A história do jogo é decente mas sei lá, meio esquecível. Explorar a casa pra mim não foi muito legal; não é um jogo ruim, definitivamente, mas não foi um jogo que me pegou.

(Gayathon #4 de 16)

A princípio eu tava meio receoso pra jogar Parasite Eve porque por algum motivo na minha cabeça era um jogo ruim. E Parasite Eve não é ruim; é um jogo idiota, com uma premissa muito única e genial. Apesar disso, esse ar de idiotice permea por quase o jogo inteiro. Mas é uma idiotice muito excêntrica, e é isso que faz o jogo ser tão bom. Quem nasceu pra ser Resident Evil nunca será Parasite Eve.

(Gayathon #6 de 16)

Se antes eu tinha dúvidas agora tenho certeza: eu amo STG

Esse jogo é decepcionante? RUIM?

Eu concordo que ele é meio linear e isso é meio problemático por ser um metroidvania, mas RUIM??????????????
A movimentação desse jogo é uma delícia, a gameplay é simples mas extremamente funcional e mesmo que muitos inimigos se repetem o jogo não é tão complexo ou alongado pra ser realmente um problema. Ele não ser tão longo acho que é um charme dele e a duração tá no ponto; gostoso demais.

"Change your way, it's gonna be alright..."

Final Fantasy 8 pra mim é um desastre. Tem muita coisa que acontece nesse jogo mas nada parece fazer muito sentido, mas isso ainda é Final Fantasy, tem muita coisa porca no meu ponto de vista mas muita coisa interessante. Pra mim, Final Fantasy é sobre amor e sobre um fim, muitas vezes não definitivo mas ainda sim sobre o fim, e também não sobre o amor entre relações, mas sim do sentimento em si e como tudo se resolve apartir disso. No primeiro, o amor ao mundo fez com que os guerreiros lutassem contra Garland pra salvar ele; indo um pouco mais adiante, em Final Fantasy 6 onde eu considero o pico narrativo da série até então, cada personagem tinha sua unidade de amor, nem todos amavam a mesma coisa mas lutavam pelo sentimento, ir contra literalmente tudo pra concretizar esse sentimento através das batalhas.

Em Final Fantasy 8, o amor é algo mais simples, é sobre a paixão. Tem muita coisa que realmente me deixa muito puto com o jogo, ele toma muitas convenções de roteiro e o sistema de junction pra mim é horrível, o disco 2 pra mim é uma bagunça e eu não me importo nenhum pouco com os personagens da party. Mas Squall e Rinoa? Eles são literalmente a engrenagem que faz o jogo existir, e o Squall tem um arco narrativo muito único, ele é o primeiro protagonista a realmente ser um protagonista. Em todos os outros jogos a história tava muito interligada em como a party interagia com o mundo, e claro que houve momentos que o protagonista interagia um pouco mais com o jogador do que a party, como em FF4 com o Cecil tendo um puta arco narrativo só pra ele pela primeira vez na franquia ou até FF7, que mesmo todos os outros personagens sendo explorados o Cloud ainda sim é bem significativo pra história mas ainda sim não é como se ele fosse um herói escolhido, o próprio jogo toma uma parte inteira pra desenvolver esse tema e só depois disso que eu realmente vejo o Cloud tomando um papel mais ativo na história. Squall até agora é literalmente um ponto fora da curva, todos os temas do jogo se resolvem nele e sempre voltam pra ele, tanto que ele e a Rinoa são literalmente os personagens da capa do jogo.

No final das contas, eu tive muita dificuldade de zerar esse jogo porque tem muita coisa nele que eu não gosto, mas é muito difícil pra mim falar mal de um Final Fantasy tirando raras exceções, é um jogo mediano mas que tem pequenos pontos altos pra mim, e por isso fico feliz que finalmente zerei ele e queria muito ver esse jogo só que melhor executado.

