[Resenha baseada no gameplay dos primeiros 10 capítulos, enquanto o restante foi visto no youtube]

Yakuza me pegou de surpresa não só pela história principal, que é extremamente bem-feita; mas por sua ostensiva lista de arcos secundários de extrema qualidade e bom humor.

O jogo tem de tudo, não posso deixar de ressaltar a qualidade da história, da cidade, da atmosfera. Inclusive, admito: não estava acostumado com a quantidade de coisas realmente interessantes para fazer.

Porém, o combate não é dos melhores, motivo pelo qual eu preferi ver o restante do jogo como uma série, e, além disso, o sistema de habilidades é relativamente confuso e contraintuitivo.

Enfim, top.

Não consegui passar da quarta missão e, por falta de prazer em realizar certas atividades, abandonei o jogo.

Ainda assim, não posso dizer que é um jogo ruim, é muito bem otimizado, com diversos ambientes variados, e um sistema de stealth cheio de potencial.

Só não me divertiu mesmo.

Primeiro com os positivos: voice acting é muito bom, além disso é um jogo realmente bonito, inovador com a técnica de Splitscreen e o uso de raytracing.
Mas, infelizmente, a otimização é péssima, o que me fez abandonar o jogo com menos de 4 horas (tenho um PC relativamente bom). Com uma RTX 2060, obtive em média 24 fps com configurações gráficas no "médio". Além disso, a história é realmente medíocre para ruim, com personagens muito superficiais.

Conquanto a mecânica do jogo seja interessante, com combinações de operações de ataque e defesa, a história é medíocre, com uma resolução fraca, na minha opinião.

Dessa forma, Transistor é um jogo que, no papel, tinha tudo para ser mais do que é, sempre no limiar do potencial esperado.

Insta salientar que o jogo não tem suporte acima de 1080p, mas, ainda assim, tem visuais muito bonitos, alguns claramente inspirados em Klimt, só que com características do gênero "cyberpunk". Honestamente, esse foi meu ponto favorito do jogo. E não posso deixar de recomendá-lo por isso.

Ainda bem que não paguei por esse jogo! Bugs desde o menu até a inevitável desistência de continuar tentando jogar o multiplayer.

Quanto ao multiplayer, os modos em geral são extremamente longos, pouco planejados e geralmente repetitivos.

Não joguei a campanha por falta de interesse em Star Wars, mas acredito que não seja tão diferente.

Comecei esse jogo num momento muito particular da minha vida, de grande solidão. Sem dúvidas um dos mais difíceis que já vivi. E, por consequência, Death Stranding é perfeito, de uma maneira singular, única e injustificável para mim.

A trilha sonora desse jogo sempre terá um apelo emocional a mais. A minha solidão, em consonância com a do ambiente do jogo, é indescritível, ambas se acentuaram e, contraditoriamente, se negaram em certos momentos, conforme cumpria meus deveres e seguia a trilha que me era dada.

Eu sou muito grato por Death Stranding ter vindo nesse momento particular da minha vida. Sinto que esse jogo me tocou de uma forma que nenhum outro antes tenha feito.

Eu sobrevivi 2020 com Death Stranding.

2008

Apesar de seguir o padrão de Mario tanto no quesito objetivo (buscar a princesa), quanto no que tange o gameplay, com plataformas e coletáveis, Braid é criativo por usar mecânicas diversas, como voltar no tempo e sombra. Nesse sentido, ainda que o jogo seja curto, é uma experiência bem interessante e inteligente de se ter. O background da história é bom e bem triste, ouso dizer.

Cyberpunk 2077 foi uma promessa de inovação, de um jogo que realmente puxasse os limites de hardware, software e gamedesign. Em inúmeros trailers, a CDPR prometia "uma experiência como nunca antes", com um mundo aberto vivo, possibilidades infinitas. Mas, infelizmente, não é o que me foi vendido ser. A partir dessa ótica, passo a fazer uma análise rápida do que achei do jogo, justificando minha nota real (3.25/5).

As missões principais são boas, o arco todo faz sentido e é bem finalizado, não é nada profundo ou inovador, são simplesmente vários heists num cenário futurista corporativo.

As secundárias também são bem trabalhadas, algumas mais do que as outras, todas valem ser jogadas, apesar de recomendar fortemente fazer um roleplay mais fechado, selecionando conforme seu personagem faria.

Sobre gigs e eventos no mundo em si não posso dizer o mesmo. Todos são pouco interessantes e, infelizmente, no momento que joguei, por praticamente todos passei por algum tipo de bug. Além disso, essas missões acabam sendo repetitivas com o tempo.

