O Pokémon G/S/C original é sem dúvida um dos melhores JRPG da história pela sua grandiosidade e estrutura, para os padrões da época em que saiu. Infelizmente, os remakes HG/SS são fiéis até demais, principalmente na estrutura tradicional de JRPG que envelheceu muito mal. É um jogo muito burocrático, cheio de decisões de design irritantes e enfadonhas e cheio de artifícios que prolongam desnecessariamente a sua duração. Para um jogo de 2010, provavelmente já devia ser incômodo na época. Jogando em 2023, é quase insuportável. Eu recomendaria jogar alguma rom hack que dê a possibilidade de acelerar o gameplay e elimine algumas dessas burocracias. Minha experiência foi com o hack Pokémon Perfect Heart, que aumenta a dificuldade, elimina a necessidade de trocar Pokémon para evoluir e possui todos os Pokémon das 4 primeiras gerações. Apesar das críticas, fiquei estranhamente engajado com o jogo e, pela primeira vez jogando um Pokémon (considerando que os jogos em geral são muito fáceis), precisei elaborar estratégias, pois estava realmente MUITO difícil. Fora isso, dá pra perceber que é um remake feito com muito cuidado e carinho pela equipe, que deu muita atenção à parte sonora e gráficos.

A história é muito qualquer coisa. O universo de Halo tem um grande potencial de sci-fi a ser explorado, e o jogo foca no papinho militaresco, o que é um porre. Mas se tirar toda a história e deixar somente o gameplay, dá pra entender por que foi revolucionário e definiu gerações de shooters.

Historinha chata do caramba, lenga-lenga de milico. Gameplay ok.

Cheio de artifícios de gameplay para prolongar a duração e cheio de missõezinhas irritantes que não agregam nada.

Encabeçado por uma das mentes responsáveis pela criação do Sonic (Naoto Oshima) e tendo sido desenvolvido pela Sega do Japão durante um período em que as divisões norte-americana e japonesa adotavam condutas um tanto divergentes, Sonic CD é como um "Sonic 1.5", embora tenha saído depois do 2. Não à toa, ele tem duas trilhas sonoras totalmente diferentes: uma japonesa e outra estadunidense. É um jogo muito esquisito que quebra algumas convenções de Sonic estabelecidas até então, e com um level design longe de ser ótimo. Ele zela pela exploração do cenário em fases visualmente poluídas (metafórica e, às vezes, literalmente), quase psicodélicas, que confundem o jogador. Algumas fases são uma maluquice sem sentido. Mas é justamente essa esquisitice e o design bizarro que tornam ele tão charmoso. É um jogo divertidíssimo e bem intrigante. A trilha sonora japonesa é facilmente uma das melhores não só da franquia, como também daquela época inteira, e a americana é decente, com algumas pérolas.

Possivelmente o melhor de toda a franquia. Joguei muito no Playstation 2, em meados de 2005 a 2008.

Sendo a minha terceira experiência com Kirby, logo depois de Nightmare in Dreamland (que eu terminei) e Epic Yarn (que eu larguei), já deu pra entender a estética e a proposta dos jogos do Kirby, que são basicamente sonhos febris cheios de alucinação e uma dose saudável de ácido. O que eu acho muito legal. O Super Star Ultra foi ainda melhor do que os outros. É um remake de um jogo de SNES que consiste em diversos minigames reunidos num pacote e novidades exclusivas da versão de DS. Dentre esses minigames, alguns são jogos "tradicionais" de Kirby, porém mais curtos, cada um com uma identidade própria, mas todos seguindo a mesma lógica de Kirby plataforma e com o objetivo de serem experiências mais rápidas. Fora esses, tem os minigames "arcade" que giram em torno de obter pontuação ou fazer o melhor tempo. Em geral, uma experiência bastante agradável.

Uma sátira da sociedade japonesa regada a LSD. Incrível. Música excelente também. O limite de tempo para concluir as fases é um estorvo.