Ok, Tsukihime tem uma escolha de palavras meio estranha que eu não sei se eu posso julgar por problemas de tradução ou se é a escrita do Nasu mesmo, mas de qualquer forma é uma escrita um pouco amadora, mas ainda sim Tsukihime consegue ser muito sincero com o que quer entregar e os temas que quer apresentar para o leitor, só não sabe fazer isso muito bem. Isso é um problema meio recorrente na novel na sua totalidade, até na escrita do Nasu que muitas vezes é verborrágica para um cacete (e é ok, não é algo que eu me incomodo tanto e até gosto pra falar a verdade, os segmentos de repetições de frases pro Nasu estruturar ideias, explorar a mente do Shiki e até de exposição demasiada do mundo são legais, acho que Fate peca muito mais nesse sentido do que Tsukihime, mas ainda sim o jeito que cada rota toma tempo para falar as mesmas coisas é meio ehhh, mas tudo bem). Porém, reitero o que disse sobre a obra saber muito bem o que quer entregar. Eu sempre tive um fascínio com a morte no sentido mais reflexivo mesmo devido a muita coisa que aconteceu comigo na infância, até meus 10 anos eu basicamente vivi em hospitais por problemas de saúde e não é algo que eu tenho muitos problemas de falar hoje em dia, mas eu ainda tenho uma saúde mais frágil que o normal. Mesmo sendo um assunto que eu sempre gosto quando uma obra retrata, normalmente a morte é sempre vista como um empecilho a ser refletido e superado, e poucas são às vezes que sai algo mais elaborado, como em Muramasa que me faz refletir até hoje sobre a vida utilizando da morte como um debate filosófico pra continuar sua narrativa, trazendo questões éticas mas indo além disso, ou Persona 3, que foi a primeira obra que realmente me fez questionar minha mortalidade de uma forma mais filosófica diante da minha própria vida. E Tsukihime é um pouco disso, a obra não traz nenhuma visão super foda desse conceito, mas trabalha com uma delicadeza e de um jeito que me pega muito. Como eu disse antes, eu sempre tive essas memórias esvoaçadas de morte quando eu era menor, e a novel faz um pouco disso. O Shiki éum protagonista que também me identifico bastante pelo motivo de que o corpo dele é uma bomba relógio, ele nunca sabe quando vai parar, mas sabe que é um destino eminente, muito mais eminente do que pra maioria das pessoas. Ele nunca sabe ao certo de tudo ao redor dele, memórias são esvoaçadas e em cada rota essas memórias têm significados diferentes e explicações diferentes, mas nenhuma é totalmente certa tal qual nenhuma é totalmente errada, ele nunca tem certeza exatamente do que tá acontecendo com ele, mas sempre acaba acreditando em algo. Falando nas rotas, Tsukihime tem um começo MUITO interessante, a rota da Arcueid é ótima, mas a da Ciel e da Akiha são meio qualquer coisa, só que pro final o jogo parece tomar um step up narrativo, porque as rotas da Hisui e da Kohaku são minhas favoritas (principalmente a da Kohaku, e sinceramente eu já esperava isso porque a rota da Sakura é a minha favorita de Fate, e isso levanta dúvidas da minha própria sanidade, mas ok), e depois disso tudo ainda tem o epílogo que é maravilhoso. Se não fosse pelas h-scenes totalmente desnecessárias (tirando talvez a da Hisui que é um momento bastante importante pra personagem), bagunça de roteiro e o plot colado por uma meleca, eu acharia a novel muito melhor. Não consigo deixar de pensar que virou uma obra bastante importante pra mim pelos temas, é uma nota 7, mas é um 7 com todo o meu coração.

Um jogo que não alcança nada narrativamente, com uma gameplay repetitiva, uma soundtrack tesuda e com character design do Tetsuya Nomura: The Bouncer. Esse jogo é muito goofy e vale a pena só pela experiência, é estúpido igual os jogos B da Square da época (tipo Parasite Eve), mas igual os jogos B da Square da época, é um estúpido muito divertido. Uma pena não ter uma sequência.

first things first, this is a game that I respect; it's crafted by only two people after all and I can see how they created a whole new thing with their inspirations, although unfortunately, I can't say I like the creation that they did. it doesn't play really well (at least not in my hand lol), and it has a lot of ideas that feels like scattered ideas that don't go anywhere. like, the game has a lot of guns, but some don't really fit the gunplay and even holds it back sometimes; the parkour can be a lot of frustrating in some segments and I felt they weren't well designed because of that. it's a shame cause I really like the idea of slowing down time in shooters, but I don't really used it here and I feel they wasted this mechanic because it's only purpose is for combat and even that is just for making it easier. my feelings with this one is basically this, in surface is a pretty good job but it doesn't exceed anything that I had already played.

