Demorei meses pra zerar esse jogo, os puzzles e o caminhar lento dos personagens fizeram ele ficar um pouquinho arrastado. São só 5 horas de gameplay, mas enquanto eu jogava outros games, ele ia ficando um pouco de lado. Esse é o único problema desse game, talvez apenas não faça o meu tipo de puzzle.

Falando das coisas boas agora...

Eu curti mais as fases que possuem poucos puzzles daqueles que tu fica muito no mesmo lugar. Agora os de "vai e vem" até são divertidos. Tem algumas fases diferentes, como as de carro e as de furtividade, que quebram a mesmice.

Que história bonita! Personagens mesmo apenas falando pequenas frases (na maior parte do tempo), fazem você se importar com eles. Ainda tem um final bem emocionante que te quebra.

A trilha sonora passa a tristeza de uma guerra, embora os personagens as vezes pendam um pouco pro cômico, equilibrando bem as coisas.


The Warriors sempre foi um clássico que guardo com muito carinho, então decidi revisitar a obra em algum momento. Para isso, assisti ao filme de 1979 e devo dizer que gostei bastante, especialmente depois de zerar o game, que explora eventos anteriores ao filme, preenchendo lacunas e em seguida adapta aquilo que já se tinha. O que foi bastante prazeroso, pois queria ter visto mais das outras gangues e do Cleon no filme (Cleon é o negão da capa).

O game é divertido por possuir um combate que faz uma bela bagunça no cenário, principalmente quando um grande numero de aliados e inimigos estão na tela. Possui missões bem variadas e um humor bem no estilo da Rockstar.

Houve um momento em que me senti um pouco cansado durante uma missão de pixação de trens, pois os inimigos continuavam aparecendo enquanto eu tentava concluir as artes, o que levou mais tempo do que o normal e senti certa repetição no combate. No entanto, esse sentimento de repetição desapareceu quando retomei o jogo no dia seguinte.

As coisas que mais me chamaram atenção durante essa jornada foram a identidade visual de cada uma das gangues e a proposta do filme de transmitir a sensação de um pequeno grupo contra o mundo. Se tivesse tido uma sequencia, eu teria visto com um sorriso no rosto.

A capa desse jogo tem umas diferenças bem notáveis da obra em sí, como essa mocinha que nem se quer existe lá (talvez no livro ou talvez seja uma releitura de uma outra personagem).

This review contains spoilers

Nesse jogo, uma história sensível e pesada é contada através de uma gameplay cheia de metáforas sobre a personalidade e a mentalidade dos personagens. Fazendo isso de forma excelente e justificando a escolha do formato de game.

Alguns exemplos disso são as mortes das crianças, como a morte do bebê, que é entendida como um afogamento. No entanto, o jogo faz questão de mostrar isso da maneira mais criativa possível, a fim de explorar o traço da imaginação fértil das crianças.

Outro exemplo é a morte do rapaz que trabalha em uma fábrica cortando peixes. Enquanto jogamos, vivenciamos a vida dele na fábrica com uma mão e sua vida imaginária com a outra. Conforme o personagem se afasta da vida real e entra em sua imaginação, sua vida almejada começa a tomar forma no canto da tela até preenchê-la completamente. Ao mesmo tempo, o jogador se habitua a cortar cabeças de peixe e realiza as tarefas da fábrica automaticamente, enquanto sua atenção se volta para a aventura imaginária do personagem. Isso reflete a situação mental do rapaz, que perdeu o interesse em sua vida monótona e prefere viver em seu próprio mundo.

Embora seja uma história trágica, essa abordagem traz uma certa leveza para a narrativa, tornando mais fácil para o jogador e a personagem principal digerir e aceitar esses fatos tristes. O que não deixa de emocionar, pelo contrário, nos deixa mais próximos, permitindo que entendamos seus sentimentos.

Esse jogo é como quando uma pessoa especial pra você morre e você lembra de acontecimentos engraçados dessa pessoa que expressam a personalidade dela pra tentar remediar a dor da perda.

Sempre olhei pra as capas de Halo e pensei: "Futurista, eca". Agora eu penso: "Master Chief, maneiro".

A história é interessante, imagino que seja mais aprofundada com os jogos sucessores (que ainda vou jogar), mas aqui já apresenta momentos marcantes. O Master Chief parece um personagem bem marrento e no final ainda fala: "Eu sou o Halo." (Deixando bem claro que ele é o Halo e não faria sentido nenhum, se a franquia tivesse esse nome, por causa de um planeta que é explodido no final do primeiro jogo, nada haver).

As partes que dão pra usar veículos são as mais legais, pois eu de verdade gosto dessa dirigibilidade de virar com a câmera, principalmente quando se trata de veículos flutuantes ou voadores.

