É um jogo... interessante. Eu diria que nos primeiros 60% não tem nada que se destaque muito além do estilo artístico: o level design é muito básico (frequentemente até simplório demais), os power ups trazem pouca variedade para o gameplay e existe pouca justificativa para trocar entre um e outro, e quase não existe desafio. Daí para frente o jogo dá uma alavancada e melhora. Supostamente ele tem uma história, mas só se preocupa em contá-la na cutscene final. Fora isso, absolutamente nada nesse jogo faz sentido. Parece uma grande viagem de ácido. A música é ok também. Para um jogo de GBA de mais de 20 anos, é muito honesto.

Esse jogo tem a história tão ruim e bobolhoca que a partir de um certo ponto eu tava pulando todos os diálogos e cutscenes possíveis. Os diálogos são dolorosamente ruins, os personagens têm o carisma de uma ervilha e a profundidade de um pires, e as motivações são tão interessantes quanto uma vaca comendo capim.
As batalhas contra os chefes são uns sacos de merda flamejante: bagunçadas, caóticas, confusas e quebradas. Tem muitas quedas na taxa de quadros no Vita e é impossível entender o design das coisas no mundo, porque é tudo muito pequeno e feio. Uma estrela para o combate fora dos chefes, que é, no máximo, medíocre. Tem 3 campanhas de personagens diferentes, e eu não sei como aguentei jogar uma.

É basicamente um souslike com metroidvania que tenta replicar vários elementos de Dark Souls e Bloodborne, mas fracassa miseravelmente nesse aspecto porque apresenta falhas de design terríveis e muitos problemas técnicos. Particularmente, também acho o design dos personagens humanos pavoroso. É um bom jogo, mas os problemas, as inconsistências, e as decisões questionáveis de design atrapalham muito a experiência. O desempenho no PS Vita também é péssimo, com muitas quedas de FPS. Os cenários extremamente escuros do jogo também contribuem pra uma experiência ruim no portátil.