Edit março de 2024: esse jogo é tão merda que decidi abaixar a nota pra 1 estrela.

Duas estrelas pelo design de arte, porque o resto é uma merda. O combate chega a ser ofensivo de tão ruim.

É inacreditável como esse jogo pôde ter sido lançado no Super Nintendo. (Bom, não exatamente essa versão, mas vocês entenderam)
É um JRPG absurdamente imenso e ambicioso em todos os aspectos para os parâmetros da época. Até os dias de hoje ele é excelente de se jogar e envelheceu muito bem, tirando a necessidade de grinding em alguns pontos, o que é bem característico desse tipo de jogo daquele tempo.
A versão de DS é a considerada definitiva e a que eu recomendo ser jogada.

Muito fofo e quentinho no coração. A vidinha virtual, junto com a possibilidade de jogar coop local, contribuíram para enfrentar o auge da pandemia sem ter um colapso nervoso. Um dos motivos que me fez abandonar foi o excesso de loadings muito demorados, somado à retomada da vida fora de casa, o que dificultou ter as pequenas sessões de gameplay no dia a dia, de poucos minutos, já que apenas para iniciar o jogo já demora pra um cacete.

A ideia aqui é que a humanidade foi de comes e bebes e os animais tomaram conta de Tóquio e precisam lutar pra sobreviver. Então, basicamente, você tem um cenário pós apocalíptico em que um lulu da pomerânia cai na porrada com um jacaré, lutando para preservar sua linhagem, tudo isso em um gameplay arcade em que você (jogador) precisa ganhar pontos para poder liberar itens cosméticos e outros animais jogáveis. Num certo ponto, você pode estar controlando um urso pardo usando sapatinhos fofos de gatinho e óculos escuros fugindo de uma gangue de gatos selvagens em uma batalha épica pelo controle de Shibuya.

Infelizmente, esse jogo é burocrático demais. Pra você poder avançar na história, você precisa jogar o modo sobrevivência e liberar cada capítulo da história coletando certos itens. Só que tem um problema: esses itens só surgem sob certas circunstâncias e DEPOIS que você jogou o capítulo de história anterior. Ou seja, você precisa ficar pingando entre o modo história e o sobrevivência pra poder jogar a campanha. Não bastasse isso, se morrer na sobrevivência, precisa reiniciar a run do zero, e todas as runs têm picos de dificuldade aleatórios e absurdos, já que o posicionamento dos inimigos e itens é "aleatório" em cada run.

Isso é um porre, o que é uma grande pena, porque esse jogo é esquisitíssimo e muito interessante. Ele é fruto de uma época em que os estúdios japoneses experimentavam mais com as ideias malucas, o que rendeu jogos muito intrigantes e ousados, algo que infelizmente a indústria dificilmente tem hoje em dia.

É um jogo muito esquisito e com decisões de design muito esquisitas. Não bastasse isso, os controles são imprecisos e escorregadios, o que, para um jogo de Mario, é praticamente imperdoável. A jogatina pode se tornar bem irritante em alguns momento. Apesar de tudo, ele tem charme e vale a pena ser jogado.

Esse jogo parece uma mistura de Skyrim com Monster Hunter. Skyrim pelo cenário de RPG de fantasia medieval, “semi open world”, com passagem de tempo e cidadezinhas para visitar (numa escala muito menor do que Skyrim); Monster Hunter principalmente pelo combate.

A exploração do mapa e especialmente das dungeons, embora tenha algumas burocracias inconvenientes, é divertidíssima; o combate, apesar de ocasionalmente ser meio arrastado, é ótimo; e as interações e combos de ataques que podem ser feitos com os outros membros da sua party (pawns) nas lutas são incríveis. O jogador tem muita agência, e tudo isso possibilita um gameplay emergente. O elemento online assíncrono dele é incrível e diferente de tudo que já vi.

Para bem e para mal, ele tem muitas esquisitices típicas dos jogos japoneses herdadas de toda a história de videogames dessa região, com uma roupagem típica de jogo do final da primeira década dos anos 2000: gráficos bem feios, personagens humanos horríveis que são a própria prole de Satanás e um filtro meio cinza, meio marrom na imagem, dentre outras coisas. Afinal de contas, é um jogo originalmente lançado para PS3/360.

A versão Dark Arisen é a definitiva: inclui todas as atualizações de conteúdo para o jogo base e uma expansão de história enorme e estupidamente difícil, que eu recomendo jogar após zerar o jogo e com os pawns de maior nível que conseguir contratar.

Embora eu tenha achado a lore desse universo interessante, a história não me cativou e não tive apego nenhum a qualquer personagem supostamente importante para a narrativa. Eu só me importava com os pawns da minha party, o que já é suficiente (apesar de serem meio burrinhos e às vezes falarem demais).

Apesar dos problemas, é um jogo muito interessante e que vale muito a pena ser jogado.