As poucas armas do jogo são legais de usar, só não gosto da metralhadora padrão, pois os inimigos não parecem sentir muito ela. As armas dos ets são legais também, mas minha favorita foi a pistolinha padrão mesmo, que me lembra uma magnum, sendo que os inimigos parecem sentir bem mais seus tiros.

Agora, falando dos problemas...

Tem algumas partes que a gameplay te manda pra lugares idênticos, o que pode dar uma cansada, além de que algumas vezes os check points não funcionam direito.

Lembro até hoje de um documentário chamado "Pixo", que mostrava o lado dos pixadores de São Paulo. Uma coisa que ficava bem evidente era o sentimento de revolta e rebeldia em muitos deles, ao mesmo tempo que pareciam encarar aquilo como um esporte que traria muita satisfação pessoal quando feito em lugares inusitados, como no topo de prédios e outdoors.

"Sludge Life" consegue passar perfeitamente essa vibe "foda-se" dos pixadores, com cenários e personagens que transmitem isso, mas com desenhos bonitos. Aqui você encontra cogumelos (que são uma clara alusão às drogas), cerveja, cigarros e gatos de dois furicos. Enfim, a arte diz muito sobre a realidade... De verdade, me surpreendeu saber que um dos desenvolvedores principais é brasileiro, o que explica muita coisa.

É um jogo que tem o tempo certo, me deixando ansioso pela continuação e esperando que ela explore ainda mais a ideia.

A partir daqui, darei minha breve OPINIÃO sobre a pixação. Caso queira, sinta-se livre para deixar seu coração e parar de ler.

A pixação tem seus aspectos bacanas e talvez realmente seja uma forma de arte (sou honesto e não sei definir arte), porém é embasada no crime. Eu queria que o Brasil fosse um país muito colorido, com lindas artes em grafite por todos os lados, só que a pixação é o oposto disso. Os próprios pixadores sabem disso e, em vez de se expressarem de forma legal, preferem denegrir propriedades privadas como uma forma de "protesto". Então, eles merecem sim serem discriminados, ou melhor, incriminados.

Sobre o documentário "Pixo" pra quem tem curiosidade, recomendo, da pra ver um monte de nóia falando bobagem: https://youtu.be/skGyFowTzew

A jogabilidade deste game é bastante desafiadora e às vezes até injusta, como no caso daquele primeiro chefe, aquele coelho desgraçado, que para ser o primeiro boss do jogo é bem difícil. Tanto que eu só consegui passar dessa parte quando o jogo trocou o chefe e eu consegui recrutar um rato muito bom.

O que estragou esse jogo para mim foi o fato de ele ser um roguelike, o que não seria um problema se não tivesse uma campanha tão longa que acaba te vencendo pelo cansaço e pelo azar. Outro jogo de cartas no estilo roguelike é o Monster Train, mas ao contrário deste, a campanha é curta e feita para você zerar diversas vezes com diferentes personagens e combinações novas de cartas.

Se a campanha fosse menorzinha ou talvez tivesse alguns check points no meio, talvez eu até tivesse dado 5/5 estrelas, dada a qualidade no restante das coisas dele.

Shadow Of The Colossus é o game mais ambicioso do Ps2, o que até assusta, é que ele cumpre a ambição, mesmo estando em um console muito limitado em relação a tal.
A espetacular trilha sonora cria um sentimento épico, enquanto as batalhas são memoráveis e o mundo parece enorme, embora não seja.

Existem jogos tão bons que, embora me deixem com uma tremenda vontade de escrever uma análise sobre eles, simplesmente não consigo pensar em nenhum detalhe que não seja óbvio demais. E esse é exatamente o caso desse jogo.

Sabe aqueles filmes que começam pelo final e você não entende a história até vê-la por completo? Return of the Obra Dinn é assim do início ao fim. Nele, você busca pelo desenrolar da história através dos destinos de cada personagem, a fim de descobrir o que aconteceu para que o navio Obra Dinn nunca chegasse ao seu destino.

Tower Defence raiz, bem divertido, mas diferente de um Plants vs Zombies (que pra mim é o Tower Defence ideal), muitas opções de magia e defesa se tornam obsoletas. Tem uma armadilha que levita os inimigos que passam sobre o chão, que eu sinceramente não entendi qual era o propósito, pois os inimigos nem se quer tomam o dano de queda.

Aquela magia de empurrar os inimigos pra longe é a melhor coisa do jogo. É extremamente satisfatório usar ela e ver todos os orcs indo pra casa do chapéu.

Eu fiquei com o pé atrás em relação a essa franquia depois de ter zerado a versão clássica do primeiro jogo. Na minha opinião, o jogo tinha envelhecido muito mal, com várias coisas que eu apontei detalhadamente e que me desagradaram como fã de FPS. Enfim, parece que a equipe que fez esse remake sentiu exatamente as mesmas coisas na época, e eles consertaram tudo e ainda adicionaram muito mais conteúdo, tornando o jogo perfeito.