Ter jogado esse jogo quase imediatamente depois de mudar de casa na vida real TALVEZ tenha contribuído para eu achá-lo insuportavelmente chato e irritante, e tê-lo abandonado. Mas é um jogo fofo e quentinho no coração. Não recomendo jogar próximo a uma mudança real.

Um dos melhores jogos da geração e da década. Absolutamente incrível. Quase um jogo de terror sem ter a menor pretensão de ser.

2022

O jogo é excelente, isso é incontestável. Ele tem mecânicas de gameplay que envolvem física que são raras de se ver nos videogames. As novas habilidades do Link também trazem dimensões completamente novas para a jogabilidade e permitem muito mais experimentação. O gameplay emergente provoca situações muito curiosas e divertidas.

Claramente é uma evolução em comparação ao BOTW, porém, em muitos aspectos, ele é idêntico ao antecessor, inclusive aspectos que considero negativos.

O fato de as armas quebrarem é um empecilho e o combate do jogo flutua entre absolutamente trivial e irritante. Trivial porque engajar em combate com acampamentos aleatórios de inimigos no mapa é um trabalho dispendioso que vai acarretar em perder algumas armas e flechas, para ter uma recompensa, também, trivial; irritante porque, se você encontra um inimigo obviamente mais forte do que você, você simplesmente não tem chance contra ele enquanto não tiver o mínimo de corações necessários, armas, armaduras e refeições específicas. O jogo não te dá oportunidade contra inimigos muito mais fortes, porque você vai tomar one hit kill e foda-se.

A história é tão básica e mais do mesmo que chega a ser irritante, é o mesmo lenga lenga de sempre: Link precisa salvar a Zelda. O desenvolvimento de personagem é pobre, todos os NPCs que participam da história são rasos como poças d'água, e os NPCs aleatórios do mapa FALAM PRA CARALHO, falam falam falam e não vão a lugar nenhum. Para um jogo que se propõe a ter história, diálogos e bastante texto, o desempenho dele nessa tarefa vai de ruim a medíocre.

Sinto que a minha experiência ideal é evitar os combates não obrigatórios, evitar cutscenes e evitar diálogos, focando somente na exploração.

A ideia de ser um "tetris-like" com roupagem de Shovel Knight é muito boa e o jogo em si é divertido, mas a versão disponibilizada pelo app da Netflix tem alguns empecilhos que frustram a experiência. A começar pela conexão obrigatória com a Internet pra iniciar o jogo. Então, se você tá num lugar sem sinal (tipo andando de metrô no subsolo), se fudeu, não vai nem conseguir abrir o jogo. Às vezes ele dá erro de conexão entre uma fase e outra e você não pode prosseguir enquanto não conectar novamente. Segundo: o jogo não salva entre uma fase e outra, então, se você, por qualquer razão, precisar fechar o jogo ou simplesmente dar uma pausa, você perde o seu progresso naquela sessão. Pela natureza roguelite do jogo, é compreensível que você perca o progresso ao morrer, mas deveria no mínimo a chance de pausar o jogo entre uma fase e outra e retomar em outro momento, o que seria condizente com a experiência mobile que ele se propõe a oferecer. Como se não bastasse tudo isso acima, às vezes ele dá crash no meio da partida e pau no seu cu, vai perder o progresso da run :)
Joguem em qualquer outro lugar que não seja o celular.

É um bom jogo que alterna entre dungeon crawler e gerenciador de lojinha. A história é desinteressante e o design de som é muito fraco, então ele se sustenta essencialmente no gameplay. A versão de Android distribuída através do app da Netflix tem controles adaptados que são funcionais, porém meio esquisitos. Infelizmente, essa mesma versão é muito bugada (perda de save, itens sumindo do inventário sem explicação, controles travando...), então recomendo jogar em qualquer outra plataforma.

Três grandes clássicos indispensáveis. De quebra, esses remakes são do melhor tipo: são muito fiéis aos originais, mas trazem melhorias e atualizações necessárias para o gameplay e qualidade de vida, de forma a tornar essa trilogia a experiência definitiva do Crash clássico.