobre sobre alguns sistemas, como o de catalisadores;
- Apesar de não fazer falta para zerar a campanha, o dinheiro é escasso;
- Gosto pessoal: Acho que poderia haver uma progressão mais visível nas armas, acaba que recebemos muitas armas situacionais. Mas, sem muita progressão objetiva entre elas.


No mais, zerei o jogo em cerca de 40-42 horas e gostei absurdamente. Pode ser o "patinho feio" da franquia. Mas, para mim, que não sou, ainda, um fã de franquia, independente de ser ou não um "Final Fantasy ruim", foi um ótimo jogo!

Jogo muito bom, porém tem seus defeitos. A maioria se deve ao fato do jogo ser bem antigo(2003) e lançado pra playstation 2, o port para pc definitivamente não é dos melhores.

Depois de terminar a história principal em quase 70 horas de jogo(ainda falta conteúdo), vou pontuar algumas qualidades, defeitos e características:

Adição: Modo Etna concluído com cerca de 20 horas de jogo;

— História:

Disgaea começa demonstrando não ser um jogo com grande foco na história. Parece o típico jogo que só tem a história como plano de fundo — principalmente pra trazer o lado cômico — mas, surpreende ao demonstrar que também consegue ter uma história coesa e chamativa, o que fica ainda mais evidente nos capítulos 8 e 14(final). Para mim, esse aspecto é o mais chamativo, talvez a jogatina fosse pesada caso a história fosse muito encorpada e completamente séria. Até porque, como já deixei a entender, o jogo é longo.

Lembrando que, a história, apesar de não variar muito, conta com vários possíveis finais. Inclusive, com finais precoces.

Minha experiência: tomei um final precoce e também fui ao final ideal do jogo. O final precoce, apesar de ser legal de existir, é simplesmente irritante. Mais a frente vou falar sobre, mas, o jogo é "finalizou -> começou do zero". Então, ao tomar um final precoce, você é obrigado a ver um monte de créditos(bastante mesmo!) e em seguida recebe um save onde pode recomeçar o jogo. Daí fica a dica, neste caso, NÃO sobreponha seu save anterior.

— Trilha sonora:

A trilha sonora do jogo é legal, gosto das musiquinhas do castelo e da penúltima região da trilha principal. A primeira combina muito bem com o clima cômico do jogo, a segunda já é uma eletrônica que dá um ar de "batalha ♥♥♥♥" rs. Algumas não gostei, outras, como a tristonha do próprio capítulo 8, que achei necessária, mas que se repetiu em momentos nada a ver, se tornaram meio enjoadas e anticlimáticas.

— Jogabilidade:

Muito variada, um rpg de turno certamente inovador para a época! Provavelmente, junto com a comicidade, foi o que me prendeu ao início do jogo, já que alguns outros elementos estavam tendendo a me afastar um pouco(mais a frente vou relatar quais foram).

Posso citar uma série de coisas, você pode empilhar aliados e arremessa-los, pode fazer o mesmo com inimigos, e tudo isso com várias possibilidades táticas. Por exemplo, arremessar um inimigo em outro lhes funde, cria um mob novo, muito mais forte e que, por consequência, vai lhe dar mais XP.

Tem o sistema de Geo Panels, que são painéis coloridos no tabuleiro que vão definir alguns status para quem pisar neles. Expliquei de forma bem resumida, porque realmente é mais complexo que isso e não é fácil de entender. Mas, basta saber que boa parte da estratégia do game acaba girando em torno deles.

Como falei dos Geo Panels, já posso mencionar o Item World. Achei um sistema bem criativo, TODO item do jogo tem um mundo dentro de si mesmo, com residentes(monstros) e, dentre estes, especialistas. Os especialistas são monstros especiais que são vinculados ao seu item. Ao derrota-los dentro do Item World, você conquista suas especialidades para seu item(exemplo: vida, defesa e velocidade). Outro ponto que faz o Item World especial, é que é feito de mapas aleatórios(que vão representar cada nível do item), alguns, inclusive, se der muito azar, podem ser impossíveis de ganhar, principalmente por conta dos Geo Panels, que podem dar aos monstros efeitos embaçados(maldito "no lifting & invincible"). A cada mapa superado, o nível do item(iniciado em 0) sobe em 1. Ao final de 10 níveis você pode voltar para o castelo gratuitamente e recebe um item que lhe permite, das próximas vezes, sair de Item World quando bem entender - por isso, não precisa se preocupar tanto assim com o NRG te lascando.