Entre as mudanças, foram implementadas mecânicas novas, novos inimigos, uma nova física com um feedback prazeroso quando nossas armas atingem os inimigos, um salto maior, mais munição para as armas, gráficos mais bonitos e ambientes mais detalhados e amplos. Claramente, eles se inspiraram no Half-Life 2 para fazer essas mudanças.

A maior mudança foi a expansão da campanha, fazendo com que o planeta/dimensão dos aliens ocupasse 50% do tempo de jogo. Isso enriqueceu muito o universo e, por sua vez, a história de Half-Life. O contexto que deram para a raça dos Vortigaunts nesse lugar foi incrível e conseguiram passar tudo aquilo quase sem acrescentar diálogo algum.

Terminando essa review, quero dizer que agora sou realmente fã de Half-Life.


Uma das melhores adaptações de filmes que eu já vi, conseguiram fazer um fps bastante imersivo que pareceu se preocupar em variar a gameplay, ao mesmo tempo que seguia todos os eventos do filme de forma bem cinematográfica.

Em um momento, fiquei preso em uma pedra que o Kong deveria ser capaz de levantar, mas isso não aconteceu, impedindo meu progresso. Depois de tentar várias soluções, incluindo pausar o jogo e voltar, consegui passar dessa parte com persistência e maracutaias.

Talvez falte um tiquinho a mais de ações pro jogador, mas ele me divertiu na maior parte do tempo.

Spoiler:
https://youtube.com/shorts/bQxotqUnmco?feature=share

O jogo que foi mais longe com quebras da quarta parede (pelo menos dos que joguei e conheço).

Uma história BASTANTE envolvente e bota envolvente nisso. O jogo possui 3 finais, você tem praticamente uma situação parecida com o castelo invertido de Castlevania SOTN, que também não fica na cara, por isso é melhor avisar, mas da pra fazer esse final tranquilamente depois de zerar.

A gameplay é bem simples, um leva, combina e trás itens, porém você terá que fazer coisas fora do game pra avançar, muitas vezes procurando coisas pelos arquivos de seu computador.

OneShot é uma aventura de preocupação com os personagens, mas no geral é bem tranquilo.

2022

Ao mesmo tempo que eu gostei, também achei que ele se estendeu demais. Talvez porque eu fui burro, não necessariamente culpa do jogo. Por conta disso não fiz o final verdadeiro, nem to muito afim de fazer.

Os chefes tem um nível de dificuldade bem destoante do resto do jogo. Eu estava esperando só um zeldinha básico, mas fica complicado se tu não puder usar bombas incendiarias (fica a dica).

Trilha sonora é boazinha, não incomoda, mas também foram poucos momentos que curti ela. Quando a poeira baixar, vou reescutar as musicas pra ver o que se salva.

Agora o resto do jogo eu amei, trás muito bem aquela sensação de "ah, era assim que chegava aqui", bem característico de Zelda-likes e Metroidvanias. E claro, o protagonista é fofo.

Que Tower Defence bom!

Cada plantinha com suas particularidades, que possibilitam muita estratégia contra as várias classes de zumbis. Enquanto isso, o cenário do jogo muda várias vezes, obrigando você escolher outras plantas e pensar em novas estratégias o tempo todo.

Quase todo fim de combate te da uma planta nova e um inimigo diferente. Há algumas fases diferentes que mudam a mecânica do game, como as que você só tem que clicar nos zumbis ou as que você deve se virar com plantas aleatórias.

Só não dou 5 estrelas porque alguns itens da loja deviam ser mais baratos. Acho que nunca zerei o game no celular, mas deve ser a mesma coisa do começo ao fim.

♫There's a zombie on your lawn♫
https://youtu.be/0N1_0SUGlDQ

Praticamente Dead Island com parkour e uma história melhor, até porque é da mesma desenvolvedora. O combate e o sistema de crafting é quase idêntico, justamente o que eu já gostava de Dead Island. A única coisa que Dying Light não tem são veículos, que na real nem precisava, pois o parkour já cumpre bem esse papel, mas a DLC The Following parece acrescentar isso.

A história passa bastante aquele senso de urgência que obras de zumbi tendem a passar. Você esta infectado com o vírus, mas o jogo não usa isso pra te por um limite de tempo, como Dead Rising faz.

Além do parkour, o grande diferencial desse jogo, é que a noite o bicho pega! Principalmente se você jogar na dificuldade mais alta, por isso corra pela sua vida até um ponto seguro.

Apesar de ser um AAA, as missões secundarias também são interessantes, pois você conhece outros personagens e seus dramas. Se algum npc te pedir álcool, não hesite em entregar quantos ele precisar, você terá uma grande surpresa!