O JOGO MAIS DIFÍCIL DO MUNDO: ZERADO

como estragar um jogo em 12 minutos.

Agora entendo do porquê tantos mamarem o Kojima e o chamarem de gênio, ele realmente era um visionário para época, usufruindo o máximo de um console com muitas limitações mas ainda sim conseguindo fazer algo que ainda é divertido atualmente. Gameplay divertida e diversa, além dos clássicos momentos de metalinguagem aonde ele exige que o jogador faça ações fora do game para poder progredir. A história no geral é boa e interessante mas nada demais, pelo menos nesse primeiro, ainda sim é bem estruturada. Enfim um banger que conseguiu cumprir meu hype.

Eu não esperava que fosse tão bom assim, ainda estou sem palavras após o final... Além de melhorar as mecanicas do primeiro jogo introduz novas adições que o torna mais divertido que o primeiro, além da melhora significante na esquiva e no combate. Agora com mais espaço e menos restrições a soundtrack é expandida, sem falar das expressões faciais e a melhora no CODEC. A história... ainda estou no processo de ingerir tudo que me foi dito, uma sobrecarga de informações tanto na ficção tanto nos temas passados. É de fato um dos games já feitos.

Provavelmente uma das ideias mais ambiciosas na indústria dos jogos até hoje. Juntar 3 eras em apenas um jogo, interligando-as e extraindo ao máximo o conteúdo de cada uma, com seu próprio contexto, seus próprios personagens, até mesmo seu próprio jeito de vender e comprar itens, cada zona temporal se torna única dentro dos limites do jogo, toda sua atmosfera muda mesmo sendo o mesmo mapa. O nível de detalhes é surreal, é uma quantidade ampla de ações que o jogador pode fazer que vai influenciar de maneiras diferentes os períodos de tempo do jogo, por exemplo a sidequest da moon stone, em que você leva a pedra do futuro para a era pré histórica para faze-la esquentar por 65 milhões de anos... Além das suas personagens , sendo super carismáticas, conseguiram conquistar meu coração em pouco tempo. E as dinâmicas entre eles são elevadas com o sistema de combo, simplesmente muito foda o Frog e o Crono cortando em X, ou o Robo Frog e Crono com seu ataque triplo. Sua história apesar de simples é fechadinha, pensada e conectada perfeitamente do início ao fim, como dito antes com uma quantidade imensa de detalhes sendo elevada pela relação que o jogador tem com o cast. Enfim um jogo exímio, tanto em gameplay quanto em narrativa, apesar de ser de um gênero que eu sempre evitei, consegue ser divertido, difícil e instigante, me fazendo utilizar de diferentes estratégias sempre que um boss novo aparecia, além do sistema de você poder prever os seus encontros e só tendo alguns que são realmente obrigatório,me poupou de muita frustação (VAI SE FODER WORLD MAP DE FF7). 10/10 superestimado.

slc, a volta de suda51 como diretor e desenvolvedor de jogos não é surpresa que ia trazer algo tão bom quanto Travis Strikes Again. Diferente dos 2 No more Heroes, você tem algo mais reflexivo por parte do Travis e por parte do roteiro. Ainda continua tendo a criatividade insana de Goichi Suda, e uma gameplay frenética, mas quando o jogo se volta para os diálogos, principalmente nas fitas a cada fase final, você vê que é algo completamente fora da vibe dos jogos anteriores... Sua reflexão em desenvolvimento de jogos e a insatisfação de um criador é feita brilhantemente, literalmente te pondo em 6 jogos completamente diferentes uns dos outros em level design e até como você soluciona a fase. Enfim, um projeto bem pessoal e provavelmente o melhor da série (provavelmente pq não joguei o 3). Além do mais a OST é incrível.
https://youtube.com/watch?v=w-pOFYK0WiU

https://youtube.com/watch?v=GS1P9QFwAX8

https://youtube.com/watch?v=aXk7GnukETE

Algumas das minhas favoritas. Experiência muito foda, agora é zerar o resto dos jogos dele antes de chegar Outubro e lançar o 3 pra PC.