Sobre os aspectos de RPG, também acredito que o jogo pecou, na medida em que algumas habilidades são simplesmente inviáveis, crafting é inútil, mesmo com nível bem alto, por exemplo. Algumas armas que tanto custei para construir, eram simplesmente piores que qualquer uma que achava na missão principal seguinte. O mesmo ocorreu com roupas, cyberware e equipamento.

Seu char é, por conta da linearidade da história, bem delimitado, fazer um roleplay mais sério não é fácil, visto que o jogo te puxa a ser um "street kid", independente do caminho que você segue. Esse fator é coerente com a narrativa, porém. E, sendo sincero, não me impactou negativamente na medida em que entendi o que Cyberpunk de fato é: um jogo mundo aberto comum fruto de uma geração looter shooter.

Ademais, conquanto o gameplay de armas em geral seja bom, o melee do jogo é fraco, pouco atentado, nível Skyrim, o que tirou muito valor da minha experiência como streetbrawler.

Em termos de dificuldade, sinta-se livre, tem uma dificuldade adequada para qualquer tipo de jogador. Joguei no hard porque achei a dificuldade mais adequada para mim, e tive somente uma dificuldade não relacionada a bugs.

A trilha sonora é fantástica, é, para mim, o aspecto mais consistente de Cyberpunk 2077. A produção brilhou tanto na OST quanto nas rádios.

A interatividade com o mundo peca muito, é extremamente superficial e nada conforme o prometido pelo marketing da CDPR. Night City não é viva, mas somente um bonito background das missões encenadas. A possibilidade de interação é minima, se limitando a baristas, prostitutas e alguns vendedores de rua. A la GTA.

A IA do jogo é péssima também, não senti que ninguém, além dos personagens principais e secundários, era vivo. Há diversos vídeos na internet sobre, por isso não vou me prolongar nisso.

Cyberpunk 2077 continua, no momento, com hotfix 1.05, repleto de bugs. Em geral tentei ignorá-los, mas em certos pontos quebra a atmosfera completamente. Tenho diversos prints do jogo quebrando comigo em momentos cruciais.

Enfim, não é um jogo ruim, tem certos arcos muito bons, mas, no geral, é excessivo: tem um mar de missões copia e cola pra fazer, um punhado de armas pra usar, mas acaba que isso contrasta com a qualidade da missão principal, e assim, o conjunto fica incoerente, muito dispar.

A CDPR tentou mais do que conseguia e, pelo menos para mim, acabou desperdiçando um potencial gigante.

A princípio, devo dizer que é um jogo extremamente bugado, espero que consertem logo, mas infelizmente temos que julgar o jogo conforme ele foi lançado, então serei crítico. Nesse sentido, grande parte da minha experiência foi arruinada, apesar de alguns momentos engraçados de T-posing.

Quando a história e os personagens, sigo com a mesma crítica de "Joker": if you’ve never swam in the ocean then of course a pool seems deep. Com pequenas exceções, a maioria dos personagens não são explorados além da camada superficial, e a tão acalamada "Nightcity" também, nem minigames a cidade tem. Assim, apesar de viva, a cidade não é muito interativa, deixando MUITO a desejar.

Esperava muito mais pelo tempo de desenvolvimento e pela promessa do jogo que poderia ser - sem falar das inúmeras horas de crunch impostas aos developers. Enfim, Cyberpunk não sobrevive ao hype.

Com certeza é um jogo que aprimorou bem as ideias do primeiro, o non-sense tem mais nexo, a arte é mais característica e o gameplay é bem variado. Entretanto, progredir não é intuitivo - antes de pegar um guia, fiquei mais de 60 minutos na mesma área. Além disso, a movimentação em geral dos personagens é ruim.

Nenhum desses defeitos me impediu de aproveitar (e muito) Hylics 2.

Meu GOTY. Fui completamente fisgado do início ao fim e adorei cada minuto de cada capítulo - que atmosfera!

Gameplay muito bom, liso. Trilha sonora excelente também. Infelizmente o jogo fica repetitivo depois de algum tempo.

O jogo tem um dificuldade bem justa, nunca é muito fácil e seus recursos sempre estão no limite. Esse foi o ponto (gameplay) mais positivo pra mim. A história é bem medíocre/ruim, os personagens, em sua maioria, são esquecíveis e o diálogo é extremamente repetitivo.

2015

Uma história bem interessante, com um bom conceito e execução. Infelizmente, o gameplay, assim como a maioria das mecânicas do jogo, são ruins, o que atrapalha muito a experiência. A otimização também é ruim.