Quest for Glory, teoricamente, te dá três classes diferentes com formas distintas de jogar: guerreiro, mago e ladrão. Retirar o combate seria efetivamente eliminar um desses caminhos. E se no primeiro game isso seria uma grande perda, no segundo não faria falta alguma. Com seu foco maior na exploração, diálogos e resolução de conflitos através de puzzles, Trial By Fire já se distancia bastante das sessões de ação que eram mais presentes no jogo anterior. Acabar de vez com o combate seria só uma questão de dar mais um empurrãozinho na direção certa.

Desde Ultima IV a série não tem foco no combate, mas a presença dele não é mal vinda. Em IV, é uma forma de você provar seu valor e piedade. Em V, faz completo sentido com a situação hostil em que o Avatar se encontra. E em VI Britannia literalmente está em guerra.

Agora, em VII, o conflito é puramente filosófico e social, num mundo que já foi completamente "civilizado" e há poucos resquícios de lugares hostis e com monstros. Acho que meio que consciente disso tentaram fazer com que o combate aqui fosse quase que automágico. É tudo em tempo real e se resolve em segundos. E por "se resolve em segundos" quero dizer "alguns de seus companions inúteis vai morrer e te dar dor de cabeça".

Eu não acho que combate é algo que não combine com Tomb Raider. Pelo contrário, a premissa da série quase que exige alguma forma de ação. O problema é que o combate da série original é simplesmente ruim. Atirar repetidamente em esponjas de balas nunca foi divertido, nem mesmo na época em que o jogo lançou, e Tomb Raider consegue ser ainda mais básico e chato nesse sentido que seus contemporâneos.

O combate de Planescape: Torment é, na melhor das hipóteses, uma distração. Na pior, seu maior ponto negativo, e quase um motivo para desistir do game no começo. Ninguém gosta de P:T por causa do combate. Todos gostam do game apesar do combate.

Você ser obrigado a usar violência em algumas partes desse jogo, principalmente perto do final, é praticamente é um crime e vai contra o próprio design do game que, teoricamente, quer te dar liberdade para abordar as quests de formas variadas. Mas mesmo que tornassem a ação do jogo completamente opcional do início ao fim, ainda teríamos um combate estressante e que não se compara ao resto da experiência de Bloodlines.

Eu serei bem sincero, não lembro muito bem do combate de Psychonauts. E acho que esse é o ponto. Se os níveis são bem vivos em minha memória, não consigo dizer nem como eram os chefões do jogo. Aliás, tinha chefões? Perguntando para um amigo.

Se era tão esquecível assim, pra que ter?

Olha, eu acho os Spydorz bonitinhos e tudo mais, mas a exclusão deles seria um sacrifício aceitável para que Chibi-Robo! se focasse naquilo que faz de melhor: explorar a casa sob uma nova perspectiva. E limpar pegadas.

Quem pensou que interromper o parkour para entrar num combate semi-funcional seria uma boa ideia?

Meu zeus do céu, pra que meter zumbis nesse jogo, PRA QUÊ