Jogo divertido demais, sua gameplay e cutscenes estão além até mesmo de seu antecessor, porém o resto... É frustrante como um jogo com qualidades tão boas foi quase estragado pelo seu level design reutilizado,bosses que não são tão fodas para serem repetidos por 3 vezes e inimigos chatos de se lidar. Mas como sou um macaco que a cada cena do dante ficava impressionado e a cada devil weapon virava uma criança com um brinquedo novo, gostei demais dessa porra ( a gameplay do Nero é boa também, mas gosto mais de ficar trocando de arminha).Enfim uma surpresa, pois achava que o jogo era extremamente foda-se em todos os quesitos, não é, definitivamente, o ápice da franquia mas é um jogo que vale a pena ser jogado.

This review contains spoilers

Eu tinha um hype imensurável para esse jogo, devido aos memes, o character design e alguns vídeos de combo que eu via no youtube. Sempre fiquei numa puta vontade de jogar isso mas não conseguia por falta de uma plataforma que rodasse. Bem, finalmente consegui tocar nisso e... Minhas expectativas não só foram satisfeitas como o jogo foi além delas, tendo jogado os jogos anteriores (exceto o 2) esse mês, eu tinha fresco em minhas memórias o que senti com eles, e tinha em mente a superioridade do 3.. Mas o jogo foi além! A gameplay, os cenários, a atmosfera, os personagens e acima de tudo, o respeito para com seus sucessores, todos esses fatores se culminaram para criar experiência perfeita do que é Devil May Cry. Sério, o feeling de jogar está em outro nível, a forma como os combos se conectam, o impacto que tem sobre os inimigos, as features novas como os devil breakers e a adição de um novo estilo completamente diferente de combate, os summons do V apesar de serem confusos no começo, depois que você pega o jeito fica bem interessante e é uma variedade bem vinda, já que é um estilo mais focado em combate a longa distância e não tão intenso, meio que uma pausa ao combate insano de Nero e Dante. Por falar em Nero, nesse jogo ele se redime bastante, já que no 4 ele era um personagem meio foda-se que parecia só uma mescla entre o deboche do Dante e a seriedade do Vergil que no final deixou o personagem sem nenhuma essência própria além de seu Buster. Mas no 5 deram uma buffada na personalidade dele e no estilo, agora realmente parecendo um personagem com personalidade própria, com um arco decente de desenvolvimento e contribuindo para o estopim desse jogo e talvez da série inteira, o conflito entre Dante e Vergil e sua resolução. Essa rivalidade já está presente desde o primeiro jogo e foi mais trabalhada no 3, e o 5 traz um "final" digno a ela, a aceitação da existência de ambos e o amadurecimento de ambos como personagens e como irmãos, é bem legal de se ver a interação entre os dois na cena pós crédito. Apesar de escrever todo esse texto, não há como eu transmitir a experiência que tive. Devils never cry.

2022

Enfim lançou Scorn e... O jogo é incrível. Não acompanhei muito o desenvolvimento do mesmo e só fui saber da existência pelo tweet do Th, e por eu curtir bastante qualquer coisa com uma estética edgy e focada no terror me interessei pelo game.
Eu não sou muito fã de jogos focado em Puzzles, sempre acho muito chato e fico entediado bem rápido. Felizmente os puzzles de Scorn eram interessantes e divertidos o suficiente para me fazer continuar com o jogo, além da sua faceta survival horror que te mantém focado a todo momento. Nunca há um momento de paz ou de segurança, o desconforto e o medo estão te atormentando a todo momento, a soundtrack atmosférica e o sound design impecável trabalham lado a lado pra ampliar essas sensações. Nunca tinha jogado algo que me trouxesse um medo genuino da parada, a atmosfera é perfeita em todos os sentidos. Em questão de lore e significado acredito que seja algo pessoal e fique à mercê do jogador interpretar de sua própria maneira. Enfim, joguem o jogo é do caralho, de fato uma experiência única e que vale a pena.