Eu tenho certeza que é um jogo ótimo e emocionante, mas é o tipo de jogo em que a pessoa precisa estar descansada, com paciência e com tempo livre para aproveitar bem, porque durante boa parte dele acontecem vários nadas. Não recomendo jogar no transporte público voltando pra casa depois de um dia cansativo de trabalho.

Claramente houve uma melhoria em comparação ao episódio I, já que a jogabilidade, os gráficos, músicas e conceito das fases são "novos" e melhores. Mesmo assim, não merece ser chamado de Sonic 4. É um pouco menos medíocre do que o primeiro episódio.

Esse jogo inicialmente era para se chamar Sonic the Portable, um novo jogo de Sonic exclusivo para celulares com a proposta de trazer o gameplay 2D de volta. Por exigência da Sega, acabou virando a bizarrice que foi lançada. É um jogo bem medíocre em termos de gameplay, gráfico e trilha sonora, e sem originalidade, já que todas as fases são reciclagens dos conceitos da trilogia original de Mega Drive. Apesar da crítica, ele é um jogo... funcional. Não provoca dor de cabeça, náusea ou uma vontade incontrolável de arremessar seu computador ou videogame pela janela, o que já é melhor do que muita coisa por aí, inclusive outros jogos de Sonic. Vale a pena ser jogado pela curiosidade mórbida ou para quem é fã de Sonic. Apesar de a física ser terrível e o Sonic parecer que está usando calças jeans molhadas e andar igual ao Simon Belmont do Super Castlevania IV, é relativamente ok. Eu tenho um apego especial a esse jogo, pois joguei numa época em que estava me reconectando com a franquia e com jogos em geral.

Essa foi a minha terceira experiência com Kirby, sendo as outras duas o Nightmare in Dreamland e Super Star Ultra. Somente Kirby para proporcionar uma experiência que vai do fofo, colorido e alegre ao puro horror cósmico, regado a uma trilha sonora que transita entre rock, jazz fusion japonês que provoca ansiedade e épicos orquestrais que poderiam tranquilamente tocar num Dark Souls ou Final Fantasy.

Falo com tranquilidade que a transição do gameplay 2D para o 3D foi executada com perfeição. Não é só um ótimo jogo do Kirby, é um ótimo jogo de plataforma.

Ele pode ser jogado também em coop local, e, para mim, terminar o jogo desta forma tornou a experiência ainda melhor.

"Hahaha o Kirby é muito fofo... Meu Deus, como eu vim parar aqui? Eu só tenho 6 anos"

É um típico jogo gratuito de celular em que você joga uma fase por 1 minuto e depois é forçado passar outros 5 minutos gastando seus dinheirinhos pra fazer um gerenciamento de base e upgrades totalmente desinteressantes. Tem vários tipos de moedas, uma UI poluída e confusa, várias porcariazinhas irrelevantes pra desbloquear. Sem diversão e sem alma. Não é nem um bom jogo de Sonic, e olha que a barra não é alta. Não vejo lógica num negócio desses estar numa assinatura paga da Netflix.

Este é possivelmente um dos melhores soulslike que não são da FromSoftware, ao lado de Nioh, a meu ver. Ele tem semelhanças evidentes com Bloodborne, desde o gameplay, passando pela ambientação e temática, até alguns elementos da história. Ainda assim, ele não é uma cópia vazia e sem personalidade. Pelo contrário, ele tem total identidade própria em todos esses aspectos, além de ser uma releitura sombria muito interessante da fábula do Pinocchio. O design do mundo e dos inimigos é incrível e a trilha sonora é excelente. Tem alguns elementos do gameplay que parecem desbalanceados, problemas mínimos de qualidade de vida e alguns bugs que parecem ter se tornado mais frequentes perto do final do jogo, mas nada disso compromete gravemente a experiência.

Gameplay fica repetitivo muito rápido: corre, pula, foge dos puliça, briguinha chata, repete. O combate, além de completamente desnecessário, é uma das piores coisas que já vi num videogame. A premissa de ser um grupo de praticantes de parkour enfrentando um estado policialesco, fascista e sob vigilância é muito interessante, e artisticamente falando, toda a estética do jogo é excelente. Deve ter sido muito marcante para a época em que saiu. Infelizmente, somado ao gameplay, o voice acting é pavoroso e o desenvolvimento dos personagens também é insosso e sem profundidade.

É um remaster praticamente perfeito, e desconsiderando os aspectos puramente técnicos como gráficos ou taxa de quadros (que também são impecáveis), o game design é excelente até para os padrões atuais. É uma tradução perfeita da fórmula de Super Metroid para o universo 3D em perspectiva de FPS.

Longe de ser perfeito, mas é muito divertido. Ele tem uma vibe muito própria, típica da época, e que não se vê muito hoje em dia. A trilha sonora é foda. Tem 6 campanhas diferentes, uma para cada personagem, sendo que as campanhas da Amy Rose e Big the Cat são terríveis, mas valem a pena pelo final verdadeiro do jogo. Quanto à versão de PC, é altamente recomendável aplicar o mod Better SADX para jogar, que aplica as texturas e modelos originais do Dreamcast e corrige alguns bugs.