Por último, quero mencionar a Dark Assembly. É muito diferenciada, é por meio dela que você faz requisições para avançar certas coisas no game(itens mais caros na loja, transmigração, variedade de itens na loja). Primeiro, você precisa ser aprovado em testes de promoção, que aumentam seu nível na câmara e lhe permitem iniciar suas requisições. Após isso, para iniciar a requisição, basta pagar a mana que ela cobra. E é agora que vem a parte legal, você entra na câmara e vê todos os votantes e suas atuais intenções de voto(variam entre totalmente contra e totalmente a favor), porém, você pode modificar a intenção de voto com SUBORNO, os 16 itens que leva consigo em sua mochila podem ser entregues aos senadores, que vão lhe informar o quão desejam cada item, quão mais os agradar, mais vai impactar positivamente em suas intenções de voto. Adendo importante, caso sua requisição seja RECUSADA, você tem a opção de quebrar os senadores que negaram na porrada kkkkkkkkkkkkkkkk.

Poderia citar outras coisas, mas o tópico ficou grande e essas são as particularidades mais importantes do jogo.

— "Mucho texto" e a não possibilidade de pular-los:

Alguns reclamam da quantidade de diálogo, eu não ligo. Na realidade, acho que ninguém liga para a quantidade em si, não é lá essas coisas. O problema é, desenvolveram o jogo com desleixo no fator rejogabilidade(sendo que foi escancaradamente implementado no jogo, há até um contador de "clears" — vezes finalizadas — que você fez em seu save, e, quando entramos num novo jogo, somos obrigados a ver boa parte dos diálogos dos mapas novamente).

Disse "parte" pois podemos pular o diálogo que introduz o mapa(entrando nele pressionando I), mas não o diálogo que lhe finaliza.

— Problemas de portabilidade e câmera:

Não tentei jogar em controle. Mas, posso garantir que mouse e teclado não é a melhor opção para o jogo. Muitas vezes, é praticamente impossível de selecionar um personagem, especialmente quando ele está dentro de um buraco ou entre paredes. E a câmera, apesar de alternar em umas 4 posições, também não ajuda muito, pois não tem boa visão de cima(vi que isso é corrigido na versão Disgaea 1 Complete, mas é para consoles).


— Dificuldade & grind:

A dificuldade do jogo é um pouco desajustada. O mapa que antecede um mapa difícil pode ser um mapa SUPER FÁCIL. Por um lado é bom, porque pega o jogador de surpresa — se subestimar os mapas e não salvar o game, vai pagar a conta. Mas, por outro, tira um pouco da sensação de progressão linear e lhe força a um grind exaustivo. De 1 única fase para a outra o jogador pode acabar sendo obrigado a grindar o que não grindou o jogo todo.



Considerações finais:

Nota 8/10. Se eu tivesse jogado no PS2, certamente minha nota seria mais alta. O jogo é MUITO bom para sua época!



Spoiller positivo sobre o Modo Etna:

Acredito ser um spoiller positivo, porque é praticamente impossível de se desvendar isso sozinho. Para desbloquear o Modo Etna, o jogador precisa entrar na sala secreta dela e ler seu diário a CADA capítulo do jogo. Não adianta ler tudo de uma vez no final, fiz isso e não consegui acessar o modo. E, sobre entrar na sala secreta, precisa acionar 2 alavancas e clicar num ponto muito específico do castelo(bom pesquisar por um vídeo demonstrando).

A outra forma, muito mais fácil, é teclar o seguinte comando para teclado(com o cursor sobre o New Game):
I J L I J L K

Após isso, ouvirá a voz da Etna e entrará no modo dela. A cutscene é parecida com a original, mas com uma leve mudança que irá visualizar rapidamente. Dizem que, por código, os monstros se tornam mais fracos, não posso confirmar a veracidade disso.

Esse game pode ser pouco atrativo pra quem não é fã de RE, tem uma câmera muito irritante que diversas vezes atrapalha no combate, a mira também é relativamente ruim por não possuir fluidez(especialmente na vertical).

O jogo possui uns puzzles legais de resolver, bem desafiadores, ainda mais por ser pouco explicativo. Para quem gosta de puzzles, ótimo jogo, para quem não tem paciência, é melhor se afastar da experiência.

A dificuldade do jogo não faz muito sentido, enfrentar 2 mobs "comuns", como os macacos, pode ser mais difícil do que enfrentar determinados chefões. O destaque vai para o sapo, que tanto reclamam, e é bem justificável, se você estiver sozinho e tomar uma linguada do bicho, só ACEITE um hit kill, é impossível sobreviver, nenhum chefão do jogo faz algo desse nível. E, como pior defeito, o jogo obriga o jogador a ficar esparramando item pelo chão e ficar movendo-os aos pouquinhos entre grandes distância, isso torna o jogo MUITO pior do que deveria ser, pois torna-o lento e cansativo!