This review contains spoilers

Minha relação com Persona 5 é complicada, ao mesmo tempo que amo certos aspectos do jogo, odeio outros. Não acho que seja um bom game, afinal ele falha em entregar uma boa história e falha em construir bons personagens, o que são suas propostas principais... Mas mesmo assim não consigo desgostar da obra, até sinto uma certa vontade de revisita-la (ainda que tenha jogado 2x seguidas) o que acontece raramente comigo. Apesar dos pesares ainda consegue ser divertido em suas mecânicas principais, a vida social e a parte do rpg são viciantes, mesmo que a confidant não seja tão interessante, ainda é muito satisfatório ver seu link subir e conseguir alguma recompensa com isso. Seu combate, apesar de ser um rpg de turno, é bem dinâmico devido aos fatores que são incorporados como o baton pass, a variedade de armas e suas animações que são legais pra caralho de se ver, sendo assim essa maneira de abordar esse sistema se tornou o meu preferido dos turn based rpgs que joguei. Boa parte de seu cast, apesar de ser mal escrito e alguns chegam a ser insuportáveis, ainda curto as interações, a parte da praia, as comemorações, as reuniões no Leblanc, não sei... Só consigo sentir apreço por elas apesar de não serem nada demais, talvez meu lado adolescente tenha afetado essa parte... Seus vilões em contraponto são PÉSSIMOS, não consegui sentir NADA ao derrotá-los, pois são extremamente mal construídos e são retratados da pior maneira possível, uma pena porque com o sistema de Palaces tem-se um grande potencial, que infelizmente foi desperdiçado... Ainda consigo gostar do Shiro da campanha principal, mas o resultado final é um tanto quanto broxante, mesmo que compense com o final. Agora o Maruki... é insano como ele representa todo o potencial desperdiçado do jogo, sendo o único antagonista decente dessa merda. Por falar em Maruki, a dlc é INSANA, é realmente uma escrita decente e leva a um questionamento interessante mesmo que outras obras já o abordaram e fizeram infinitamente melhor, ainda é muito foda. Enfim amei esse jogo e também o odiei, não recomendaria para qualquer um.

Esse jogo é literalmente quase impossível de se jogar no pc (é sério tive que ver o final pelo youtube pq o jogo se recusa a passar da primeira cutscene do capítulo) mas fiquei tão encantado e interessado que fiz de tudo para conseguir rodar essa porra, um port tão merda que conseguiu ser pior que o de Dark souls 1 puta merda viu. Mas dentro desse desastre técnico tem um jogo absolutamente maravilhoso e único, personagens que são estranhamente carismáticos e marcantes, principalmente o protagonista Francis York Morgan (que é literalmente eu), com uma soundtrack genialmente composta que se encaixa perfeitamente com os momentos do game, uma direção de cair o cu da bunda e um bom mistério cuidadosamente desenvolvido com perfeição. Tendo dito isso tudo, por mais que esse jogo seja uma FALHA em aspectos técnicos e até em sua gameplay, sua substância o isenta de ser, por qualquer meio,um jogo ruim. Enfim, amei cada segundo dessa merda de game, de fato uma experiência FODA.


"At times we must purge things from this world because they should not exist.
Even if it means losing someone that you love"

Irei assassinar todos da Access games, filhos da puta irei lhes caçar. Essa porra tinha tanto potencial e simplesmente por motivos de burocracia foi descontinuado por canalhas engravatados. A indústria dos jogos pode ser um lugar cruel e decepcionante as vezes.

I dedicate this tale to my beloved witch, Beatrice.

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THIS IS NOT A STORY OF HEROES
THIS IS THE STORY OF FULL METAL DAEMON MURAMASA

Realmente o ápice do que uma visual novel pode proporcionar, utilizando de seus recursos de uma forma que complementa seus temas e torna uma experiência mais imersiva, afinal você experiência a Law of Balance em primeira mão (descobri isso da pior forma, fiz um bad ending sem querer por ganhar pontos com as duas moças), além de fazer muito bem o uso do sistema de rotas para explorar seus conceitos de uma forma bem extrema até, sendo as personagens personificações daquilo que elas acreditam (Ichijo: justiça, Kanae: vingança, Hikaru: força), e também tem algumas seções aonde as escolhas interferem em certos combates, então você realmente se sente na pele do Kageaki, utilizando de suas experiências passadas para derrotar o inimigo que está enfrentando, bem divertidinho. Não é a toa que foi o projeto em comemoração do décimo ano da Nitro Plus, os caras torraram toda a grana que tinham (e que não tinham) para dar vida a esta história magnífica.