Esse jogo é uma montanha russa, e eu não tô falando isso em um bom tom. Yakuza Kiwami 2 é um dos jogos mais inconsistentes que eu já vi. A melhor representação disso pra mim é o capítulo final, a última luta é uma das coisas mais fodas que eu já vi e a conclusão do jogo é linda pra caralho. Apesar disso, o jogo rusha várias revelações na sua cara nesse mesmo capítulo. Os últimos 5/6 capítulos desse jogo pra mim são os que menos sofrem desse problema de consistência, pra mim eles são a melhor parte do jogo. Só que antes disso ele sofre bastante com ritmo e nem sempre a história é interessante o suficiente pra te deixar engajado. O combate eu não curti muito também, ele fica repetitivo bem rápido pela falta de troca de estilos, o que era uma das minhas coisas favoritas no 0 e no primeiro Kiwami. Mas ainda sim eu gostei do tempo que eu passei nesse Yakuza, é um amadurecimento de roteiro comparado ao primeiro jogo, mesmo que ainda tenha esses problemas. Continuo bem ansioso pra ver o resto da série.

Pra mim um shmup pra ser bom tem que passar por um coeficiente do quanto meu pau fica duro enquanto eu jogo ele baseado pelo tempo de duração de uma jogada. Esse, foi além. Deixou meu pau tão duro que no final minhas bolas tavam enrugadas de tanta serotonina e dopamina que meu cérebro recebeu.

Crimzon Clover tem de tudo que um shoot 'em up precisa; conta com uma cacetada de modos, então mesmo um iniciante vai conseguir jogar enquanto tem uma curva de dificuldade altíssima nos modos mais superiores. Ele tem alguns chefes com uns padrões muito diferentes do normal, então vai ter momentos que parece um bullet hell da Cave enquanto você estraçalha um chefe que parece que saiu de um jogo da Treasure, sem contar a trilha sonora desse jogo que é muito tesuda, engrandecendo ainda mais todo o espetáculo visual que esse jogo é. Virou um dos meus shmups favoritos, e eu NÃO tava esperando isso. Junto de Radiant Silvergun e Ketsui Kizuna esse é um dos jogos que eu considero perfeitos. Kamige demais esse aqui.

https://www.youtube.com/watch?v=w_5Q8Z9J98k

Eu quero que todos que não gostam desse jogo TOMEM NO MEIO DO CU. Dito isso também quero que TOMEM NO MEIO DO CU mais ainda quem gosta de Persona 5 mas não gosta desse jogo.

(Gayathon #2 de 16)

Eu esperava que da trilogia do PS1 esse fosse o melhor, mas acabei me decepcionando e de alguma forma até o primeiro é melhor.

O level design dele é bem mais ou menos, e pra mim fica muito perceptível isso logo no começo do jogo onde ele te manda pra delegacia do RE2, mas em uns 10 minutos eu fiz tudo que tinha pra fazer ali; os puzzles basicamente são só backtracking. No primeiro jogo os dois cenários eram quase os mesmos, mas como você jogava cada um era muito diferente; no segundo, cada cenário complementa o outro num sentido maior das coisas, e nesse é meio complicado. Não existe outro cenário, só um, mas nesse dá pra fazer várias escolhas que mudam um pouquinho como tudo se desenrola, mas no final é a mesma merda. Pra complementar isso, adicionaram um sistema muito nada a ver de RNG, e em algumas salas específicas pode ou não pode spawnar uma quantidade X de um inimigo A ou B, mas de novo, isso no grande esquema das coisas não muda nada. O temido Nemesis que eu tanto ouvi falar é basicamente sair e entrar das portas... e se eu quiser matar ele eu ganho pedaços de armas que não servem pra quase nada já que não compensa usar elas.

Num geral não é um jogo ruim, mas dos três é o que eu menos jogaria de novo. Tem muita coisa que me incomoda nele, e também devido ao fato que me venderam ele como o melhor da trilogia original foi impossível não me decepcionar.

Talvez pela minha expectativa eu não gostei tanto quanto eu achei que iria gostar de Citizen Sleeper. Normalmente quando essas coisas acontecem eu sempre tendo a gostar mais do que o jogo se propõe a fazer ao invés do que eu tava pensando, mas como Disco Elysium é o única obra que eu posso comparar dentro do gênero, eu fiquei um pouco triste com a simplificação de sistemas comparado ao Disco Elysium; eu sei que não é uma comparação justa, mas é o que eu senti jogando. Tirando isso é bem claro que é uma ótima experiência, mesmo que mais pro final ele fique bem mais fácil e tire um pouco a tensão de sobreviver nesse mundo, e considerando que não é um jogo tão longo talvez alcançar esse ponto não seja tão difícil.