Como um bom Resident Evil, esse rende bons sustos, e manda bem no jump scare e terror via música/jogo de câmera, que se aliam muito bem com a tonalidade antiquada e escura do jogo. A trilha sonora também é bem marcante, algumas deixam um leve suspense, outras dão verdadeiro toque de aflição e medo. Concluindo, é uma ambientação maravilhosa para quem curte jogos de terror.

Não é um jogo que envelheceu tão bem. Existem alguns problemas na movimentação, principalmente pelo famoso problema de cálculo que houve ao tentarem a visão isométrica, o personagem se movimenta na diagonal mais rapidamente do que verticalmente ou horizontalmente. Também existem outros bugs, como o bug da duplicação de itens, mas usa quem quer - observação, no Hellfire da GOG, aparentemente, o bug já foi retirado. Um problema de fato, na minha opinião, é a falta de uma aba "controles" no Menu, algumas hotkeys são visíveis ao passar o cursor por cima de um ícone, mas nem todas. Outra falha, ao meu ver, é o fato de vários inimigos terem alcance muito maior que a nossa visão, então, por este lado, sinto que não há um favorecimento tão grande em focar no alcance de um arco e flecha, e isso fica ainda mais visível no Diablo(Chefe Final), que é simplesmente um absurdo de apelão no longo alcance, consegue atacar fora da visão e numa sequência muito veloz de magias(que dão MUITO dano).

Um aspecto que, no inicio, enxerguei como muito danoso e punitivo, mas, depois, vi sendo consertado, é o da campanha poder se tornar impossível. O sentido é, para adquirir novos equipamentos os jogadores pagam "X" valor, mas, ao vende-los, o retorno é absurdamente abaixo disso. E, é muito comum que vendam itens que acabaram de ser comprados, visto que, primeiramente, existe a estratégia de comprar os itens do ferreiro para atualizar suas ofertas e, segundamente, é difícil comparar os itens da loja com os seus atuais sem antes equipa-los. Então, com o tempo, o jogador pode ficar falido! Porém - acredito eu que é uma adição da expansão Hellfire - incluíram 2 novas masmorras(que podem ser acessadas por volta do 15º andar da masmorra principal), sendo assim, ainda há a possibilidade de voltar no jogo e conseguir juntar dinheiro e um pouco de experiência antes de enfrentar o Diablo.

Como ponto positivo, inicialmente vale mencionar o fator sorte do jogo. É perceptível o foco que os desenvolvedores tiveram na rejogabilidade de Diablo. No jogo, grande parte das quests são aleatórias, assim como os drops dos monstros, os mapas dos níveis da masmorra e itens de loja(válido para Griswold(ferreiro) e Wirt(o moleque que vende 1 item sortido e especial), não vale para a bruxa Adria, que sempre que der um "Load" apresentará uma loja diferente), além do que foi mencionado anteriormente, o jogo conta com 4 classes em Hellfire(a novidade é o Monk - que provavelmente é a classe mais diferenciada), juntando tudo isso com a variedade de dificuldades, tem-se de fato uma boa rejogabilidade. Dando continuidade, também valorizo a imprevisibilidade do jogo, a qual acaba por destacar o aprendizado do jogador durante a jogatina; por exemplo, logo no 2º andar da masmorra da igreja, podemos ter contato com uma quest que inclui um monstro chamado Butcher(que inclusive é referência imediata para os fãs do game), porém, por sua aparição ser tão antecipada, não temos itens e status suficientes para combate-lo, então é uma derrota praticamente certa e, na próxima tentativa, o jogador já deve ignora-lo; sinto falta desse tipo de esquema nos jogos atuais, mesmo que Diablo seja considerado, por muitos, um hack'n slash, o jogo não consiste em andar para a frente infinitamente e matar qualquer inimigo indiscriminadamente.


Por fim, acredito que a pergunta "vale a pena jogar?" vai além da qualidade do jogo em si. Apesar de ter as qualidades já mencionadas, para além de uma trilha sonora bacana(a da cidade de Tristam é impecável), assim como uma ambientação ímpar em todos os mapas, utilizando destas qualidades para trazer a atmosfera sombria proposta pelo enredo do jogo, Diablo é muito mais. Diablo é uma referência do universo RPG, é o primeiro game de uma franquia de sucesso que já está em seu 4º lançamento numérico, é uma referência no uso de elementos roguelike e hack'n slash e antecessor imediato de um dos RPGs mais amados de todos os tempos, o Diablo 2. Não joguei Diablo buscando, meramente, uma gameplay de qualidade, joguei buscando uma maior imersão em seu universo - tentando me imaginar como um jogador surpreso na década de 90 - assim como na busca do entendimento de sua importância como referência para o desenvolvimento de tantos outros jogos, mesmo para aqueles que fogem do gênero, e isso, para mim, foi uma experiência sensacional.