A exploração de seus temas é muito interessante, chegou até a esclarecer minha visão em relação a algumas das coisas que são discutidas, sendo a que eu mais me interessei a justiça que é debatido na rota da Ichijo (a melhor rota inicial em minha opinião) apesar de oferecer uma dissertação sobre esse tema Nahara Ittetsu não te concede respostas fáceis, afinal, uma das filosofias do jogo é achar sua própria visão e compreender seu objetivo. O tema de vingança é bacana até, mas sinceramente é tão saturado que, apesar de ser uma visão diferente sobre, não me interesso tanto e não me pegou muito, estava mais cativado nos conflitos do mundo e da relação entre Kanae e Kageaki do que o tema em si. A força e a Law of Balance são muito intrigantes, elas são seguidas a risca e isso gera conflitos bizarros toda vez que o protagonista se esquece de sua verdadeira natureza, assim nenhuma situação é tão simples quanto fazem parecer ser, até porque nada na vida é somente preto e branco e tudo é muito complexo, porém a conclusão que oferecem e como o Kageaki lida com isso é algo fascinante, a aceitação de seus pecados e usá-los para fortalecer sua visão, reconhecer que ele não é um herói e nunca poderá ser mas mesmo assim resolver trilhar seu caminho para alcançar seu sonho, concatenou para que ele se tornasse um de meus personagens favoritos de toda a ficção.

A construção de seu mundo é bem feita, o jeito que te entregam as informações de forma despretensiosa através de diálogos e relatos de eventos históricos dentro da obra, fazendo com que vários pontos, que a primeira vista parecem não ter tanto significado, quando conectados montam um quebra cabeça que fazem com que varias situações façam mais sentido e você começa a entender a motivação de certos personagens/grupos mais facilmente, é extremamente bem escrito e chega até a ser um pouco complexo. Cada grupo possui suas próprias complicações, pois os personagens que os formam detém propósitos, métodos e princípios diferentes, e isso forma facções dentro desses grupos que manipulam e são manipuladas por outras para alcançar aquilo que almejam, conspirações são formadas sobre mitos daquele mundo, alguns personagens trabalham com outros de grupos diferentes para alcançar um objetivo comum, tudo é muito vivo, nada depende de personagens específicos para poder funcionar, assim engrandecendo ainda mais a resolução final de Kageaki, sendo ele somente um homem em busca de trazer a paz para o mundo inteiro.

Falando do Kageaki, a construção de seu caráter é algo a ser reconhecido, passamos quase que o jogo inteiro na mente extremamente perturbada e quebrada de Minato Kageaki, um homem que acima de tudo odeia a si mesmo mais do que qualquer coisa, porém ainda sim possui objetivos nobres e boas intenções. Ele é realmente um protagonista complexo, todos os seus dilemas são postos em jogo em muitos momentos chave da história, fazendo o se questionar e ponderar se o que está fazendo é aquilo que acredita. E como eu disse anteriormente, seu desfecho é muito gratificante, pois vemos esse personagem extremamente amargurado e depressivo, aceitar os seus pecados e usá-los como motivação para continuar a seguir seu caminho e realizar seu sonho, e o jeito que ele chega a essa conclusão chega até a ser engraçado, meu mano literalmente teve uma crise existencial após foder sua armadura em forma de uma elfa black skin, assim compreendendo que estava vivo e que amava isso apesar de ainda não dissipar o seu ódio contra si mesmo.

Enfim, foi uma longa jornada repleta de emoções que embora os meus esforços não consigo representá-las em palavras, it's PEAK bro zenithium of the media holyyy.

Peace is the noblest pursuit.